O Último Lótus Branco escrita por Yuukio


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Yo minna, espero que gostem da minha primeira fic. Boa leitura! ^^
Leiam as notas finais, é importante!



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Era noite, o vento soprava frio pelas ruas desertas do subúrbio de uma pequena cidadezinha no interior da Espanha. Não havia um único morador passando, nenhuma viva alma por causa do toque de recolher imposto por uma gangue mercenária que avia chegado e se instalado naquele lugar há alguns meses. Ao chegarem, destruíram a pequena delegacia e mataram o delegado e seus subordinados, depois incendiaram as lavouras de que eram a maior fonte de sustento das famílias daquele lugar e depois passaram a cobrar impostos altíssimos para garantir a “proteção” das famílias dos moradores.

Naquela noite estava tudo calmo e silencioso, como sempre. Até esse silencio ser quebrado por sons de tiros e gritos. Alguém estava pulando de telhado em telhado, se esquivando para fugir dos tiros que eram disparados pelos seus perseguidores. Cinco homens portando pistolas e metralhadoras corriam pelas causadas, atirando freneticamente, tentando acertar os tiros naquela figura vestida de preto, que se misturava facilmente com a escuridão da noite.

-“Droga! Vamos perdê-la.” – Pensou um dos homens.

-Vomas seus idiotas.  Não a deixem fugir! – Bravejou um dos homens. Que parecia ser o chefe deles.

Parecia que eles estavam atirando na própria noite; não conseguiam acertar nem um mísero tiro. Então a figura parou der repente olhou para os aqueles homens só que ele estava de olhos fechados e o capus não os deixava ver o seu rosto direito. Depois de ficarem alguns segundos se encarando, ele deu um sorriso debochado em direção aos homens na rua, o que os deixou mais furiosos ainda e saltou para dentro do rua ao lado da casa que ele estava encima.

Os homens correram e chegaram à entrada da rua. O homem que estava à frente deu um enorme sorriso ao ver que aquela rua era sem saída.

-Finalmente te pegamos. Agora você não tem pra onde correr. – o homem disse com um enorme sorriso de satisfação.

-Você matou o nosso chefe, e vai ter que pagar! – Gritou um dos homens levantando o braço direito e apontando a sua pistola para a figura no final do beco.

-Eu sou o segundo em comando! E eu que vou dar o primeiro tiro, entenderam?! – Bravejou o homem que estava mais a frente para os outros, que acenaram com a cabeça em confirmação. – Ótimo. Então, como deseja morrer? Rapidamente e sem dor ou vagarosamente e com dores terríveis? – Falou com satisfação e um sorriso de canto.

Um risinho, digno de filme de terror foi ouvido. Esse riso veio da pessoa que eles estavam encurralando.

-Do que você ‘tá rindo?- Gritou o homem.

Então, pela primeira vez, a pessoa se pronunciou.

- O guerreiro negro, cuja espada está manchada de sangue e ódio, fará seu corpo paralisar de medo, seu sangue congelar em suas veias e seu coração parar de bater. – Falando em tom seco, ainda de costas para seus perseguidores, pegou uma espada cuja lamina era de um brilho escarlate, que antes, era encoberto pelo, sobretudo negro.

- E o ceifeiro, cuja foice carrega a morte e o sofrimento, lhes mostrará e guiará pelo submundo até as portas do inferno. ­­– Falou outra pessoa, que vestia os mesmos trajes daquele que antes era encurralado pelos cinco homens.

Pronunciou essas palavras parado em frente aquela rua sem saída, mas, diferente do seu companheiro, esse tinha em sua mão direita uma foice de duas laminas, uma em cada lado que brilhavam em um prata cintilante em contraste com a luz da lua cheia. Dessa segunda pessoa só se podiam ver seus olhos, de um brilho arroxeado.

Aqueles cinco homens, tomados por um pressentimento ruim, seguraram firme suas armas. Arrepios de medo percorreram por seus corpos, fazendo suas pernas tremerem. Com o tamanho do medo que estavam sentindo, nem se preocuparam em notar a cor peculiar daqueles orbes assustadores, estavam mais preocupados em estarem encurralados num beco sem saída por duas pessoas que, com o primeiro vacilo, os mataria sem nem pestanejar. Um silencio torturante se formou no local, até que de repente, o silencio foi quebrado por um dos cinco homens que, em um ímpeto de coragem, bravejou:

- QUEM SÃO VOCÊS?Não ouvi nenhuma resposta. Então, o homem, novamente gritou. – QUEM SÃO VOCÊS? DIGAM LOGO, OU NÓS ATIRAREMOS!

