Life Hates Me. escrita por dreamr


Capítulo 41
this ain't right


Notas iniciais do capítulo

FIM, FIM, FIM, FIM...........



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Na hora, achei que entrar no quarto e poder conversar com a Lisa fosse a melhor coisa. Mas vi que não no exato momento em que eu entrei no quarto e ela estava sentada na cama beijando aquele mesmo filho da mãe que estava com ela no Barney's Burger. Fiquei parado por um momento observando aquela cena ridícula. Mas ela não me deve mais nada... Não estamos namorando e ela nunca nem me deu a entender que ainda tínhamos chances mesmo. É só que lá dentro eu esperava muito que "nós" ainda não tivesse acabado, que poderíamos ter outra chance. Só que não, acho que ela finalmente superou tudo e conseguiu seguir em frente. Fico feliz por isso, eu a amo demais e por isso mesmo quero que ela consiga ser feliz novamente. Quando dei por mim de novo, virei e saí. Apesar de querer o melhor para ela, eu não conseguiria ficar olhando isso e continuar normal, como se não significasse nada e beleza.
– Justin! - me virei novamente e ela estava, delicadamente, limpando o canto da boca.
Eu não iria dizer "oi?" ou "Lisa, que bom te ver!", mas também virar a cara e ir embora não foi muito maduro. Mas foda-se, eu não preciso ficar aqui feito idiota, enquanto ela ou ele esfregam isso na minha cara.
~ LISA POV ON.
– Você mereceu! - sentei à cama.
– Ué, você que me apertou e ainda começou a me encarar, achei que tivesse gamado! - riu e sentou à cama junto comigo.
– Sei...
– Como você tá, Lis?
– Indo, é difícil porque nada faz sentido. Eu estou numa rehab por nada!
– Não é bem por nada, né? - fitou meus pulsos e eu os virei imediatamente. - Afinal, qual o motivo?
– Do que?
– Deles! - apontou com a cabeça para o meu braço.
– Josh...
– Lisa eu só não entendo, quero te entender, porque você faria isso para si?
– Vamos mudar de assunto?
Bufou.
– Você tem notícias da Lindsey? - eu mesma mudei de assunto.
– Mais ou menos, mas eu acho que é melhor você saber por si mesma quando sair daqui...
– O que aconteceu Josh? - o medo tomou conta de mim. - O que? O que houve?
– Lisa... Oh droga falo tudo sempre na hora errada. Você vai descobrir de um jeito ou outro, mas ainda acho melhor você não ter que pensar em mais isso enquanto estiver aqui.
– Acha que não aguento?
– Tenho certeza, você é frágil e não quero te magoar. É só que... Não sei, tenho medo da sua reação.
– Josh eu vou te dar outro tapa, fala logo!
– Olha, eu não sei em detalhes e não quero passar informação errada, mas pelo que eu sei... - tossiu de nervoso. - Ela foi para... Ela está em um... Em um orfanato.
– Orfanato?! - gritei e o choro começou. - Mas que porra ela está fazendo em um orfanato?
– Calma... - acariciou minha perna. - Bom, acontece que isso já faz um tempo, um pouco depois de você ser internada... A Claire que soube de tudo.
– Mas porque eles fariam isso? - comecei a chorar. - Ela é pequena Josh, ela é só um bebê, porque eles a mandaram para um orfanato? Ela não é orfã... Ela tem mãe e pai, que não valem nada, mas... Ela tem a mim, que apesar de dada como louca e doente... Eu, eu amo ela!
– Eu não sei Lisa, não faço muita ideia do motivo, mas não se estressa agora porque não vai dar para fazer nada se você continuar aqui... Por isso precisa melhorar o quanto antes!
– Josh, não posso, o que vai ser da minha irmãzinha? E se ela for adotada?
– Eu não vou deixar, calma, nós vamos tirar ela de lá... Juntos, ok? Mas por enquanto se concentra em se recuperar o quanto antes.
Apenas assenti e comprimi os lábios, as lágrimas estavam incontroláveis.
– Obrigada... - sussurrei e ele me puxou para perto. Deitei a cabeça em seu ombro.
Como meu pai pôde? Quero dizer, ele nunca ligou para mim, tudo bem porque com isso eu já me acostumei, agora ele está fazendo as mesmas coisas só que piores com a minha pequena? Ela não completou nem dois anos e já está sendo ignorada pela família miserável dela, composta de um pai ignorante e insensível, uma mãe fria e sem coração e uma irmã doente. Mas que maravilha!
– Eu só queria ser algo bom para ela, sabe? - me afastei do abraço.
– Ei, - levantou meu rosto com o indicador. - Você é a coisa mais maravilhosa que ela poderia ter, não se culpe tanto!
O silêncio predominou, ele parecia ler minha mente com o olhar e eu o olhava por todo, desde seus olhos até seu nariz, sua boca e parei por aí. Isso estava errado, afinal ele é meu... Irmão. Mas o que aconteceu em seguida foi de iniciativa dos dois, não eu ou ele, mas sim dos dois. Nos aproximamos e tudo o que sentia era... Nada. É, eu estava amortecida, desde o juízo até os meus movimentos. Nossos lábios se tocaram, os dele eram tão carnudos e quentes que se tornou uma coisa confortável e nova para mim. O beijo durou, interrompemos por falta de ar, eu o olhei sentindo culpa de tê-lo comprometido, sendo que eu sei que não vou conseguir levar isso para frente. Porém ele me puxou para outro beijo e então, alguém abriu a porta. Virei bruscamente e me deparei com o Justin, a pessoa que eu esperei ansiosamente desde ontem e que chega bem na hora errada.
– Justin! - limpei cuidadosamente a boca.
Ele nos olhava, alternando entre eu e Josh com uma ponta de raiva. Então bufou decepcionado e saiu rápido antes que eu pudesse reagir.


