El Beso Del Final escrita por Ms Holloway


Capítulo 10
Onde está Letty?




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Capítulo 10


 


Onde está Letty?


 


 


Los Angeles, 1995


 


               Tony Toretto chegou cansado de seu jogo de cartas, mas feliz porque tinha conseguido limpar seus amigos naquela noite. Sorriu divertido ao se lembrar da cara de chateação de seus companheiros de jogo ao vencer a maioria das partidas e levar todo o dinheiro para casa.


            Ele ficou satisfeito ao chegar em casa e encontrar tudo limpo e em ordem. Nem parecia que tinha havido uma festa lá. Vince dormia no sofá, mas isso já era de se esperar. Tony não se importava que ele ficasse por lá. Gostava de Vince. Ele era amigo de Dom desde que freqüentaram a terceira série do primário juntos.


         Subiu as escadas, ansioso para se deitar em sua cama quando ouviu vozes vindo de seu quarto. Não reconheceu de imediato de quem eram as vozes, mas ao se aproximar da porta não teve dúvida de quem se tratava. Girou a fechadura com força e seus olhos se alargaram ao ver Dominic tentando desesperadamente abotoar a blusa de Letty enquanto ela olhava na direção da porta com expressão de pânico no rosto.


- Pai... – Dom começou a dizer sem saber exatamente o que ia falar quando Toretto o interrompeu:


- Vocês dois, na cozinha, em cinco minutos!


     Dizendo isso, ele saiu do quarto e os deixou a sós. Dom finalmente conseguiu terminar de ajudar Letty a abotoar o top. Tirar tinha sido fácil, mas colocá-lo de volta e sob pressão é que tinha sido difícil.


- Dom, o que vamos dizer pra ele?- Letty indagou, preocupada.


- Eu não sei!- Dom respondeu vestindo a camisa.


   Letty arrumou os cabelos que Dom tinha bagunçado com os dedos num gesto nervoso.


- Temos que pensar rápido, Dom. Acho que ele percebeu o que aconteceu aqui.


- È, óbvio que ele percebeu, Letty!- ele gritou.


- E o que vamos dizer?- ela insistiu.


- Porra, Letty, eu não sei! Você quem começou com isso!


   Ela olhou para ele, furiosa.


- Se não quiser levar um chute no traseiro, Dominic Toretto, não diga mais nada desse tipo pra mim! Sim, eu queria fo**er com você, mas você também queria ou vai negar isso pra mim, seu desgraçado covarde?


   Dom viu que ela estava tensa e notou que os olhos dela estavam marejados, embora soubesse que ela nunca iria chorar na frente dele.


- Você está arrependido, então?- ela indagou, os lábios tremendo. Estava na cara que ela controlava o choro.


  Ele se sentiu, culpado, mas não arrependido.


- Não, nunca, baby. Você tomou coragem de fazer o que eu queria fazer a muito tempo.- ele comentou e a abraçou com carinho, beijando-lhe os lábios. – Vamos resolver isso, tá bom? Se meu pai quiser nos matar pelo que fizemos hoje, morreremos juntos.


   Letty riu e relaxou um pouco.


- Ele pode até te matar, mas vai ter que deixar alguma coisa pro meu padrinho, porque ele vai ficar uma fera se o seu pai contar pra ele o que nós fizemos.- ela voltou a ficar tensa novamente. – Acha que ele vai contar?


- Nossos cinco minutos acabaram.- disse Dom com um suspiro segurando a mão de Letty. Eles desceram as escadas em silêncio e encontraram o pai de Dom sentado à mesa de jantar.


- Sentem-se!- ele ordenou em tom seco.


            Dom e Letty tomaram seus acentos e Tony perguntou:


- Minha chegada repentina impediu vocês dois de cometer essa loucura ou eu cheguei tarde demais?


- Pai, eu não sou mais um moleque... – Dom começou a dizer, mas Tony o cortou.


- E é por isso mesmo que eu estou decepcionado com você, Dominic! Você tem 20 anos, é um homem adulto, o que estava fazendo com uma garota de dezesseis anos? E não apenas uma garota qualquer, mas a Letty. A afilhada de um dos meus melhores amigos!


- Tio Tony, a idéia não foi dele!- Letty justificou Dominic.


- Eu imagino!- retrucou Tony com ironia. – E agora? O que vocês dois tem para me dizer? Que não conseguiram controlar seus próprios hormônios? Principalmente você Dominic que já é um homem! E ainda por cima debaixo do meu teto! Vocês deveriam se envergonhar!


- Pai, desculpa por ter acontecido no seu quarto...


- Não era pra ter acontecido em lugar nenhum. Não enquanto Letty for menor de idade e estiver sob a minha responsabilidade quando os padrinhos dela não estão por perto! E se ela ficar grávida, Dominic? Ou você pelo menos se lembrou de protegê-la?


