Misterious – Capitulo 35

Povs Mandy on

Me sentia fraca e confusa, não sabia aonde estava, mas não gostava daquela sensação, abri os olhos e me vi no Colégio, não sabia como tinha ido parar lá, ouvi um barulho e me virei, dei de cara com uma cena conhecida, eu sendo perseguida por William e Diogo me salvando, tentei me aproximar, mas o chão embaixo de mim desapareceu e eu caí no vazio.

Abri os olhos de novo, mas agora eu estava naquela floresta me vendo ser perseguida de novo, eu sentia medo, vi Isadora, e ela olhou pra mim, tentei alcança-la, mas senti meu corpo ser puxado pra outro lugar.

Dessa vez eu estava em Nova York, parecia ser o dia do baile, me vi correndo pela rua, fugindo, foi a primeira vez que vi William, mas eu nem sabia quem ele era na época.

Eu via tudo do alto, era uma lembrança que eu preferia esquecer.

Eu tinha acabado de flagrar meu “namorado” me traindo com minha “melhor amiga”, e estava chocada com o que ouvi deles dizendo.

Minha decepção era imensa, eu corria tentando chegar em casa, até sentir que me observavam, passei a correr mais rápido, o medo tomou conta de mim.

Sentia que estavam chegando cada vez mais perto, e por um milagre eu me vi em frente ao meu prédio, corri o mais rápido que eu pude e consegui fugir e entrar no prédio, mas algo me fez querer ver o rosto de quem me perseguia então eu me virei, estava escuro e tudo que eu vi foram os olhos dourados e o cabelo vermelho que eram refletidos pela luz.

Depois disso tudo ficou escuro, mas uma luz ao fundo revelou a imagem de uma mulher, era Isadora, ela olhava pra mim com compaixão, ela moveu os lábios, foi apenas uma palavra, que eu ouvi como num sussurro.

– Fuja!!!

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Abri os olhos devagar, com as imagens do meu sonho e o que Isadora disse ecoando em minha mente, ainda estava um pouco tonta e principalmente confusa. Olhei ao meu redor e me deparei com quarto totalmente branco, com detalhes de rosas desenhados nas paredes, eu estava deitada em uma cama que ficava no meio do quarto que estava com uma colcha branca e com detalhes semelhantes aos das paredes, além da cama só havia um espelho naquele quarto.

– Aonde é que eu tô? – disse confusa.

Tentei me levantar, mas uma vertigem me fez sentar na cama novamente, de repente todas as lembranças da noite anterior vieram como um furacão em minha mente, senti meu coração apertar e não consegui evitar que uma lágrima caísse.

Me lembrei de ter sido agarrada por Giovanne, e da cara que o Diogo fez quando viu aquilo, mesmo que eu estivesse tonta eu conseguia ver a decepção em seus olhos, o pior é que ele nem tinha me dado chances de explicar, e aquilo fazia a dor aumentar.

Eu tinha que explicar pra ele, mesmo que ele não quisesse me ouvir, mas o mais importante agora era eu que eu tinha que sair desse lugar.

Fui até a porta e tentei abrir, tudo em vão, ela estava trancada, tentei usar meus poderes, mas era estranho, a porta não sofria nada, de que será que ela era feita?

– Como é que eu vim parar aqui? – disse e aí me lembrei da ultima coisa que vi antes de desmaiar - William – sussurrei e num segundo depois, ouvi passos firmes no corredor, só podia ser ele, corri pra cama, me encolhi e abraçando minhas pernas, como se tentasse me proteger.

Calafrios, coração acelerado, tremores, todas as sensações se misturavam e resumiam o medo que predominava em mim enquanto via aquela porta se abrir, não aguentei a tensão e escondi o rosto em meio a meus joelhos.

– Parece que minha princesa acordou, dormiu bem? – ouvi sua voz pela primeira vez, ela me era familiar, eu até então ainda não tinha me mexido, mas eu precisava ver como ele era.

