No Meu Pégaso Branco escrita por Victoria CB


Capítulo 2
Conheço o tal Acampamento Meio-Sangue


Notas iniciais do capítulo

Bom, este capítulo é para os que deixaram reviews no primeiro e me deixaram mtmt feliz, a ponto de postar o segundo capítulo, aí está fresquinho vírgula, já está escrito há bastante tempo mas shhhh, aproveitem
ps. Milena, sim, será uma saga huhu adooro
Até lá em baixoooooo



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– Nada de movimentos bruscos, você está melhor mas vai com calma! Vou te levar para uma volta pelo acampamento, vamos. – Ele falou esticando a mão, na qual eu me apoiei.

Ainda estava usando o short e a camisa gigante, meio rasgada nas pontas, golas e mangas, mas todos os ferimentos do desabamento haviam sumido.

– Então Zack, há quanto tempo você está aqui? – Perguntei enquanto saíamos da enfermaria.
- Uns 2 anos, fui reclamado com 12 anos. Esta é a Casa Grande. – Ele falou apontando para uma casa de 3 andares. – Ali são os 12 chalés principais, e os outros que foram construídos depois da Grande Guerra, é uma grande história, depois eu te conto.

– Acho que conheço essa história, uma vez Kay, quero dizer, Nico teve que escrever uma redação comigo, ele escreveu sobre uma guerra com deuses e titãs, o título era esse... Bom, agora eu sei que isso não aconteceu de verdade... – Falei diminuindo o tom, minha vida é uma mentira...

– Agora você vai se encher de lembranças reais, tenho certeza que vai adorar o acampamento. Aquele é o lago para as aulas de canoagem, arco e flecha, minha parte preferida, parede de escalada, a fogueira, o pavilhão do refeitório, ali para onde vou te levar mais tarde para
te escolher uma arma. Por ali tem a arena e os campos de morango. Vamos começar pelos chalés.

Passamos pelo chalé de Ares, Zeus, Hera, Dionísio, Atena, Perséfone, Hermes...

– E aí Zack, já de namorada nova? – Um garoto de cabelo loiro escuro e olhos azuis //nossa o povo aqui tem um amor por olhos azuis// perguntou se apoiando na batente da porta do chalé.

– Nova campista, só estou mostrando o acampamento pra ela.
- Então
a gatinha está solteira? – Um garoto exatamente igual ao primeiro apareceu.

– Stolls, deixem ela em paz por enquanto, acabou de chegar aqui. E separem uma cama decente. – Ele falou gritando para os dois, que estavam voltando pro chalé. – Você vai ficar por aqui até que seja reclamada.

– Com os gêmeos estranhos? Acho que aguento... – Falei pbservando o próximo Chalé que íamos, Afrodite. – Réplica de Casa de Bonecas...

Acabamos o passeio no fim da tarde, fui direto pro pavilhão do refeitório para o jantar, me sentei à mesa com os filhos de Hermes.

– Ei gatinha! Senta aqui com a gente! – Um dos gêmeos gritou, apontando para o único lugar vazio na mesa.

– Pode parecer incrível, mas eu tenho um nome. – falei sentando ao seu lado, de frente para o outro. – Eu me chamo Victoria e você?
- Travis Stoll e o cara igual a mim, Connor Stoll. – Ele falou com um sorriso no rosto. - Então gatinha Victoria, tem ideia de quem seja filha?

– Não Sr. Irritante Stoll. Não vamos buscar comida? – Perguntei olhando para as mesas, nenhuma com pratos, e nenhum lugar para se servir.

– Não, as ninfas vão trazer para nós. – Ele falou como se fosse óbvio.

– E depois do jantar, fazemos o que?

– Vamos para a fogueira, Zack não te falou disso não gatinha? – Connor me respondeu.

– Bom, ele me explicou o Caça a Bandeira, que tenho que arranjar uma arma e... também me falou pra ficar longe de vocês.