       Dominic abaixou a cabeça e não conseguiu nem olhar para o pai. Tony ficou ainda mais decepcionado.


- Já sabe que vai ter de arcar com as consequências se ela ficar grávida, não sabe Dominic? A Letty não é como uma dessas garotas que você está acostumado a andar por aí!


- Tio Tony, o senhor poderia parar de falar como se eu não estivesse aqui?- disse Letty, aborrecida porém muito embaraçada de ser o centro daquela conversa.


     Dominic tomou a mão dela na sua e a acariciou para que ela se acalmasse e erguendo o rosto com confiança, disse ao pai:


- Eu gosto da Letty, pai e como o senhor mesmo disse, não sou nenhum adolescente, portanto, a partir de agora, eu e a Letty estamos namorando. Mas namorando sério porque eu sei que ela não é como nenhuma dessas garotas por aí e eu não preciso nem que o senhor me lembre disso.


   Letty achou que seu queixo fosse cair quando Dom disse aquilo. Mas a reação dela foi a última que ele esperava:


- E quem disse que quero namorar sério com você?- ela rebateu e se levantou da mesa, deixando a cozinha e batendo a porta. Dominic ficou pasmo e foi imediatamente atrás dela.


- Letty, volta aqui! O que está fazendo?


     Dominic não viu, mas quando ele deixou a cozinha para ir atrás da furiosa Letty, o pai dele ficou rindo. Tony sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Já tinha percebido o envolvimento deles desde antes de eles se darem conta disso.


 


Los Angeles, 2009


 


- Não é ela!- disse Dominic com convicção dando as costas à janela de vidro. Bryan ordenou que fechassem a cortina e foi atrás dele. Mia esperava do lado de fora.


- Dom!- ele chamou. – Como pode ter tanta certeza? A Mia viu o corpo de manhã...


- Está dizendo que não é ela?- dessa vez foi Mia quem perguntou.


      Dom balançou a cabeça negativamente.


- Se querem ir em frente com essa história de autópsia, por mim tudo bem! Mas eu asseguro que aquela moça morta lá dentro.- ele apontou para o necrotério. – Não é ela! Eu conheço a Letty muito bem. Desde que tinha dez anos de idade e era uma coisinha magrela que andava atrás de mim repetindo meu nome mil vezes, Dominic! Dominic! Querendo saber tudo sobre carros e motores.


     Bryan ficou pensativo e Dom continuou:


- Minha garota sempre foi muito esperta, O’Conner. O único erro que ela cometeu foi o de ter aceitado participar da sua investigação. Eu vou encontrá-la usando dos meus próprios meios. Vamos embora, Mia!


    Ela se ergueu para acompanhar Dom, mas antes que eles se afastassem muito, Bryan ainda disse:


- Sabe que ela fez isso por você, não foi?


    Dom não respondeu e conduziu a irmã para o elevador.


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    Vince juntou todo o resto de garrafas vazias de cerveja e alguns pratos descartáveis de comida chinesa que estavam há séculos acumulados embaixo da mesa da cozinha e enfiou tudo em uns sacos que conseguiu com o vizinho do lado. Tinha acabado de telefonar e pedido uma pizza para Letty. Leon estava vindo também. Vince apenas contou a ele que Letty estava em sua casa, mas não mencionou que ela não tinha voltado sozinha. Seria melhor que o amigo visse com seus próprios olhos.


    Quando Vince terminou de deixar a cozinha apresentável, Letty apareceu lá, bocejando e esfregando os olhos.


- Acabei dormindo.- disse.


- E a nenê?- ele indagou.


- Está dormindo. Ela estava um pouco agitada com a mudança de ambiente e a viagem, mas finalmente consegui fazê-la dormir um pouco.


- Eu pedi uma pizza e o Leon está vindo.


     Letty sorriu.


- Obrigada, Vince.


- Não tem que agradecer. Estou feliz que tenha voltado.


      Ele se aproximou e a abraçou com carinho. Letty deixou-se ficar nos braços dele por alguns minutos. Era tão bom poder ser abraçada por um de seus amigos depois de tanto tempo e de tudo o que ela tinha passado sozinha. Vince beijou-lhe o topo da cabeça e a soltou de seu abraço antes de perguntar:


- E o Dom? Ele sabe que é “papa”?


      Letty balançou a cabeça negativamente e puxou uma cadeira.


- Não o vejo há mais de um ano. Não consegui encontrá-lo depois que você e o Leon estiveram na República Dominicana.


- E você esteve lá com a nenê todo esse tempo?- indagou Vince, curioso.


