Life Hates Me. escrita por dreamr


Capítulo 43
new persons, old persons/ new things, old things


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI COM MAIS UM MEGA CAPITULO



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Caminhamos até aquele lago maravilhoso. Suas águas pareciam refletir um brilho diferente desta vez, suas árvores pareciam balançar em mais harmonia e me transmitiam um confortável sentimento de paz. Eu me sentia diferente, mais completa talvez. E pela primeira vez em meses, eu me sentia livre, leve e solta. Despreocupada e com a mente vazia, sem conexão com qualquer fato do meu passado ou do futuro que eu teria que enfrentar para sair deste lugar. 
- Como pode uma coisa tão linda? - pensei alto enquanto absorvia toda àquela beleza. Virei-me e vi um sorriso no rosto do Justin.
- Espera um minuto... - dirigiu-se até uma pequena moita e tirou um violão do meio dos galhos.
Continuei olhando perplexa, afinal como eu não percebi que havia um violão daquele tamanho por trás da moitinha? E como foi que ele foi parar ali?
As surpresas não pararam por aí, porque por incrível que pareça o Justin nunca mencionou nada sobre música ou sobre tocar algum instrumento.
- Você toca?
- Não sei... - deu de ombros sorrindo. Se sentou na grama, me aproximei e sentei-me a seu lado. 
Alternava meu olhar entre seus dedos que firmavam as cordas do violão e o sorriso que estava estampado em sua face. E antes que eu percebesse, ele começou uma melodia, em perfeito ritmo e para completar a minha surpresa, ele acompanhou a melodia com sua voz. Eu já tinha o ouvido cantar, várias vezes no carro, e já tinha percebido seu talento... mas ele brincava com sua voz, nunca cantou sério como agora e eu estava sem palavras para descrever exatamente o que eu estava ouvindo. Era maravilhoso.
- Porque nunca me disse que tocava?
- Você nunca perguntou!
- Você nunca demonstrou interesse por música. Mas aquela vez que você cantou "call me maybe" no carro foi surpreendente, eu mal consegui parar de pensar na sua voz aquele dia.
Sorriu envergonhado. Bingo, consegui fazer ele ficar corado com alguma coisa.
- A ideia era ter tocado na primeira vez em que te trouxe aqui, mas você não estava muito com cara de quem queria ouvir alguma coisa.
- Foi bom, eu poderia ter saído no meio da música...
Assentiu e riu de leve. Deitou o violão na grama, pegou uma das minhas mãos e colou nossos lábios.
UM MÊS DEPOIS...
Meus olhos se abriram no momento em que meu cérebro processou que dia era hoje. Levantei em um pulo, me aprontei rapidamente e saí correndo pela porta do meu quarto. 
- Bom dia... - não vi quem era. Sua voz ficou cada vez mais longe, pois eu estava correndo.
Assim que parei em frente ao quarto "181" pude sorrir aliviada, não havia uma plaqueta escrita: "desocupado", pendurada à porta. O que significava que a Jessica não tinha ido embora... ainda. Bati na porta e um ser ruivo descabelado usando um pijama amassado atendeu.
- Que alívio! - pulei em cima dela para um abraço.
- Bom dia minha linda! - me aconchegou em seus braços.
Por mais que a diferença de idade entre nós duas fosse de apenas dois anos, ela parecia minha mãe, a que eu nunca tive a oportunidade de ter. Ela tinha sido internada por seu pai, havia uns três anos, depois de um acidente em que tomou coisas de mais e foi encontrada desmaiada no quarto. Nunca perguntei nada e muito menos entrei em detalhes, porque como paciente, eu sei o quão chato e vergonhoso é falar sobre seus problemas. 
Me desvencilhei de seus braços e mostrei o maior bico que eu poderia fazer.
- Bom dia para você só se for... - resmunguei, ela riu e apertou minhas bochechas.
- Meu neném, a gente não vai parar de se ver, já dei meu número, meu endereço, meu email, o endereço do trabalho do meu pai... 
