Life Changing escrita por Cecí


Capítulo 11
Capítulo 10 - A brand new day


Notas iniciais do capítulo

* Um novo dia.
Aproveitem lindonas! ;D



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Quando Christian acordou, tinha plena consciência do mal-entendido que havia acontecido entre ele e Nina. Ele jurara - ou pensara - que tinha sido ela quem tinha cuidado dele. "Eu deveria ter averiguado com Lexi antes de fazer uma besteira dessas. Que vergonha!", pensou levantando da cama. 

Ele saiu do quarto - sua casa tinha um primeiro andar muito mal feito com dois quartos, uma janela frontal e um banheiro. A casa era uma porcaria segundo sua visão. Há tempos precisava de uma pintura, uns reparos no telhado, a casa possuía algumas infiltrações, e quando ficava frio, parecia que a madeira da casa não mantinha o calor. Bem, não seria ele quem iria trabalhar para ajeitar aquela casa. 

As perspectivas de Christian eram muitos pequenas. Pensava em arrumar um emprego no Young's Café, depois que terminasse a High School, e tentaria entrar para a Infantaria do Exército Americano. Mas Lexi sabia que isso era uma ilusão muito grande. Ela não desencorajava seu irmão a entrar para a Infantaria, mas sabia que ele não conseguiria. Além de preguiçoso, Christian não estudava, só queria saber de beber, de farrar, ter uma vida boêmia e cheia de mulheres ao seu redor. Como ele poderia passar por um teste escrito, se ele nunca sequer pegara nos livros uma vez na vida? Lexi guardava suas opiniões para si, e torcia muito para que ele conseguisse entrar para a Infantaria, por que seria um emprego fixo e ele não precisaria se preocupar mais para o resto da vida, mas ela era racional e bem pés-no-chão para encarar a realidade. 

Christian procurou Lexi pela casa e não a encontrou; deu de ombros. Afinal, ela era grandinha e sabia o que fazia, pensava. Ligou a televisão, e deitou no sofá, ainda de samba-canção, gabelos desgrenhados e pés descalços.

"Quem era Nina?", pensou, "Que garota fascinante!" Não sabia se era sua beleza brasileira ou era o jeito meigo que emanava dela. Muito diferente das outras garotas que só queriam ser as melhores, tentavam imitar Debby até na arrogância, e eram materialistas demais, sem carinho e sem meiguice. "Como me aproximar dela?". Então ficou pensando, pensando, e acabou dormindo novamente. Meia hora depois, ele estava com a boca aberta e com a baba escorrendo pelo canto da boca. 

Odele acordou feliz. Para ela, ser notada por Duke era um grande acontecimento. Há anos esperava por sua atenção. Desde a quinta série, quando ela descobriu que ele era engraçado ao ser seu "cunhado" por algumas semanas. Duke e Elise tiveram um pequeno romance e trocaram alguns beijos. Odele que era introvertida, acabou presenciando alguns momentos com eles e descobriu o quanto se sentia bem com Duke. Então, sempre que ele iria ver Elise, ela se escondia por trás da porta da cozinha para ouvir sua conversa e conhecê-lo melhor. Ela sempre se imaginou no lugar de Elise quando eles trocavam beijos - ou melhor, lambidas por que crianças de quinta série não sabem o que é isso. Ou sim né. Continuando...

Ela levantou cedo flutuando da cama, propriamente dizendo, e foi ao quarto de Nina. Abriu a porta e aconchegou-se no edredon de Nina do lado contrário. Eram cinco horas da manhã. Ela cutucou o rosto de Nina com os dedos do pé. Nina acordou sonolenta.

- Sabe quando você sonha com alguma coisa muito boa, e quando acorda descobre que aquilo não era sonho, e sim realidade?

- Hm? Do que cê tá falando? - perguntou Nina bocejando.

- Quando Duke me elogiou ontem, eu fui às nuvens. Sabe há quanto tempo eu espero que ele me note? Nossa, ele me elogiou! O que deu nele? - Ela cutucou Marina novamente. - Nina, cê tá escutando?

- Hm? Arrã - foi tudo o que ela conseguiu responder. Estava na superfície do sono, e sabia que logo afundaria para o fundo do "lago do sono profundo".

- Ele disse que eu era linda! LINDA!  L-I-N-D-A. Linda! 

-Hmm...

- Ai, meu Deus... Nina só pode haver uma explicação para isso! É a presença brasileira que tá causando todas essas alterações nessas pessoas. Nina, eu te amo! Continue causando todas essas mudanças. Quem sabe Duke não acorda de vez e me pede em namoro? - Ela esperou. - Nina? - Nina roncou. - Ai, ai... - suspirou apaixonadamente. 

- Ei cara. - Falou Duke pelo telefone pelas seis da manhã com Dylan. 

- Tou com sono, velho. Cai fora. - Desligou o telefone na cara dele. O telefone toca.

- Não desliga essa porcaria, mano. Tenho uma coisa importante pra dizer.

- O que é, Duke?! - respondeu irritado. Queria dormir e tivera uma noite péssima de sono, por conta de todos ospesadelos a cerca de Michael - o garotinho da sua mãe -, Nina e Debby. 

- Debby se materializou no meu quarto, e está nesse momento com uma cara furiosa. Meu irmão, eu não sei como ela consegue fazer essas coisas... Uh, ela exigiu que eu ligasse pra você. Você bloqueou o número dela? Por que você fez isso, seu bosta? Ela agora tá me importunando. "Eu vou arrancar sua língua, Duke",  deu para ouvir do telefone.  

- Hã? - Eram seis e meia da manhã. 

- Fala com ela. Toma Debby. - Ela tomou o telefone furiosa.

