The Ruler And The Killer escrita por Marbells


Capítulo 13
I want to play


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Estou muito contente com os comentários, obrigada. Ah, é só para avisar que é muito provável que algumas coisas estejam diferentes no livro, porque eu não tenho os meus comigo e não me lembro de algumas coisas, além de que para a fic ter o final que eu quero algumas coisas têm mesmo de mudar.
Espero que gostem!



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Depois de aceitarmos Peeta no nosso grupo, pegámos nas tendas, na comida e nas armas e fomos para a floresta. Caminhámos durante algumas horas até que decidimos acampar ali mesmo, onde havia um maior aglomerado de árvores.

Usámos uma fogueira que estava na cornucópia. A vantagem dessa fogueira é que ela não faria tanto fumo como uma fogeira normal, logo, o fumo não subiria no ar e não ajudaria os outros tributos a localizarem-nos na arena. Embora, se isso acontecesse, o infeliz do tributo que viesse ter connosco desejaria não o ter feito.

Tinhamos três tendas e comida suficiente para todos nós durante uma semana, mas, obviamente, nessa altura já alguns elementos do grupo dos carreiristas estariam mortos.

Almoçamos á volta da fogueira da Capital, colocámos troncos de velhos á volta fogueira e dividimos a comida por todos. Cato e Marvel comiam imenso e, ainda por cima, pareciam dois porcos a comer. Mas parece que não fui só eu a reparar nesse “pequeno” promenor.

-Podem ao menos comer de boca fechada? – perguntou Glimmer, que estava sentada ao lado de Jean. Felizmente para mim, o patético do Marvel estava sentado no mesmo tronco de Peeta, que comia normalmente, sem parecer um animal.

-Nós estamos na arena, não num restaurante, Glimmer. – respondeu Marvel com alguma raiva na voz. Isso surpreendeu-me, pois ele continuava a dar vergonhosamente nas vistas. O garoto lançava olhares e sorrisinhos para Glimmer todos os segundos e era bem notório que ele estava caidinho por ela. Ela é que nem por isso… Porém, o tom de voz que ele usou com ela naquele momento pareceu surpreender a todos, incluindo a própria Glimmer, que olhou para ele de boca aberta e uma expressão indignada; Marvel, por sua vez, continuou com uma carranca pouco típica dele e continuou a comer feito o animal que era.

-O Marvel tem razão. – olhei para Cato, que continuava com o olhar na perna de esquilo que estava a comer. Eu tinha conseguido caçar três esquilos em menos de uma hora e ainda bem que assim foi, pois se assim não fosse teriamos de usar a comida encontrada na cornucópia e tinhamos decidido em quardar isso para um momento em que, por exemplo, não conseguissemos caçar nada.

-Sim, o Marvel está certo. – eu disse e todos olharam para mim, era a evidente a surpresa nos seus rostos, eu não tentava esconder o quanto tinha nojo de Marvel e Cato, até áquele momento, tinha vindo a fazer o mesmo – Estamos numa arena, é verdade, mas não estamos num polcigueiro para vocês comerem como porcos! – Glimmer, Jean e Peeta (embora que mais discretamente) começaram a rir, eu apenas encolhi os ombros e voltei a minha atenção para a comida – Bom apetite!

Depois da cena durante o almoço, resolvemos rondar aquela zona, mas sem nos afastarmos muito. Pouco depois voltámos para onde estavam as nossas coisas. Montámos as tendas e, enquanto Peeta e Cato procuravam tributos, Glimmer e Marvel estavam a vigiar a zona; enquanto isso, eu e Jean fomos caçar. Quando Glimmer não estava por perto, peguei no arco e algumas setas que ela tinha trazido da cornucópia e entreguei-as a Jean – Glimmer tinha levado outra arma.

-Você sabe como usar isso? – perguntei para a garota, que se limitou a pegar na arma e a dar um sorriso de confirmação. Peguei nas minhas facas e coloquei algumas delas dentro do casaco, outras nos bolsos das calças e uma entre os meus dedos, que a seguravam com firmeza.