- É, mas você vai embora dessa clínica hoje, já eu vou ficar aqui até... não sei quando. Vou sentir saudades!
- Não vai demorar, eu garanto! - piscou e ergueu seu braço, deixando seu pulso em frente ao meu rosto. - Não se esqueça... disto!
Olhei para seu pulso e encontrei os vestígios do desenho à caneta, em seguida observei o meu e encontrei o mesmo desenho marcado sobre a curva do meu osso.
Ela sorriu e nos abraçamos de novo. Durante os meses e semanas em que estive aqui, ela foi a que mais me apoiou e me deu conselhos. Não sei o que será de mim sozinha aqui, terei que suportar... porém, meus tratamentos estão progredindo segundo a Sarah, e tenho esperança de sair daqui o mais rápido possível. 
MAIS TARDE...
Foi muito para o meu coração, ter que ver a Jessica abandonar aqueles portões. Eu podia imaginar o tamanho de sua felicidade. Antes de ir, deu muitos abraços e beijos em mim, mas a saudade continua a mesma e até maior... se é que posso dizer. 
Voltei para o meu quarto e deitei. Meus olhos caminhavam pelo quarto, observando cada móvel, cada curva que eles faziam e pensando em meu quarto original. Como eu sentia saudades dele, da minha cama, das minhas roupas, da minha gordice de ir até a cozinha e ficar comendo, da minha sala, do meu sofá. E o que mais me doía era pensar na minha irmãzinha, que também deveria sentir saudades de casa. Porque no momento, ela estava num... orfanato.
Meu coração apertou só de pensar na palavra "orfanato", é surreal pensar que ela está lá e que a qualquer momento alguém pode a tirar da minha vida para sempre.  E antes do Josh me contar sobre tudo, eu até sentia falta do meu pai ausente e da minha madrasta que desenvolveu afeto por mim nos últimos dias... "sentia", porque depois desse absurdo, eu tenho nojo dos dois, somente isso. 
- Ai, Josh... - suspirei.
Parece que eu nunca acerto tudo, com o Justin tudo vai bem, já por outro lado... perdi meu melhor amigo, e pelo jeito, minhas três melhores amigas: a Claire, irmã do Josh que nunca vem, a Nicole que me abandonou há tempos e a Jessica que partiu.É, minha vida se resume a uma eterna bagunça. 
Estava perdida em meus devaneios quando ouvi alguém bater à porta. A abri, me deparando com...
- Nicole? - não sei se chorava ou sorria.
- Surpresa?!
Corri e a abracei. Não sei se ela me aguentava, mas essas horas eu estava praticamente em seu colo.
- Pensei que nunca mais iria te ver!
- Lisa somos irmãs, esqueceu?
Saí de seus braços e entramos no quarto para podermos conversar melhor, eu ainda achava que estava delirando. Há poucos minutos eu estava quase choramingando sua falta. E como mágica, cá está ela.
- Eu sei que fui uma péssima amiga... eu só não sabia o que fazer.
- Me visitar talvez?
- É, mas a faculdade estava uma loucura... por sinal, e a sua?
- Tranquei, minha mãe... - tossi. - Elizabeth disse que fui fazer intercâmbio.
- Hum... te visitar estava ficando complicado, e eu não sabia criar coragem de te ver aqui. Ia doer muito e está doendo. O que você fez consigo, hein Lisa?
- Sem esses pensamentos agora, ok? E como vai a vida, o Chaz?
- Sem esses pensamentos agora, tudo bem?
- Sem volta?
- Mas é claro... ou pensou que eu o perdoaria depois do que fez com você? 
Tossi nervosa e desviei meu olhar.
- Não me diga que... Lisa! Você é inacreditável... voltou com o cafajeste?
Antes que eu pudesse responder, bateram na porta e ouvi uma conversa.
- Não, quero falar com ela sozinha! - a pessoa do outro lado murmurou.
Andei lentamente à porta tentando reconhecer aquela voz, e quando abri a porta, ficou mais claro.

