Parfüm escrita por Ryutaion


Capítulo 1
5 dias


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu quero dedicar essa fic ao Die e à Ana, porque foram de nossas conversas no MSN que saiu essa ideia ♥ Sem tirar que o Die é o personagem principal. Devo admitir que foi divertido escrever usando ele KLKLHFSDKLH
Segundo, eu não sei fazer terror, quer dizer, eu não me assusto com minhas histórias.
E terceiro, eu tirei inspiração de um monte de creepypasta pra escrever isso, então se encontrarem alguma semelhança, já sabem.



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Esse é um relato dos cinco dias mais agoniantes da minha vida, que antecederam minha morte. Não espero que ninguém acredite nisso, pois nem mesmo eu acreditaria se lessem esse tipo de coisa. Talvez alguém conheça os “sintomas” que descreverei a seguir e possa se salvar. Se eu acredito que alguém possa se salvar dela? Não mesmo.

Enfim, vamos para a história:

1º dia:

Fui dormir às 2h da manhã, havia passado boa tarde do meu dia conversando com meus amigos online. Eu estava meio perturbado após ler tantos contos de terror, mas mantinha em mente que aquele tipo de bosta não era real. Como eu era idiota...

Dei em minha cama olhando para o teto, não tinha muito sono e fiquei apenas meditando sobre coisas aleatórias. Foi ai que tudo começou.

A janela do meu quarto começou a balançar. “É apenas o vento” – pensei tentando me acalmar.

Peguei o cobertor e pus sobre a minha cabeça, não queria ouvir aquele som, me deixava agoniado. Meus olhos se adaptaram à escuridão debaixo de minhas cobertas e pude ver, não muito claramente, fios de teias de aranhas me cercando.

Aquilo me apavorou, joguei as cobertas no chão e corri para acender a luz. Não havia mais nada lá “Eu estou ficando louca por conta daquelas histórias.” – concluí.

Fui até o banheiro, lavei meu rosto e voltei para a cama. Nada mais aconteceu naquela noite.

2º dia:

Mesmo que eu tivesse tido um sono tranquilo após os acontecimentos da noite passada, aquilo ainda me perturbava e eu me sentia idiota ao me deixar apavorar com historinhas de terror.

Deitei-me, esperei meia hora e nada aconteceu com minha janela. Eu estava mesmo perturbado na noite passada.

Como de costume, me posicionei na cama de uma maneira que meu braço ficasse pendurado para fora da mesma. Fechei meus olhos e tentei dormir.

Senti cócegas na minha mão e puxei-a para ver o que estaria acontecendo. Teias de aranha. Elas estavam prendendo meus dedos. Levantei-me correndo para pegar algo para cortar aquilo. Mas quando acendi a luz, as teias desapareceram.

Voltei a dormir com meus braços cruzados no peito.

3º dia:

Deixei a parte da minha janela que tampava a luz aberta, apenas com a parte de vidro me protegendo do frio da noite.

Já estava cansado daquilo, eu tinha que parar de ser tão idiota. Sinceramente, eu estava pensando em fazer análise. Eu poderia estar ficando com síndrome do pânico e imaginando coisas.

Fui me deitar furioso comigo mesmo. Esperei meia hora acordado, mas nada aconteceu. Os acontecimentos das noites passadas eram apenas coisas da minha cabeça perturbada por conta de amigos também perturbados.

Às duas horas da manhã a janela começou a balançar de maneira tão violenta que pensei que o vidro iria quebra. Sentei-me na cama de rompante e olhei para a janela, as luzes da cidade me permitiram ver aquela criatura estranha.

Parecia um manequim, seu rosto estava pressionado conta a janela, mas não havia nada nele – nenhum sinal de olhos, boca, ou nariz- apenas rachaduras.

Tentei gritar, mas nenhum som saiu, tentei correr, mas estava paralisado pelo medo. Eu só consegui ficar olhando para aquela criatura e esperar que ela quebrasse o vidro e viesse me matar.

