Amuleto Da Sorte escrita por Luísa Rios


Capítulo 13
60 Segundos


Notas iniciais do capítulo

Então... To postando a tarde porque eu não sei como que vai ser os negoços aqui e talvez eu escreva mais hoje a noite. E como sou muito muito má, vou postar amanhã! uhasuash Espero que curtam /esse n tem gif pq to com preguiça



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/242555/chapter/13

Achei estranho que Cato não quebrou tudo. Ele simplesmente se levantou, veio até a minha direção e falou o seguinte:

–Você vai dar um show matando a magrela, calma e torturante como sempre. Eu podia te deixar matar o garoto também, já que você o faria sofrer mais, mas dele eu faço questão de cuidar. – eu dei um sorrisinho e ele foi direto para seu quarto. Decidi fazer o mesmo.

Me deitei pensando no outro dia. Quase esqueci de escrever no diário, mas quando me lembrei escrevi um texto pequeno, pois estava com raiva e sem paciência, talvez um pouco feliz por ter a satisfação de matar a esfomeada, mas eu não queria escrever aquele dia.

O início dos jogos, já esta aí, tão perto. Pensei em mil maneiras de matar a garota. Rápida ou vagarosamente, dolorosa ou indolor, mais divertido pra mim ou menos horrível pra ela. Pra mim as escolhas eram óbvias. Fui dormir tão feliz que nem pesadelos eu tive.

Me acordaram às oito. Eu não dormi mal então acordei tranquilamente bem. Eu estava tão animada. Logo eu teria as minhas facas ensanguentadas.

Tory me vestiu apenas com uma blusa preta e uma calça marrom-clara. Ela me disse para que vestíssemos tudo apenas antes de entrarmos na arena. Eu dei um risinho e ela retribuiu confiante.

–Vamos para sala então? Logo depois do café nós vamos te colocar no aerobarco, e assim nos veremos de novo pouco antes de entrar na arena, vou te vestir lá e depois é com você.

–É, tudo bem.

Chegamos na sala e só estavam lá Cato, Aria e Jonh. A equipe de preparação e Rick não precisavam nos ver, por isso nem devem ter acordado.

–Bom dia. – disse Jonh. Eu assenti com a cabeça.

–Já está tudo pronto não é? – Cato perguntou passando os olhos por todo mundo, como se verificando se havia algum problema com alguém.

–É, mas... Bom, vocês podem levar alguma coisa do distrito, como uma lembrança, ou algo que você quer que morra com você. Não pode ser uma arma, mas se tiverem alguma coisa, podem levar. – eu nem estava me lembrando disso. Olhei pra Cato.

–Eu não tenho nada, mas creio que Clove queira levar alguma coisa. – ele me fitou. Eu não compreendi, na verdade. Eu não tinha nada para levar, não que eu me lembrasse.

–Não, na verdade não. – falei.

–Mas e seu caderno? – caderno? Levei um tempo pra entender. Ele foi gentil em não dizer para os outros do meu diário. Pensei que seria legal leva-lo mesmo. Nessas horas acho que Cato me conhece mais que eu mesma me conheço.

–Ah sim, meu caderno. Vou pega-lo. – pisquei pra ele e ele sorriu. Me levantei e peguei o diário no quarto. Ele estava meio desgastado por ser meio velho, mas ainda guardava tudo que só eu sabia.

Voltei pra sala e quando mal comecei a comer Jonh me perguntou descontraído:

–Caderno de quê, Clove? – ele mal olhou pra mim de primeira, mas quando não respondi de imediato ele levantou o olhar em minha direção.

–De desenho. – Cato falou – Ela não gosta de mostrar para as pessoas. – ele riu descontraído. Boa, Cato.

–E você já viu esses desenhos, Cato?

–Eu também sou uma pessoa né. – ele riu, Aria e Tory o acompanharam – Não, nunca vi. – ele falou olhando pra mim. Como se realmente estivesse decepcionado por eu nunca tê-lo mostrado meus “desenhos”.

Logo terminamos de comer. Tory e Aria se despediram de nós com um animado “até logo”. Alguns pacificadores chegaram e nos colocaram dentro de um aerobarco. Não era grande nem confortável. Eram apenas 24 cadeiras com cintos de segurança exagerados e apenas Glimmer e Marvel estavam lá sentados, bem separados um do outro. As cadeiras eram marcadas. Cato se sentou mais perto de Glimmer do que de mim e Marvel. Ela deu um sorriso enorme pra ele. Olhei para Marvel e ele parecia triste. Acho que ele gosta dela, mas sei lá. Não me parece racional gostar daquela loira tonta. Se bem que Marvel não é bem uma pessoa racional. Ele é legal, mas é meio louco.

