Você Sabe Que Dia É Hoje? escrita por Carol S G


Capítulo 1
Você sabe que dia é hoje?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243331/chapter/1

O trabalho no laboratório foi cansativo.

Sara estava exausta e triste, porque Grissom, seu namorado esquecera que dia era.

Dia em que começaram a namorar há dois anos.

Estava triste porque ele nem ao menos mencionou a data, nem deu o menor sinal de que sabia.

Depois que o turno acabou ela esperou por ele no estacionamento, como de costume, para irem embora juntos.

Ele logo chegou e abriu o carro.

Sara entrou sem dizer nada. Grissom entrou também e notou a tristeza de Sara.

- Algum problema Sar? – ele a chamou pelo apelido.

- Não, não é nada! – ela respondeu baixando os olhos para o chão do carro.

- Você está tão quieta... – ele insistiu.

- Estou cansada! É isso... O turno foi exaustivo! – ela mentiu.

Ele aceitou a resposta um pouco a contragosto e dirigiu o carro até o apartamento deles.

Sara desceu do carro. Abriu a porta e se encaminhou até o banheiro, deixando que Grissom, que vinha logo atrás, fechasse a porta.

Ela retirou as poucas peças de roupa que usava; uma calça jeans, uma blusa e suas roupas íntimas, apenas.

Tomou um banho frio e rápido. E logo estava vestida com uma regata bem grudadinha e uma bermuda curta.

Grissom entrou no banheiro logo após ela, tomou uma ducha rápida e foi para o quarto. Encontrou Sara deitada na cama, do lado direito da mesma. Estava com uma carinha triste, como de quem tem uma continua e tênue dor de estomago, uma dor fraca, mas que incomoda.

Ele foi até o outro lado da cama e deitou-se tentando não fazer barulho.

Ninguém disse nada por, mais ou menos, cinco minutos. Grissom sabia que Sara não estava dormindo, pois sua respiração estava lenta, mas pesada.

- Sara? – ele chamou-a. – Algum problema? – ele refez a pergunta que fizera mais cedo.

- Nenhum Grissom... – foi a resposta dela, em tom melancólico.

- Sara! Eu te conheço... – ele passou a mão pela cintura dela. – Sei que tem algo errado!... Alguma coisa te preocupando... – ele encaixou o próprio quadril no de Sara fazendo com que ela fechasse os olhos.

Ficaram ali. Grissom encaixado em Sara por trás, em silêncio.

- Afinal... Eu nem devia estar reclamando! – ela deu de ombros.

- Reclamando de quê? – ele ficou confuso.

- De tudo! Você me trata bem, me dá amor, carinho... Coisa que nunca tive! – uma lágrima discreta rolou dos olhos dela.

- Eu fiz alguma coisa errada? – ele perguntou tentando saber se em algum momento a tratara mal.

- Não... – ela sorriu fracamente.

- Então por que está assim? – ele tentou novamente.

- Você sabe que dia é hoje? – ela lançou a pergunta e se virou de frente para Grissom.

Neste momento ele viu as lágrimas e a carinha mais triste que jamais vira em Sara.

- Sei sim! – Sara esboçou um leve sorriso enquanto Grissom limpava as lágrimas dela com o polegar. – Hoje é segunda-feira, dia 14 de março. – o sorriso fraco que Sara dera se esvaiu como o vento.

- Você certamente não sabe que dia é hoje, não é? – ela virou-se novamente de costa para ele.

- Sei sim, Sara! – ela não acreditou desta vez. – Eu não me esqueci Sara.

Ele passou a mão pela cintura da morena e a puxou para si. Ainda de costas para ele, ela segurava a respiração para poder ouvir o que ele tinha a dizer.

- Hoje é dia 14 de março... Faz dois anos que eu conheci a mulher da minha vida... Dois anos que eu criei coragem e venci meus medos... Dois anos que ainda tomo coragem para o que tenho que fazer hoje... Dois anos que venho tentando recuperar o tempo perdido e compensar os erros que cometi! Dois anos... – ele terminou sorrindo.

Sara se virou... Com os olhos marejados de lágrimas.

O beijou com toda sua vontade, com todo amor que nutria por aquele homem fantástico.

O beijo começou, praticamente, sem malicia. Mas logo foi aumentando a intensidade e debilitando os sentidos.

- Calma aí mocinha! – ele parou o beijo no meio. – Sem pressas hoje! – ele sorriu.

Sara olhou para ele com uma cara de “o que está acontecendo aqui?”.

Grissom se levantou da cama, essa era a hora, e caminhou até sua gaveta de cuecas. Mexeu aqui e ali, obviamente procurando alguma coisa... Depois de uma rápida procura ele encontrou o que procurava... Caminhou até Sara e deu-lhe a mão para que levantasse da cama. Sara aceitou com uma confusão estampada em seu rosto. Estava de pé ao lado da cama, Grissom se ajoelhou aos pés de Sara.

- Sara Sidle... – ele limpou a garganta. – Aceita se casar comigo? – ele abriu a caixinha preta, que tanto procurou na gaveta, mostrando um lindo anel de prata com um diamante sozinho no meio, solitário.

Sara sentiu as pernas bambearem e caiu sentada na cama... Ficou aérea por algum tempo, o que foi o suficiente para Grissom pensar que ela não havia gostado.

- Sara! – ele a chamou em tom de suplica. – Diz alguma coisa... Por favor! – ele implorou.

Sara se levantou da cama e puxou Grissom pela mão até em cima da cama. Então o beijou com mais sede que antes.

- Isso que dizer que sim? – ele perguntou, entre os beijos, sorrindo.

- Não... Isso que dizer: “é claro!” – voltou a beijá-lo. –Quer dizer: “certamente”. Quer dizer: “é óbvio”. Quer dizer: “Como você ainda pergunta uma coisa dessas?” – ela sorriu e voltou a beijá-lo.

E uma incrível noite de amor marcou para sempre o inicio desse relacionamento, que antes dessa noite já existia e que passou a ser mais intenso e bonito depois dela.

JÁ DIZIA O SÁBIO:

Feliz do homem que sabe valorizar uma mulher. Este sim pode chamá-la de sua. Não pelo sentimento de posse, mas por ela não querer ser de mais ninguém.

FIM 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!