The Ruler And The Killer escrita por Marbells


Capítulo 28
We we are going somewhere


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem demorar tanto, mas as aulas começaram e tenho tido alguns problemas pessoais, nada de muito sério. Então, está aqui mais um capítulo e o próximo vai ser tensoooo.
Boa leitura e MIL OBRIGADAS PELOS COMENTÁRIOS MARAVILHOSOS, PERFEITOS E TÃO FANTÁSTICOS COMO VOCÊS, MEUS LEITORES LINDOS!



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O tempo é muito relativo. Se você perguntar a uma criança do Distrito 2 o que ela acha de ter de esperar mais cinco ou quatro anos para ter idade para entrar no Centro de Treinamento, ela provavelmente vai responder que isso é muito tempo. Agora, se você perguntar a um adulto na casa dos setenta anos o que ele acha de cinco anos, ele vai responder que ess etempo passa num piscar de olhos. E eu concordo. Não passaram cinco anos, na verdade, nem passou mais de dois meses. Faz hoje um mês que eu acordei da minha recaída e faz uma semana desde a nossa primeira entrevista com o Caesar.

A entrevista foi de certa forma melhor do que aquilo que eu esperava. Cato esteve sempre ao meu lado, mesmo quando Caesar riu da possessividade dele. Mas eu compreendia o Cato, aliás, eu agora estava tão possessiva quanto ele, apenas sei disfarçar melhor.

-Estão prontos? – Niah perguntou mais uma vez, saltitando de um lado para o outro. Eu estava irritada por não ter nenhuma das minhas facas ali, pois a minha única vontade era mesmo de espetar a lâmina de umas delas na testa daquela mulher irritante.

-Sim. – Cato respondeu, por mim e por ele.

-Ótimo. – Brutus disse, aparecendo atrás de Niah. Com ele vinha Enobaria. Ambos estavam vestidos á moda da Capital, com um ou outro toque do Distrito 2  – Nós os três e as vocês equipas de preparação vamos entrar no palco em um minuto, vocês vão quando o Caesar terminar de nos entrevistar e chamar vocês.

-Mas vão ter de ir separados. – a minha antiga treinadora acrescentou, olhando para o braço de Cato, sobre os meus ombros – É apenas a entrada, pois quando estiverem no palco vão poder es…

-Isso não faz sentido. – murmurei, atraindo vários pares de olhos na minha direção – Nós ganhámos os Jogos porque estávamos juntos. Nós funcionamos em equipa. Eu e o Cato. Não há só Clove, nem só Cato. – Enobaria rola os olhos.

-Eu te avisei que ela ia dizer algo do género, Brutus.

-Não importa. Vocês nem deviam estar juntos agora, - Brutus lança-nos um olhar repreendedor e posso até ouvir o som dos dentes de Cato a rangerem – e não olhem assim para mim, eu não tenho medo de vocês. Agora, afastem-se um do outro por um minuto, pode ser?

-Não. – eu e Cato respondemos em unissono.

-Não há outra opção, - começa Niah – nós fomos ameaçados para não deixarmos vocês entarem juntos!

-Porquê? – Cato quase grita, sobressaltando a maior parte das pessoas ali presentes. Eu apenas sinto uma ligeira impressão nos ouvidos, já habituada às típicas explosões repentinas do meu namorado.

-Porque já quebraram regras de mais!

-Eu não me importo com as regras. – retruquiu Cato com um encolher de ombros.

-E é esse mesmo o problema. – a minha treinadora apoia as mãos na cintura e abana a cabeça – Vocês já quebraram regras demais! Aquilo que aconteceu na arena, de vocês os dois sobreviverem, foi uma exceção. O Presidente Snow não vai deixar que vocês voltem a desrespeitar as regras dele.

Ficámos os dois calados e eu limitei-me a olhar para o chão. Era verdade, nós já tinhamos desobedecido demais, mas na arena era a nossa sobrevivência que estava em Jogo. Quem estava errado ali era o Presidente Snow, não nós. Quem matava vinte e três crianças todos os anos era o miserável daquele velho que devia estar a apoderecer numa prisão qualquer da Capital. Quem tinha realmente desobedicido às regras, impedindo milhares de pessoas em todo o país de fazerem uso dos seus direitos, era ele. Não eu, não o Cato. Nós eramos quase tão inocentes quanto as pessoas que nos viriam atravês da televisão, nos Distritos. Os verdadeiros culpados, os verdadeiros responsáveis irreponsáveis eram as pessoas da Capital e o Presidente Snow.

-Está bem, - murmurei e pude sentir o olhar confuso de Cato sobre mim – eu entro no palco depois do Cato.

