Sparks Fly escrita por Nathália


Capítulo 16
Capítulo 15 - Minhas Coisas Preferidas.


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas!
Estou sem tempo para conversar com vocês agora, mas espero que gostem desse capítulo e comentem bastante, ok? Os reviews diminuíram e fiquei bem chateada com isso.
Aah, tive ideia para o comecinho do capítulo lendo uma das crônicas do livro "Apaixonada por Palavras" da Paula Pimenta, por isso o capítulo ganhou esse nome.
Me contem o que acharam, ok? O que gostaram, o que não gostaram... Me digam tudo! E se acharem que mereço mandem recomendações c: heheh
Beijos lindas!



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– Não, amanhã você faz isso, pelo que conheço de Justin ele deve estar tentando processar suas informações até agora e se você se contradisser vão ter que encaminhá-lo para ala psiquiátrica. – Solta uma risadinha maldosa no final e fico boquiaberta.

– Não fale assim dele! – Digo irritada e sua risada aumenta. É, essa conversa seria longa.

Capítulo 15 – Minhas Coisas Preferidas.

And if you have a minute why don't we go talking about that somewhere only we know? This could be the end of everything, so why don't we go somewhere only we know?
(Somewhere only we know – Keane)

* * *

[…] When the dog bites. When the bee stings. When I’m feeling sad I simply remember my favorite things, and then I don’t feel so bad… /Quando o cachorro morde. Quando a abelha ferroa. Quando me sinto triste simplesmente me lembro das minhas coisas favoritas, e então não me sinto tão mal… […]

A Noviça Rebelde por mais que fosse um filme antigo era um dos meus favoritos quando criança e me lembro muito bem dessa parte, quando Maria, ainda como governanta da casa ensinava às crianças uma nova forma de espantar seus medos: pensar em suas coisas preferidas. Achava essa ideia tão genial que com seis anos de idade tinha minha própria lista de coisas preferias – que não eram poucas –, e quando precisava enfrentar meus medos pensava nos itens selecionados e cantava bem baixinho esse trecho da música. Agora pode parecer ridículo, mas quando era menor funcionava... Funcionava, porque agora estou plantada na entrada do hospital em que Justin está internado, tentando de alguma forma tirar da cabeça que o que mais temo nesse momento é a mesma “coisa” que ocupa o primeiro lugar da minha tão querida lista de coisas preferidas desde os seis anos.

São nesses momentos que penso seriamente no que Caitlin e Annie me dizem: Garota, sua mãe deve ter deixado você cair de cabeça quando era neném, porque olha... E isso pode realmente ter acontecido já que dona Carly nunca foi a mãe mais atenciosa do mundo.

Pattie havia me ligado ontem à noite, disse que Justin estava intratável desde a nossa conversa e temia ter que realmente internar o filho em uma clínica de reabilitação já que ficar só nas ameaças não funcionou.

Suspirei puxando as mangas do casaco e empurrei a porta do hospital. Andei até a recepção e depois de anotarem meus dados autorizaram minha visita. Pattie devia estar trabalhando ainda e como minhas aulas terminaram mais cedo poderia passar mais tempo com Justin.

– Você está virando um viadinho Justin. – Uma voz desconhecida soou um tanto quanto alta de dentro do quarto e em seguida as risadas dos dois preencheram o ambiente, bati três vezes na porta e logo giraram a maçaneta.

Bryan, ele era o dono da voz desconhecida.

– Hum... Seu cordeirinho está aqui, Justin. – Debochou sorrindo maliciosamente e deu espaço para que eu pudesse entrar no quarto, mas continuei parada.

– Posso conversar com você? – Perguntei ignorando a piadinha sem graça de Bryan e Justin apenas balançou a cabeça concordando. – Em particular. – Olhei para o garoto parado ao lado da porta e o mesmo ergueu os braços em forma de defesa.

– Depois nos falamos. – Fez um toque estranho com Justin e pegou sua jaqueta que estava em cima do pequeno sofá, deu um sorriso sugestivo enquanto passava por mim e bateu a porta do quarto. Suspirei enquanto meu estômago se revirava e encarei meus dedos.

– Então? – Justin perguntou rispidamente.

– Eu só queria... Só queria ver como você está. – Andei até sua cama e Justin aconchegou-se no travesseiro que estava atrás de suas costas. – Minhas aulas acabaram mais cedo e achei que podia ficar aqui até Pattie chegar. – Dei de ombros, mas meu coração estava preste a sair pela boca. – Está irritado ainda?

