Lindsay P.O.V.:

                O resto da semana foi chato, chato e chato. Quase não falei com Harry, já que ele estava vendo as coisas pra festa. Às vezes a única parte em que nós víamos era na hora de dormir. Harry foi dormir quase todo dia comigo, não sei porque. Ele chegava tarde, entrava no meu quarto e se enfiava debaixo das cobertas e me abraçava tão forte que eu achava que iria quebrar minhas costelas. Mas o problema é que era um abraço forte de um jeito bom. Parecia que ele queria me dizer que estaria comigo quando eu precisasse. O que era bom. Os braços dele pareciam muralhas ao meu redor, como se ele estivesse me protegendo de todas as coisas ruins que poderiam me acontecer. O que me deixava triste é que quase todas as manhãs ele não estava mais lá quando eu acordava. Eu sentia falta dele quando nós nos víamos 1 vez por dia, imagine quando ele voltar com a turnê? Eu ia morrer de saudades. Nesses dias, eu me aproximei bastante de Niall, sabendo coisas que nem sabia sobre ele, e contando coisas que ele não sabia sobre mim. Com toda essa história de gravidez, eu até pensei em ligar para Tia Maura, mas não enquanto eu estivesse no complexo. Eu precisava conversar com uma mulher sobre isso, uma mulher que não fosse alguém que estava pulando de alegria por causa disso, ou seja, Eleanor. Faltava um dia pro aniversário do Harry, e ele combinou de nós sairmos pra jantar. Tinha passado a semana toda em função do que iria dar pra ele. Por fim acabei juntando umas coisas. Fiz uma cestinha, coloquei 2 toalhas, uma de rosto e outra de corpo, brancas com Harry escrito em azul, uns sais de banho, pois sei que Harry gosta de relaxar na banheira quando pode, uma camisa do Manchester United, ele adora futebol e esse time, 2 entradas pra um jogo do Manchester na outra semana, e um colar com um pingente de avião de papel. Eu não iria me arrumar tanto pro jantar, iria deixar pra festa a noite no Funky Buddha que ele tinha planejado tanto. Não sei como contaria pra ele sobre a criança que eu estava esperando, nem para Frederick. Não sei mesmo. Eu estava perdida nesse assunto.  Acho que depois do aniversário de Harry eu iria falar com Tia Maura, aposto que ela saberia o que me dizer para fazer. Era difícil, mas eu tinha que parar de pensar nisso um pouco ou eu enlouquecia.

                -Eai – disse Harry se  jogando do meu lado no sofá.

                -Eai o que?

                -Eai tipo, como você tá? – ele perguntou e apoiou o braço em cima do sofá.

                -Eu estou bem – eu disse – E você? Como vai as coisas pra festa de hoje?

                -Eu estou muito bem e as coisas da festa estão prontinhas, finalmente! – ele disse.

                -Vai dar tudo certo hoje – eu disse.

                -Eu espero.- ele disse – Mas, o nosso jantar está de pé certo? – ele perguntou.

                -Claro que sim. – eu respondi – Eu fico pronta as 8:30 e você vem me buscar, ok?

                -Ok – ele disse e se deitou no meu colo. Ficamos um tempão ali, sem falar nada, eu não sabia o que falar, na verdade sabia o que eu deveria, mas não sabia como contar. Acabamos por dormir um do lado do outro no sofá. Acordamos tarde e eu tinha no máximo uma hora pra me arrumar pro jantar e escolher uma roupa pra festa, porque depois não daria tempo.

                -Harry, acorda! – eu disse o chacoalhando.

                -Anh? Que horas são? – ele disse sonolento.

                -Hora suficiente para eu estar atrasada para me arrumar pra jantar com você. – eu disse me levantando.

                -Ok, vou me arrumar, a gente se encontra aqui.

                -Tá – eu disse subindo as escadas.

                Deixei uma roupa para o jantar e uma roupa para a festa separadas em cima da cama. Tomei meu banho, passei alguma coisinha na cara só pra não deixar sem nada, e me vesti. Não demorei muito e logo desci. Fiquei esperando Harry durante um tempo, quando cansei fui até o seu apartamento. Por sorte ou por azar acabei encontrando Eleanor na porta.

                -Hum, onde você vai assim?

                -Jantar com Harry.

                -Nem convidaram – ela disse - Mas e ai, vai contar pra ele?

                -Claro que não né. Vou deixar o aniversário dele passar pelo menos.

                -Ok, ok, mas vê se conta, não espera que outra pessoa conte.

                -Tipo você? Pois você é a única que sabe.

                -Anh, Lindsay, bom, anh, eu, anh, contei pro Louis. – ela disse e eu tive vontade de voar no pescoço dela – Calma, ele prometeu que vai te ajudar, e não vai contar pro Harry. Não briga comigo, eu preciso de ajuda pra poder encobrir um negocio desse, e afinal quando não estou e você passa mal o Lou já sabe do que se trata.

                -Só vou concordar com a última parte, e com a parte que você não ia conseguir sozinha, até porque, eu conheço você e sei o quanto você é burrinha. – eu disse e dei uma risada.

                -Sou sua amiga né Lindsay.

                -Claro que é! Agora me deixe entrar antes que eu queira te matar novamente.

                -Nossa, como você ama sua amiga ein.

                -Eu a amo, mas só quando ela não abre a boca.

                -Ain, essa doeu viu? Estou sentida.

                -Vamos parar de drama que eu vou chamar o Harry. – eu disse entrando no apartamento. Subi as escadas e entrei no quarto de Harry calmamente. Ouvi ele cantando no chuveiro e me deitei em sua cama. Acabei dormindo ali mesmo.

                Harry P.O.V.:

                Sai do banheiro e encontrei Lindsay deitada na minha cama dormindo. Troquei de roupa no maior silêncio e deitei perto dela. Sua blusa marcava um pouco sua barriga, e sim, deu pra ver que o bebê já dava algum sinal ali dentro. Apoiei minha mão na sua barriga e lhe fiz carinho, Lindsay não acordou, só chegou mais pro lado encostando a cabeça no meu ombro. Fiquei brincando com os dedos em sua barriga, Lindsay as vezes se mexia,  mas ainda não tinha acordado. Olhei o horário, e deveríamos estar a caminho do restaurante. Mexi uma última vez na barriga dela.

                -Eu vou cuidar de você. Vou cuidar de vocês – eu disse e beijei sua testa. – Lindsay – eu disse encostando no seu ombro. – Acorda, está na hora de irmos – eu disse e ela abriu os olhos devagar.