-Clove… - ele começou, mas, ainda sem olhar para ele, encolho os ombros e respondo:

-Eles têm razão e são apenas alguns minutos, não vai fazer grande diferença. – “mentira, mentira. Claro que vai fazer diferença”. Cato rolou os olhos e, visivelmente aborrecido por eu “ceder” tão facilmente, afastou-se de nós e foi sentar-se num sofá que estava encostado á parede.

Enobaria e Brutus sorriram para mim antes de entrarem no palco. Atravês do televisor no topo da parede, tive a oportunidade de ver a minha equipa de preparação e a de Cato, assim como Colan e a estilista de Cato, a serem entrevistados. Colan contou a Caesar que já tinha os meus vestidos preparados desde o meu primeiro dia na arena. Franzi o sobrolho quando o ouvi dizer aquilo. Não fazia sentido que Colan já tivesse o trabalho todo pronto, ainda por cima quando, momentos antes de entrar na arena, ele deu a entender que sabia do meu plano de morrer lá! Além de que a ideia de Colan decidir fazer a minha roupa para durante mais de dois meses e, se eu não ganhasse os Jogos, a aproveitar numa futura vencedor do Distrito 2 não fazia sentido, pois a moda na Capital muda todos os anos. Só se ele já sabia que… Não, não, isso não é possível. Abano ligeiramente a cabeça e presto atenção às palavras de Niah e Brutus, que naquele momento estão a ser entrevistados por Caesar.

Niah é a primeira a falar, conquistando de imediato a simpatia do público –provavelmente porque partilham do mesmo nível de inteligência – e também a simpatia de Caesar. A minha acompanhante de Distrito acaba por “revelar” o quanto ficou nervosa durante os Jogos, sempre temendo que Cato ou eu não ganhássemos. Niah falou também sobre o quanto ficou emocionado no final dos Jogos e quando eu e Cato acordámos pela primeira vez, desesperados por nos vermos um ao outro. Eu nem sei como é que não previram logo que isso ia acontecer, pois todo o mundo fala o quanto eu e o meu namorado passamos o nosso tempo juntos, mas parece que depois se esqueçem disso quando nos vêm realmente juntos. Gente da Capital…

Depois de emocionar o público e Caesar com detalhes sobre o meu relacionamente com Cato, Niah deu a vez de falar a Brutus, que deu início a uma conversa digna de alguém do Distrito. O nosso mentor comentou e elogiou bastante a minha habilidade com facas e a minha força, assim como o talento natural que Cato tinha com espadas e lanças e, por fim, o quanto ficou orgulhoso quando viu o meu namorado a desafiar a Capital. Obviamente, Brutus não usou essas palavras, sendo muitissímo mais discreto, mas tanto eu como Cato percebemos o sentido dessa frase. Brutus gostava da Capital tanto quanto nós e se algum dia houvsse uma rebelião, tenho a certeza de que ele seria um dos rebeldes.

Depois, Caesar começou a conversa com Enobaria, a quem fez perguntas mais “pessoais” sobre mim e Cato. Enobaria foi discreta, dizendo apenas o necessário, ela já estava bem habituada ao meu gosto pela privacidade. Quanto menos soubessem sobre mim, melhor. Resumindo, grande parte da minha infância, sem grandes detalhes, é claro, foi exposta a toda a Panem. Enobaria disse que eu começei a manusear facas bastante nova e que desde o início que demonstrei ter uma habilidade de especial com essa arma. O meu tamanho foi chamado á conversa, mas Enobaria defendeu que isso me proporcionava uma certa vantagem sobre os meus adversários. Eu era mais leve, mais rápida e ágil do que, por exemplo, um garoto com o mesmo tamanho e força do Cato. Enobaria também falou do Cato. O garoto da espada sempre foi alto e forte, e por isso ele conseguia vencer duelos conntra garotos com mais três ou quatro anos do que ele. Mas o Cato não tem apenas força e prática, ele também é inteligente, o que ficou bem provado quando ele conseguiu que ambos saíssemos vivos da arena.

A entrevista de Enobaria estava quase a terminar, quando Cato se levanta do sofá e vem ter comigo – ao contrário dele, eu estava em pé, encostada á parede e de braços cruzados.

-Porque é que você concordou com eles? – ele perguntou num tom suave, quase hesitante. Fechei os olhos e sorri um pouco. Era quase patética a insegurança que Cato vinha tido a ter desde o fim dos Jogos. Para o Mundo, o Cato Ruthless continuava a ser um assassino profissional, mas, quando estávamos só nós os dois, ele ficava tão indefeso quanto uma cirença de cinco anos.

-Porque eles tinham razão. – abri os olhos e levantei o rosto, encarando Cato – Temos de ter cuidado, Cato. Não nos podemos dar ao luxo de arriscar tudo. – Cato assenti e leva a mão ao meu rosto, gentilmente.