- Sim.- Letty respondeu. – Mas estive em LA alguns meses antes dela nascer. Fiquei na casa da Mia. Eu não sabia ainda que estava grávida.


- Por que não nos procurou quando esteve aqui? E por que voltou sozinha para a República Dominicana? Você poderia ter ficado na casa da Mia. Nós teríamos te ajudado.


- Vince, eu voltei pra LA porque queria limpar o nome do Dom.- ela contou. – Eu procurei o Bryan e...


- Você procurou o O’Conner? Mas por que foi falar com aquele traste? Ele é um tira filho da puta!


- Hey, Vin, o Bryan salvou sua vida! Se ele não fosse tira você teria levado o farelo naquela estrada há cinco anos atrás.


- È, mas aquele boyzinho só fez isso pra continuar transando com a Mia e no final ele se ferrou porque ela não quis mais ele!- Vince riu.


- Vince!- Letty ralhou.


- Tá, tá bom, não vou mais falar do almofadinha! Mas de qualquer forma, o que ele disse quando você o procurou?


- Que podia me ajudar a limpar o nome do Dom se eu o ajudasse em uma operação da polícia. Eu teria que me infiltrar entre os pilotos de Arturo Braga, você o conhece?


- Puta que pariu, Letty! Eu já ouvi falar desse tal de Braga. O sujeito consegue ser mais barra-pesada do que todos nós juntos. Deixa eu adivinhar, você conseguiu se infiltrar entre os pilotos dele e se meteu na maior furada?


           Letty assentiu.


- Vince, o cara é um psicopata! Ele mandou o capanga-mor dele, um sujeito medonho chamado Fênix nos levar para o deserto, atravessando a fronteira e transportando o bagulho dele. Quando chegamos do outro lado, o cara começou a atirar pra todo lado, fuzilando a galera. E ainda tentei fugir com um chapa que eu conheci por lá, mas estouraram a cabeça do infeliz sem pensar duas vezes. Eu tava fodida, Vince! Eu fugi no meu carro pensando no bebê que agora eu sabia que estava esperando e então o filho da puta me cercou na estrada. O meu carro capotou, mas eu consegui fugir.


         Vince estava pasmo com a narrativa de Letty.


- Fugiu pra onde? Pra casa da Mia? Devia estar ferida?


- Eu estava ferida e fui salva por um casal que passava ali perto. Eles me levaram pro hospital. Fiquei alguns dias internada. Ainda falei com a Mia e contei a ela que estava grávida. Consegui comprar passagens de volta pra República Dominicana usando nome falso, mas acabei perdendo todo o dinheiro que Dom tinha me deixado quando fui perseguida pelos capangas do Braga no aeroporto.


- Então eles sabem que você está viva?


- Isso mesmo! E foi por isso que fiquei esse tempo todo na República Dominicana. Mas eu não quero mais me esconder Vince. Quero resolver tudo isso pelo bem da Nina.


- Vince! Letty! Vocês estão aí?- indagou Leon adentrando a casa e indo direto para a cozinha.


- Leon!- Letty exclamou, feliz em rever mais um amigo.


- Baby, que saudade!- disse Leon indo abraçar Letty e estreitando-a contra o peito. – Olha só pra você! A mesma gata de sempre!


        Letty sorriu.


- È bom ver você também.


- Se eu soubesse que você estava voltando pra LA tinha colocado seu nome no racha que vai ter hoje à noite na Hollywood boulevard. Vai ser o bicho, cara!


- Bem, Leon, eu não tenho corrido muito ultimamente.- disse Letty.


- Como assim não tem corrido?- estranhou Leon. – Tem gasolina nas suas veias que eu sei, gata. E o Dom? Parou de brincar de esconde-esconde com você e resolveu dar as caras né?


- Do que está falando?- Letty retrucou. – Eu não sei do Dom desde que... – ela começou a dizer mas um choro alto de bebê a interrompeu. Leon ficou estático.


- Mas o que foi isso?- perguntou sem entender e olhou pra Vince. – Vince, mano, não vai dizer que você arranjou...


- Não contou pra ele?- foi Letty quem perguntou.


- Contar o quê?- questionou Leon ficando cada vez mais confuso.


- Eu quis deixar você mesma dizer.- acrescentou Vince.


        O choro se tornou mais alto e Letty deu as costas aos dois.


- Vince, meu irmão, o que tá pegando? De quem é esse bebê?


         Letty voltou logo em seguida tentando acalmar uma Caterina muito chateada.


- Nós a acordamos falando tão alto.- Letty explicou. – E ela detesta ter a sua soneca interrompida.


        Leon olhou para o pequeno bebê nos braços de Letty. Era uma menina fofinha, de abundantes cabelos escuros, vestida de macacão amarelo.


