No Meu Pégaso Branco escrita por Victoria CB


Capítulo 7
Descubro que não sei pousar


Notas iniciais do capítulo

Oooooooi amores, demorei? É, talvez, eu ia postar ontem mas quando entrei o nyah estava em manutenção, então só deu para vir agora, eu tinha pensado em deixar esse cap em homenagem a Milena Lupin que deixou um recomendacao lindalindalinda de morrer, mas como ele n é dos melhores, vou esperar, quero agradecer a todos que deixaram review e especialmente as que deixaram em todos os capitulos. Aproveitem e vejo vocês lá em baixo.



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- Não, nunca passou essa ideia pela minha cabeça...

- Vamos?

- Eu acho uma ótima ideia, aqui está muito quente! Vamos Tara? – Ela perguntou para a garota loira que comandava os assuntos do café da manhã e fiou desesperada quando eu sumi.

- Nessa água gelada? Não, obrigada.

- Ahhh vamos Tara, deixa de ser fresca! – Piper falou aproximando sua canoa da canoa de Tara.

- Piper, meu cabelo! – Ela falou apontando pra própria cabeça. –  Minha maquiagem!

- Vocês são muito chatinhas sabia? – Piper falou se virando e se aproximando de mim . – Vamos ser só nós duas maninha.

- Tenho certeza de que vai ser muito divertido! – Gritei me levantando da canoa.

Balancei a canoa de um lado pro outro lentamente, depois de um tempo ela virou e eu mergulhei na água gelada e cristalina, lá em baixo era possível ver tudo à minha volta, lindo. Subi a superfície pra respirar, molhada. Não tinha a menor intenção de estar seca, o divertido dessa ideia era exatamente a parte de se molhar.

- Sabe Victoria, você é doidinha! – Piper gritou passando a mão na água. – Mas sabe, as doidas são as mais divertidas! – Ela falou antes de mergulhar também. Subiu com o cabelo lambido e a pouco maquiagem que estava usando, borrada.

- Você está bem engraçada! – Falei nadando pra perto dela e limpando a maquiagem borrada.

- Você também! – Ela falou passando a mão no meu rosto, então jogou um pouco de água.

- Boba! Você me assutou! – Falei jogando água nela. Em alguns instantes estávamos em uma infantil e espalhafatosa guerra de água, já havíamos molhado umas quatro irmãs que estavam resmungando entre si, frescas.

Nadamos, mergulhamos, observamos o fundo do lago, nadamos de novo, viramos a canoa de cabeça para baixo e subimos, depois nos levantamos e pulamos, depois subimos e descansamos e começamos tudo do começo. Seguimos esse ciclo por cerca de meia hora, até acabar nosso horário na canoa, quando as dríades voltaram ficaram chocadas, mas não foi difícil convencê-las de que foi apenas um acidente, eu tinha caído e Piper pulou pra me ajudar.

Enquanto as outras iam para o bosque e faltar a aula de grego, eu e Piper fomos pro chalé trocar as roupas molhadas, por mais que fosse divertido ficar com a roupa encharcada, não podia correr o risco de ficar doente agora que minha mãe precisava de mim. Agora você se pergunta se eu não poderia ter simplesmente secado nós duas lá no lago, sim eu poderia, mas vamos combinar que seria muito... Sem graça.

Piper e eu fomos passando pelo acampamento até o Chalé, todos no caminho nos achando claramente doidas e nós não estávamos nem ligando, já no chalé Piper arranjou duas toalhas, nos secamos e trocamos de roupa, nenhuma de nós secou o cabelo com secador – Eu particularmente, odeio secador de cabelo – maquiagem também só o necessário do necessário para cobrir uma manchinha aqui, uma olheira ali. Sim, filhas de Afrodite tem tanto manchas quanto olheiras! Mas sabemos esconder muito bem.

Com o cabelo úmido e roupas quentinhas, fomos dar uma volta por aí, já havíamos perdido boa parte da aula de grego, que mal faria perder logo a aula toda? Fomos até o anfiteatro, minha última visita lá tinha sido bem rápida, dessa vez tínhamos bastante tempo, vários semideuses estavam treinando, fiquei observando enquanto Piper me contava tudo que sabia sobre cada um deles.

Mais meia hora se passou e tínhamos aula de equitação com os Pégasos.  Fomos andando calmamente, os estábulos não ficavam longe de onde estávamos. Claro que não apareceu nenhuma outra filha de  frodite, mas a aula não estava vazia, estávamos junto do chalé de Hermes.