Mas não foi isso que aconteceu. Antes que o vidro quebrasse totalmente ela sussurrou: “Venha para a morte, querido”. E isso fez com que eu despertasse, gritei com todas minhas forças, as luzes do quarto da minha mãe acenderam e a criatura sumiu.

“O que aconteceu meu filho?” – minha mãe apareceu assustada na porta do meu quarto.

“Apenas... Um pesadelo” – sussurrei. Se eu contasse a verdade ela não acreditaria mesmo.

4º dia:

Preparei-me para dormir, coloquei uma faca no meu criado mudo, um crucifixo na cabeceira da minha cama, uma lanterna. Passei inseticida pelo meu quarto, para ter certeza de que aquelas aranhas não iriam me incomodar novamente.

Deitado na cama, não consegui fechar meus olhos, liguei a lanterna e ficava passando pelo quarto procurando algum sinal daquela criatura. Mas chegou uma hora que o sono me venceu e adormecei.

O relógio apontava 4h quando abri meus olhos. Um cheiro enjoativo de perfume invadiu minhas narinas. Tentei imaginar de onde vinha aquilo, mas nada me deixo em mente. O cheiro era tão doce que me deu vontade de vomitar.

Tentei me levantar e nada aconteceu. Tentei de novo e nada. Aquela paralisia repentina me deixou louco, tentei gritar, mas nenhum som saiu também.

Consegui ver meu corpo através do reflexo do espelho que tenho em meu quarto, havia teias de aranhas me amarrando à cama. A janela começou a tremer, não consegui virar o meu rosto, mas sabia que a criatura estava lá.

Fechei meus olhos com toda força desejando que a aquela situação passassem logo.

“Querido, a morte é tão doce” - era a voz da criatura.

A janela parou de tremer e eu consegui me mover, mas não tinha mais nada lá.

5º dia:

Aquela seria a última chance que estava dando para minha sanidade. Se aquilo não parasse, eu iria contar para todo mundo o que estava acontecendo e iria pedir para que me internassem em um hospício, que me dopassem, qualquer coisa, exceto conviver com aquilo.

Deitei na minha cama e esperei, esperei e esperei até às 4h. Nada havia acontecido. Meus delírios haviam parado.

Quando eu já estava me sentindo relaxado e pronto para dormir, aquele cheiro veio novamente. Um perfume nojento. Dessa vez eu não fiquei paralisado por teias de aranha.

Levantei-me e fui encarar a janela, mas a criatura não apareceu lá. Eu não ouvi nada se aproximando, mas quando me virei, lá estava ela, um manequim com o rosto rachado.

Sai correndo e conseguir empurrar aquela criatura. Não sei como, mas quando cheguei ao final do correndo, lá estava ela a minha espera.

Perguntei-me como aquele ser conseguia enxergar e foi aí que eu percebi: Teias de aranhas saiam de dentro de suas rachaduras. Eram como bigodes de gato guiando ela na escuridão.

Voltei correndo, fui em direção ao quarto da minha mãe, mas o manequim estava na porta me esperando.

Virei-me para correr, mas as teias me alcançaram, laçando meu corpo, me puxando até aquele manequim.

Só quando estava perto daquele ser que eu vi que sua mão parecia a ponta de uma espada. Arregalei meus olhos. “Você vai gostar da morte, querido”. E aquela mão atravessou meu peito.

O que aconteceu depois? Bem, de manhã minha mãe acordou e me viu lá, morto, pensou que eu havia suicidado, por causa da faca que estava em meu quarto, que na hora estava enfiada meu peito.


Acabei descobrindo que ser morto por aquele manequim era a mesma coisa que levar uma mordida de lobisomem, você se tornava um também. E essa maldição... Bem, chega a ser engraçado como meus amigos tem culpa disso. Eles me mostraram o texto que acordou a criatura que estava aqui.

Mas, AINDA eME vez de me vingarEI, resolvi escrever.



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Notas finais do capítulo

É, Die, te matei e transformei num manequim u3u
E a Ana vai reconhecer bem de onde tirei essa última frase. ASHDKSHALKDHA
Enfim, espero que tenham gostado ♥
E quero reviews q