Lar doce lar, era o que eu pensava quando entrei e casa e senti o cheiro de pão de queijo, era Maria. A governanta aqui de casa, ela tinha vindo a uns vinte anos do Brasil pra cá, fazia coisas deliciosas e eu sempre ficava com ela. Nas últimas vezes que vim aqui não pude vela porque ela estava de férias. Fora cuidar do seu filho doente no Brasil.

-Maria! Eu disse gritando ao entrar na cozinha, seguida pela Co.

-Minha linda! Que bom poder te ver, eu estava morrendo de saudades. Ela me abraçou forte como sempre fazia.

-Maria, essa é a Colette minha amiga, uma ótima cozinheira.

-Que bom que os jovens de hoje estão se interessando pela culinária! Vou te ensinar tudo que couber nessa linda cabeça ruiva. Ela disse abraçando Co, eu ria, mas logo parei quando vi uma figura morena encostada na parede rindo também. Eu gelei não podia ser quem eu pensava que era.

-Cat?

-Mad, ela veio me abraçar.

-Meu deus, quando tempo...

-É eu sei, nossa você ta linda!

-Nossa olha quem fala senhorita curvas. Essa é a Colette, minha amiga.

-Muito prazer, onde está a Anee?

-Ela não veio, vai passar o Natal na casa do namorado.

-Nossa você tem que me colocar a par de muitas coisas! Ela disse abraçando a Co.

-Nossa você nem imagina.

-Catarina filha deixa as meninas descasarem, elas acabaram de chegar de viagem.

-Tudo bem Maria, vem ajuda agente com as malas.

Quando agente chegou no quarto ela e Co, já erma melhores amigas, agente terminou de arrumar as coisas trocamos de roupa e fomos pra piscina.

-Ah, até que enfim uma piscina! Eu disse colocando meus pés na água.

-É seria meio difícil nadar com um tempo desses- Colette disse apontando pra fora.

Nós estávamos na piscina aquecida que tinha um vidro que mostrava o jardim todo coberto de neve.

-Ta, chega de papo vamos aproveitar a piscina. Ela deu um pulo e nos molhou, mas logo depois já estávamos na piscina.

A Catarina, ou Cat, como eu e a Anee chamamos ela é filha da Maria. Ela vinha passar o verão com a mãe aqui, e nós sempre saiamos juntas. Ela morava no Brasil junto com o irmão mais novo, mas ela veio pra Londres pra cursar direito no ano que vem, o irmão dela vem no meio do ano quando ela já tiver conseguido um apartamento em Londres.

Nós somos muito amigas mas perdemos um pouco de contato nos últimos anos, mas hoje passamos um bom tempo fofocando e parecia que nem tínhamos nos afastado, só faltava a An aqui pra tudo ficar perfeito mas eu sei que ela estava feliz la com o Niall. Mas me fiz prometer que essa viagem só de meninas ia rolar.

Algum tempo depois Maria veio trazer um lanche pra gente e disse que era melhor irmos tomar banho porque minha mãe avisou que chegaria pro jantar e queria que fosse um jantar especial.

Que saco, eu estava aproveitando o tempo aqui em casa sem a minha mãe, mas já vi que ele estava se esgotando.

Nos secamos, lanchamos e fomos pro quarto trocar de roupa. O quarto da Cat, ela no andar de baixo e o meu era em frente ao da Colette.

Tomei um banho quente e demorado, fazendo o tempo passar devagar e deixar meus pensamentos fluírem. Quando sai do banho coloquei uma roupa quente, mas arrumada e sai do quarto indo em direção ao da Colette.

-Opa, a irmãzinha chega e nem vem me dar oi....

-Maninho. Eu disse tentando entrar no quarto da Colette.

-Pera, eu to afim de conversar com você.

-Então vamos logo.

Agente entro no meu quarto e ele fez questão de fechar a porta.

-O que é de tão sério?

-Nossa não senti minha falta não?

-Sinceramente eu nem lembrei que você existia.

-É mais eu lembrei, e não se esqueça que eu salvei sua pele com a mamãe aqui em casa depois daquele almoço amigável que você tiveram.

-Tá o que você quer? Meu irmãozinho lindo que eu amo tanto, disse apertando suas bochechas.

-Duas coisas maninha, primeira quem são as duas que você trouxe pra embelezar nosso natal?