- Ah, oi Sarah! - disse lentamente.
- Garota, precisamos conversar urgentemente! - entrou ansiosa, me fitando.
- O que seria dessa vez?
- Pode perder a calma desta voz, porque 'calma' é uma coisa que você não vai poder ter durante dias e mais dias, meses...
- Não quer se sentar? 
Eu estava forçando a minha lentidão, talvez para provocá-la. Me olhou séria e então, percebeu a presença da Nicole. Dando um breve 'olá'. Sentamos nas poltronas, cruzei a perna e a observei.
- Você não sentiu nada diferente ultimamente?
- Sério? Olha onde eu estou, parei de saber o que é ser normal faz um tempo. Porque a pergunta?
Bufou e balançou a cabeça negativamente.
- Acredite Lisa, eu quero muito te tirar daqui, mas tá difícil, sincera... - a interrompi. Isso ia longe.
- Sarah não posso colaborar se você não me disser o que está acontecendo!
- Grávida... - ela entrou em estado de choque e começou a gaguejar um pouco.
Nicole e eu nos entreolhamos surpresas.
- Ai meu Deus, que maravilhoso! Não acredito, você deveria estar feliz e não assim... quem é o pai? Você não me disse que estava namorando, sua safada! - seus olhos estavam estatelados. - Veja o lado bom, não nos veremos por um bom tempo...
- Sei que acabo de te conhecer, mas parabéns! - Nicole disse calorosa.
- Não, vocês não estão entendendo... eu preciso te ajudar, Lisa! Isso não podia estar acontecendo...
- Tudo bem... a clínica vai ajudar alguém para me acompanhar, vai ter seu filho em paz! - sorri de bochecha a bochecha.
- Lisa, para! Para de falar e me ouve!
Me calei.
- Primeiro, que na nossa situação... Principalmente na sua, esse bebê veio em hora erradíssima. E eu não... não entendo como aconteceu, eu não esperava... e acho que você também não.
- Lógico que eu não esperava, você nem me disse que estava namorando... - ri. E Nicole me repreendeu com o olhar.
- Lisa, para! - gritou.
Irritação tá pouca! Ela deveria estar pulando de alegria. Eu estaria, afinal ela vai ter um filho. É especial, não é?
- Vê se me entende, este bebê não está certo, mas eu não tenho outro jeito a não ser apoiar...
"Mas é claro, você vai dar a luz a ele. Se não apoiar...", guardei para mim, se não teria que aguentar outro grito desesperado de sua parte. Apenas assenti.
- Não sei se este contratempo - "contratempo"? É um bebê, não pode ser chamado de 'contratempo'. - irá afetar nossas sessões ou o seu tratamento, eu espero do fundo do coração que não. Porque aborto não é uma solução viável, acho que você concorda comigo!
Levei um susto, a coisa já estava meio exagerada. Parece que a Sarah se comprometeu muito com o meu tratamento, até demais, porque ela chegou a pensar na palavra 'aborto', meu Deus, é só chamar uma substituta. Ela aguenta ficar sem mim, se bem que em nove meses eu já estou fora deste lugar. Espero.
Tanto Nicole como eu estávamos meio perplexas com a reação de Sarah quanto ao bebê. Assenti, concordando que aborto não é uma alternativa, não é nem uma coisa que deveria passar pela cabeça de alguém.
- Lisa, você está entendendo? 
Novamente, balancei a cabeça, afirmando. Sem dar uma palavra.
- Fala comigo, garota!
- Já posso falar sem que você grite comigo?
- Pode! Então... o que pretende fazer agora?
- Ué, continuar com as minhas sessões e sair daqui, nós vamos aguentar ficar nove meses sem nos ver. Você tem um filho para criar agora! - me agitei.
- Lisa, o filho é seu! - gritou.
