Não Consigo Dormir escrita por Júlia Lopes


Capítulo 1
não paro de pensar em você


Notas iniciais do capítulo

hey pessoas :)
demorei dois dias pra ter criatividade para fazer uma fic descente. Agradeçam essa fic as milhares de musicas que eu escutei sobre gente chorando por amor... enfim aqui está.
boa leitura :)



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        São três da manha e eu não consigo dormir. Estou completamente sem sono. Tento não pensar nela, mas sempre que fecho os olhos para tentar dormir, eu simplesmente vejo o rosto dela. Como eu queria que isso não tivesse acabado. Lembro claramente dos olhos dela marejados a meia noite. Do ultimo beijo. Do ultimo carinho. Dos muitos ‘eu te amo’ ditos naquela noite. Dói demais saber que não estou ao seu lado agora. 

         Não posso mais ligar para ela quando não estiver conseguindo dormir e dizer o quanto queria que ela estivesse aqui comigo, para eu conseguir dormir. E então ela não pode mais me dizer que eu sou o nerd mais safado que ela conhece, mas que mesmo assim é louca por mim, e eu não posso mais rir e com a minha voz mais sexy dizer que sou louco por ela também, ela não pode mais rir e dizer que está com sono me mandar um beijo e desligar e eu não posso simplesmente sorrir abobalhado e conseguir dormir. E sabe por quê? Porque eu fui burro demais deixando a ir embora do estúdio naquela noite, fui burro demais de deixá-la levar meu coração junto, fui burro demais de ter tentado esquece-la. Só a machuquei, só me machuquei. E acho que acabei perdendo a para sempre. 

         Olho mais uma vez para o relógio e constato que já passou das três e meia. Reviro-me na cama. Mas isso não vai dar certo. Quase todas as noites têm sido assim. Não posso mais mandar uma mensagem de boa noite para ela antes de me deitar. Então eu simplesmente espero dar duas e meia da manhã, o horário que ela normalmente dorme. Coloco meu celular no desconhecido e ligo pra ela, sei que ela não vai atender, mas eu espero cair na caixa de postal só pra escutar a mensagem de quando ainda estávamos juntos... “ HEY! Não posso atender porque provavelmente estou muito ocupada beijando o meu nerd, ligue depois” ... Mas hoje quando liguei não existia mais mensagem nenhuma. Só a voz normal da secretaria eletrônica. Ela devia ter apagado, eu não sabia o porquê dela não ter apagado depois de quase um ano, mas era bom isso, só que hoje ela apagou o que não me deixou dormir. 


          Desisto! Preciso acabar com isso. Com esse sofrimento em mim. Não falo só da insônia. Sentei na minha cama e liguei o abajur, peguei meu celular e disquei o numero que eu já sabia decorado, o numero que eu sempre soube decorado. Chamou algumas vezes e então caiu na secretaria eletrônica. Não me controlei e soltei um grito de raiva. Ela não iria atender. Obviamente devia estar dormindo. Levantei-me e vesti uma blusa. Estava só com a calça do pijama. E então sai de casa apenas de chinelo, pijama e com o celular na mão. Precisava pensar um pouco, e quem sabe fazer uma pequena visita a certa princesa. 


            Andei meio sem esperanças pelas ruas desertas de Seattle. De cabeça baixa e morrendo de frio. O tempo estava fechado, parecia que viria uma chuva logo mais. Parei de andar assim que cheguei a uma casa branca com um estilo da década passada. Nenhuma luz acesa. Andei até o pequeno jardim da casa. E fiquei de frente a janela do quarto da Sam. Alguns pingos de chuva começaram a cair e então eu olhei para o celular na minha mão. Vou tentar ligar apenas mais uma vez. Tirei do desconhecido e disquei mais uma vez o único numero de telefone que eu sabia decorado... Começou a chamar e eu escutei uma musiquinha vindo do quarto da Sam, logo em seguida um gemido de frustração. A luz foi acesa e então pude finalmente escutar a voz dela. 


- Alô – Falou ela com uma voz rouca de sono. 

- Te acordei? – Perguntei o obviou. 

- Freddie? Por que está me ligando as – ela deu uma pausa – Quatro da manha? 

- Desculpa de acordar, é que eu não conseguia dormir. 

-hmm... Er... Tudo bem... Eu acho. – Ela disse ainda com a voz de sono. 

- Sabia que sua voz assim é muito sexy. – Falei sem pensar duas vezes e logo me arrependi. Depois disso ela me mataria, certeza! Mas para a minha surpresa escutei ela dando uma pequena risadinha. 

- Freddie, vai dormir, vai. Amanhã temos aula. – Ela falou, mas eu não me importo com a escola. Nesse momento nada mais me importava. Só ela.

- Mas eu não consigo dormir. 

