Marina acordou cedo com aquela sensação de que tudo o que estava vivendo era um sonho. "Eu vou para St. Petersburg!", pensou. Ainda não acreditara que tudo o que havia planejado para si não passava de uma pura e vívida realidade.

Tudo começou há uns cinco anos atrás quando ela conheceu Odele num fórum de um fã-clube de seu artista preferido. Conversaram durante horas e trocaram suas redes sociais. Desde então, elas tornaram-se melhores amigas forever; compartilhavam dos mesmos gostos por comida, gêneros musicais, livros, filmes, etc. O único problema era que Odele McAllister morava na Península da Flórida e Marina no Brasil.

"A little bit away from you, dear", contou Odele quando Nina - apelido de Marina -, perguntou onde Odele morava.

"Será que um dia nós vamos nos ver, Oddy?"

"Por que não, Nina? Vem para cá nas férias?! Você fica na minha casa. Eu te dou meu endereço e você dá a embaixada americana no Brasil. Você passa uns dias aqui, depois volta", sugeriu Odele.

"Se fosse tão fácil entrar nos Estados Unidos... Até minhas formigas já teriam ido ai, Oddy. Será que elas iriam precisar de passaporte? ", perguntava Marina inocentemente, aos seus 12 anos. "É mais fácil você vir pra cá. Que tal?". A distância e o custo não importavam para elas no momento - quando se é criança, não existe muita complicação nas coisas, não existem "mas" e 'se", só existe sim e sim.

As nossas meninas teriam a ideia de intercambiar Nina para os EUA e Elise, a irmã de Odele, para o Brasil, apenas no verão¹ brasileiro cinco anos depois.