Um risinho de escárnio ecoou pela rua, os fazendo suar frio.

- Suas ameaças de nada valem para nós. – A figura encapuzada que bloqueava a saída da rua, se pronunciou com uma voz serena e fria que ecoou pelas paredes daquela rua como uma música de terror, fazendo os corações dos homens paralisarem de medo.

- EU JÁ FALEI PARA SE IDENTIFICAREM! OU QUEREM MORRER ANTES DA HORA?! – Disse o homem, que agora, estava tremendo como vara verde.

- Chega de papo e vamos logo com isso! – a segunda figura encapuzada que antes era encurralada, se pronunciou com voz firme e autoritária, o que a tornava ainda mais assustadora. Um meio sorriso se formou nos lábios da figura que estava na entrada da rua. Foi então que outro homem falou:

- VOCÊS ACHAM QUE NOS METEM MEDO?! POIS ENTÃO TOMEM ISSO! – Os homens começaram a atirar contra as duas figuras que os encurralavam. Após algum tempo os tiros cessaram e, quando foram ver, as duas pessoas tinham sumido. Quando finalmente começavam a relaxar, um barulho estridente de metal os fez enrijecer de medo, olhavam para todos os lados, mas não viam nada, um deles percorreu os olhos pela parede do prédio que ficava ao lado da rua, viu uma coisa surreal: a primeira figura encapuzada descia a parede alta do prédio correndo com uma velocidade surpreendente e o barulho de metal vinha da sua espada que se chocava com a parede, tirando faíscas e pedaços de tijolos e reboco junto.

Os homens, em um ato de desespero, começaram a atirar cegamente, sem sucesso, pois a pessoa se desviava sem fazer o mínimo esforço.
A figura encapuzada levantou a cabeça e os homens, finalmente, puderam ver sua face, mas estava muito escuro e eles só puderam ver a cor de seus olhos, o que os fez tremer mais ainda: eles eram vermelho sangue tão brilhante e amedrontadores quanto à lâmina da espada que portava. Os homens atiravam sem parar, desesperados, mas de repente, as balas acabaram. Eles tentaram fugir, mais foram parados pelo de orbes lilases.

- Onde vocês pensam que vão?! – Um sorriso cruel se formou nos seus lábios; a voz, antes calma, agora tinha um tom de ironia e satisfação por ver aqueles homens tremendo de medo. Um deles olhou para trás e viu o de olhos avermelhados vindo em sua direção e dando um salto para cima deles com um enorme sorriso nos lábios, se modo que pudessem ver os seus dentes brancos e bem alinhados. Essa foi a ultima coisa que eles puderam ver.

- AAAAAAAAAAAAAAH...

 E logo depois, silencio.

-“Foram se encontrar com o seu chefe imundo no inferno.” – Pensou, com um sorriso de satisfação nos lábios, a figura de olhos avermelhados.

-Lótus sangrento, explique-se – Foi tirada de seus devaneios pela sua companheira de olhos lilases, que estava com cara de poucos amigos.

- Achei que você não gostasse de me chamar pelo codinome!  – Falou olhando pra ela por cima do ombro e dando um meio sorriso. – Lótus prateada.

- Isso era antes de você se tornar uma irresponsável. – Falou cruzando os braços e franzindo o cenho.

- Por favor, Yin, vamos deixar o sermão para depois. Primeiro, precisamos nos livrar dos corpos.Falou sem olhar para a ela que agora estava ao seu lado.

- Nós não, você! Não fui eu quem os atrai até aqui.Disse em tom de irritação.

- Mas você também ajudou a matá-los!  – Falou olhando para ela com o cenho franzido.

- Não, eu te tirei de uma enrascada. De novo! E a propósito, por que os atraio até aqui? – Disse, erguendo uma sobrancelha.

- Eles me viram. Não poderia deixai que avisassem aos outros capangas. E se tivessem visto o meu rosto?! Fui descuidada – Falou cabisbaixa, apertando sua espada ensangüentada em punho com força.

