O Abismo escrita por Miss Weird


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo na área o/
Dei uma revisada básica nos erros, não tenho certeza se corrigi todos, então desculpem se tiver algum
Boa leitura ^^



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- Não quero saber, eu vou com vocês dois e ponto final – disse o loiro decidido.

- Sam, pela ultima vez – disse Axel com os dentes trincados – já é muito difícil eu entrar lá sozinho, com a Lindsay é mais ainda, e se você for junto vai ser mais ainda, então você fica e toma conta do Mikey.

- Meu querido Boo – começou Sam – nós dois sabemos que a maioria dos feitiços de proteção deles são os de terra, e você meu docinho – agora até sóbrio ele iria dar ataques gay? – não se dá bem com esse tipo de feitiço, e eu sou especialista nisso.

- Tudo bem vocês dois – se intrometeu Lindsay – Axel está certo, muita gente vai atrapalhar, mas Sam também tem razão. Então vamos os três, e mais ninguém.

Contra vontade Axel aceitou que Sam viesse junto. Seria difícil colocar todo mundo lá dentro sem serem percebidos. Se ao menos a entrada que ele usava antes ainda estivesse aberta seria a coisa mais fácil, mas um desmoronamento a fechou ha muitos anos. Espera! Sam! Era isso, ele poderia abrir a passagem para eles.

- Tudo bem – disse Axel. – Então Sr. Especialista, já tenho um serviço para você.

                                                           ~*~

- Já estamos chegando Boo? – Era a terceira vez que Sam reclamava, mais uma e Lindsay costuraria a boca dele com aquele cabelo enorme e louro que ele tanto amava.

- Se reclamar mais uma vez faço você voltar para a base com um chute só – reclamou Axel que também não aguentava mais ouvir Sam resmungar.

- Ai Boo, seu malvado – disse fazendo manha – você vai deixar ele me tratar assim Lindsay?

- Vou sim – disse a garota com um sorriso sínico. – E se você não quiser que eu costure sua boca com seu lindo cabelo sugiro que fique quietinho – disse ainda sorrindo.

- Vocês dois estão de complô contra mim? – perguntou um pouco indignado.

- Sam, só não lhe respondo devidamente em respeito a ela – Disse Axel apontando para Lindsay. – E para a sua alegria nós chegamos.

- Aleluia – disse levantando as mãos.

Sam seguiu na frente e parou em frente a um pequeno amontoado de pedras, logo atrás vieram Axel e Lindsay que pararam ao seu lado. Eles estavam no meio da mata fechada. Era noite, haviam saído no final da tarde, mas o caminho era longo, além de que tiveram que inventar desculpas do porque de estarem saindo.

Tudo ao redor deles eram arvores e pedras, não havia sinal de vida humana em qualquer canto, alguns animais eram possíveis se escutar ao longe, mas nada mais, estava tudo em absoluto silencio.

- Vamos baby, me diga o que preciso fazer exatamente.

- Há muito tempo isso aqui era uma passagem que dava acesso diretamente ao castelo, mas ouve um desmoronamento e vários pontos da passagem estão bloqueados por pedras, sua missão é retira-los para que possamos passar em segurança sem riscos de outro desmoronamento – explicou Axel. – Consegue fazer isto?

- Está brincando não é? – perguntou Sam fingindo indignação. – Faço isso com uma mão nas costas.

- Apenas faça – disse revirando os olhos.

Sam se aproximou das pedras e encostou uma das mãos nelas. Relaxou seu corpo e respirou fundo, seus olhos ganharam um brilho dourado, e então ele começou a falar:

Revelare tuum mihi problemata et firmabo eos. Terra moveri voluntatem meam.

Ao terminar de pronunciar as palavras, as pedras começaram a se mover. Um arco foi criado e a antiga passagem foi revelada. Lindsay observava a entrada espantada. Até parecia que nunca havia acontecido algo àquele lugar, perecia novo, como se tivesse acabado de ser construído.

- Muito bem Sam – disse Axel entrando no túnel e criando uma bola de fogo para iluminar o caminho. – Então vamos, que quanto mais rápido chegarmos lá mais rápido saímos.

