Amuleto Da Sorte escrita por Luísa Rios


Capítulo 18
Teleguiadas


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse foi o maior capítulo q eu fiz... Eu acho! uashuahs Bom, ~em homenagem a Glimmer~ espero que gostem



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Ela nos viu e saiu desesperada da água, tão lenta. Estávamos longe dela, ela correu pra floresta e nós disparamos atrás dela, afinal, ela não podia correr pra sempre. Cato ia na frente de todos, Glimmer logo atrás, depois Marvel, eu, Tara e Peeta. A vimos subindo em uma árvore, e demos risadas ainda mais altas.

–Eu vou subir! – todos gritamos em aprovação e ele começou a subir.

–VAI CATO! – eu gritava.

–VAMOS, VAMOS! – gritavam Tara e Glimmer, incentivando.

Ele já estava quase ao alcance dela. Eu o podia ouvir sussurrando, mesmo lá de cima. Ele dizia “Estou chegando”. Ela olhava pra ele com medo. Mas um galho não suportou seu peso. Ele caiu de mais de três metros de altura na terra firme aos nossos pés. Não se machucou, por causa de seu físico gigante e resistente. Glimmer deu uma de revoltada, pegou seu arco e tentou atirar na garota. Errou.

–DROGA GLIMMER! MEU DEUS!

–Atira você então, sardenta.

Olhei pra ela em reprovação. Eu não podia atirar, meus braços queimados estavam doloridos. Cato pegou o arco de Glimmer e tentou atirar, mas errou, ele era horrível com armas que precisassem de boa mira. Bufei de frustração.

–Marvel? – tentei. Ele olhou pra mim e respondeu.

–Se eu perder essa lança, vou ficar sem mais nada decente, desculpe.

–Tara? – a arma de Tara era dardos, não causariam dano pelo ângulo no qual Katniss estava. Ela me respondeu com um aceno de cabeça, desapontada.

–Talvez você devesse tentar jogar a espada. – pude ouvir Katniss zombando.

–Vamos espera-la. – interviu-se o conquistador.

–O que? – falei raivosa.

–É, ela vai ter que descer alguma hora não vai?

–Tudo bem. – disse Cato – Você arma a fogueira. – falou olhando para Peeta – Glimmer, Tara e Marvel vão pegar as coisas no acampamento comigo. Clove, vigie-os.


Estava tudo pronto. A fogueira armada, nossa comida, remédios e água estavam todos bem perto de nós – pra falar a verdade, Cato me contou que esconder muitas coisas na cornucópia, porque iriamos voltar pra lá, mas disse que tinha se certificado de que ninguém viu e que ninguém veria. Sorri em satisfação.

A noite já caía, todos nós estavam parcialmente tranquilos na fogueira. Cato queimava a ponta de sua espada e Glimmer dava uma risada oferecida pra ele. Eu conversava descontraída com Marvel e Tara enquanto Peeta olhava o céu.

Marvel disse algo engraçado e enquanto Tara dava mais uma de suas gargalhadas ela sem querer encostou-se a meu braço.

–AI. – gritei de dor.

–O que houve? – perguntou Cato, que agora mal olhava para Glimmer.

–As queimaduras, parecem piores, eu devo lavar isso.

–Toma. – ele me deu uma garrafa térmica de água. Eu nunca desperdiçaria água geladinha e potável aqui na arena.

–Ta maluco? Isso é água para beber.

–Lava logo, Clove.

–Está tudo bem, vou no lago. – eu já havia me familiarizado com o tal lago.

–Você não vai sozinha.

–Tudo bem, eu posso ir com ela. – falou Peeta, ainda olhando para as estrelas artificiais.

–O QUE? – Cato gritou. Ele já se levantava e ia na direção de Peeta, tal qual não pareceu se importar e continuou imóvel.

–Eu só preciso lavar um corte no meu pescoço. E minhas roupas estão muito sujas. – mas que droga de desculpa era essa? “Minhas roupas estão sujas”.

Cato riu.

–Tudo bem, mas se ela voltar com um arranhão a mais, eu te caço no inferno. – como se eu não pudesse o matar com uma facada. Não posso atirar, mas se chegar perto demais... Resolvi “agradecer” a Cato mesmo assim, então lancei um sorriso pra ele e saí. Peeta vinha fazendo barulho – exatamente como Marvel e Cato fazem – atrás de mim. Quando estávamos longe o suficiente, perguntei:

–Agora diz logo, o que você quer comigo?

–O que? – ele se fez de desentendido.

–Você não veio lavar suas roupas, conquistador.

–Você fala de mim, mas não está muito diferente sabia?

–O que?

–É, sabe, está muito claro o que rola entre você e o garoto da espada. – garoto da espada? É assim que o chamam?

–Não rola nada entre mim e “o garoto da espada”. Somos amigos, só isso.

–Katniss e eu éramos só amigos, com vocês tem algo a mais. – ele dizia – Ele te protege de tudo, mesmo que não haja necessidade.

–Os amigos servem pra isso.

–Marvel não faz desse jeito pra Glimmer, ele não gosta dela de verdade, como Cato gosta de você.

–Você viaja longe, conquistador.

–E você disfarça mal, garota das facas. – ele deu uma risadinha e sem querer eu o acompanhei. Qual é? Agora vou ficar amiguinha do garoto apaixonado?

–Garota das facas, garoto das espadas... Como chamam Glimmer, Marvel e Tara? – ri enquanto perguntava.