– Ele não é muito bom de conselhos, se fosse você ficaria bem perto de mim... – Travis falou se aproximando. – Posso te apresentar ao acampamento todo, você ficaria muito popular, ainda mais sendo tão bonita, só precisa se arrumar um pouco! – Ele falou se afastando.

– Não, obrigada. Não gosto de chamar atenção, por isso as roupas largas e o cabelo assim. – Falei me encolhendo, chamar atenção não é meu forte. – Quantos anos vocês tem?

– Quinze, mas idade não importa pra mim gatinha... Não se preocupe, estou só brincando. – Ele falou num tom brincalhão.

O jantar seguiu bem animado, os dois irmãos pareciam realmente divertidos, mas senti falta de Kay, ou Nico, ainda é difícil chama-lo pelo nome de verdade. Depois de comermos, durante a fogueira vi Percy e Annabeth, foi bem breve, não deu pra falar com os dois. A cantoria estava alta, eu estava do lado de Travis e Connor, Zack tinha acabado de sair de lá com uma filha de Deméter.

– Ei, Travis! – Gritei tentando chamar sua atenção, funcionou. – Você viu o Nico??

– Olha gatinha, esquece esse aí, já voltou pro Mundo Inferior. – Admito que me senti triste, apesar de só ter passado dois meses com ele, tenho lembranças de uma vida... Me levantei e fui pro chalé.

– Estou muito cansada, vou dormir! – Gritei para que ele me ouvisse.

– Tá, não te arrumei uma cama ainda, pode dormir na minha, tem uma caixa de Coca-Cola em cima. – Agradeci com a cabeça e fui me afastando do barulho.

Quando tudo já estava mais calmo, distingui o Chalé de Hermes na escuridão entrei e a terceira cama perto da janela tinha uma caixa de Coca-Cola em cima, tirei a caixa e pus no chão, fui olhar no armário em frente alguma coisa, tinha uma caixa escrito Travis, supus que era dele, peguei uma camiseta laranja escrito “Acampamento Meio-Sangue”, gigante em mim, do jeito que eu gosto e uma calça de moletom, me troquei no banheiro e sentei na cama pra dormir, mas uma luz apareceu no quarto e para minha alegria, ela mostrava a imagem de Nico.

– Kay! Ops, Nico! – Gritei me levantando em um pulo.

– Pequena, como é bom te ver! Precisei voltar para resolver umas coisas com meu pai, em alguns dias devo estar aí de novo, os Stoll estão te tratando bem?

– Sim, está tudo ótimo por aqui, já tenho 3 amigos novos, mais do que tive na vida toda!

– Como é bom ver esse sorriso no seu rosto pequena, mal posso esperar para voltar! Depois que você desmaiou a trouxemos pra cá e eu recebi a mensagem de meu pai.

NICOOOOOO! Venha aqui agora seu peste! – Ouvi uma voz feminina gritar ao fundo.

– É Perséfone, tenho que ir pequena, se cuide! – Ele falou antes de passar a mão pela imagem, então tudo se dissolveu. Depois disso fui dormir, esperando não ter sonhos pois de acordo com Zack, sonhos de meio-sangues são na verdade visões, normalmente ruins.

Claro que meus pedidos não foram atendidos, no meu sonho estava em lugar muito escuro, realmente escuro, eu não enxergava nada.

– Ei! Garota, me ajude! – Uma voz distorcida falou, eu saí correndo pelo escuro. – Muahahahahahahahahahaahaha – A voz começou a rir maleficamente, quando eu caí num buraco sem fim, enquanto eu caía eu repassava na minha mente todas as minhas lembranças de vida, todas falsas, mas mesmo assim não consigo me desprender delas. Então apareceu uma que não era falsa, mas da qual eu não gosto de lembrar...

Acordei com Travis me balançando preocupado.

– Ei, ACORDA! Você está bem? – Ele perguntou preocupado.

– Claro, só um pesadelo... Que horas são?

– Seis e dez, você me fez acordar cedo gatinha.

– Ah desculpe-me e obrigada pela cama.

– É, essa cama é muito boa, levei muito tempo pra arrumar, dê valor e não se acostume!

