POV JAMES

Estava entediado no salão comunal da Grifinóra. Almofadinhas só ficava com a Marlene e o Aluado ficava com a Dorcas! Não tinha nada pra fazer e mais que nunca eu queria ter o meu Lírio só pra mim. Olhei discretamente pra ela, estava fazendo seus deveres, bem concentrada, mas eu reparei que ela desviou sua atenção pra olhar pra sua coruja, acho que o nome dela era Meli não é? Bem, não sei. Ela estava lendo aquela carta e fiquei totalmente curioso, não era tão grande assim, porque ela demorava tanto lendo? Fazia caretas pro papel o tempo todo.

Como sou curioso demais eu simplesmente me levantei discretamente e fui pra trás dela, fazendo o maior silêncio do mundo. Olhei por alto a carta e percebi que havia meu nome nela, fiquei nervoso, quem estava falando com ela sobre mim? Será que falava bem?

Cheguei mais perto e só deu tempo de ler “Querida Lily, Li e Reli a sua...” nessa hora ela se virou pra trás, estávamos tão perto, ela estava tão linda.

- O que você pensa que está fazendo Potter? – Disse ela irritada, amava vê-la desse jeito.

- Tentando ler a sua carta ué? Não percebeu?

Ela revirou os olhos e eu soltei um sorriso

- Sim Potter, percebi.

- Então porque perguntou?

- Aff Potter, esquece!

- De quem é essa carta? Dos seus pais?

- É sim, por quê?

- Falando de mim pros seus pais?

- Sim, tava falando, e é por isso que preciso falar com você.

Fiquei surpreso, o que ela iria falar comigo, e o que seus pais tinham a ver com isso? Ela me guiou até um canto do salão e eu fui de bom grado.

- Bem, Potter, mandei essa carta há um tempo pra minha mãe, e... Bem, não sei como perguntar isso, mas tipo, eu conto cada detalhe do meu dia pra ela sabe por isso contei que você beijou aquela garota lembra? – Concordei, o que seria aquilo na voz dela? Ciúmes? Sorri com a ideia – Então, a minha mãe disse que eu agi errado e devia ouvir o seu lado da história, na verdade, nem sei por que estou perguntando isso se já faz o maior tempão e aquilo não teve nenhum significado pra mim, nem me importei e tal, então... Você podia me contar, ou não, você que sabe.

Sim, ela estava com ciúmes e contou pra mãe dela, esse era o dia mais feliz da minha vida, ela corou e ficou encarando o chão, e só conseguia sorrir com a ideia dela tendo ciúmes de mim. Quando ela olhou pra mim novamente eu me expliquei:

- Eu não a beijei. Cheguei aqui no salão comunal morrendo de ciúmes de você e do Diggory – ela deu um lindo sorriso discreto nessa hora. Só tinha uma coisa mais bonita do que a Lily nervosa comigo. Ela sorrindo pra mim – ai essa garota, Lucy se não me engano chegou falando que gostava de mim, ai eu falei que estava interessado em outra, ela disse que me amava, me botou contra parede e me beijou. Mas saiba que eu não correspondi. Nessa hora você chegou. E agora eu percebo o quão tolo eu fui, pois quando te vi chorando pensei que alguém tivesse feito alguma coisa com você. Jurei a mim mesmo que mataria quem quer que fosse o culpado. Mas pensando bem, agora que descobri quem era o culpado não acho tão legal a ideia de suicídio – Ela imediatamente ficou tão vermelha quanto os cabelos, e eu só ria. Depois de um ou dois minutos ela deu uma de desentendida, mas sabia que ela havia entendido perfeitamente.

- O que? Não estou entendendo.

- Lily, você é esperta, sei que entendeu, mas se você quiser uma explicação melhor. Eu sei que você ficou daquele jeito porque estava com ciúmes de mim e da Lucy, e se eu matasse quem te fez chorar eu iria ter que me matar.

Ela demorou um instante pra absorver o que eu disse e começou a habitual gritaria:

- É EVANS, POTTER!!! EVANS! E VOCÊ ESTÁ INSINUANDO QUE EU SENTI CIÚMES DE VOCÊ COM AQUELA, AQUELA VADIA? – Não aguentei e sorri, jamais estive com tamanha felicidade estampada no rosto. Queria gritar pro mundo que Lily Evans, futura Potter sentia ciúmes de mim– QUERO DIZER... COM AQUELA GAROTA? Que deve ser bem legal – Comecei a rir, ela com ciúmes era a coisa mais fofa do mundo, e ela tentando disfarçá-lo era melhor. Ela corou mais ainda, se é que isso é possível e continuou – AH, QUER SABER POTTER, PRA MIM JÁ CHEGA! VOU DORMIR! NOITE POTTER!

Ela foi embora e percebi que eu havia estressado ela completamente, como nos velhos tempo, sentia saudades disso. Ela foi embora, mas não estava pronto pra vê-la ir então a puxei pra perto de mim e disse:

- Boa noite meu Lírio.

E a beijei. Nossa! Não tem nem palavras pra descrever esse beijo. Foi o melhor do mundo, melhor que o beijo de qualquer outra garota. Finalmente eu havia conseguido, beijei Lily Evans e ela retribuiu. NÃO ACREDITO CARA! Nosso beijo era completo, havia necessidade, paixão e com certeza química, nossos lábios se encaixavam perfeitamente e nossas línguas trabalhavam juntas. Era tão mágico. Era tão perfeito. Finalmente.

Quando o beijo terminou estávamos totalmente ofegantes, ela percebeu o que fez e saiu correndo. Por mais que eu saiba que ela tinha gostado, não reclamei dela ter corrido, afinal ela tinha um namorado. Afastei quase imediatamente o pensamento de Diggory, eu não ia estragar meu dia pensando nele. Na verdade, acho que nem mil Diggorys estragariam meu dia, estava perfeito.

Foi ai que me dei conta de que todos os nossos amigos encaravam perplexos, corei e Sirius gritou.

- Cara, é serio, seu beijo foi tão ruim que ela saiu correndo.

Todo mundo riu, até eu um pouquinho. Mas eu ria de tudo. Almofadinhas não parava de dizer:

- Você conseguiu cara, conseguiu, estou tão orgulhoso! Você é o meu herói!

E nada conseguia me fazer tirar aquele sorriso do rosto, fiquei um tempo lá e fui dormir. Ou pelo menos tentar, pois assim que fiquei pronto pra dormi e me deitei na cama só consegui pensar: Eu beijei Lily Evans cara, finalmente. E foi perfeito.