Chegamos à praia, e como sempre tudo lindo, o mar me chamava, nossa quanto tempo eu nao ia a uma praia, todas vieram para o meu lado, Lê me abraçou.

            - O que houve?

            - Nada, é só o tempo que eu não venho a praia, não venho ao Rio de Janeiro, só isso.

            - Aqui é lindo - ela disse maravilhada.

            - Hey pessoas - disse Vanessa - que saudade deste lugar, quanto tempo Copacabana - rimos com o comentário dela, logo depois chegou as outras meninas acompanhadas pelos meninos, sorri ao ver a cena, nunca tinha imaginado aquilo.

            - É lindo aqui amor, eu amei - Deullie disse enquanto me abraçava por trás, sorri e o abracei mais forte, como ja era de tarde, estávamos com muita fome, eu e as meninas entramos e fizemos algo pra comer, tipo uma coisa que nem é "Nossa que delicia", foi somente um macarrão com salsicha.

            Chamamos os meninos e comemos logo meu celular tocou, e era uma mensagem:

             "Oi, Ane quanto tempo, espero que se lembre de mim, sou eu o Bruno, seus pai me viram na rua, e me avisaram que estava aqui, nossa quanto tempo não te vejo, vamos marcar algo?"

             Fiquei completamente surpreendida com aquilo, quanto tempo eu não via aquele garoto, nao tinha contato, nao falava nem por mensagem, admito eu tinha super saudades dele, sentimos algo um pelo outro, mais foi uma coisa muito mais muito antes de eu decidir ir a Coréia, eu nao ia deixar esse sentimento me dominar outra vez, iria reve-lo, mas por amizade.

            - O que foi amor? - perguntou Deullie.

            - Huh? Ah nada não, só uma mensagem de um velho amigo que eu não vejo a muito tempo, mais nada - sorri constrangida.

            - A ta, e vai se encontrar com ele?

            - Ainda iremos marcar algum dia - ele me olhou, e ja vi uma semente de ciúme brotando - ei - disse chegando mais perto dele - ele é somente um amigo, mais nada, só que tem muito tempo que nao o vejo, e vamos marcar pra nos rever - ele sorriu e eu o beijei - fica bem seu ciumento, vamos pra cozinha - ele assentiu e fomos.

             Chegando lá estavam todos juntos, então chamei as meninas para passearem e deixei os meninos ficarem sozinho, nos arrumamos, já que o RJ era um lugar quente na maior parte do tempo colocamos uma roupa fresca, já que era verão e estava bem quente, saímos pra comprar um sorvete, e conhecer um pouco a cidade, eu e Vanessa cuidamos de tudo pra elas amarem essas férias. Depois de passear pela cidade, paramos em uma sorveteria.

            - Muito cansada, meu Deus, nunca tinha passeado e andado tanto, nunca mais façam isso com a gente – eu disse, e elas riram comigo.

            Logo chegou um grupo de meninos, todos lindos, morenos, fortes nos olhando, ficamos constrangidas, trocamos olhares entre nós e com eles, e depois de sorrisinhos e olhadas, um deles se levantou, e eu jurava que o conhecia de algum lugar, mais não lembrava de onde.

- Olá Ane – me assustei quando ele falou meu nome, olhei para as meninas que estavam espantadas, junto comigo.

- Desculpe, mais como sabe meu nome? – perguntei.

- Meu Deus! Você realmente não se lembra de mim? Sou eu, o Bruno – ele disse com um sorriso lindo, realmente eu não iria nunca conseguir me lembrar, antes ele era magro, todo raquítico, agora eu completamente assustada, vendo um moreno alto, forte, na minha frente – Ane? É o Bruno.

- Bru-bru-bruno? Impossível, eu não consigo acreditar, você esta super... Diferente – eu estava surpresa com o que via impossível de ser ele.

- Pois é, malhei muito.

