Amuleto Da Sorte escrita por Luísa Rios


Capítulo 15
Conquistando um Aliado, Literalmente


Notas iniciais do capítulo

Ta aí, desculpem a demora ;)



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Cato já pegava na espada, mas Peeta nem recuou, nem se esquivou, na verdade ele nem mesmo se mexeu.

–Qual o seu problema, Conquistador? – eu disse, realmente querendo saber.

–Eu não tenho nenhum, só sei que posso ajudar a acha-la, o que na minha opinião deveria ser sua prioridade. – ele falou.

Pensei bem no que ele disse. Acho que realmente seria melhor que se juntasse a nós. Nós o mataríamos de qualquer jeito.

–Cato, vem aqui. – ele olhou pra mim incrédulo. Glimmer também parecia não acreditar no que eu dizia – E você, - apontei para Peeta e tirei minhas facas dos bolsos – vai ficar quietinho aí, se não morre, entendeu? – ele balançou a cabeça concordando.

Puxei Cato pra fora da cornucópia, atrás dela, enquanto os outros não poderiam nos ver ou ouvir.

–Eu acho que ele pode ser útil.

–Só pode ser uma armadilha, Clove. Você não viu como ele disse que gostava dela ontem?

–Você acreditou? Ah Cato, me poupe.

–Não tem benefício em deixá-lo vivo.

–Mais fácil encontrá-la, por favor, Cato. Se o matarmos agora, é um tributo a menos. Se ele a achar, nós podemos matar os dois, só temos a ganhar.

–Tudo bem, mas se ele se tornar um atraso, eu me livro dele pessoalmente. – os canhões começaram a tocar. Não fiz questão de contar, na verdade.

–Ok.

Nós voltamos à cornucópia.

–Você fica. Mas não te acha muito não, qualquer besteira que tu fizer, ta morto, entendeu? – Cato ameaçou Peeta. Ele balançou a cabeça.

–O QUE? – disse Glimmer, pior que ela estava olhando pra mim.

–Não grita comigo, loira burra. Eu te mato em meio minuto se eu quiser.

–Você só fala, tampinha.

–Fica quieta projeto de gente. – peguei minha faca e ataquei nela. Acertou-a no braço, bem aonde eu queria. Eu não podia matar a garota, mas machuca-la não é má ideia. Ela se fez de vítima e pulou no colo do Cato. Ele largou ela – mais delicadamente do que eu acho que ela merecia – e jogou ela cima do Marvel.

–Vocês dois, vão lá lavar isso no braço dela. – Cato disse - Você – se virou para Peeta – leva todas as garrafas daqui e o iodo. Muita água pra gente entendeu? E você – apontou pra mim com a cabeça – vai ficar aí porque eu quero falar contigo.

Ninguém nem pensou antes de fazer – fora Glimmer que gemeu olhando pro Marvel com nojo. Senti pena dele. Tava na cara que ele gostava dela, mas poxa, ela queria porque queria o MEU Cato. Meu amigo, quer dizer. Meu amigo Cato. Ai qual é? Quem eu estou enganando?

Cato me acordou das viagens.

–Clove, se controla, cara. – ele disse rindo.

–Tampinha já é demais né.

–Projeto de gente foi legal, mas eu não disse isso hein?

– Ok, porque você tem que amar a Glimmer né? – falei revirando os olhos.

–Ciúmes?

–Nunca, ai ai, convencido.

–Baixinha, não faz mais isso ok?

–Não prometo nada.

–Por favor, isso pode atrapalhar.

–Tudo bem, mas olha, se ela vier com tampinha, baixinha, anã, qualquer coisa, eu jogo a faca na testa dela.

–Ta bom, Clove.


Nosso acampamento já estava montado, Glimmer não gemia mais tanto de dor, Peeta ficava quieto na dele, na verdade estava tudo bem normal. Pensei que estava tudo muito chato, na verdade. Tédio na arena pra mim já é demais.

–Não dá pra ficar aqui parada gente. To indo caçar.

–Caçar? Pra que? A gente tem comida de sobra, eu sei que você gosta de matar bicho, Clove, mas caçar a toa... – disse Glimmer. Não acredito que ela era tão burra assim. Era sonsa, mas não deixava de ser carreirista né, pelo jeito isso não adiantou em nada.

–CALA A BOCA, VELHO. Eu vou caçar tributos, idiota.

–Se for assim eu também vou. – ela falou.

–Só não me atrapalha.

–Vamos todos.

–Vamos abandonar o acampamento? – Marvel disse aborrecido. Cato não tinha pensado nisso, mas o orgulho falou mais alto.

–Não há problema. Ninguém vai ter coragem de vir aqui.

–Tudo bem, vamos logo, quanto mais rápido sairmos, mais rápido voltaremos. – conclui.

Saímos pela floresta e ficamos alguns minutos sem encontrar nada. Percebi que Peeta, Marvel e Cato faziam muito barulho enquanto andavam. Glimmer também percebeu. Teve até um ar de cumplicidade quando olhei pra ela e revirei os olhos por causa deles. Ela concordou.

Do nada, eu vi uma luz e acima da copa das árvores, perto dessa luz, tinha fumaça. Uma fogueira.

–Não to acreditando. Não deveria ser permitida gente tão burra aqui.

–Do que você ta falando? – disse Marvel.

–Tem uma fogueira, logo ali na frente. – apontei – Quem seria tão idiota de fazer uma fogueira em plena noite? – Cato saiu dando risada em direção à fogueira. Todos nós fomos atrás dele.

A garota estava se abraçando, morrendo de frio, aquecendo as mãos na fogueira. Chegamos perto dela por trás. Cato a empurrou e ela caiu pro lado. Não deu tempo de pensar, de gritar, de pedir piedade... Só sei que vi a espada no meio da barriga da garota.

–Vamos. – disse Cato ainda rindo.

Nós estávamos voltando para o acampamento quando Peeta falou:

–Ela não morreu. Eu não ouvi o canhão.

–Eu sei onde a acertei, ela está morta.

–Cato, ele tem razão. – disse Marvel. Cato quase deu um murro na cara dele, mas eu segurei ele pelo braço.

–Cato, ele tem razão. – ele relaxou um pouco, mas ainda estava nervoso.

–Me deixe acabar com isso. – disse o Conquistador.

Ele saiu, o canhão tocou, e assim ele voltou.

–Ela estava quase morta. Agora já não está mais né.


Mal me lembro do hino tocando. Não me importei em ver quem tinha morrido, meu rosto não estava lá e pra mim estava tudo bem. Eu não ficaria na primeira vigília, então dormi bem rápido – fiz o braço de Marvel como travesseiro, não que isso importe ou faça alguma diferença.



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Notas finais do capítulo

Eaí, gostaram? Conquistando aliado, aliado conquistador kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk /me visitem no hospício... Comentem aí e digam o que acharam ;)