- Olá! – disse meio sem jeito, sim, eu estava com vergonha, porque a primeira e última vez que eles me viram, uma criança desafiou Niall pelo meu “amor”.

- Olá. – responderam todos, menos Manu, a nervosinha.

- Onde a senhora estava? – Manu perguntou cruzando os braços se fazendo de brava.

- Ué, eu sai e deixei um bilhete pra você.

- Mais você poderia ter me acordado pra ir junto, evitaria discussões. – ela respondeu apontando pra Mica que estava na ponta da escada babando pelo Niall, se eu fiquei com ciúmes? Magina.

- Você brigou com ela? – perguntei de boca aberta, não imaginava que a Manu era barraqueira.

- Senta e eu te explico tudo.

Fui me sentar mais só tinha lugar do lado do Niall, mesmo eu já tendo conversado com ele, eu ficava nervosa e com vergonha e quando eu fico nervosa eu começo a rir, e só faltava eu começar a rir do nada.

Sentei- me e percebi que Micaeli estava me olhando com aquela cara de “Sai de cima dele, ele ainda vai ser meu”.

- Perdeu alguma coisa? – falei olhando pra Micaeli.

- Não, só estou olhando como você é ridícula. – ela respondeu com aquela voz de taquara rachada.

- Se opinião de animal me importasse, eu morava numa fazenda. – eu respondi e a Manu falou “nossa, lesada” o que me fez rir.

- Olha aqui, você acha mesmo que eu tenho medo de uma puta que você é, igual a todas as brasileiras, vocês são umas barraqueiras mesmo, todas as brasileiras. – ela saiu da escada e parou na minha frente.

- Olha aqui, se você acha que está falando com uma das suas amiguinhas você está muito enganada sua vaca. – respondi levantando do sofá, os meninos olhavam meio surpresos, mais estavam se divertindo com a situação, e Manu só conseguia rir.

- É bem certo o que dizem sobre a fama das brasileiras, que são umas galinhas e barraqueiras.

- Então vamos fazer essa nossa fama valer a pena, não é mesmo? – respondi com um sorriso sapeca no rosto, os meninos não entenderam o que eu quis dizer com isso, mais a Manu sim.

-VAI – Manu gritou, e eu entendi muito bem o que fazer.

No mesmo instante, agarrei o cabelo da Micaeli e joguei ela no chão, comecei a dar um monte de tapa e murro nela, e ela só sabia dar aquelas tapas de briga de patricinha, mais Liam começou a separar a briga, pegou a Micaeli e segurou enquanto ela se debatia pra sair, e Niall fez o mesmo comigo.

- Quem você pensa quem é pra me bater! – ela gritou tentando sair do Liam.

- Alguém muito melhor que você, pode falar qualquer coisa, mais não fala mal do Brasil e nem as pessoas de lá.

- Não disse nenhuma mentira. – ela retrucou.

- Você só está com inveja porque sonha em ficar com o Niall e ele nem sabe quem você é, porque você é uma patricinha que se acha só porque veio de Nova York ou sei lá da onde você veio só que o Niall merece uma pessoa mil vezes melhor do que você. – eu respondi com raiva.

- Olha aqui, eu mereço ficar com o Niall, sou mais bonita do que você, e não sou uma fã do Brasil que se acha melhor do que as outras fãs.

- As fãs do Brasil são melhores do que vocês sim, ela entende quando o ídolo gosta de outra pessoa e apoia já vocês não, são egoístas, só pensam em vocês mesmo, se isso é ser fã, me desculpe então.

“Nossa”. Foi o que escutei dos meninos.

- Chega. – Niall gritou, me soltando, Liam fez a mesma coisa com Micaeli. – Todas as fãs são especiais pra nós. E você – ele disse apontando pra Micaeli. – Nunca mais fale assim com a Rafa, porque acima de tudo ela é minha amiga, e eu não quero que fale assim com meus amigos, inclusive com ela. – Eu confesso que eu me senti mega emocionada com isso, ele me defendeu dessa coisa ai, ele é muito fofo, e eu ainda vi a Manu gesticulando com os lábios “Ele te defendeu, ele te ama”, quando ela disse isso não pude deixar de rir.

- Porque vocês não me deixaram bater naquela... Coisa. – disse, sentando emburrada.

- Rafa, não ia adiantar de nada você brigar com ela! – Zayn disse, e ele que parece ser o “bad boy” da banda, me falando isso.

- Mais é claro que iria, e Rafa, eu te ajudava. – Manu disse.

- Eu adoraria ver a Rafa batendo naquela menina. – Louis disse.

- Louis. – Liam o repreendeu.

- Ok, chega desse assunto. – disse Harry.

- É, chega desse assunto. – disse concordando com o Liam. – Agora me conta porque você brigou com a branquinha azeda. – perguntei ansiosa pra Manu.

- Ah, ela começou a falar que nós somos umas folgadas, porque saíram fotos suas com o Niall na internet e depois eu falei de quando você saiu com o Niall, e ai que ela ficou mais brava ainda e começou a bater boca comigo, e eu tenho o pavio muito curto.

- Isso nós percebemos, igual à Rafa. – disse Liam.

- Todas as brasileiras são assim? – perguntou Zayn.

- Assim como? – Manu.

- Gostosas. – Harry disse sem pensar e Liam deu uma cotovelada nele.

- Eu quis dizer, que fica estressadinha fácil. – Zayn.

- Não, só que eu não aguento essa menina metida, se achando melhor do que todo mundo. – respondi quase me levantando e indo atrás dela pra terminar essa surra bem merecida.