-Meu Deus Peter!! Você não lembra da Cat? Ela vinha passar as férias de verão com agente, ela é filha da Maria.

-Nossa, ela cresceu hein? Eu lhe dei um tapa na cabeça e continuei.

-A outra é minha amiga Colette, ex namorada do Tyler. Deixei isso bem claro pra mostrar pra ele que nenhuma das duas dava pra ele.

-OK, acho que então como todas você estão solteiras, você irão aceitar minha proposta.

-Como você sabe que todas estamos solteiras?

-Você só iria namorar com um daqueles lá da bandinha, e eles são todos gays então você está solteira. A Colette deve estar de luto e não importa se a Catarina está solteira ou não ela tem cara de quem gosta de festa.

-Ah então você ia nos convidar pra uma festa?

-Na verdade, eu preciso de você pra ir nela.

-Porque?

-Mamãe tirou meu carro.

-Há bem feito, e isso- eu disse dando outro tapa na cabeça dele- é por você chamar os meninos de gays.

-Mas então isso é um sim?

-Não sei, talvez, vou falar com as meninas.

-Tudo bem então, só me avise pra eu colocar nossos nomes na lista.

-Tudo bem. Eu disse me levantando e nós dois saímos do quarto.

Antes mesmo que eu pudesse entrar no quarto da Colette, escutei um barulho na sala e percebi que minha mãe já havia arrastado as meninas pra lá.

-Ah, até que enfim filha, ela disse vindo em minha direção e me abraçando.

-Mãe, eu disse sem muito entusiasmo.

-Então filha, achei que Anee viria também, pois seus pais viajaram.

-Não mãe, ela foi pra Irlanda.

-Ah sim, minha mãe disse mexendo nos anéis. Bom então acho melhor irmos pra sala pois o jantar já deve estar servido.

Eu fiz menção de ficar pra avisar as meninas da festa mas meu irmão desceu e finalmente fomos levados até a sala.

-Mãe, não é melhor esperarmos o papai? Acho que meu irmão estava querendo confusão hoje.

-Não filho, seu pai ligou disse que iria ter de passar o Natal lá pra tratar de alguns negócios, mas voltava pro ano novo.

De novo, mais um ano qm que meu pai passava o natal fora de casa, eu não o culpava ele já havia se separado da mamãe a muitos anos, mas parece que ele havia se separado dos filhos também. Mas eu realmente queria era conversar com ele sobre a faculdade. Bom isso teria que esperar.

O jantar passou chato e lento, como sempre, eu não tive nenhum momento pra conversar a sós com as meninas.

-Filha, você e seu irmão poderiam vir aqui comigo por favor? Eu sei que as meninas não vão ligar se eu te pegar emprestado por um momento.

Eu me levantei e segui minha mãe, fazendo sinal pras meninas me esperarem no quarto.

-Meninos, esse ano como seu pai vem passar o ano novo conosco faremos uma festa grande. Já vou avisar de imediato que a presença é obrigatória, não adianta querer passar em uma daquelas festinhas de adolescente.

Meu irmão tentou protestar mas ela logo o fez calar.

-E quero vocês bem cedo prontos porque iremos receber os convidados do natal.

Eu escutei calada e meu irmão fez o mesmo, ela saiu e tudo pareceu como antes, quando ela brigava com o papai e pedia pra que nós não contássemos pra ninguém.

-É parece que vamos ter que sair escondidos essa noite, meu irmão disse.

-Ainda não sei se nós vamos, não tive como conversar com as meninas.

-Mas, nós precisamos ir, eu já coloquei nosso nome na porta.

-Você não disse que iria esperar?

-Não custa nada maninha, relaxe, vai ser como nos velhos tempos quando saiamos escondidos pra ir em festas.

Ele disse saindo e me deixando sozinha, eu fiz o caminho pro meu quarto e encontrei as meninas na cama rindo.

-Mad, o que houve?

-Nada de muito importante, mas eu tenho uma proposta pra vocês.

-Pode falar.

-Vocês topam uma festa hoje?

-Claro, obrigada por me convidar eu já estava ficando louca dentro dessa casa!

A Cat exclamou, parece que meu irmão acertou, ela gostava mesmo de uma festa.

-E você Co?

-É eu acho que to precisando de uma festa.

-Aeeeeee, eu disse me jogando na cama ao lado delas, só tem uma coisa. Nós vamos sair escondidas beleza?