-Eu pensei que você… tivesse mudado de ideias. – abano a cabeça.

-Pensei que você fosse mais inteligente, Cato Ruthless. – rio baixinho e, pondo-me em bicos dos pés, abraça-o pelo pescoço.

-Não brinque comigo, Clove. – rio de novo e Cato bufa – Estou a falar a sério, pequena.

-Eu sei, eu sei. – paro de rir e olho diretamente nos olhos azuis e impacientes do meu namorado. Quase suspiro quando vislumbro nos olhos dele algo que detesto que Cato sinta: insegurança – Eu nunca vou mudar de ideias, - digo num tom mais sério – não agora, nem nunca. Somos invencíveis juntos, lembra? – Cato sorri.

-A garota das facas…

-E o garoto da espada. – completo e dou início algo que se assemelha a uma batalha entre os nossos lábios e línguas. Cato passa os braços pela minha cintura e puxa-me para mais perto, fazendo o meu peito bater contra o dele. Sorrio entre o beijo e mordo levemente o lábio de Cato, que aperta a minha cintura ainda com mais força. “Nem quero imaginar o que Niah e Colan fariam se vissem como o Cato está a tratar o meu vestido”.

 É no preciso momento em que estou quase a quase a sugerir faltarmos á entrevista, que ouço a voz de Caesar a chamar Cato. Os aplausos, gritos e assobios do público fazem com que me efaste do meu namorado e, sem vontade nenhuma, digo:

-É melhor você ir, ou ainda mandam algum pacificador vir buscar você. – Cato, com tanta vontade quanto eu, concorda.

-Vemo-nos em alguns minutos, pequena. – ele me beija rapidamente a minha testa e anda em direção á porta que, assim que aberta, leva-nos ao palco.

Cato é recebido com entusiasmo e adoração pelo público, principalmente o público feminino. Caesar tem de pedir várias vezes por silêncio até que tenha oportunidade de realmente começar a entrevista.

-Como está a ser a estadia na Capital, Cato? – Caesar perguntou. Cato sorriu presunçosamente, mantendo aquela máscara de frieza e indiferença.

-Está a ser boa, o apartamento que nos foi oferecido é muito confortável e tem mais do dobro do tamanho do que os do Distrito 2.

E a conversa continuou até que, algo como dez minutos depois, ouvi o meu nome.

-E o que você acha de chamar-mos a Clove neste momento? – Cato gargalha.

-Acho uma ótima ideia. – o público parece concordar e começam a gritar o meu nome.

-Clove, venha ter connosco! – pede Caesar.

E foi isso que fiz, mas não antes de certificar se o meu vestido estava no lugar. A contrário do que eu queria, Colan descidiu que eu devia usar algo, hum… que me deixasse desejável – o que para mim não fazia sentido, pois a única pessoa que eu queria que me desejasse era o meu namorado. O vestido chegava aos meus joelhos era da mesma cor do que o vestido que usei na primeira entrevista; no entanto, este vestido era bem mais justo e o decote um pouco mais revelador. Cato foi a primeira pessoa a opor-se a que eu usasse aquele vestido, alegando que ninguém além dele mesmo precisava ver tanto de mim. Colan defendeu o seu trabalho afirmando que aquele era o tipo de roupa usada na Capital e que “o vestido nem é assim tão ousado”. Gente louca é o que as pessoas da Capital são. Mas que outra opção tenho eu além de fazer o que me é dito?

Entrei no palco sem hesitação, já tinha praticado aquela entrada bem mais de cem vezes com o aconselhamento de Niah e Enobaria. O palco era o mesmo, mas já não havia apenas uma cadeira confortável e almofada para o tributo que ia ser entrevistado. Desta vez, havia um divã vermelho no centro do palco e ao seu lado estava Caesar, sentando na sua poltrona. Andei até ao divã onde Cato estava sentado e, ignorando o público que me chamava, sentei-me ao lado dele. Correção: sentei-me praticamente no colo de Cato.

-Olhem só como eles ficam bem juntos! – Caesar comentou quando, sem me aperceber, beijei Cato rapidamente. O público foi ao rubro. Encostei a minha cabeça no peito de Cato ele abraçou-me. Eu não estava com vontade nenhuma de estar  naquela entrevista e, ainda por cima, de ter de ver a repetição dos Jogos.

A entrevisa foi rápida e as perguntas simples e engraçadas – mais uma vez, Caesar provou porque é que é considerado um dos melhores apresentadores de Panem – e em seguida as luzes apagaram-se, anunciado que o filme ia começar.

