Capitulo 8 – A Festa.

Até que enfim chegou sábado, o dia tão esperado por todos, era o dia da festa. Ajudei com a arrumação o dia todo, algumas horas antes fui pra casa e me arrumei, queria estar linda, hoje seria o dia da minha reviravolta, eu tava precisando animar minha vida, tava muito chata. Botei um vestido azul cintilante colado no corpo, com uns detalhes como se o vestido estivesse em camadas, alisei o cabelo deixando cachos apenas nas pontinhas, passei uma maquiagem bem legal, botei jóias, me perfumei, salto alto preto. É essa não é a Sam que eu conheço, mas hoje eu estava com vontade de ficar diferente. Cheguei na festa um pouco atrasada, já tinha começado e já tinha chego bastante gente.

- Graças a Deus você chegou, eu to pirando aqui sem você, veio muita gente, e ta todo mundo se divertindo, olha isso. – Disse Brad sorrindo e apontando pro primeiro andar da casa.

- Está show mesmo, vamos curtir, manda esse DJ agitar mais essa pista – Disse fazendo uma dancinha como quem vai dançar muito.

- Nossa Sam, agora que reparei, você ta tão.. diferente. Ta linda. – Brad não tirava os olhos de mim, como se estivesse hipnotizado.

- Obrigada. – Agradeci corando, não é todo dia que recebo elogios, até porque não é qualquer um que eu deixo me elogiar.

Sai dali o mais rápido que consegui, não sou de ficar com vergonha, e quando fico, não deixo que ninguém veja. Fui me metendo no meio das pessoas, dançando ao ritmo da música, com a esperança de encontrar alguém.

- Hey, essa gatinha ta afim de dançar? – Alguém me cutucou no ombro, e eu virei pronta pra dar um soco no idiota. Mas parei quando vi quem era.

- Qual foi Gibby, perdeu a noção do perigo? – Sim, era o Gibby, e ele pulou pra trás quando viu que era eu.

- S-S-Sam, desculpe. – Estava com medo, e saiu correndo, garoto maluco, eu nem ia bater nele. Olhei pras pessoas que estavam com ele antes de correr.

- Oi Carly. – Sorri e abracei bem forte a minha amiga. – Oi Frediota. – Fiz cara de tédio.

- Nossa Sam, você ta totalmente outra pessoa, é você mesmo, ou a Melane? – Carly ria, e Freddie não parava de me olhar, o que ele ta fazendo? Ele pirou? Se Carly olhasse pro lado, ia sacar na hora que ele tava olhando pra mim de outro jeito.

A festa ocorreu tranquila, todos estavam se divertindo muito, ainda bem, porque ralei um pouco praquela festa ser perfeita, como estava sento. Eu estava sentada num puff no canto, estava um pouco cansada, tinha ficado muito tempo em pé, dançando e isso em cima de um salto. Senti alguém sentar no puff do meu lado, era Brad.

- E ai, ta gostando da festa que preparamos. – Ele disse sorrindo e olhando o movimento.

- Muito, ficou muito legal. – Sorri realmente feliz por ver todos se divertindo.

- Porque está aqui, sentada? – Ele disse virando pra mim, e me encarando.

- To um pouco cansada só, esses sapatos machucam. – Dei uma risada, e o encarei também.

- Ta sozinha? Cadê seus amigos? – Ele pergunteu, e fiquei triste por não estar curtindo essa festa com eles.

- Ah, o Freddie e a Carly devem estar juntos em algum lugar, se beijando, e o Gibby dançando sem blusa em cima de algum lugar. – Ri ao lembrar do meu amigo mais engraçado, e depois abaixei a cabeça.

- Ei, nada de cabeça baixa, eu to aqui. – Ele me abraçou e ficamos abraçados por um tempo.

Brad estava sendo um amigo e tanto, mas ele não tava querendo só isso pelo visto. Desfez o abraço e me encarou, foi chegando perto, botou meu cabelo por trás da orelha, e me agarrou pela cintura. Não sei se isso era o certo a fazer, eu não sentia vontade de beija-lo, mas eu tinha que descobrir se eu só sentia aquilo com o Freddie, eu precisava esquecer de um amor, e dizem que só esquecemos de um amor, com outro amor. Eu precisava tentar, caso desse errado, era só parar o beijo. Eu sem perceber recuava um pouco, mas ele se aproximava cada vez mais, e me segurava de uma forma que não deixava eu sair.

- Brad, talvez isso não seja uma boa idéia. – Falei baixo tentando recuar.

- Por que não? Seus amigos estão namorando, seria legal se envolver com alguém, e também, você disse que ta sozinha. – Ele disse falando baixo e mordendo minha orelha.

É após ouvir isso eu cedi, vai, vamos descobrir logo, preciso descobrir. Nos beijamos, e foi um beijo bem sem graça, sem emoção, não senti aquela explosão de sentimentos, na verdade, não senti nada. Ele insistia em ficar mexendo aquela língua na minha boca, e tudo que eu queria era parar aquele beijo. Sabe, nada contra ele, ele é um amor, e foi super carinhoso, ficou fazendo carinho no meu rosto, no meu cabelo, nas minhas costas, não tentou avançar o sinal, mas mesmo sabendo disso tudo, ele não é o Freddie. Nessa hora parei o beijo, chega disso.

- Brad, me desculpa, mas eu gosto de outra pessoa. – Disse após empurrá-lo para trás, para parar o beijo. Olhei pro lado e...

- Oi Sam, vim perguntar se queria carona pra casa, mas já vi que ta ocupada, eu, Carly e Gibby estamos indo pra casa com o avô do Gibby, agora deixa eu ir que eles estão me esperando lá fora. – E saiu. O Freddie falava tudo rápido e embolado, ele estava bem alterado, com muita raiva, e eu me senti super mal, não era pra ele ter visto.

- O que aconteceu com ele? – Disse Brad sem entender nada, claro.

- Ah, tivemos uma briguinha, ele ainda ta chateado comigo. – Disse tentando disfarçar. – Bom Brad, eu vou indo, vou pegar um taxi, e depois a gente se fala. – Disse dando um beijo na bochecha dele, e ia me levantando.

- Sam, não vai rolar mesmo nada entre a gente? – Disse Brad meio cabisbaixo.

- Não, desculpa, você é um ótimo amigo, e quero que continue assim. – Sorri, ele sorriu de volta e fui pra casa.