Levantei o rosto, e assim que mirei sua face meu espanto foi ainda maior, aquele rosto, do homem que eu tenho tanto nojo, só o que mudava eram o cabelo e os olhos, agora ele mostrava os fios vermelhos e os olhos dourados.

– Agora entendo o porquê de eu nunca ter ido com a sua cara, Robert!

– William querida, William, Robert não existe, quer dizer, não existe mais – disse em tom de deboche.

– O que você quer dizer com não existe mais?

– Um dia você saberá, mas me diga, gostou do seu novo quarto?

– Não, me tire daqui, eu quero voltar pra minha casa.

– Aqui é sua nova casa, minha querida Isadora.

– Eu não sou a Isadora seu demente, me mande de volta pra minha família.

– Eu sou sua única familia daqui pra frente, mas não se preocupe, logo você verá seus amigos de novo, uma ultima vez pelo menos – disse e foi se retirando, num ato de desespero fui atrás dele, mas ele fechou a porta antes que eu o alcançasse.

– O que quer dizer com ultima vez? - gritava e batia naquela porta – Volte aqui e me diga.

Fiquei um tempo batendo naquela porta e gritando, mas foi em vão, ele não deu sinal que ia voltar tão cedo, eu estava presa ali, e agora estava com um mal pressentimento sobre o que ele falou.

Resolvi voltar pra cama, e tentar pensar no que fazer, mas na volta olhei meu reflexo no espelho, e mais uma vez minha reação foi de espanto. Corri e fiquei de frente ao mesmo com as mãos encostadas na parede, pisquei varias vezes tentando ver se não era uma alucinação, peguei no meu cabelo pra ter certeza, não era alucinação, era real.

– Mas que porra é essa? - disse confusa.

Povs Mandy Off

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Povs Sophia On

Quando eu disse pro Diogo que a Mandy havia sumido, ele nem esperou eu dizer mais nada, só disse que estava indo a meu encontro. Infelizmente minha mãe também escutou meu relato a ele, e se antes ela já estava mal, a situação só piorou, e naquele momento ela começou a entrar em desespero, o que me deixou mais preocupada.

Minha preocupação com minha mãe não durou muito, quese que imediatamente deixou de lado os outros problemas, e até acho que esqueceu-se do termino do noivado, naquele momento só o que importava era o paradeiro de minha irmã, e nada mais. A primeira coisa que ela fez, por mais incrível que parecesse, foi entrar em contato com meu pai, que quando ouviu a notícia do desaparecimento de minha irmã disse que pegaria o primeiro voo pra New York.

Depois disso ela entrou em contato com a polícia, que não serviu de nada pra dizer a verdade, vieram com aquele papo de que só poderia considerá-la desaparecida após 24 horas, e naquele momento só deveria ter cerca de 12 horas que ela tinha sumido.

Decidimos então procurar por nós mesmos, as amigas dela se dispuseram a ajudar na hora, mas aonde ela poderia estar? Aquela cidade era imensa, e nós não tínhamos nenhuma pista.

Diogo não parava de se culpar, ele estava quase tão desesperado quanto minha mãe, e por mais que tentássemos acalmá-lo, era tudo em vão.

– A culpa é minha, se eu não tivesse sido tão idiota e tivesse parado pra escutar ela isso não teria acontecido – Diogo se lamentava.

– Calma Diogo, nós vamos encontrá-la – Lexis tentava consolá-lo.

A Lexis estava sendo muito forte, mas eu podia ver o quanto ela estava preocupada, afinal era a melhor amiga dela que tinha sumido, e mesmo que antes elas estivessem brigadas, nada daquilo importava mais, até porque não existia mais plano, pois nem casamento ia haver mais, e não precisamos mover uma palha sequer.

Estávamos reunidos no apartamento da minha mãe, os filhos da natureza e as Redheads, todos estavam se mobilizando pra encontrar minha irmã, quer dizer quase todos, tinha alguém que eu não tinha visto ainda.

– Gente, alguém viu o Nick?

Povs Sophia Off