Fechei os olhos assim que o filme começou, a banda sonora alegre demais para o meu gosto. Eu não estava com medo de rever o que tinha acontecido na arena e muito menos estava arrependida, eu apenas me recusava a olhar para o ecrão. Discretamente, e aproveitando que ninguém me podia ver pois as luzes estavam completamente apagadas, escondia o rosto no peito Cato, que sussurrou um “Eu te aviso quando o filme acabar” e apoiou o queixo no topo da minha cabeça.

Acho que acabei por adormecer em alguma altura e que acordei com um grito. Quase pulei do colo de Cato com o grito, mas depois percebi que fazia parte do filme. Olhei para o ecrã e vi-me incapaz de desviar os olhos. Era Cato, na arena, mais precisamente na zina do Thresh. E ele estavam a gritar um com o outro, por minha causa.

-Não, - Cato sussurrou ao meu ouvido, mas o sussurro mais parecia um pedido desesperado – não olhe, pequena. Eu não quero que você me veja assim.

-Eu já vi você matar pessoas antes, Cato. – respondi no mesmo tom. Cato engoliu em seco e pressionou os lábios contra o meu ouvido.

-Por favor, Clove. Eu me transformei em um monstro naquele momento e não quero que você me veja daquela forma. Por favor. – implorou docemente e vi-me obrigada a aceitar o que me era pedido.

-Tudo bem, mas apenas porque estou com sono. – Cato assente e volto a esconder o meu rosto no peito dele. Antes de voltar a adormecer, ouço o som de algo a ser quebrado e o público a gritar eufóricamente.

Bocejei baixinho e aproximei-me mais de Cato, sempre com o cuidado de não o acordar. O rosto dele estava sereno agora. Era raro ver o Cato assim exceto quando ele estava a dormir. Ele se parecia imenso com aquela criança que eu conheçi quando tinha 9 anos, ele parecia inocente. Mas os Jogos destruíram essa parte dele e o garoto da espada tornou-se num assassino que apenas hesita em matar alguém quando esse alguém sou eu. Sorrio um pouco e acaricio o rosto de Cato, que, ainda a dormir, enlaça os braços á volta da minha cintura.

Estávamos no nosso quarto no apartamento que o Presidente Snow nos ofereceu depois de termos alta do Hospital. Tinhamos apenas três empregados e um deles era um Avox que o Cato insistiu em contratar, dizendo que o conhecia de algum lado e que sabia que ele era um empregado eficiente. O apartamento era um verdadeiro símbolo da Capital e na primeira vez que meti lá os pés quase pude sentir o meu queixo a bater no chão de tão espantada que estava.

A sala era quase do tamanho do apartamento em que ficámos antes dos Jogos começarem. Havia um tapete de pele bege cobria todo o chão; as janelas eram do tamanho das paredes e nos ofereciam uma mista completa e belissíma da Capital; havia dois sofás, um virado para o outro e eram cinzentos; uma mesa de madeira de carvalho estava num canto da sala, rodeada por várias cadeiras do mesmo material. Havia também uma lareira de pedra na parede e uma mesinha de vidro entre os dosi sofás. Os terraços eram a minha parte favorita, mas o quarto também tinha sido muitissímo bem escolhido e decorado, respeitando de várias formas o nosso gosto tradicional do Distrito 2. O quarto era espaçoso e no centro do mesmo estava uma cama de casal, que pertencia a mim e ao Cato. Afinal, para que termos camas diferentes de acabamos sempre na mesma? O quarto estava pintado de cores claras e suaves, nada muito excêntrico ao estilo das Capital. Aquele apartamento era tão… eu e o Cato.

-Bom dia. – sussurrei ao ouvido do meu namorado – Acorda, babaca. – voltei a sussurrar, chamando-o pela sua nova alcunha. Parece que Cato gostava quando eu o chamava de babaca, mesmo quando ele dizia que era irritante. De certa forma, “pequena” também é uma alcunha irritante e ele continua a chamar-me assim. Vingança.

-Me deixa dormir! – ele resmungou, tapando o rosto com o lençól – Ainda é cedo…

-Eu sei, - me afastei dele e me levantei – mas temos de ir a um sítio hoje, lembra?

-Não… - Cato respondeu, confuso e aborrecido, mas mesmo assim levantou o rosto e olhou para mim analisadoramente – Onde temos de ir? – sorrio para ele e volto para a cama, sabendo que não será fácil convencê-lo a fazer aquilo. Mordo levemente o nariz de Cato e beijo-o.

-Ah, agora sim estou acordado. – ele exclama, rindo entre o beijo.

-Cato, - murmuro contra a boca dele – nós vamos ao Distrito 12.


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Notas finais do capítulo

Até sezta-feira (é, vou postar sexta feira)! Comentem e recomendem e peço desculpas por o capítulo não ser tão bom como talvez estivessem à espera. Bjs e COMENTEM!