– Não consigo ficar irritado com você por muito tempo. – Suspirou, mas logo um sorriso de canto de boca iluminou seu rosto. – Deite comigo. – Estendeu sua mão para mim e apertei a mesma com receio, não esperava por essa reação, na verdade esperava que ele gritasse comigo e me mandasse embora.

Sentei-me ao seu lado e Justin passou seus braços em volta da minha cintura, apoiei minha cabeça em seu peito e sorri assim que escutei seu coração batendo tão rápido quanto o meu. Essa é – com toda certeza – umas das melhores sensações do mundo. Ergui minha cabeça e segurei seu rosto com uma das mãos, afaguei suas bochechas e passei meus dedos em baixo dos seus olhos.

– Suas olheiras estão tão fundas. – Justin sorriu timidamente e segurou minha mão com delicadeza.

– Não consigo dormir muito bem nesse lugar. – Disse e depositou um beijo em minha mão. – Principalmente depois de ontem.

– Já disseram quando você será liberado? – Mudei de assunto e Justin apertou seus braços em torno do meu corpo.

– Amanhã cedo.

– Posso pedir para passar essa noite com você, Pattie não contou nada aos meus pais... Quer dizer, ela disse que você está internado, mas não contou o motivo. – Apoiei minha mão em seu peito e Justin sorriu.

– Não acho que seja uma boa ideia, seus pais podem entender errado e não quero ter que me afastar outra vez. – Afagou meus cabelos a balancei a cabeça concordando. – Acho que lhe devo explicações sobre o que aconteceu. – Pigarreou desconfortavelmente e seus lábios formaram uma linha dura.

– Você deve ter tido seus motivos Justin, não precisamos conversar sobre isso agora. – Segurei seu rosto com uma das mãos outra vez e beijei a ponta do seu nariz. – Só quero que me prometa que isso não vai acontecer de novo e toda vez que estiver sentindo falta vai falar comigo antes de tomar qualquer decisão. – Pedi e seus olhos se prenderam em mim por alguns segundos. – Prometa!

– Tudo bem, eu prometo. – Sorri e passei meus braços em volta do seu pescoço. – Mas você tem que me prometer uma coisa também.

– E o que seria? – Aconcheguei-me em seus braços e o olhei atentamente.

– Prometa que me dará outra chance. – Enroscou seus dedos em meus cabelos e aproximou ainda mais nossos rostos. E lá se vai a barreira que mantém uma distância saudável entre nós, droga! – Prometa. – Sussurrou contra meus lábios e o resto de sanidade que existia em meu cérebro evaporou com esse simples toque.

– Já faria sem ter que prometer. – Sorri e logo senti seus lábios avançaram ferozmente para cima dos meus. Oh, como senti falta disso.

Menos de quarenta e oito horas, esse foi o tempo que fiquei sem sentir o gosto de seus lábios e o toque de suas mãos, e essas foram também às horas mais torturantes e angustiantes da minha vida. Não conseguia mais me imaginar longe de Justin e só de pensar em alguém o tirando de mim um nó se forma em minha garganta junto às tantas lágrimas que teimam em queimar meus olhos, ele é meu garoto, meu kidrauhl e de agora em diante faria de tudo para que nós déssemos certo.

– Eu te amo tanto. – Sussurrei em meio aos beijos e Justin soltou sua respiração ofegante contra meu pescoço.

– Eu até gosto de você. – Sorriu divertido e voltou a distribuir beijos pelo meu pescoço, o olhei boquiaberta e puxei sua cabeça para cima. – Te peguei. – Começou a rir e empurrei seu peito.

– Idiota. – Resmunguei emburrada e logo seus braços estavam me puxando de volta para o seu colo.

– Eu te amo Melly. – Acariciou meu rosto e colocou uma mecha solta do meu cabelo atrás da orelha. – E espero que nunca se canse de me ouvir dizendo isso.

– Nunca me cansaria. – Declarei e meus lábios já esperavam ávidos pelo seu toque, droga de garoto viciante!

E de repente os móveis brancos e sem vida do quarto não existiam mais, as sirenes das ambulâncias que chegavam a cada meio minuto no hospital pararam de soar, estávamos em um lugar nosso, um lugar só nosso e a única coisa que nos importava era acabar com aquela saudade toda que estávamos sentindo, naquele lugar nossos corações acelerados e nossas respirações descompassadas eram as músicas mais doces e melódicas existentes. Nossa única preocupação era demonstrar o nosso amor, um amor tão grande e tão bonito que chegava machucar nossos peitos.


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Notas finais do capítulo

Bryan como Alex Watson. Sim, irmão da Emma e ele é um gato u.u rsrs