♫Você é impossível, amavelmente
Você é impossível, de se livrar de mim
Eu estou te vencendo
Simplesmente te vencendo

Mas eu estou me desgastando♫
 
Impossible, Anberlin
 
 
Ela se move para um lado e vê presa em uma cadeia de longos e fortes braços. Aqueles braços que se mexeram tanto ontem...
Então ela se dá conta da grande merda que fizera noite passada. Bella havia se envolvido demais com alguém. E esse alguém era perigoso. Perigoso, pois ela sabia que ele iria ferir seus sentimentos. Ano adiantaria quantas juras e mais juras ele fizesse isso iria acontecer. Aquele sentimento que ela alimentava e guardava as sete chaves, não era sadio, normal. Muito impossível. Qual a palavra que ela tanto lia em livros... Platônico.
Precisava se livrar dele, de alguma forma. Quando ele descobrisse que ela, Isabella Swam, era na verdade também, Alex Dmont, não sabia o que iria fazer. Se ela estivesse ligada a ele como suspeitava, não sabia como iria se levantar quando fosse derrubada...
Levanta-se lentamente da cama onde fizeram tantas coisas há poucas horas e olha para aquele ser que tanto amava... Por que tivera que ser tão perfeito? Seus traços eram definidos, mas suaves; os cabelos cobres estavam mais bagunçados do que o normal; a boca entreaberta meio roxa por causa dos beijos, mas ainda tão convidativa; o peitoral nem tão forte, nem tão fraco, definido, perfeito.
Desvia os olhos antes que mudasse de idéia e voltasse a se aconchegar em seus braços. Começa a recolher suas roupas e as colocar em seguida. Olha de novo ao anjo que dormia em um sono pesado. Provavelmente sonhando com alguma coisa boa, por causa do pequeno sorriso no canto dos lábios. Só soltou um único e pesado Adeus e saiu pela porta.
Olha para os lados confirmando não ter ninguém passando, mesmo sendo meio impossível, já que eram 4:50 da manha. Sim, não dormira nada e estava um bagaço. Só queria tomar um bom banho, tirando dela todas aquelas lembranças; colocar um pijama confortável e dormir ate não poder mais.
Dito ou pensado- e feito.
 
 
[...]
 
 
Edward se move na cama e sente... Nada. Ele abre os olhos alerta e procura por aquela jovem por quem se apaixonou. Por quem sacrificaria tudo para tê-la ao seu lado. Ela não estava no quarto, igual as suas roupas. Começa a pensar que ela poderia estar no banho, mas nenhum barulho é executado de dentro dele, então logo deleta a possibilidade. Será que ontem à noite não fora to bom a ela quanto a ele a ponto de ir embora sem ao menos se despedir?
Ele se levanta sem nenhuma vontade e recolhe suas roupas que estavam com seu doce e embriagante cheiro de morando. As coloca para lavar e vai tomar um banho, uma tentativa de se livrar de tudo o que havia se passado com ela. Claro que foi igual a tentar lutar com o vento. Não iria conseguir tira-la de sua memória tão cedo. Com sorte iria conseguir tira-la.
Sai do banho e vê todo aquele quarto que fora o lugar em que amaram como se não houvesse amanhã. E realmente, não houve.