– Onde você dormiu? – Perguntei, só agora lembrei que comigo na cama dele, ele não tinha onde dormir.

– Na cama lá do final.

– Ótimo, por que agora a sua é minha! - Falei rindo e me escondendo dele, que tentou me golpear com o travesseiro.

– Ok, deixo você usa-la até ser reclamada, só espero que não seja minha irmã por que eu quero a cama de volta! Vi que já tratou de roubar minhas roupas, pode ficar com essa camiseta até arrumarmos uma pra você. E aqui seu short que você largou no meu armário.

– Não precisa de outra camisa, gosto de roupas largas. – Ele revirou os olhos, fui pro banheiro, me arrumei e depois fomos dar uma volta, esperando a hora do café da manhã.

Ele me levou até a parede de escalada, a essa hora ainda não tinha lava, então decidimos treinar um pouco, mas eu acabei não escalando.

– Então Travis, como é sua vida no mundo fora daqui?

– Moro com a minha mãe e meu irmão em Washington...

– Washington? Eu moro, ou morava lá.

– Onde?

– Bem... No orfanato, cheguei lá com 4 anos e não era muito de sair então pra ser sincera, não sei bem o nome da rua.

– Chegou pequena lá, deve ter sido difícil de se enturmar.

– Bom, pelas minhas lembranças falsas, eu cheguei e conheci Kay...

“Era um dia ensolarado, a moça do Serviço Social estava dirigindo o Ford preto que estava me levando para meu novo lar, ainda escorriam lágrimas de meus olhos, haviam matado meus pais... No começo da rua já dava pra ver o grande portão, com uma casa de quatro andares, tão larga quando profunda em um branco desbotado.

– Ei moça, eu posso tomar um café com leite antes de ir pro orfanato? É rapidinho. – Foi meu último café com leite.

– Sim criança, mas vamos rápido. – Ela falou com um tom de voz doce. Estacionou o carro em frente ao café e me levou lá pra dentro, um cheiro delicioso preenchia o ambiente, lembrava o meu pai, lá onde morávamos ele sempre trazia café quentinho pra mim e pro... Pra mim.

Depois ela me levou no orfanato, eu estava com um vestidinho rosa e o cabelo preso em uma trança, minha malinha branca e meu bichinho de pelúcia. Logo que cheguei me apresentaram pra Kelly, antipática logo implicou comigo, nem lembro por que e as amiguinhas dela riram. Então eu me afastei delas, fui sentar em um canto sozinha, tirei da mala a foto
da minha família e fiquei observando.

Foram dias assim, eu dormia na cama no canto do quarto com Kelly e Jillie, sua fiel seguidora. Tomava café sozinha numa mesa no canto do refeitório, sentava sozinha eu todas as aulas e na hora livre, ficava observando a foto de família que tiramos uma semana antes daquilo acontecer. Depois de um tempo chegou no orfanato um outro garotinho,
era Kay.

Ficamos amigos e ele sempre me protegeu de todos que tentassem implicar ou bater em mim.”

– Mas agora eu descobri que é tudo uma mentira... – Falei abaixando a cabeça.

– Ei gatinha, não abaixe a cabeça pra nada nem ninguém, levanta aí e segue em frente! – Ele falou levantando meu queixo, ficamos mais um tempo ali, até que a concha soou e fomos para o pavilhão do refeitório.

– Vamos tomar café e depois ir arrumar uma arma pra você, hoje de noite tem Caça a Bandeira e nós precisamos ganhar. Espero que você seja uma boa lutadora gatinha.

– Será que você pode parar de me chamar de gatinha?

– Não. – Bufei.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Reviews? Quem quer reviews? Eeeeeuuuuu, sou mt boba mesmo... Hahaha, então, o que acharam do capítulo? Se gostaram, review, se não, review, é reviews me deixam felizesssss. E aí o que acharam da amizade com Travis? Yaaa spoiler: é só uma amizade mesmo, por enquanto, talvez, não sei, estão confusos/confusas? Muahahahahahaha
Bjinhos,
Até o próximo capítulo,
Vicky