- Dylan, eu exijo que você fale comig... Tuh, tuh, tuh. - Dylan desligou o telefone na cara dela e voltou a dormir.

- Eu não acredito que ele desligou na minha cara! - Falou ela ao lado da cama de Duke.

- Ah, Debby, vai dormir. Tá muito cedo pra começar a se preocupar com essas coisas imbecis de namorados.

- Imbecil é você, Marshall! - Saiu do quarto "marchando". O pai de Duke que estava na sala lendo jornal, olhou para ela e deu um sorriso malicioso. "Meu filho é um garanhão". 

Lexi acordou cedo demais para uma manhã normal. Ela olhou o relógio na sua mesa de cabeceira, eram quatro e meia da manhã. Trocou de roupa e pegou as suas botas com as mãos; apesar de verão, esse horário da manhã era muito frio. Ela andou de fininho até o quarto de Christian e ele dormia como um bebê. Saiu, pegou a bicicleta de Christian e foi pedalando até uma parte da cidade, onde se concentrava a maior parte de armazéns e perto do porto. Era uma parte não aberta para visitantes, e só quem frenquentava locais como aqueles eram os viciados em drogas e a turma punk de St. Petersburg. 

Lexi estava apaixonada por Tom, um badboy viciado em cocaína, heroína, crack e exctasy. Também bebia muito e fumava muito. Lexi o conheceu numa rave, certo dia. Eles trocaram beijos, e acabaram dormindo juntos. Isso aconteceu há dois meses e ninguém sabia da existência de Tom, por motivos óbvios. 

- Gostosa! - Gritou Tom ao ver Lexi. - Sabia que você viria.! Guardei uns baseados pra você aqui. -  Ele persuadia Lexi a se drogar, e ela apaixonada, o fazia. Ela começou a gostar dessas coisas. 

- Oi, Tom. - Falou abobalhadamente. Tom gostava dela também. Mas não chegava perto de uma paixão.

- Tava com saudades de você, ruivinha linda - deu um beijo no nariz dela. Ele era carinhoso, sem dúvida. Mas esse comportamento ia mudando aos poucos ao longo do dia. 

- Também estava, Tom. - Eles se beijaram. Depois ela cumprimentou todos os amigos de Tom, e eles ficaram fumando e namorando. Quando deu seis e meia, ela voltou para casa. Tinha que fingir que estava acordando pra que Chris não desconfiasse de nada. 

No colégio, o dia passou normal. Ou pelo menos Dylan tentou que o dia passasse normal. Debby o perseguia por todos os cantos, e ele fugia dela. Quando ela estava marchando para a sala dele, Duke a interceptou e conversou com ela. 

- Debby. Debby. 

- Que é!? - Falou ríspida.

- Olha, dá um tempo pro cara. 

- Tempo?! E eu sou alguém de dar tempo? Eu quero o Dylan pra mim. Ele é meu. E vai viver a eternidade comigo ao seu lado. Eu quero me reconciliar com ele, Duke. Preciso. Onde ele está?

- Debby, ele não quer falar com você. Dá um tempo pra ele.Pela amizade que nós temos, deixa ele respirar um pouco...

- E desde quando somos amigos, Duke? Com esse papo para mim? Não. Onde ele está?

- Debby, se você pensa tanto em vocês dois, pra o bem de vocês dois, dá um tempo pra ele. Olha, as pessoas começaram a comentar que você vive correndo atrás de homem.

- Eu corro atrás do meu namorado, por que se eu não ficar de olho, vem algumas pessoas, como uma certa brasileira nojenta, querer roubá-lo de mim.

- Debby, você vai ser chamada de vadia. - "Não seria novidade alguma", pensou Duke.- Deixa ele respirar um pouco. Vai ter a festa de boas-vindas na sexta-feira. Ai vocês se reconciliam e ficam em paz de uma vez. - Ela pensou por um tempo... E concordou. Por incrível que pareça, concordou. - Duke falava com Dylan.- Pelo menos você tem até sexta-feira pra pensar direito no que fazer com Debby. Ela vai estar irredutível. 

- É verdade. Sexta-feira... festa.

- Sim, festa e bebida! Vou ficar muito louco cara! Vou beijar muuuuuito. HAHA.

- Você acha que se eu convidar Nina, ela vai? 

- Nina? Nina meu irmão? Esquece essa garota. Você tem Debby nas palmas das tuas mãos. Ela não é a melhor pessoa, mas é gostosa pacas. 

- Não é isso, Duke. Se for pra ficar com alguém, eu fico com qualquer uma. Mas eu tava afim de ver se Nina queria ir conosco. Eu aproveito e pergunto se Odele vai também. Ai você fica com ela, e tal.

- Odele? Eca. Só por que eu a elogiei não vá pensando que ela é a garota dos meus sonhos. Ela é estranha.

- Ela não é estranha. Ela é bonita e legal. Por que você não tenta?

- Cara, eu a vi passar por todas as fases dela. Desde pequena até agora. Eu vi ela passar pela fase emo da vida dela, a maior parte da vida dela. Ou seja, ela é um ser estranho pra mim. 

- Mas você ficou bestificado com ela ontem. 

- Foi só um momento, aff. - Dylan sabia que Duke não queria se amarrar a alguém. Mas sabia que Duke ficou mexido quando viu Odele. Estava realmente muito bonita no dia anterior. 

Dylan tentou se aproximar de Nina, mas como Debby o perseguiu o dia inteiro, ele preferiu deixar as coisas como estavam. Não queria que Nina sofresse com as maluquices de Debby por causa dele. Ele sorriu para ela, e ela retribuiu. Queria dizer o quanto a admirava, o quanto gostaria de conhecê-la melhor, mas preferiu evitar. Só por um dia. 


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