- Uau!- ele exclamou. – Vince por que não me contou que você é pai? Bem que eu ouvi uma conversa lá no nosso setor sobre você ter engravidado a Susie.


       Letty revirou os olhos.


- Eu não engravidei a Susie, porra nenhuma!- disse Vince. – Não percebeu ainda não, ô tapado? Esse bebê é da Letty...e do Dominic!- ele acrescentou.


- Cacete!- disse Leon e Letty reclamou:


- Será que dá pra vocês dois controlarem essas bocas sujas perto da minha filha?


- O Dominic é papai? Caramba, eu nunca ia imaginar!- falou Leon. Caterina continuava berrando e Letty a embalou fazendo carisonhamente com ela.


- Está tudo bem, mi cielo, não precisa ficar tão aborrecida!


- Como é o nome dela?- Leon perguntou.


- Anna Caterina.- Letty respondeu. – Mas eu a chamo de Nina.


- Olá, Nina!- disse Leon falando com doçura. – Me dá ela aqui. Vou fazer ela parar de chorar.


- O que vai fazer?- perguntou Vince. – Pôr uma rolha na boquinha dela? Cara, você é péssimo com crianças.


- Cala a boca, imbecil.- rebateu Leon. – Pro seu governo sou muito bom crianças. E a Nina é uma coisinha linda não é?


       Nina parou de chorar e pareceu focar seus olhinhos castanhos em Leon.


- É, você gosta de mim, não gosta, garotinha? Vem aqui com o tio Leon.- com cuidado ele pegou a menina dos braços de Letty. Ela se surpreendeu, ele era mesmo muito jeitoso. – Pronto, agora você está muito confortável com o tio, Leon e não precisa mais chorar senhorita Toretto. Você é durona como o seu papa, não é?


- Leon, o que você quis dizer com o Dom parou de brincar de esconde-esconde comigo?


      Leon ergueu o olhar para ela.


- Eu ainda não contei, não? Estamos indo ter uma reunião de família depois de muito tempo porque quando eu estava vindo pra cá passei na garagem do Loiro e ele me disse que o Dominic apareceu hoje por lá muito cedo. Deixou o chevelle pra consertar.


      Letty sentiu o coração acelerar dentro do peito. Finalmente Dominic estava de volta.


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- O que você quis dizer quando disse ao Bryan que ia encontrar a Letty usando seus próprios meios?- Mia indagou a Dom enquanto dirigia pelas ruas da cidade depois deles terem saído do necrotério.


- Você sabe o que eu quis dizer, Mia.- ele respondeu carrancudo.


- Dom, você sabe que não pode ficar zanzando por aí. A polícia vai te encontrar e eles não vão pensar duas vezes em te mandar de volta para Lonpoc.


- Eu preciso encontrá-la, Mia! A Letty está desaparecida e eu não vou descansar enquanto não achá-la, não importa o que você diga. Eu sei que ela está por aí em algum lugar.


- Como você pode saber?


- Diabos, Mia! Eu apenas sinto. Você sabe que eu a amo, não sabe?


       Mia parou o carro e olhou para o irmão com ternura. Era muito raro ouvir Dom falando daquele jeito.


- Eu sei. Também quero que ela volte.


      Dom abraçou Mia e a beijou na testa antes de abrir a porta do carro.


- Aonde você vai?- ela indagou.


- Usar dos meus meios. Vejo você mais tarde.


- Tenha cuidado, meu irmão.- ela pediu. Dominic assentiu e seguiu seu caminho em direção ao primeiro lugar onde deveria procurar.


      Caminhou pelas ruas por cerca de meia hora até chegar a uma casa de fachada padrão americana, feita de madeira e janelas de vidro. Uma mulher de meia idade estava ajoelhada no gramado em frente à casa, plantando rosas. Dominic se aproximou e falou com ela:


- Olá. Sra. Ortiz.


      A mulher levantou o rosto e o fitou com seriedade antes de dizer:


- Há quanto tempo não o vejo, Dominic. Acho que desde o funeral do seu pai.


- Tenho andando distante e peço desculpas.


      Ela sorriu e se ergueu do chão batendo a areia da calça jeans antes de dar um beijo no rosto de Dom.


- Vamos entrar.- disse ela conduzindo-o para a varanda.


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      Gisele tomou devagar mais um gole de seu copo de uísque e atirou com rapidez um dardo que tinha nas mãos, acertando-o em cheio no alvo pregado à parede. O telefone ao seu lado tocou e ela atendeu prontamente.


- Sim?- disse.


- Ele está na cidade. Acabei de saber que deixou o carro no conserto.- disse uma voz masculina do outro lado da linha.


- Reportarei ao Braga.- disse ela, desligando o telefone em seguida.


 


Continua...


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