Ok, primeiro dia em Nova York #medo.

Depois de desembarcar eu fui direto pra Stanford, tudo lá era muito novo pra mim e as pessoas não foram muito com a minha cara.

-Bem vinda a Stanford! –uma senhora muito gentil me falou, parecia ser alguém importante então eu sorri e acenei com a cabeça

Entrei lá e algumas pessoas ficaram olhando pra mim como se nunca tivessem visto uma garota na vida. Meu quarto era o número 456 (criativo não?).

-Oi colega! –entrando no quarto me deparei com uma garota, ela me parecia esquisita. –Vai ficar me olhando ou desfazer as malas? –perguntou sorrindo

-Vou desfazer as malas. –respondi

-Jessie, prazer e você é? –perguntou

-Emily, prazer! –respondi e apertei sua mão que estava esticada

-Hum, você vai fazer o que?

-Vou jogar no time daqui! –respondi

-Eu também, estou tentando me acostumar pra ir numa faculdade de artes! –ela disse e se sentou na cama

-Sempre gostei de artes, mas a única coisa que eu sei desenhar é um circulo. –falei e ela começou a rir

-Você sabe que horas é o treino? –perguntou

-Não, estou desinformada.

-Eu também, que tal a gente sai por ai paquerando uns gatinhos, aqui na faculdade tem cada um que eu vou te contar...

-Não posso... –falei mostrando minha mão com o anel de compromisso

-Quem você namora?

-Acho que você conhece, Liam Payne!

-Tá brincando? Minha irmã ama a banda dele, só falta vender o braço pra ir no show. –falou fazendo careta

-Muitas garotas venderiam o braço. –falei pegando algumas roupas e guardando no guarda-roupa

-Não acredito! Você gosta de Harry Potter? –perguntou se levantando e tirou o livro do Harry Potter da minha bolsa

-Melhor filme. –falei sorrindo

-Tem toda razão! –me olhou com uma cara de “você é das minhas”

-Jessie, o que ta fazendo aqui o treino já começou! –uma garota disse parada na porta

-Primeiro dia e eu já to atrasada! –falei nervosa e peguei o uniforme e fui até o banheiro, me troquei e a Jessie já estava me esperando enquanto calçava os tênis

-Vamos? –perguntou e nós saímos correndo para a quadra, ela trombou com um menino lindo e eu fiquei observando ele a ajudar a levantar

-Se deu bem hein? –falei olhando pra trás

-Bem? Eu quase morri.

-Eu vi o olhar 43 que você lançou nele. –falei sorrindo e ela ficou me encarando até eu voltar a andar

-Até que ele é bonitinho...

-Bonitinho?

-Ta, ele é tipo o Josh Hutcherson!  (encanei com o Josh agora :3)

-Aham... –falei e apressei os passos

-Atrasadas! –o treinador falou olhando uma paleta enquanto entravamos na quadra

-Desculpa! –Jessie falou e me puxou

Começamos o treino e eu já estava com saudades do Liam, do meu pai da Elena, da Julia e da Maryzinha, dos idiotas mais importantes da minha vida.

-Você foi muito bem Emily...Tem potencial pra conseguir jogar no profissional... –falou me impedindo de sair da quadra

-Obrigada... –falei tentando lembrar o nome dele

-Peter. –respondeu

-Isso, não vou me esquecer. –falei e sai

-Corre! –Jessie me apressou

-Porque? –perguntei enquanto ela me puxava

-O time de futebol ta vindo. –ela respondeu e nesse momento aquele mesmo garoto que tinha esbarrado nela passou por ela e piscou ela fingiu não ver

-Vai lá falar com ele. –falei

-Não!

-Vai! –empurrei-a pra cima dele e eles seguiram juntos até o refeitório

Cheguei no dormitório e peguei meu celular tinha umas 8946934643 bilhões  de mensagens, eu fui lendo uma por uma todas dizendo “estou com saudade blablá” ta bom!

Mais um mês e 29 dias, eu agüento!

Mary P.O.V

Eu e Niall combinamos de nos encontrar na pracinha e eu teria de contar pra ele sobre o que meu pai disse.

-Oi gatinha. –falou se aproximando e eu recusei o beijo. –Que foi? –perguntou me vendo com uma cara triste

-Nada... –respondi

-Aconteceu alguma coisa... Fala! –pediu

-Ta, eu falo, mas senta aqui! –falei e ele se sentou me observando sério

-Meu pai, ele disse que... –me enrolei pra falar, Niall segurava na minha mão

-Disse o que?

-Disse que eu não posso namorar você. –contei e ele ficou olhando para o chão

-Por quê? –perguntou com a voz bem baixa

-Porque ele acha que você não é o cara certo pra mim e que vai fazer-me algum mal. - respondi

-Nunca lhe causaria nenhum mal, nunca! –falou firme

-Eu sei, e também sei que você é o cara certo pra mim. –olhei para ele com vontade de chorar então ele me abraçou

-Nada vai acontecer, eu te prometo que nós vamos ficar juntos pra sempre. –sussurrou no meu ouvido

-Promete que não vai me deixar?

-Claro, juro juradinho! –falou e isso me fez sorrir

Julia P.O.V

Logo na manhã em que a Amy foi para Stanford eu e Harry fomos tomar café da manhã juntos, antes de ele sair pra resolver algumas coisa importantes sobre a próxima turnê.

Sai de casa com a bolsa e os óculos de sol.

-Bom dia. –me segurou pela cintura

-Bom dia. –o beijei e nós saimos com o carro

-Escuta, quem é Melanie? –perguntei procurando alguns CD’s no porta luva do carro

-Como assim? –perguntou confuso e deu uma olhada rápida pra mim

-Quem. É. Melanie? Essa tal de Melanie ligou no seu celular dizendo que queria falar com o Harryzinho! –falei grossa

-Melanie... É só uma amiga.

-Uma amiga que te chama de Harryzinho. –dei um tapa nele com uma das capas de CD

-Você sabe que eu só tenho olhos pra você Jú.

-Eu vírgula, e a Melanie né Harryzinho? –falei brava e ele parou o carro

-Eu só amo você, preciso desenhar isso? –falou e começou a me beijar intensamente

-Acho que não. –eu sorri e ele voltou a ligar o carro

Emily P.O.V

-Como foi com o cara? –perguntei ao ver a Jessie entrando no quarto de fininho

-Foi bom, não rolou nada que não devesse rolar. –respondeu firme

-Ok. –falei e continuei digitando

-O que ta fazendo? –perguntou se sentando ao meu lado na cama

-Escrevendo um e-mail pra todos lá em casa, ou seja meu pai. –respondi sem tirar os olhos da tela

-Sabe? Eu não tenho pai! –falou enquanto se jogava na cama

-Sinto muito, seria muito encomodo perguntar como ele morreu? –perguntei olhando nos seus olhos

-Não, ele foi assassinado enquanto voltava pra casa, eu fiquei esperando ele por dias na janela do meu quarto, só pra ver o sorriso dele outra vez até que o corpo dele foi encontrado e eu perdi as esperanças...

-Uau, sinto muito!

-Não sinta, não quero que os outros tenham dó de mim ou me achem incapaz só porque perdi meu pai. –falou e se revirou na cama e logo adormeceu. Eu fiz o mesmo depois de terminar de escrever.