- Me desculpe. – Falamos ao mesmo tempo e acabamos rindo de uma forma muito nervosa.

  - Eu… - Falamos de novo, mas Edward calou-se e deu sinal para eu falar.

  - Eu não devia ter falado com você daquele jeito. Não foi justo. Você está-se esforçando e tenho de admitir que quando isso acontece, é um pai incrível e é isso que esta em jogo.

  - Não, foi culpa minha. Eu não tinha nada de pressionar você. Compreendo o seu ponto de vista e tem razão. Já está na hora de crescer e virar homem.

  - Sem ressentimentos? – Perguntei com um sorriso, feliz por ele não parecer chateado.

  - Sem ressentimentos. – Confirmou ele, pegando em tudo e fomos juntos até Amber.

Capítulo 4 – Parabéns Amber! (Parte 3)

  Depois de almoçar no restaurante de Fast-Food, Edward guiou até a um parque de diversões.

  Como devem imaginar, Amber ficou mais do que animada com o sítio escolhido por ele. Os seus olhos verdes arregalavam-se a cada coisa que via, completamente fascinada com tudo à sua volta. Os seus olhos tentavam captar cada coisa por que passávamos…

  - Já faz tempo desde que viemos aqui. – Comentou ela.

  - Hoje como é seu aniversário pode andar no que quiser. – Declarou Edward arrancando um sorriso enorme de Amber.

  - Sério? – Perguntou sem acreditar.

  - E eu sou do tipo que mente?

  “É, você é…”, dei por mim a pensar.

  Amber nem respondeu, e saiu correndo até um carrossel, puxando por nós, dizendo para nos despacharmos pois iria começar outra volta. Edward olhou para mim e, olhei-o com censura.

  - O que foi? – Perguntou ele e Amber com o entusiasmo, nem notou.

  - Está mimando-a demais!

  - O que quer? Ela é a minha princesa. – Com tal declaração, nem tive o que dizer. Também, que mal faria um dia de mimos extras?

  O carrossel era daqueles com chávenas, cavalos, motas e era bem grande, estando já quase todo ocupado de pessoas, de todas as idades.

  Eu e Edward decidimos ir com Amber, ficando os três numa chávena enorme e muito colorida, sendo a ultima disponível no momento. Um toque soou, e depois de um levo estalo, o carrossel começou a movimentar-se, arrancando as mais diversas reações por parte dos ocupantes. A chávena começou a girar cada vez mais rápido, fazendo Amber agarrar-se a mim e a Edward.

  - A menina ficou com medo? – Perguntou Edward alto, para tentar se sobrepor a todo o som que nos rodeava.

  - EU? Nunca… - Disse Amber, apesar de se ver no seu rosto que não era em verdade.

  Com o passar dos segundos, esse mesmo medo acabou por desaparecer e logo Amber ficou toda a vontade, aproveitando todos os momentos ali. Ela e Edward começaram a movimentar a roda que existia no meio, fazendo a chávena rodar ainda mais e logo eu também me juntei a eles.

  - Mais, mais, mais! – Pedia Amber, mas como os braços começaram a doer, a velocidade foi diminuindo.

  As suas gargalhadas preenchiam-me por completo e a cada momento que passava, sentia que não poderia haver um dia mais perfeito.

  Quando saímos, Amber pediu por algodão doce, por isso fomos até a uma banca ali perto.

  Depois disso, passou tudo muito rápido. Andamos em mais coisas que eu posso lembrar. Edward não me deixou pagar uma única passagem, dizendo que eu tinha mais despesas que ele, por isso, seria o mínimo que ele poderia fazer. Ainda tentei opor-me, mas conhecendo Edward como conheço, soube desde o início que era uma atalha perdida. Ele conseguia ser a coisa mais teimosa à fase da Terra!

  Quando saímos do parque de diversões, já estava noite. Antes de irmos para casa, passamos por casa de Edward só para Amber dar um beijo aos avós. Como é óbvio, acabou por se prolongar muito mais do que planeado inicialmente.

  Amber teve que abrir os presentes que eles lhe compraram e ainda cantamos-lhe os parabéns. Esme tinha feito um bolo, contando que passássemos por lá.

  - É pena este ano não terem feito uma festa de anos.

  - É…Amber este ano preferiu que passasse apenas o dia comigo e com Edward. Talvez para o ano. – Falei, enquanto comia o bolo.

  - Edward, ficas por cá ou ainda vais com elas? – Perguntou Carlisle a Edward, mas todo o mundo virou-se para mim à procura de uma resposta. Basicamente era eu que tinha o poder para decidir isso.

  - Eu estava pensando fazer jantar para nós os três e depois vermos filmes…como é óbvio, também estão convidados! – Falei.

  - Vocês passam tao pouco tempo juntos…acho que é melhor irem só os três. – Falou Carlisle. – E Esme já fez o jantar para nós os dois…

  - Então é melhor irmos, não? – Perguntou Edward, direcionando-se até ao sítio onde estava o casaco de algodão de Amber.

***

  Era tão estranho tê-lo no nosso ambiente. Eu não estava habituada. Tinha sempre sido apenas eu e Amber. Seja a fazer a comida, a comer, a ver televisão, a dormir, eramos sempre apenas nós as duas.

  Por isso, a presença de Edward no nosso lar era algo esquisito, mas estranhamente agradável. Pela primeira vez desde que vivo naquela casa, não tive que usar a cadeira para chegar as últimas prateleiras. Edward era suficientemente alto para chegar lá facilmente, pondo e voltando a arrumar tudo o que eu precisava.

  - Ser baixa nem sempre é bom, hey! – Gracejou ele, pegando uma travessa da última prateleira.

  - Nem sempre? Nunca é bom!

  - Isso é mentira! Eu ainda lembro o quanto era bom abraçar você quando namorávamos. Você quase que se perdia nos meus braços de tão minúscula que é. Pode parecer muito lamechas, mas eu gostava… - Falou ele, fazendo-me sorrir com as lembranças que chegaram até à minha mente.

  Olhei em volta vendo se Amber tinha ouvido. Seria bem estranho ela assistir a um momento assim entre nós.

  - Calma, ela está no quarto. – Disse Edward, vendo logo qual era a minha preocupação.

  - Você ainda me conhece bem.

  - Há certas coisas que mudaram em você, mas a base de quem você é, permanece igual.

  - AMBER! Venha jantar! – Gritei eu, alto o suficiente para ela me ouvir do quarto. Sinceramente, também foi uma forma de acabar com o assunto.

  Logo Amber apareceu na cozinha, já com o pijama vestido e o banho tomado. A primeira coisa que disse quando se sentou foi.

  - Este foi o melhor dia de sempre. Não seria um máximo se fosse assim todos os dias? – É, eu também dei por mim a pensar o mesmo…