Os três entraram no túnel e começaram a caminhar. Conforme iam se aprofundando mais pela passagem, alguns desenhos começaram a surgir pelas paredes. Pareciam desenhos de um pássaro, o que deixou Lindsay intrigada, mas não perguntou nada.

Deviam estar caminhando há quase uma hora quando Axel de repente os deixou no escuro. Quando Lindsay ia reclamar ele acendeu novamente uma bola de fogo na mão e se desculpou com eles. Continuaram a caminhar, aquilo parecia não ter fim nunca. Há quanto tempo estavam caminhando? Uma hora? Duas horas? Três? Não sabia, mas já estava exausta.

- Axel você tem certeza que isso vai dar no castelo? – Perguntou Lindsay.

- Tenho, eu usava essa passagem para entrar lá quando era menor, infelizmente é uma longa caminhada daqui até lá – respondeu indiferente.

Uma duvida que já estava incomodando Lindsay há algum tempo era: Por que ele precisaria entrar e sair do palácio sem ser percebido? E como Clarissa sabia disso?

Ela deixou essas perguntas de lado e continuou a caminhar em silencio, aquele não era um momento adequado para tocar naquele assunto, além do mais ela tinha certeza de que Axel iria inventar qualquer desculpa para não ter que se explicar, seria melhor deixar para outra hora.

                                                         ~*~

Estava começando a ficar um pouco difícil para respirar, a passagem parecia cada vez mais se aprofundar na terra. Eles resolveram parar para descansar um pouco. Axel era o mais afetado dos três. Fazer com que a bola de fogo ficasse acesa o tempo inteiro num lugar onde havia pouco oxigênio estava consumindo certa energia dele, e Lindsay percebeu isso.

- Axel – chamou a garota – Descanse um pouco, eu ilumino o caminho.

- Não se preocupe – respondeu ele – eu estou bem, só preciso descansar mais um pouco, nós já estamos chegando.

- Mas Axel, olha o seu estado – disse Sam, vendo que o amigo realmente parecia a ponto de desmaiar.

- Vocês dois podem ficar tranquilos – começou – isso sempre acontecia, mas como faz anos que não venho aqui estou um pouco fora de forma – disse com um sorriso de canto. – Vamos andando – disse já se levantando.

Vendo que Axel não cederia, Lindsay e Sam se levantaram e o seguiram. Depois de mais uns 40 min de caminhada eles chegaram a uma escada de metal enferrujada. Axel se virou para eles e disse.

- Seguinte, essa passagem dá direto par os estábulos, de lá nós vamos entrar na cozinha, há essa hora ela está vazia, mas vamos ter que ser rápidos. O corredor que você descreveu fica perto dos quartos, chegar até lá sem ser percebido não é tão difícil, há varias passagens escondidas, uma delas está na cozinha e se liga até o andar dos quartos – Axel falava com a expressão seria, e os dois prestavam atenção em tudo, pois qualquer errinho custaria suas vidas – o problema está na sala que precisamos chegar, não existe nenhuma passagem que nos leve até lá diretamente.

- Mas Boo, a segurança lá dentro é enorme – começou Sam – há guardas em todos os corredores, como vamos dar conta de todos eles? Por que me desculpem, mas a Lindsay não tem no que ajudar muito, e apenas nós dois não vamos dar conta.

- Ai é que você se engana Sam – quem tinha a voz da vez agora era Lindsay. – Você está certo, em combate eu não vou poder ser útil, mas em distração sim.

- Certo, agora não é hora de discutir sobre isso – disse Axel impaciente. – Primeiro vamos nos concentrar em chegar até os quartos, depois nós pensamos em como passar pelos guardas.

Um pressentimento estranho se apossava de Lindsay, não sabia o porque disso. Não era medo. Claro, ela estava com medo de algo dar errado e os três acabarem decapitados, mas o que sentia agora era diferente de medo, era como se algo fosse acontecer com ela, ela só não sabia se era bom o ruim.

Independente do que fosse ela respirou fundo e seguiu os dois escada acima. Agora não era o momento de ter duvidas, era o memento de se concentrar e saírem vivos dali.


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Notas finais do capítulo

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