- E o que eu posso fazer? – ela disse com um pouco de impaciência. E nessa hora me arrependi de ter ligado. Afinal o que eu esperava? O que eu diria pra ela? Arrependi-me de vir aqui. Eu só queria dizer pra ela que sinto sua falta, que ainda a amo, e se duvidar a amo mais do que há um ano e a cada dia a amarei mais. Só que a coragem me faltou e eu não sabia mais o que fazer. Não sabia mais o que falar – Freddie? Dormiu? – Ela perguntou então percebi que ela ainda estava ali. 

- Ainda estou aqui. – Eu disse, afinal não queria que ela desligasse.  

- Vai dormir, a gente se vê amanhã. Bei... hmm... er... tchau. – e então ela desligou, como sempre, sem me deixar responder. E então eu vi a luz se apagando.

      Eu precisava dizer. Essa não era hora de fazer a vontade dela e simplesmente esquecer isso.  Olhei em volta de seu quintal e observei umas pedrinhas perto de onde eu estava. Peguei algumas e comecei a atirar em sua janela. Escutei-a gemendo de raiva e vi a luz ligada de novo. Então escutei ela subindo a persiana e a janela abriu. 

- Olha aqui! O Quarto da minha mãe é... – Ela ia dizendo mas parou assim que me viu. – Freddie?! – Ela disse surpresa. 

-Oi Sam. – falei e ela riu incrédula. 

- O que faz aqui? – ela falou e pude jurar ver um pouco de esperança em seu olhos. 

- Não conseguia dormir. 

- Freddie! Não acredito que veio aqui só por isso! Como você é um idiota, Fredbag! Volte para sua casa! 

- Sam... Eu...  – Tentei começar. Mas minha coragem fugiu de novo. Olhei para ela e a pude ver esperando eu falar algo. 

- Você... – Ela me incentivou a continuar com um pequeno sorriso nos lábios.

- Não consigo dormir. – Disse sem coragem de dizer o que realmente queria falar. 

- TCHAU FREDWARD! – ela gritou e ia fechando a janela. Não! Não! Não!Não!Não! Ela não pode fechar a janela preciso dizer que a amo. 

- Espera! – Gritei 

- Vá embora, Freddie! Procure outra ex para dizer que não consegue dormir! – Ela disse e fechou a janela.

- EU TE AMO! – Gritei e ela voltou a abrir a janela, com um pequeno sorriso reprimido em seus lábios. - Você o que? – Ela disse 

- Eu te amo. Sempre amei! E fui um cego em só perceber isso quando estávamos juntos. Fui um idiota em ter te deixado ir embora naquele dia. Fui um estupido ao tentar de esquecer. Fui um burro de não ter dito pra você que te amava antes daquele dia. Eu te amo. Te amo, desdê que te vi pela primeira vez fazendo um cuecão no Gibby! Sam, eu sinto sua falta. Eu sou um imbecil por só me dar conta disso agora. Eu não posso mais viver um dia sem você. Eu ainda te amo. Se duvidar, te amo mais do que há um ano, e esse amor vai aumentar a cada dia, até o dia da minha morte, e talvez até depois da morte. Sam, volta pra mim? – Falei sem pausa. Pude ver os olhos dela marejados e um sorriso fraco, mas então a janela se fecha. 

       Droga,Freddie! Por que você é tão idiota? É logico que ela conseguiu te esquecer. Mas você não consegue esquece-la. Devagar fui me movendo para sair dali. E do nada uma chuva forte começou a cair me molhando. Ótimo! Agora estou triste e encharcado! Resolvi que vou sair pelos fundo da casa, Tem um atalho por essa outra rua e eu vou poder chegar no Bushwell mais... 


- FREDDIE! – A escuto gritando e me viro. Ela corre até eu. Completamente encharcada. Estava com uma camisola e pantufas. Ela se joga nos meus braços e por pouco não caímos. – Eu te amo, seu besta! – Ela fala e lagrimas começam a cair de seus olhos. –Merda, Benson! Eu to chorando! – Ela fala e passa os braços ao redor do meu pescoço, enquanto eu a seguro pela cintura. E riu de leve. – Não me importa se somos opostos. Eu te amo. Você me ama. Isso basta, certo? – Eu apenas aceno com a cabeça e a vejo sorrir. – Te amo Freddie! – Ela disse e então tomei os seus lábios em um beijo apaixonado. Como eu senti falta desses lábios nos meus, dessa sincronia que tínhamos enquanto nos beijávamos. Nada mais importava agora. Nada! A chuva não importava. A hora não importava. A escola não importava. Por tanto que estivéssemos juntos nada importava.  E agora soube que nada mais iria tira-la de mim novamente. 


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Notas finais do capítulo

amaram? odiaram? meio termo ? tanto faz! comentem :D