... meu coração parou. Se não, o sangue parou de circular nas minhas veias. Fiquei paralisada, olhando fixamente nos olhos de Sarah - que me observavam com compaixão -, sem entender nada. Como... como eu... eu teria um filho? Quando que... óbvio, que eu sei da onde veio esta criança. Está mais do que claro na minha mente que ela é do Justin e que tudo aconteceu naquele dia. Eu só não esperava. Mais que estúpida! Imbecil! Camisinha não existe na sua mente, não? E o Justin? Tão experiente nesses assuntos, também não lembrou? Mais que... ah!
Olhei tanto para Sarah quanto para Nicole que me olhava de uma forma... inexplicável. Caí em prantos, senti Nicole me envolver. O que eu faria? Minha vida está desestabilizada, eu moro numa clínica no momento, sem família, sem nada. E a última coisa que pretendo é dar a luz para o meu filho numa clínica de reabilitação. Porque Deus? Porque naquele dia, as enfermeiras não tiraram o Justin do meu quarto? Porque eu decidi fazer aquilo naquele dia, naquela hora? Irresponsável. Mas bom, "Ela deveria estar pulando de alegria. Eu estaria, afinal ela vai ter um filho. É especial, não é?", como eu pensei agora à pouco, quando deduzi que o filho era de Sarah... é especial, não é? Eu tinha que estar feliz! "Eu estaria"...
- Lisa, quando isso aconteceu? -  Nicole me perguntou.
- Um mês e uns dias atrás... o Justin... eu... - ela acariciava minhas costas.
- O que faremos agora? - Sarah perguntou.
Eu esperava que ela soubesse essa resposta, porque eu estava perdida. Como eu falaria isso para ele? Como eu aguentaria essa vida? Porque "aborto não é uma alternativa, não é nem uma coisa que deveria passar pela cabeça de alguém", e continuo achando isso.
Apenas balancei a cabeça negativamente.
- Eu vou te ajudar, tudo bem? Estou aqui com você! - me abraçou.
- Lisa vou participar desta nova fase da sua vida, tudo bem? Eu já volto... - Sarah saiu.
UMA SEMANA DEPOIS...
Minha cabeça girava. Vou ter que comprar um berço, mas quanto isso custa? Com certeza vou ter que arrumar um emprego, e depois uma casa para criar meu filho, porque não sei se meu pai já vendeu a casa em que eu costumava morar. O que ele vai pensar disso? Provavelmente, sem coração do jeito que é, me expulsa de vez de casa. E depois eu tenho que tirar Lindsey do orfanato. 
- Olha que linda esta roupinha...
- Nicole, eu nem sei o sexo ainda.
- Vai ser uma menina e vai se chamar Jolie! - sorriu.
- Hum... sei.
Há dias que Nicole vinha aqui e trazia revistas de bebê, para ela era divertido, mas eu tinha que pensar nas consequências, afinal eu nem tinha conseguido contar ao Justin ainda.
- Ai meu Deus, Jolie vai parecer um anjo neste vestido aqui... olha só... Lisa olha!
Desviei meus olhos para a revista e assenti. Estávamos no refeitório e eu tentava me alimentar, mas estava complicado. Eu sentia muito enjoo, não enjoo matinal de grávida, até porque nem tenho dois meses completos, é só que a ideia de ter um filho, estava mexendo muito comigo. Eu apenas trocava a comida de lugar no prato, usando o garfo, e notei que a Nicole me observava.
- Você precisa comer...
- Não estou com fome, talvez essa coisinha esteja. Eu tenho que aproveitar enquanto não tenho fome de gorda, igual toda grávida.
- Lisa, pode comer, você sobretudo está no meio de um tratamento. 
- Ah é né? O que mais poderia piorar?
- Para! - elevou o tom de voz. - Para de pensar sempre no pior, ser pessimista não vai tornar sua vida melhor Lisa... para! E só um toque, você não está carregando 'uma coisinha', mas sim um bebê.
Bufei e continuei prestando atenção no arroz deslizando por meu prato. Decidi relaxar um pouco e virei meus olhos para a revista. De fato, aquela roupa era linda, mas como eu disse, nem sei o sexo do bebê ainda. Apenas observei a roupinha e sorri automaticamente.