- Olá Connor! – Gritei no ouvido dele, cheguei por trás sem que ele me ouvisse, ele levou um belo susto.

- Ah, oi gatinha! – Ele falou se virando e tentando disfarçar o susto que levou, claro que não deu certo.

- É muito difícil andar em um desses? – Perguntei observando um Pégaso branco, lindo.

- Em geral não, mas se eu fosse você não me aproximaria muito desse daí. – Falou apontando para o Pégaso que eu queria.

- Bom, não sei você mas eu quero esse Pégaso. – Quando comecei a andar na direção do Pégaso ele me olhou com uma cara ameaçadora e todos à minha volta começaram a me observar, alguns comentaram o como sou doida, outros ficaram com medo do que poderia acontecer comigo, o Pégaso estava bem tenso, fui me aproximando e encostei nele. Seus músculos relaxaram, todos em volta relaxaram, a maioria estava sem entender nada. – Oi amiguinho, vamos dar uma volta? – Perguntei, ele balançou a cabeça dizendo que sim, acho até que vi um sorriso.

Depois de uns instantes as pessoas em volta se contentaram de que eu ia conseguir usar o Pégaso, uma por uma foram deixando o  estábulo. Eu fiquei um tempo penteando ele, quando o estábulo estava quase vazio, fui pegar uma cela. Quando apoiei a cela nele, o Pégaso se balançou e lançou a cela longe, por pouco não me acerta.

- Ah vai amiguinho, eu sei que você não gosta da cela, mas é minha primeira vez, por favoooooor! – Falei com aquela carinha que criança pequena faz quando quer alguma coisa.

O Pégaso bufou, eu entendi como um sinal me deixando botar a cela, realmente ele resistiu bem menos, da segunda vez ele não jogou a cela tão longe, quando eu fui buscar ele riu da minha cara e eu ri da dele. Da terceira vez foi mais perto ainda, chamei ele de bobo e fui buscar. Bom, depois de umas cinco vezes, consegui fechar a cela, subi e fui trotando pra fora.

A maioria já estava voando, mas os poucos que estavam no chão se surpreenderam quando me viram sair do Estábulo com o Pégaso branco. Fiquei esperando e vendo alguns semideuses levantarem voo, eles pegavam muito impulso e no final da pista, o Pégaso levantava voo,  quando chegou minha vez eu controlei meu nervosismo.

- Vamos lá amiguinho... – Falei baixinho no ouvido dele. – Acho que vou te chamar de Pietro, posso? – Ele balançou a cabeça, acho que gostou do nome.

De repente ele começou a correr, mais e mais rápido, confesso que fiquei assustada, mas nada que se comparasse ao que senti quando ele levantou voo, ao mesmo tempo que eu procurava não olhar pra baixo, era uma sensação maravilhosa de estar no ar.

- Boa gatinha, conseguiu subir no Marrento! – Connor gritou quando passou perto de mim. – Vamos apostar uma corrida?

- Agora não Connor, vou me acostumar mais um pouco, antes de descer prometo te esculachar em uma corrida! – Gritei para ele enquanto o filho de Hermes se afastava com seu Pégaso.

Dei mais algumas voltas, em alguns minutos eu e Pietro estávamos completamente adeptos ao voo, já conseguia fazer algumas manobras e aumentar e diminuir a velocidade com facilidade, estava segura. O tempo já estava acabando, então quando Connor chegou perto, ofereci aquela corrida.

- Partiu gatinha, daqui pro punho de Zeus, você vira pra Casa Grande e volta pelos campos de morango, quem chegar primeiro ganh... – Ele não acabou a frase, eu já tinha disparado embora. – Ei! Isso é trapaça!

- Olha quem fala! – Gritei vários metros a frente, foi difícil achar o punho de Zeus, mas como Connor estava muito atrás, isso não me prejudicou. Continuei em velocidade máxima, até fazer uma virada um tanto brusca para a Casa Grande, o acampamento era maravilhoso lá de cima, Connor estava apenas um pouco atrás de mim, tinha que acelerar, eu e Pietro fomos ao nível máximo.

Quando eu estava bem próxima da Casa grande, vi uma camiseta preta que era impossível não reconhecer, Nico. Joguei a corrida pro espaço e fui descendo para a Casa Grande.

- Onde você vai gatinha? – Connor perguntou chegando perto, agora que eu tinha reduzido a velocidade.

