Acordei no outro dia e era cedo, tinha conseguido, me levantei, tomei banho, troquei de roupa e fui arrumar minhas malas, tinha um armário no quarto, então coloquei algumas peças de roupa lá, e arrumando o que eu já tinha comprado. Terminei de arrumar mais ou menos 1 hora e pouco depois, e desci. Tia Maura estava fazendo café.

                -Bom dia. – eu disse me sentando na mesa.

                -Bom dia Lindsay. Niall não desceu com você? – ela perguntou.

                -Não, acho que ele ainda deve estar dormindo. Ele pareceu bem cansado ontem.- eu disse e demos uma risada, Niall estava pedindo por cama mais do que pedia por comida ontem a noite quando chegamos.

                -Você quer comer alguma coisa, ou vai espera-lo?

                -Acho que vou comer, acordei com um pouquinho de fome.

                -Sinta-se em casa querida.

                -Obrigada Tia Maura.- eu disse – Anh, posso chamar de Tia Maura né?

                -Claro que sim! – ela disse.

                Tomamos café e logo Niall desceu, hoje ele iria me mostrar os lugares em que passava o tempo livre. Fomos até o antigo colégio dele e etc, e até fomos nadar na piscina térmica de um clube que tinha ali. Nós outros dias fizemos quase a mesma coisa, saímos, compramos, comemos visitamos lugares, e alguns dias até fomos pra Dublin. A Irlanda era legal, e Niall sentia muito orgulho de ter nascido naquele lugar, tendo aquela cultura, e aquela cidade fofa e acolhedora como cidade natal. Os dias estavam passando, e o Natal já estava chegando, ou seja, eu teria que encarar meu pai, de qualquer forma, nesses últimos meses eu andei pensando sobre esse assunto, pensando bastante, quando eu não pensava nos garotos, e principalmente Harry, eu pensava em como seria meu encontro com meu pai, com certeza Niall não deixaria que isso não acontecesse esse ano, tanto que me convidou para passar o Natal com sua família. Nosso pai chegaria um dia antes do Natal, e assim isso se cumpriu, quando eu vi um carro parado do lado de fora e um Niall correndo em direção a porta gritando. A cena poderia ser engraçada, se eu não tivesse que encarar uma coisa que eu tinha medo, meu pai. Eles entraram, e ele me encarou por um tempo, depois me pediu um abraço, eu recusei, nós precisávamos conversar antes. Tia Maura, Niall, e Greg, irmão mais velho do Niall, saíram de casa, obvio porque sabiam o que teria que acontecer.

                -Bom, acho que nós temos que conversar. – ele disse.

                -Eu não acho, eu tenho certeza. Olha só, se eu não soubesse que você era meu pai, eu não saberia que era você. Quando me visitou pela última vez? Quando eu tinha 10 anos, quem sabe? – eu perguntei.

                -Filha...

                -Lindsay, por enquanto.

                -Ok, Lindsay, eu peço mil desculpas, eu nunca quis deixar você e sua mãe, nunca quis. Quando ela morreu, eu estava viajando, e assim que soube quando cheguei aqui eu fui até o tumulo dela levar flores.

                -Mas você não foi me ver.

                -Você se mudou, eu não sabia onde você estava, não sabia nada.

                -Você tinha o meu telefone, você sabia meu nome, você podia ter pelo menos perguntado aos vizinhos.

                -Lindsay, entenda, não foi fácil pra mim deixar você e sua mãe.

                -E eu estou dizendo que foi? Algum dia eu disse que foi?

                -Não, não é isso, mas você fala como se eu tivesse tido a chance de escolher.

                -Então você foi obrigado a ficar na Irlanda?

                -Não, não fui.

                -Eu nunca soube o porque disso, dessa mudança repentina, nunca soube, porque você foi embora?

                -Bom, eu tive Niall antes de você, quando eu conheci sua mãe, Maura já estava grávida, bom, nós estávamos nos entendendo novamente, e em uma viagem eu tive que ir para Londres, onde conheci sua mãe, nós ficamos durante uma semana, e bom, ela ficou grávida, mas eu tive que voltar. Consegui te acompanhar quando era pequena, mas depois, viagens foram acontecendo, e o meu trabalho aumentando, é claro que Maura sabia da sua existência, mas decidimos que só se Niall quisesse conhece-la que nós nos encontraríamos de novo. Niall quando tinha 16 anos queria te conhecer, mas não foi possível, sua mãe morreu e nós perdemos contato.

                -Mas porque ninguém nunca me contou que eu tinha um irmão, que você tinha outra mulher, que tinha outra família?

                -Eu não queria lhe causar problemas, Lind. Você era pequena, não entenderia, eu e sua mãe conversamos e achamos melhor você ser poupada dessa loucura.

                -Mas e Greg, onde ele entra nessa historia?

                -Eu e Maura nos apaixonamos, casamos, e tivemos Greg, depois de alguns anos, nós nos separamos, alguns meses depois, já separados, tivemos uma ‘recaída’ e ela engravidou de Niall, e o resto você já sabe. No começo ela me escondeu isso, mas quando voltei de Londres, já era evidente que ela estava grávida, por isso resolvemos reatar o casamento.

                -Hum.

                -Você entende o porquê nunca mais fui visitar você?

                -Entendo – eu disse sorrindo. Até que aquela conversa não foi das piores.

                -Você pode me dar um abraço?