- Tsc... Tsc... Tsc... Você não aprende mesmo não é?! – Falou com um sorriso, compreensiva.

- Eu falei: Nada de sermão, ta bem? – Falou se virando para Yin e franzindo o cenho.

- Okay, okay. – Levantou os braços em forma de rendição. – Vamos, temos que ir para casa. Amanhã temos que entregar os relatórios direto na cede.

- Nem me diga! Com esse contratempo, nem tive tempo de preparar o meu! Disse limpando o sangue da espada com um lenço e a colocando novamente nas costas.

- Seus relatórios sempre foram muito bem feitos, mas a sua pontualidade sempre deixou a desejar, então se você atrasar mais uma vez a chefe vai se zangar e você sabe muito bem como ela é perigosa quando irritada– Disse com um tom sério.

- Ah, nem me lembre disso! A obaa-san vai ficar uma fera se eu me atrasar mais uma vez.  – Falou escondendo o rosto com uma das mãos.

-É, eu me lembro da ultima vez que você esqueceu de entregar o relatório na data certa e ainda chamou ela assim. Eu que tive que cuidar dos ferimentos e luxações Falou Yin lembrando-se do ocorrido e rindo internamente.

- Hn... – Resmungou. E eles?Perguntou virando o rosto para os corpos ensangüentados no chão.

- Não se preocupe! Como eu já sabia que você ia fazer a maior bagunça, antes de sair deixei uma equipe de limpeza pronta.Disse dando um meio sorriso e recebendo um olhar raivoso da menor.

- E eu ainda vou ter que agüentar aqueles velhos do conselho buzinando no meu ouvido.Falou massageando as têmporas, como se estivesse com dores de cabeça.

- Hahahahaha, é mais quando você explicar, talvez eles entendam. Ou não neah?! – Deu um grande sorriso em direção a menor, que lhe retribuiu com um olhar assassino. Ah, vamos lá Akane, não fique com essa cara. Que tal uma pizza quando chegarmos em casa? Por minha conta!

- Agora você falou a minha língua! – Falou animada – Vamos logo, que eu ‘to com a maior fome!!

- Não precisa ter tanta pressa, imouto!(irmã mais nova) – Disse em tom debochado. – Deixa de
ser tão esfomeada.

Deu um meio sorriso, enquanto Akane pegou na empunhadura da sua espada, com um olhar assassino.

-Esta bem, Akane. Vamos logo, devem estar preocupados com a gente!Falou colocando o braço por cima do ombro da irmã.

- Sabemos nos cuidar e alas sabem muito bem disso!Falou olhando a mais velha pelos cantos dos olhos. Elas não precisam se preocupar!

- Mas, mesmo assim, elas se preocupam. Afinal, são nossas amigas. Não é?!Falou com um sorriso meigo para a mais nova.

- Eu sei onee-san!– Retribuiu o sorriso. – Mas vamos logo que eu to morrendo de fome!!!

- Hahaha ta bem!Falou dando risadas, junto com a irmã. – Vamos lá, Aka-chan- Falou dando um salto para cima da casa.

Akane franziu o cenho, irritada. Odiava quando a irmã a chamava assim, ela não era criança, muito menos fraca e indefesa. Irá completar dezoito anos dentro de alguns meses, e sua irmã ainda a tratava como criança. Em matéria de agilidade e força eram igualmente habilidosas. Na luta com espadas empatava com a irmã com algum esforço, mais não era fraca. Não mais.

-Vai ficar ai em baixo mesmo? Ou eu vou ter que te ajudar a subir? – falou Yin que esperava em pé no telhado da casa com um sorriso de canto.

Akane direcionou o olhar para a mais velha e sorriu. Ela deu um incrível salto mortal para cima da casa, ficou ao lado da irmã. Começaram a correr sumindo na escuridão da noite.



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Notas finais do capítulo

obaa-san-(avó)
onee-san-(irmã mais velha)
imouto - (irmã mais nova)
chan - (é usado para crianças, geralmente meninas)
Akane - (Brilhante Vermelha)
Yin - (vem do chinês : Prata, Prateado)
E então, o que acharam?
Mereço reviews? *u*