- Gostou? - Nicole perguntou e deu um sorriso de lado.
- É linda!
- Ah, que bom, eu como madrinha do neném vou dar a primeira roupinha!
Ri.
- Já se autonomeou a madrinha, é?
- Você não estava pensando em dar esse cargo para mais ninguém, não é? Ou estava?
Imediatamente pensei em Rosemary, minha "fada madrinha". Ela me ajudou muito aqui em todos os sentidos, principalmente os amorosos, e este filho aqui que estou esperando é um pouco de culpa dela. 
- Não, claro que não! - tentei ser convincente, mas ri.
MAIS UM MÊS E ALGUNS DIAS SE PASSARAM...
Estava no meu banheiro, de lado para o espelho, observando uma curva que já se formava. Era estranha, porque se fosse de gordura seria mole, mas não, estava rígida e eu já suspirava em pensar que em poucos meses eu estaria uma perfeita baleia.
Eu já tinha mais de dois meses e a coragem de falar com o Justin não tinha aparecido. Ele continuava me visitando alguns dias e eu jogava roupa por cima, tentando esconder qualquer vestígio de barriga. A Nicole tinha voltado para Nova York para dar continuidade a sua faculdade e estava tudo calmo por aqui, só eu e os velhos pacientes de sempre. Saí e fui até o jardim, estava meio frio, o que me agradava. Sentei na mesinha e comecei a desenhar qualquer coisa com um lápis e um papel vindos da sala de artes. Apanhei todo o meu cabelo - que por sinal, estava enorme -, o coloquei sobre um ombro só e comecei a desenhar. Meus desenhos já não eram artes abstratas e sim coisas que passavam na minha mente, algumas vezes rostos de crianças e seus pais surgiam nas linhas, outras vezes a minha irmãzinha e seus cachos loiros, era muito variado. Continuava desenhando quando percebi alguém sentar-se de frente para mim. Levantei o rosto e identifiquei, era John, um garoto de uns dezesseis anos e problemas com bebida. Eu tinha feito amizade com ele há uns dias.
- Ei garoto, tudo bom?
- E aí Lisa? Como vai o... - apontou minha barriga com a sua cabeça.
Não sei se muita gente aqui da clínica sabia sobre minha gravidez, eu não comentava com ninguém, só com o John, mas do jeito que isso aqui é...
- Vai bem, eu espero. E você? Aguentando firme os procedimentos?
- Sei lá, tudo que eles fazem é conversar comigo e dar alguns remédios. Porra, eu vou sair deste lugar, você vai ver.
- Eu sei que isso não é um acampamento de férias, mas não foge... não estraga sua vida com bebida ou seja lá o que for.
- Meus pais vão se foder, gastando dinheiro comigo à toa. Eu estou ótimo, nunca tive problema com bebida. Ninguém tem o direito de cuidar da minha vida.
- Não, só você mesmo. E se nem você cuida, aí fica difícil.
- Lição de moral, Lisa? Justo você?
Efeito colateral em novatos, eu sei bem o que é isso. A minha vontade era de explodir esse lugar junto com todos que trabalhavam aqui, nos meus primeiros dias. Mas depois, você entende. 
- Tudo bem... - levantei meus braços, me rendendo. - Não falo mais nada. 
- Obrigado!
Continuei desenhando e ele, por sua vez, ficou quieto.
- Continua compondo?  - não desviei o olhar do meu desenho.
- E tem como? Aqui eu não tenho o meu violão.
- Sim, mas tem uns lá na sala de música. 
- Não é a mesma coisa...
Eu não poderia discutir e nem ia tentar, com o tempo ele iria se render a alguma coisa daqui. Novamente, ficamos presos ao silêncio, mas eu não me importo, até gosto. Eu estava concentrada a dar uns toques finais em meu desenho, quando percebi John sair apressado e quase no mesmo instante, senti algo gelado tocar minha nuca. 


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Notas finais do capítulo

"algo gelado"? um gelo?



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