                -Posso – eu disse o abraçando.

                -Posso pedir mais alguma coisa?

                -Depende.

                -Posso te chamar de filha? – ele perguntou olhando meus olhos.

                -Pode. –eu disse o abraçando e soltando algumas lágrimas – Senti sua falta.

                -Também senti sua falta, filha – ele disse beijando o topo da minha cabeça.

                -Vamos procurar os outros? – eu perguntei.

                -Vamos sim – ele disse.

                Fomos encontrar os outros e eles estavam falando com a vizinha, o chamamos e eles sorriram quando viram nos dois conversando e sorrindo. Eu não sei por que tinha tanto medo de ter essa conversa, foi normal, foi boa, era como se uns 20 mil kg tivessem sido tirados das minhas costas, eu estava ali com meu pai, com meus meio irmãos e com Tia Maura, que eu não sabia como chama-la. Passamos o dia fazendo coisas juntos, e a noite fomos ligar pro Louis. Ele com certeza tinha achado que nós não ligaríamos, mas quando faltava uns 5 minutos para o dia 24, fui pro quarto do Niall para ligarmos, mas pegamos um número desconhecido para ligar. Colocamos no viva-voz, claro.

                -Alô? – ele perguntou.

                -Sr. Tommo? – eu perguntei fazendo uma voz diferente.

                -Sim, quem é? – ele perguntou de novo – Ei, como sabe do meu sobrenome?

                -Eu sei muitas coisas sobre você Sr. Tommo. Muitas coisas, uma dessas coisas é que hoje você deveria fazer 20 anos, correto?

                -Anh, si... ei, espera, você é directioner?

                -Directioner? O que é isso? – eu disse reprimindo uma risada e sussurrando pro Niall calar a boca porque ele estava quase rindo.

                -Anh, como você sabe coisas sobre mim se não é uma delas?

                -Elas quem?

                -Directioners.

                ­-Mas o que são isso? Uma gangue? Uma tribo?

                -São o grupo de fãs de One Direction, você conhece?

                -One Direction? Não, nunca ouvi falar. Você os conhece?

                -Você só pode estar brincando né? Isso é trote? Harry é você? – ele perguntou dando risadinhas.

                -Trote? Harry? Quem são esses?

                -Ai meu deus, você só pode estar brincando, sério. Mãe, é você? – ele perguntou de novo.

                -Sr. Tommo, eu não sei do que você está falando.

                ­- E eu muito menos. Quem é?

                -Tem certeza que não sabe quem é? – eu disse com a voz normal.

                -Lindsay! Sua boba, era você o tempo todo.

                -Eu e o Niall – eu disse rindo.

                -Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! – eu e Niall cantamos no telefone.

                -Own, seus pestinhas, achei que tinham esquecido de mim.

                -Nunca né bro – disse Niall.

                -Imagina Louis, nós esquecendo de você? Até parece. E ai, ganhou muitos presentes?

                -Ah, ganhei várias coisas, você acredita que o Harold mandou um carro de som e vídeo as 6 horas da manhã aqui pra casa? Que me fez ficar emocionado, lá tinha um vídeo desde quando nós nos conhecemos e etc. Ele disse que queria ser o primeiro a me dar parabéns – ele disse e deu uma risadinha no fim.

                -Ah, fiquei com ciúmes agora. – eu disse.

                - No teu ele manda um e faz uma declaração de amo....amizade- ele disse.

                -Ok. Mas bom, muitas felicidades, muito amor, muita paz, muita saúde, muito sucesso, muitas fãs, muitos shows, muito sorrisos, muitos abraços, muito Harry e etc, te amo LouLou.

                -Obrigado LinLin, também te amo, e tudo em dobro pra você, menos o Harry, porque o Harry é meu e eu não divido.

                -Poxa, eu tava crente que tu ia dizer ele em dobro pra mim, poxa LouLou.

                -Haha, não, Harold é meu. – ele disse rindo. - Deixe-me falar com Niall agora.

                -Ok, ok LouLou, beijoos!

                -Beijoos LinLin.

                -Dae bro. Feliz aniversario, muitas gatinhas, muito amor, muita cereja, muita festa, muita party hard com os amigos, muita comida, que isso que importa, porque saco vazio não para em pé, muita cerveja, muita comida, muita felicidade, haha, adoro participar da mesma banda que você Tomlinson.

                ­-Niall, você falou cerveja 2 vezes e comida 2 vezes, não sou você pra precisar disso em dobro, - ele riu – mas mesmo assim, obrigado, e gatinhas nem preciso, tenho a Els e o Harold, então to de boa. Haha obrigado mesmo Horan, tudo em dobro pra ti, só a comida e a cerveja em quadruplo. Bom gente, vou ter que desligar, mas mandem um beijo pro pessoal dai – ele disse.

                -Ok LouLou, pode deixar, e mande outro beijo pra sua família, haha – eu disse – Tchau, e juízo, ok? Beijos.

                -Beijos, tchau Niall.

                -Tchau Louis, feliz aniversário.

                -Obrigado – E assim a chamada terminou.

                -Bom, vou me recolhendo, afinal, amanhã vou ter que acordar cedo – eu disse – Boa noite – eu disse dando um beijo na bochecha dele.

                -Boa noite Lind – ele disse se arrumando em baixo da coberta – Pode apagar a luz -  ele disse e eu apaguei.

                -Boa noite.