- Então, eu, Liam e Louis, temos que ir, marcamos com nossas namoradas, então, até mais. – Eles nos deram tchau e saíram, só sobrando Niall, Harry, Manu e eu.

- Acho que eu vou indo. – Harry disse.

- NÃO! – Manu gritou, ela era muito escandalosa e acha que eu nem percebi que estava a fim do Harry.

- Não, porque eu tenho uma missão pra você Harry. – disse tentando amenizar a vergonha de Manu.

- Que missão? – ele respondeu realmente interessado.

- Você, vai ajudar a Manu numa música que ela tem que fazer pra faculdade dela, você ajudaria?

- Claro, mais já vou logo dizendo, não sei fazer a melodia.

- Isso pode deixar comigo! Niall você vem comigo? – Perguntei.

- Claro.

Niall Pov’s

Rafa me chamou para ir até o quarto dela, sei que era pra deixar a amiga dela e o Harry sozinhos, mais mesmo assim eu adorei.

Sabe, a Rafa vem mexendo comigo desde aqueles dias, e eu não sei dizer se gosto dela mais eu me pego pensando nela sempre. O jeito que ela sorri que ela é caridosa, o sotaque dela, ela é simplesmente encantadora e linda.

- Uau! – disse assim que entrei ao quarto dela, era completamente cheio de pôsters nossos, literalmente, não tem uma parede que não tenha foto nossa. – Você disse que não era directioner.

- E não sou, mais a Manu é louca por vocês, me pergunto o quanto que ela gastou nisso tudo. – ela disse olhando para as paredes.

- Nossas fãs são mesmo muito dedicadas.

- Senta, fique a vontade. – ela disse e eu me sentei em uma das camas.

- Vou ao banheiro já volto. – ela tinha um banheiro no quarto dela, e enquanto ela usava o banheiro o celular dela estava tocando.

- Rafa, seu celular está tocando.

- Pode ver quem é, deve ser mensagem. – ela gritou do banheiro.

- Ta.

Peguei o celular dela e realmente era uma mensagem, nela dizia “Hey Rafa, já conseguiu a banda para o trabalho, eu tentei mais ta difícil, assim que souber de alguma coisa me liga”.

- Quem era? – ela perguntou saindo do banheiro e sentando na cama.

- Era alguém perguntando se você já tinha achado a banda para o trabalho.

- Ah.

- Que trabalho é esse?

- Tenho que fazer as roupas e tirar as fotos no modelo, só que o modelo tem que ser uma banda, não precisa ser famoso, mais mesmo assim é complicado de achar, e fazer as roupas e nós temos duas semanas pra fazer tudo.

- Ah, acho que eu e os meninos podíamos ajudar! – eu disse, seria bom ajudar ela.

- Não Niall, sério mesmo, você está sendo muito fofo por se oferecer, ou melhor, oferecer a banda, mais eu não quero que você pense que eu estou me aproveitando de você só porque você é famoso e tudo mais, aliás, nós estamos no começo de uma amizade e... – eu só conseguia sorrir – eu falo demais né? – ela me perguntou fazendo uma careta.

- É só um pouquinho. – nós rimos. – Mais sobre isso, nós podemos fazer uma troca de favores.

- Que favores?

- Você nos ajuda com nossas roupas, e a Manu com as músicas, e nós participamos do seu trabalho.

- Bom, não é só meu.

- É da pessoa que te mandou a mensagem né?

- Uhum. – ela disse fazendo um biquinho lindo.

- Quem é ela? – perguntei e ela riu. – Que foi?

- Não sei se ele é gay. – ela disse dando ênfase no ele. – Mais prometo que assim que ele me falar alguma coisa, eu te aviso ta? – ela disse rindo e eu também comecei a rir.

- Ta bom, eu sou um bobão mesmo. – disse.

- Uau, nós concordamos em alguma coisa. – ela disse ainda rindo, e que risada linda.

- Hey! – disse protestando.

- Uma pessoa que fala com alguém que fica gritando com os outros em outra língua, que vai batalhar com uma criança pelo meu amor, eu tenho a obrigação de achar bobão.

- Então ta, me conte alguma coisa sua que me faça te achar uma bobona. – eu disse.

- Hm, me deixa ver. – ela disse fazendo uma cara de pensativa.

- Ta, pra ficar mais fácil, eu te conto uma coisa minha. – disse ainda sorrindo, que poder essa garota tem pra me deixar assim.

- Ok.

- Uma vez o Louis abaixou minhas calças numa estação de trem e todos viram minha cueca do superman. – eu disse e ela começou a gargalhar.

- Ta, uma vez eu estava voltando do mercado com uns amigos meus, ai um amigo meu, conseguiu estourar uma lata de leite condensado na minha cara e ai uma criancinha começou a gritar falando que eu era o “cara de doce”.

- Isso não é vergonhoso ou bobo.

- Mais é o que eu posso contar não te conheço há muito tempo. – ela disse com um sorriso sapeca no rosto.

- Ah é? Não vai me contar nada vergonhoso? – perguntei.

- Não!

- Então você vai ver. – fui à cima dela e comecei a fazer cosquinhas e mais um monte de outras palhaçadas, e assim passamos à tarde, fazendo brincadeiras, comendo besteiras, rindo que nem uns idiotas, ela era realmente divertida e simplesmente linda. Na hora de ir embora, ela me deu um abraço tão forte e aconchegante que não deu vontade de soltar ela nunca mais.