Misterious escrita por MandyS


Capítulo 5
Capítulo 5 - Diogo... e uma Marca Estranha


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna..
Como prometido mais um capítulo fresquinho pra vocês!
Não estou em condições de dizer muita coisa,então é isso aí!
Aproveitem!



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Era ele, o garoto que eu vi na praça no outro dia. Aqueles olhos azuis tão bonitos e profundos. Mas ele me olhava de um jeito estranho, com desdém. Fiquei em choque por um tempo, mas depois que ele começou a falar voltei à realidade.

– Aff, só podia ser você neh Sophia?- falou emburrado – Não reconheci por causa do cabelo, credo essa cor ficou péssima em você – tirou onda com minha cara.

Nesse momento eu não sei direito o que houve comigo, comecei a sentir muita raiva dele, e meu corpo começou a ficar quente. Mas acho que havia chegado ao meu limite, outro que achava que eu era a minha irmã. E quem ele pensava que é pra falar comigo assim?

– Já chega, eu não aguento mais. – explodi – Eu não sou a Sophia tá entendendo? Sou a irmã dela, irmã. E quem você pensa que é pra falar assim comigo? Quer saber, vai se danar!

Sai de lá a passos duros, e deixei o garoto estático parado me olhando com uma interrogação na testa.

Entrei em casa feito um furacão, essa escola só tem gente idiota ou o que? E aquele garoto me derrubou e ainda me tratou mal?

– AAAAAAAAAAAAAAA – gritei- eu não aguento esse lugar.

Eu estava irada, joguei minha mochila no chão e cai na cama tentando me acalmar. Meu corpo estava muito quente, e senti uma queimação forte no meu braço direito. Corri pro espelho pra ver o que era que estava havendo, me assustei com o que vi.


Povs Sophia on


Passei um bom tempo explicando pros representantes que eu tinha uma irmã gêmea, e tal. Acabou que tivemos que adiar a reunião pro intervalo, o que resultou em nada de intervalo pra mim.

Como será que os outros alunos reagiram quando descobriram que eu tenho uma irmã? Até chego a ficar com pena dela, com todo mundo achando que ela era eu, e ela ter que explicar tudo sozinha.

–Ah pelo menos eu me livrei dessa função. – pensava enquanto voltava pra casa.

Fui tirada dos meus devaneios quando vi uma cena interessante um pouco mais à frente, me escondi e observei minha irmã falando com um garoto, mas não era qualquer garoto era o Diogo.

Ela parecia estar gritando com ele, depois saiu muito brava e deixou-o lá com cara de taxo. Me aproximei e falei divertida.

– Nossa Dioguinho, você deve ter feito algo muito ruim pra minha irmã ter gritado tanto assim. Estou enganada? – falei me segurando pra não rir.

– Peraê, Sophia? – ele parecia perdido – se você está aqui, quem era aquela garota?

– Você não ouviu o que eu disse? É minha irmã gêmea, idiota! – falei. Como ele consegue ser tão lerdo?

– Você tem uma gêmea? Era só o que faltava. – falou – Porque você nunca falou isso pra ninguém na escola?

– Isso não interessava, eu e ela não nos damos bem. – disse – E pelo visto você faltou à aula hoje neh, já que esse foi o assunto do dia. Mas diz ai, o que fez pra ela gritar daquele jeito?

– Não te interessa – falou e fechou a cara – E já que vocês não se dão bem, é porque ela deve ser bem melhor que você. Quer saber nem sei por que estou falando com você, fui - ele saiu e me deixou sem resposta.

O Diogo não gostava de mim de jeito nenhum, ano passado logo que eu assumi meu posto de representante, ele foi minha primeira vítima. Ele era meio rebelde e matava muitas aulas, e mesmo que eu não tivesse nada contra ele, eu o dedurei, e ele acabou suspenso. Somando as faltas com a suspensão ele ficou numa situação muito ruim no colégio, e só piorou quando ele não foi bem nas provas finais, resultado, ele acabou reprovado. Agora estava tendo que repetir o 3º ano. Mesmo já tendo passado um bom tempo ele ainda não me suportava.

Não que eu me importasse, mas era chato ser odiada por alguns alunos, só porque eu era implacável e não tolerava desordem. Engraçado pensar que um tempo atrás eu era quem causava desordem, mas isso mudou quando eu entrei pra esse colégio. Mas eu tive que lutar muito pra conseguir esse cargo, não que eu tivesse notas ruins, o problema era meu histórico com brigas na antiga escola. Mas eu provei que era digna do cargo, e desde que assumi o posto tenho mantido a ordem no lugar. Fiquei conhecida como a Representante Durona.