Não caçámos grande coisa nessa tarde, mas Jean provou ser ainda melhor com aquele arco do que Glimmer (o que também não era muito complicado). A garota apanhou dois coelhos e uma espécie de pássaro que devia existir apenas na arena; eu, com as minhas facas, consegui acertar um coelho e três esquilos. Os coelhos eram bem melhores que os esquilos, mas também eram mais difíceis de acertar com uma faca. Porém, aquilo seria suficiente para manter os nossos estomâgos satisfeitos.

Como eu me recusei a ficar na mesma tenda que Glimmer, sobraram apenas duas opções: ou eu ficava em uma tenda com Marvel, o que foi logo posto de parte (eu nem cheguei a dizer, mas Cato quase que matou o idiota que propôs isso); ou eu ficava com Peeta ou Jean em uma das tendas ou, última opção, eu dividia a tenda com Cato. Obviamente, escolhi a última opção. Fiquei contente ao saber que não haviam camâras dentro das tendas, pois, dessa forma, eu poderia estar com Cato e não ter de esconder a nossa relação. É sim, nós tinhamos relação e ela era algo muito mais do que uma boa amizade, e ambos sabiamos disso. Só a forma com que Cato olhou para mim antes de entrarmos na tenda, depois do jantar, foi o suficiente para saber que ele já estava á espera daquele momento a sós comigo desde que entrámos na arena, tal como eu.

Apenas tive tempo para entrar na tenda e fechar o zíper da mesma antes de Cato me puxar na sua direção e me beijar desesperadamente. As suas mãos rudes percorriam o meu corpo de um forma enlouquecedora, fazendo-me gemer e puxar os seus cabelos. Cato gemia também, friccionando os nossos corpos e beijando, agora, todo o meu rosto. Não dissemos nada, apenas nos deixámos cair no chão e ficámos ali deitados, o corpo de Cato sobre o meu, a beijar-nos durante longos minutos. A aflição que eu sentira durante a bloodbath e o medo de perder Cato durante os Jogos foram totalmente esquecidos enquanto as nossas bocas se moviam em sincronia e os nossos corpos estavam juntos, tão perto um do outro que quase que eram um só.

-Então, muito cansado? – perguntei quando as nossas respirações estavam mais calmas.

Cato agora estava deitado sob mim, com os nossos casacos e um cobertor (que estava numa das mochilas da cornucópia) a cobrir os nossos corpos. Estivera calor durante o dia, mas, agora, estava a arrefecer. O clima seria irregular na arena, os ideializadores iam mudando as coisas á sua vontade, sempre com o objetivo de terem alguma diversão.

-Nem por isso. – Cato sorriu e beijou o topo da minha cabeça - E você?

-Também não, mas aposto que amanhã vamos estar todos cansados. Hoje foi o efeito da adrenalina a falar. – descansei a minha cabeça sobre o peito de Cato e fechei os olhos. Já era de noite e tinhamos de descansar. Como Marvel e Cato decidiram, faríamos a vigilância por turnos. Dali a quatro horas seria a minha vez e, depois, seria a de Peeta.

-É, mas não vamos ter muito tempo para descansar nos próximos dias. A parte pior começa agora.

-A “caça” é a minha parte preferida. – disse sorrindo, sabendo que Cato referia-se a um dos termos usados no Centro de Treinamento. “Caça” era aquilo a que os nossos treinadores chamavam da perseguição dos outros tributos quando eles estavam espalhados pela arena e tinhamos de os encontrar.

-Pois a minha é quando os econtramos. – pude até imaginar o sorriso malvado no rosto de Cato. As mortes causadas por ele eram completamente gélidas e brutais, as suas vítimas saiam terrivelmente mutiladas e, quando sobreviviam (o que não acontecia com muita frequência), ficavam traumatizadas para toda a vida. A verdade é que, ainda mais que eu, Cato tinha um gosto louco por torturar as suas vítimas, enquanto eu gostava mais de jogar com elas, vê-las esconderem-se mesmo sabendo que isso de nada lhes valeria a pena. No entanto, Cato era menos paciente do que eu.