–Eles não causaram tanto impacto, mas se devo dizer, eu penso na loira como “garota sem mira nenhuma”. – ele disse, descontraindo.

Chegamos no lago e Peeta me ajudou a lavar minha queimadura com a água gelada.

–Isso dói sabia? – eu falei quanto ele passava a mão de leve sobre meus dois braços.

–Você é mais doce do que parece. – ele falou brincando.

–Não abusa, eu ainda posso te matar.

–Tudo bem né! – ele continuou em um de meus braços enquanto eu tentava conter a dor em outro.

–Vamos parar por aqui, é sério, não da pra sentir dor e frio ao mesmo tempo.

–Logo eles mandam um remédio pra você.

–O que? Acho que não tem remédios de queimadura no nosso “estoque”.

–Não, to falando dos patrocinadores.

–Ah sim, é verdade! Talvez eles mandem. – na verdade, eu tinha me esquecido deles. - Vamos voltar.

O caminho de volta foi silencioso, mas me senti bem por não ter de ser tão maldosa e selvagem com Peeta. Se ele fosse alguém do dois até poderíamos ser amigos. Se eu não tivesse que mata-lo para salvar Cato, claro. E sim, eu penso em salvar a Cato e não a mim mesma. Não vou viver com isso na cabeça, eu não teria vida depois daqui. Ele podia achar uma boa garota, se casar e criar filhos na grande casa na vila dos vitoriosos.

Chegamos ao acampamento. Meu primeiro reflexo foi olhar pra cima, onde Katniss dormia. Tara e Marvel também estavam dormindo. Cato e Glimmer discutiam levemente sobre quem ficaria na vigília noturna.

–Eu já fui, Glimmer. Hoje é sua vez.

–Mas ela – falou como se tivesse nojo, e apontou pra mim com a cabeça – também não foi ainda.

–Ela teve um longo dia hoje, deve dormir. Você ficou no acampamento o dia inteiro.

–O conquistador também. – ela protestou.

–Ele já foi Glimmer. Deixa de ser mimada, hoje é você quem faz e ponto final.

–Tudo bem, eu faço. – falei.

–Não, Clove. É a vez dela, ela não vai ficar de folga todos os dias aqui.

–Tudo bem então. Eu vou dormir, estou com sono.

–Ah Clove, espere, mandaram algo pra você. - ele me estendeu um potinho menos que minha mão – É remédio. Para suas queimaduras. – sorri sozinha e agradeci a Jonh por isso. O remédio aliviava a dor de um jeito tão inacreditável, que logo depois de passar, dormi encostada num tronco de árvore, feliz por poder mexer meus braços sem sentir dor de novo.


–CLOVE, CORRA! AGORA! – meu primeiro reflexo foi levantar e abrir os olhos, até que senti algo picando meu pescoço. – CORRE CLOVE! – ouvi a mesma voz, era Cato. Apenas me levantei e comecei a correr.

–PARA O LAGO! – outra pessoa dizia, pude reconhecer a voz de Marvel. Ouvi um grito extremamente alto, e percebi ser de Glimmer.

Corri até não conseguir mais, senti a mesma picada em minha perna, o que me incentivou a correr ainda mais rápido. Pulei no lago.

Tudo a minha volta girava, o lago mudava de cor. Uma hora era azul cristalino, na outra era vermelho sangue, depois parecia um arco-íris de verão, e por último branco. Essa sequencia se repetia várias vezes, o que me deixou tonta. Um peixe gigantesco com mãos de gente chegou perto de mim, eu tentei fugir, mas ele me agarrou e me puxou pra cima. Lá tudo era mais claro, mas eu não pude ver essa claridade por muito tempo.

Levantei tonta, estava entardecendo. Cato e Marvel já estavam acordados, e eles estavam no lago lavando seus corpos que pareciam inchados. Fui até eles.

–Alguém me explica o que aconteceu? – falei.

–Muita coisa, Clove. – disse Marvel com tristeza, ele nem se deu ao trabalho de levantar o olhar pra mim.

–Eu não tenho pressa.

–Ontem a noite, Glimmer não queira fazer a vigília porque estava com sono, então ela dormiu de madrugada. A esfomeada achou um ninho de teleguiadas num galho logo acima de nós, e o jogou em cima de nosso acampamento lá. – Cato disse.

–Teleguiadas? Não são aquelas que causam alucinações, são?

–Sim. Elas matam se passar de três a cinco picadas, depende muito de sua resistência. – olhei em volta e comecei a pensar. Marvel triste, apenas os dois ali.

–Onde estão as garotas e Peeta?

–Ele é um traidor. Disse à Katniss, que estava transtornada, para correr de nós, ele a deixou fugir, ele a incentivou a fugir. – isso não me surpreendeu, ele não parecia menos apaixonado por ela – Mas consegui alcança-lo. Eu tive alucinações também, então não consegui o matar, – ele dizia de modo frustrado – mas fiz um corte que perfurou sua perna inteira, se não morreu ainda, não falta muito para que aconteça.

–As meninas, Cato.

–Morreram, já recolheram os corpos.



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Notas finais do capítulo

Vcs gostaram do titulo? aushuha eu nao! kkkkkkkkk mandem reviews dizendo oq acharam!! Eu queria colocar: Eu sou mais doce que pareço? Mas isso n foi o foco do cap e tal.. pois enfim, logo eu posto mais kkkkkk