Depois que ele saiu resolvi retomar o caminho de casa. Havia desistido de tentar saber o que se passou, afinal se ele não me contou, com a Amanda é que eu não ia saber mesmo. Mas no meio do caminho eu comecei a ter uma sensação estranha, não sabia como, mas eu sabia que era algo com a Amanda. Fui correndo pra casa, e quando cheguei fui direto ao quarto dela.

– Amanda, está acontecendo alguma coisa? Você está bem? – eu falava apreensiva- Abre essa porta.

– O que você quer? Eu estou bem, não preciso de você. – ela respondeu – Vá embora e me deixe em paz.

– Eu sei que está acontecendo algo, abre a porta – disse.

–Eu já disse pra me deixar em paz – ela gritou.

A voz dela estava meio estranha, eu tinha certeza que havia algo acontecendo, mas resolvi deixar pra lá por enquanto. Se ela não queria me contar eu não ia obrigá-la, não agora. Mas eu ia descobrir uma hora, não ia descansar até saber o que estava acontecendo.


Entrei no meu quarto e me joguei na cama. Aquilo era muito estranho, eu não sei o porquê, mas estava preocupada com ela.


Povs Sophia Off


************


Me olhava no espelho espantada. Havia uma marca no meu braço direito que parecia ser uma chama dentro de uma espiral, era como uma tatuagem de uns 7cm, mas de onde ela tinha surgido? E por quê? Estava muito assustada, não fazia idéia do que estava acontecendo, mas eu ia descobrir.

Me assustei quando a Sophia começou a bater na porta do meu quarto perguntando se tinha algo errado comigo. Como ela sabia? Eu menti e mandei-a embora, não podia deixar que ela descobrisse aquela marca no meu braço, nem ela nem ninguém.

No almoço ela me olhava intrigada, e eu simplesmente fingia que nada estava acontecendo, como eu sempre usava blusas com mangas, não era difícil esconder a marca no meu braço, mas eu sabia que tinha que tomar cuidado, pois ela não ia me deixar em paz até descobrir o que se passava comigo. Meu pai estranhou a situação, mas não disse nada.

Voltei ao meu quarto e me deitei no chão, gostava de pensar deitada no mesmo. Olhei pra minha cama daquele ângulo, e me lembrei de um baú que eu deixava embaixo dela.

Cheguei mais perto da cama, me sentei, levantei a colcha, e o vi, no mesmo lugar onde eu havia deixado. Me alegrei, sabia o que tinha dentro dele, e estava animada com isso. Abri e me deparei com um par de patins, meus patins, eu adorava andar neles, mas só fazia isso quando estava aqui.


Peguei e experimentei, ainda serviam perfeitamente. Decidi que no fim da tarde eu ia dar uma volta com eles na praça, tive uma idéia do que fazer em uma das paredes, mas precisava de alguém que fizesse pra mim.


************


No fim da tarde eu saí de casa em direção à praça, achava que lá era um ótimo lugar pra eu andar de patins, sai silenciosa pra que a Sophia não me visse. Só avisei pra Cida aonde ia, e disse pra ela falar apenas pro meu pai, que no momento estava trabalhando.

Calcei os patins, pus os acessórios de proteção e comecei a andar, era muito legal, sentia uma liberdade imensa quando patinava, só não era melhor porque na praça não dava pra fazer muitas manobras. Fique rodando pela praça por um bom tempo, mas alguém resolveu aparecer e minha alegria se foi.

– Nossa você patina muito bem – o garoto dos olhos azuis falou.

– Eu já sabia disso, com licença vou voltar pra casa – falei seca e fui me retirando.

– Espere – chamou e me segurou pelo braço – Eu queria me desculpar por mais cedo, fui muito grosso com você.

– Tá certo, mas me solte – falei ríspida.

– É que eu pensei que você fosse a Sophia, e eu não me dou muito bem com ela, eu não sabia que ela tinha uma irmã.– se explicou.

– Bom você não foi o único a me confundir, e sobre não se dar bem com ela, também não está sozinho. – falei– Mas nem por isso fui com sua cara.

– Nossa você é bem nervosinha heim.- falou cínico – Gostei de você. Me chamo Diogo...- não terminou pois o interrompi.

– Pois eu não gostei de você – disse ainda ríspida – Já perdi muito tempo aqui, adeus.

Sai de lá e o deixei sozinho de novo, dessa vez ele não me seguiu. Mas antes de eu me afastar muito ele gritou.

– Ei você não me disse seu nome!

– Descubra sozinho – respondi no mesmo tom e acelerei com os patins.



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Notas finais do capítulo

Aeeeeee, finalmente revelei o nome do gatinho!
O que será aquela marca no braço dela?
Porque será que a Sophia sentiu algo estranho?
Só descobrirão nos proximos capitulos!
E ae, o que me dizem do Diogo?
Mereço Reviews?