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-Vamos almoçar e depois ir pra casa da festa?

                -Sim, e você nem precisa levar bolsa, quem vai dirigir e pagar o almoço sou eu.

                -Mas quem falou pra ir almoçar foi eu.

                -Mas quem vai pagar sou eu – ele disse.

                -Ok, ok, mas vamos, to com fome. – eu disse o puxando pelo braço.

                Fomos pro carro e depois de uns 30 minutos paramos em algum restaurante pra almoçar. Assim que chegamos, um homem nos levou até uma mesa.

                -Você não precisava ter me trazido a um restaurante, podíamos comer qualquer coisa, tipo algum hambúrguer. – eu disse.

                -Podíamos, mas preferi vir aqui.

                -E minha opinião não conta é? – eu disse.

                -Claro que conta, mas como eu sei que não ia querer vir aqui, nem questionei nada. – ele disse.

                -Você me conhece ein.

                -Claro que sim.

                Almoçamos, Harry pagou a conta, ele é cavalheiro, e fomos pra casa da festa. Aposto que todos estariam dormindo ainda, e que tudo estaria uma zona.

                -Você está quieta, o que que deu? – ele perguntou.

                -Estou pensando nas hipóteses de como vai estar a casa.

                -Certo, também estou pensando nisso, espero que não tenha ocorrido nenhum estrago feio, se não eu estou ferrado.

                -Verdade, mas ninguém mandou sair da festa. – eu disse e ri.

                -Já disse que você tem um senso de humor incrível? – ele disse tirando a uma mão do volante e me cutucando na barriga.

                -Já sim Curly.

                -Sentia falta de você me chamando assim.

                -Eu também senti falta de te chamar assim.

                -Confesso que foi difícil ficar bravo com você esta semana, confesso que só fiquei porque os garotos estavam planejando algo para eu fazer e você me desculpar.

                -Sério? Não acredito que fiquei uma semana sem falar com você porque eu achei que você tinha me trocado por aquela sua nova amiguinha.

                -Nunca vou trocar você Blonde, nunca. – ele disse e me olhou sorrindo. Harry me passava segurança.

                -Obrigada – eu disse sorrindo.

                -Mas mudando de assunto, mas não mudando tanto, porque você brigou com Frederick? – ele perguntou.

                -Porque eu não queria mais dançar depois que bati na sua amiga, e Frederick achou que eu estava brava por você ter me trocado, e ficou falando isso, e disse que eu era idiota, e que aquela garota já tinha ocupado meu lugar e que eu deveria não ligar mais pra você.

                -Frederick é tolo. – ele disse.

                -Só isso que vai falar dele?

                -Aham, não quero te deixar estressada.

                -Own, que amor – eu disse e passei a mão em seus cachos.

                -Não faz isso que se não eu durmo.

                -Eu dirijo então.

                -Na volta, pode ser? Vou estar cansado.

                -Folgado.

                -Você que pediu Blonde.

                -Ok, na volta eu venho dirigindo.

                -Só não faça a gente morrer ta bom?

                -Ta bom.

                Ficamos conversando até chegar na casa. O pátio estava com vários copos de plástico espalhados pelo chão, mas ainda estávamos esperando o que íamos encontrar dentro da casa. Harry estacionou do carro, e saímos de lá.

                -Quero só ver o que vamos encontrar lá dentro – eu disse.

                -Eu nem queria, mas sou obrigado.

                Entramos na casa e os copos também estavam no chão. O sofá estava do outro lado da sala, garrafas estavam jogadas no chão, a tv estava ligada, e ninguém estava lá. Deviam estar no quarto no último sono. Zayn deveria estar com alguma garota no quarto, já Niall não sei, ele não era muito dessas coisas de pegar garotas sem realmente gostar.

                -Vamos subir e acorda-los – Harry disse.

                -Não, os deixe dormir, vamos nós dois arrumar algumas coisas antes.

                -Ok, você que manda. – ele disse erguendo as mãos como se estivesse se rendendo.

                Fomos até a lavanderia, que Harry tinha trancado, claro, e pegamos sacos de lixo. Voltamos pra sala ajuntando qualquer latinha ou vidro pra que pudesse ser jogado fora ou ser reciclado. Harry ficou fazendo isso enquanto eu ia na lavanderia buscar mais sacos, vassouras, alguns panos e baldes.

                -Nossa, nos vamos usar tudo isso sozinhos? – ele perguntou e eu assenti. – Não vamos nem dar o gostinho pros outros nos ajudarem? – eu o olhei seria e fiz uma cara obvia de ‘não reclame mais, ninguém vai acorda-los’ e ele bufou – Te odeio.

                -Aham, também te odeio. – eu respondi e ri.

                Recolhemos as latinhas da sala e da cozinha e levamos lá na rua. Peguei uma vassoura e comecei a varrer a sala, e Harry a cozinha. Até que ele podia ser uma dona de casa, risos. Limpei mais um pouco e me senti cansada. Tirei as latas e a sujeira que tinha em cima do sofá e me sentei.

                -Lindsay? – disse Harry me chacoalhando devagar.

                -Anh? – eu perguntei abrindo os olhos.

                -Eu lá trabalhando e você aqui dormindo – ele disse e deu um sorriso lindo e amigável.