Na ordem foram entrando o resto do pessoal. Assim que chegou no doze umas moças ajudantes – creio que Avoxes – começaram a perfurar nossos braços e colocar os chips localizadores. E não, eles não tiram depois que os jogos terminam. Só sai se você arrancar fora “manualmente” se é que me entende. Encarei tanto a garota do doze – que estava em minha frente – que ela desviou o olhar umas cinco vezes. Eu não conseguia parar de pensar qual parte do seu rosto eu esfaquearia primeiro.

Pouco tempo depois o aerobarco desceu e fomos liberados. Outros pacificadores me levaram sozinha até uma sala grande e branca, com duas cadeiras, uma mesinha com biscoitos e um cilindro transparente enorme – provavelmente a entrada para a arena - que parecia ser de um vidro bem duro. Tory já estava lá e parecia muito impaciente. Os pacificadores não ficaram lá por mais de um segundo.

–Demoras, demoras. Houve alguma coisa no aerobarco, Clove?

–Não, não. Tudo correu bem.

Ela sorriu e começou a me vestir. Um casaco grande e largo de cor vermelha continha nos bolsos internos o meu diário junto da caneta em sua espiral. Sorri pra ela quando percebi, ela assentiu. Meu cabelo já estava penteado, então ela apenas o prendeu num rabo-de-cavalo bem alto e “enfeitou” com elásticos por todo o comprimento. Nós comemos uns biscoitos salgados e bebemos um suco juntas, caladas. Pouco depois de terminarmos uma voz feminina soou alta na sala, dizendo que a abertura já estava para começar.

–Pronta carreirista? – ela perguntou.

–Mais do que nunca. – sorri.

Ela me guiou com as mãos em meus ombros até o cilindro, antes de entrar ela me abraçou. Eu retribui. Entrei no cilindro e ele se fechou. Ela sorriu pra mim em encorajamento e talvez até um pouco de orgulho. Ela disse um tchau que só pude identificar por leitura labial. O vidro nos separava. Logo ouvi uma voz – que ao contrário da de Tory, penetrava tranquilamente no cilindro.

–Damas e cavalheiros, deixem o septuagésimo quarto Jogos Vorazes começar!

O cilindro no qual eu estava começou a me erguer. O teto se abriu e o chão me levantava para ele. Logo me vi diante do lugar que eu tanto esperei para estar. A arena era o exatamente o que eu pensei que viria a ser. Árvores grandes atrás de mim, um lago perto delas, – que eu e o resto dos carreiristas dominaríamos provavelmente – céu azul e sol quente. E entre tudo aquilo estava a cornucópia. Eu nem me atrevi ao olhar para os lados a procura de qualquer tributo quando vi aqueles dois conjuntos de facas. Dois. Eu pegaria os dois, com certeza. Cada um devia ter umas vinte, ou quinze facas de vários tamanhos diferentes. Dei um sorriso de satisfação. Percorri os olhos pelo resto da cornucópia e pude ver as mochilas gigantes e as outras armas que ficavam bem lá no fundo. As melhores coisas. Uma enorme espada. Já estava praticamente escrito “Propriedade de Cato Larek” em seu cabo. Não pude deixar de sorri quando olhei um pouco acima e me vi diante dos últimos dez segundos que eu deveria ficar parada. Exceto claro se eu quisesse ser explodida.

9 segundos. Tirei os olhos da cornucópia e olhei para os tributos. 8 segundos. Pude ver Cato que deu uma olhada rápida pra mim e sorriu. 7 segundos. Logo depois voltou a olhar pra cornucópia. Fiz o mesmo. 6 segundos. Eu já não podia mais esperar. 5 segundos. Quase não resisti ao impulso de sair correndo para pegar as minhas facas. 4 segundos. Preparei as pernas e olhei apenas pra meu “prêmio”. 3 segundos. Atenção, Clove. 2 segundos. De olho no prêmio. 1 segundo. Eu já me deslocava para frente. O gongo soou. Eu corri como se minha vida dependesse disso. De certo modo dependia.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram? Comentem e digam se curtiram. A bloodbath fica pro próximo ta? To louca pra escrever logo, já ta tudo preparado, só falta passar p escrita! Mandem reviews me xingando pq eu demorei um pouco mais do que eu gostaria pra postar! kkkkk