-E como poderia não ser assim? Afinal, você é o brutal Cato. – senti o peito de Cato tremer devido á gargalhada que ele deu.

-Brutal Cato? É isso que me chamam na Capital? – assenti, ainda de olhos fechados.

-Parece que sim. – levei a mão á boca quando bocejei, eu tinha sono e sabia que tinha de dormir, mas o que eu mais queria era ficar ali, acordada e falar com Cato. Porém, ele não parecia pensar da mesma maneira que eu.

-Durma, pequena. – neguei com a cabeça e senti as mãos de Cato cuidadosamente no meu cabelo – Eu disse para dormir, não lhe perguntei se queria.

-Cato…

-Tem de ser, Clove. – a sua voz estava aborrecida – Eu não quero você caindo para o lado enquanto andamos pela arena. Quero ver a garota das facas bem acordada e pronta para atacar os ouros tributos. – bufei e até já o podia imaginar a sorrir.

-Está bem, mas é só porque eu quero. – senti os barços de Cato apertarem a minha cintura e acomodei-me naquela posição – Boa noite, Cato.

-Boa noite, Clove. – e foi ao ouvir o som da sua voz que adormeci.

-ACORDEM! – acordei sobressaltada com o berro de Marvel. Cato, que ainda estava debaixo de mim, praticamente pulou ao acordar, fazendo com que eu rolasse no chão.

-Merda! – resmunguei enquanto me levantava e levava a mão direita ao sítio na cabeça onde eu tinha batido no chão.

-Ei, você está bem? – Cato levantou-se e veio até mim, olhando-me preocupado. Ignorei a dor, que agora já estava a diminuir, e sorri para ele.

-Sim, estou bem. É melhor irmos ver o que o Marvel quer, pode ser alguma coisa importante. – Cato concordou e, depois de me beijar rapidamente, saiu da tenda, comigo logo atrás dele.

-Finalmente! – Marvel, com o rosto vermelho de empolgação e a respiração descompassada, correu até nós – Advinhem só? Eu vi uma fogueira! – a exclamação de Marvel acordou-me por completo e, se eu já estava curiosa para saber o que o parvo queria, agora sim eu estava curiosa para saber quem tinha sido o estúpido tributo que tinha acendido uma fogueira normal na arena. Cato e eu ficámos tão empolgados quanto Marvel, porém, enquanto ele ia acordar os outros e tentava adivinhar quem tinha sido o tributo que tinha acendido a fogueira, eu, e penso que Cato também, já estava a imaginar as inúmeras formas de matar aquele tributo.

A bloodbath na cornucópia não bastara, eu precisava de diversão. Além disso, não poderia, mesmo que quisesse, ter feito mais do que simplesmente matar alguns tributos ou deixá-los a sofrer durante alguns segundos até que se fossem de vez. Não, na bloodbath não havia tempo para isso, pois qualquer distração podia ser fatal.

A tensão e o nervosismo que vinha a sentir nos últimos dias precisavam de ser libertados, eu precisava urgentemente de, no mínimo, torturar alguém, e, como a loira do 1 e o anormal do mesmo Distrito que ela, não podiam ser mortos ainda, eu teria de me contentar com o tributo mais burro daquela Edição dos Jogos Vorazes.

Olhei para Cato e ele parecia tão excitado com a ideia de um tributo para matar quanto eu. Os seus olhos conectaram com os meus e o meu sorriso, assim como o dele, se alargou. Porém, nós sabíamos que os idealizadores tinham colocado várias camaras na arena. Não íamos ignorar um ao outro até um de nós morrer, isso estava fora de questão, apenas não íamos mostrar a Panem e aos outros trbutos – os que estavam ali connosco – o quanto nos enfraquecíamos um ao outro.

Com um sorriso maldoso e uma faca já firme na minha mão, caminhei juntamente com os outros carreiristas até onde um desafortunado tributo nos esperava. “Agora sim a diversão vai começar”.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a quem foi ver o meu Tumblr e me está a seguir! Comentem e talvez eu ainda poste hoje!



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