- Percebo – sorrimos me levantei e dei um abraço nele – Ah me deixa apresentar, essas são Leticia, Vanessa, CL, Minzy, Park Bom e a Sandara, viemos da Coréia do Sul, chagamos faz algumas horas – ele pareceu espantado, e como eu o conhecia ia soltar uma piada a qualquer momento, mas não, ele simplesmente estendeu a mão e apertou a mão de cada uma das meninas com um sorriso simpático no rosto, era impressão, ou ele estava amadurecendo, bom e era isso que estava acontecendo eu estava feliz por isso, começamos a conversar e rimos, perguntei por que estava em Copacabana, ele disse que estava visitando familiares, e como me achou aqui acha melhor ficar por mais um tempo, fui embora junto com as meninas, e como são amigas vieram comentando sobre a sorveteria até chegarmos em casa, o demorou bastante, inventaram coisas como, já namoraram? Já o beijou? Como é o beijo dele? Sendo que já tinha falado com elas sobre ele, enfim, chegamos a casa e já estava anoitecendo.

Trocamos-nos e fomos preparar o jantar, depois de tudo pronto e de já termos comido, Deullie me chamou pra ir a praia, concordei, merecíamos um momento a sós então fomos, chegando lá ele pegou uma toalha e estendeu sobre a areia da praia nos sentamos e começamos a conversar.

- E então como foi seu dia com as meninas? – quando ele fez a pergunta a primeira coisa que veio foi a imagem do Bruno, a imagem dele falando comigo, rindo, conversando, e eu sabia que contando pro oppa o que aconteceu ele iria ficar com ciúme e iria se irritar, mais eu não podia esconder nada dele.

- Sim, foi ótimo, lembra o Bruno? O menino que te falei? – ele assentiu – então o encontrei por uma coincidência incrível, eu e as meninas o encontramos junto com uns amigos dele numa sorveteria – ele fez uma cara de desgosto assim que eu terminei.

- Ah sim, e então gostou de encontrá-lo? – ele disse com a frase soltando ciúmes, sabe não vou dizer que não gosto que as pessoas tenham ciúme de mim, mais às vezes isso mostra insegurança, e essa insegurança vindo dele me dói.

- Claro que eu gostei, ele é um dos meus amigos, oppa, esta com ciúmes do Bruno? – eu perguntei e ele ficou assustado.

- Claro, ele é seu conhecido, seu amigo, o conhece dês de bem jovem, você tem 16 anos de idade, conheceu ele com quantos anos?

- 13

- 3 anos de amizade, você me conheceu esse ano Ane – ele disse com raiva.

- E me responda eu estou namorando com quem você ou ele? Esta com ciúme de um menino que eu vi somente uma vez nesse ano? – me levantei com raiva – não acredito que me chamou aqui pra isso oppa, se soubesse teria ficado dentro de casa.

- E se seu amiguinho tivesse te chamado teria vindo com ele do mesmo jeito – ele disse na cara de pau, não me agüentei e sai correndo chorando, só depois que ele o falou refletiu e me gritou, não dei idéia e entrei.

- Ane? Vamos ver um filme... ANE? VOLTA AQUI – mais já era tarde, Lê estava me chamando pra assistir filme, nem deixei acabar de falar e já tinha batido a porta.

Entrei dentro do quarto, cansada, chorando e triste, eu não queria que aquilo acontecesse, não comigo não com nos dois, na raiva peguei uma bolsa, coloquei dinheiro e meu guarda-chuva, o tempo não estava tão bom assim, passei por todos, Deullie tentou me pegar, mais ele ficou tão chocado quando me viu chorando que congelou, me soltei dele, sai correndo, chorando, como eu disse Rio de Janeiro esta em bipolaridade, começou a chuviscar e mesmo assim eu não liguei, corri o mais rápido que pude, até chegar a uma praçinha, sentei em um banco estava molhado mais eu não liguei, comecei a chorar desesperadamente, até alguém sentar ao meu lado.

- Pode me dizer por que esta chorando?