- Tenho umas coisas pra resolver, depois eu apareço lá! – Gritei me aproximando cada vez mais do chão, quando eu estava a cerca de 15 metros de chegar Nico me viu, foi então que eu lembrei que apesar de aprender a levantar voo, voar, virar e várias manobras, eu não sabia pousar...

Parece que quanto mais perto chegávamos do Nico, mais Pietro se descontrolava e a essa altura eu também já estava muito nervosa com o fato de não saber pousar e em questão de segundos OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM, caímos no chão  saímos rolando e batendo em várias árvores do caminho, arranjei alguns belos arranhões, acabei com meu cabelo e ainda consegui rasgar minha roupa, acabei caída no chão, quando abri os olhos, dois grandes olhos pretos estavam me observando.

- Pietro, pelo menos você não se machucou amiguinho! – Falei me esforçando pra me levantar e passando a mão no meu amigo, Nico já estava saindo da casa grande e se aproximava de mim, peguei nas rédeas de Pietro e fui caminhando ao seu encontro.

- Pequena, você se machucou feio! – Ele falou me abraçando cuidadosamente, acontece que Pietro se descontrolou com a proximidade dele e saiu correndo para o Estábulo. – Pégasos não costumam gostar de mim... Acho melhor irmos ver esses machucados.

- Não, acho melhor você me contar o que está acontecendo com a minha mãe.

 - Não tenho nada pra te falar pequena, assim que eu tiver eu te falo! Vamos log...

- Se o Nico consegue mentir pra mim tudo bem, mas o Kay não consegue, me conta AGORA o que tá acontecendo! – Gritei soltando meu braço que ele estava segurando.

- Olha, não posso falar desse assunto aqui, quando chegar a hora você vai saber de tudo! – Ele falou sério, se tem uma coisa que eu sei é que quando Kay fala sério, não é pra discutir. – Agora podemos ir cuidar dos arranhões?

- Não precisa, pequenas imperfeições assim eu corrijo sozinha. – Falei me concentrando nos machucados, essa é uma ótima habilidade das filhas de Afrodite que eu tinha descoberto, na verdade nem todas conseguem, mas é maravilhosa. Consigo mudar detalhes como a cor do meu cabelo, da pele, dos olhos. Descobri isso em uma das minhas conversas com Piper no café da manhã, eu mudei a cor dos meus próprios olhos, por que me concentrei nisso durante o sonho, então alguns instantes me concentrando nos ferimentos, no cabelo bagunçado e na  roupa rasgada e estava tudo perfeito.

- Ótimo, então vamos dar uma volta e você me conta do tempo que tem passado aqui. – Fomos passeando, passamos pela arena, pelos chalés, fomos entrando no bosque, passamos pelo punho de Zeus, contei tudo que aconteceu, da minha conversa submarina com a Duda – não contei que ela gostava dele, fato- da adaga roubada dela, da aula de canoagem, de tudo que eu fiz e ele foi ouvindo entretido e rindo de vez em quando.

Quando já tínhamos passado bastante do punho de Zeus, ele olhou pros lados e fechou os olhos, se concentrou depois começou a falar.

- Não tem ninguém por perto, posso falar agora. Parece que armaram pra sua mãe, Zeus acha que ela fez uma coisa muito séria e que pode acarretar problemas que acabariam com tudo que você conhece, eu fui chamado pra ver alguns documentos e as provas, fui convencer Zeus de que era tudo um mal entendido, mas tive que voltar, sua mãe está mantida presa até que seja definido se ela é ou não culpada.

- O que acham que ela fez?

- Shhh, já falei demais, agora vamos voltar que está quase na hora do almoço. – Ele falou tapando minha boca e indo pelo caminho de volta. Nico foi para seu chalé descansar um pouco da viagem e eu fui para o estábulo ver se Pietro estava bem.


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Notas finais do capítulo

Final não foi emocionante dessa vez né, uma pena, sei como vocês amam quando eu acabo em partes emocionantes, hehe. Então, Pégaso em homenagem a minha amada dudinha filha de Poseidon e apaixonada por Pégasos, espero que tenham aproveitado e que deixem mts mts reviews, ps. Milena, ameei a recomendação, mtmtmtmtmtmt obrigada
Bjinhos,
Vicky
ps. Vou chamar vcs leitoras de amoras, em vez de amores, pq? Pq é engraçadinho e eu gosto de amoras, são fofas, se alguém não gostar é só avisa
Bjinhos amoras,
Vicky