Parei uns minutos e comecei a pensar, péssima hora, mas eu não sabia o que fazer e nem como. Fiquei paralisada.
– Desculpa Josh! - levantei rapidamente da cama e saí correndo pela porta.
Olhei para os dois lados e ele já não estava mais lá, me desesperei. Como ele pode sumir assim tão rápido? Resolvi então perguntar se alguém da recepção tinha o visto, já que com certeza ele saiu do prédio... É claro que passou por lá.
– Justin, alguém viu ele? - perguntei desesperada.
– O que aconteceu? Ele saiu correndo daqui! - uma delas exclamou.
– Pois fique sabendo Lisa que ele é a pessoa mais fofa e dedicada que conheço, veio aqui todos os dias esperá-la, mas você se recusava a sair do quarto...
– É! - outras concordaram.
– Sim, é, eu sei. Mas para onde ele foi?
– Lisa, ele passou aqui quase que correndo, segurando aquela bendita calça dele que vive caindo! Ele foi para lá, corre! - Rosemary chegou do nada, dizendo tudo isso.
(jeito que o justin saiu correndo, ignorem que ele corre de lado - alaylm)
Meio perdida, tomei um impulso e corri em direção ao que o dedo de Rosemary indicava: o estacionamento. Quando cheguei, na porta da clínica vi Justin entrando no carro e só corri, o maior problema é que tinha uma escadaria inacabável, mas eu nem prestava atenção nela eu só ia instintivamente para frente tentando alcançá-lo antes que fosse embora. Também estranhei ninguém me impedir de sair, até porque se fosse fácil assim, eu daria o fora dessa clínica o quanto antes.
– Aonde pensa que vai, mocinha? - dois homens de preto apareceram. Estava na metade das escadas quando os olhei, mas não parei.
Parece que foi só eu pensar e pum, vieram tentar me impedir de sair. Tarde demais. Continuei correndo até o carro que agora estava dando partida e os homens passaram a correr atrás de mim, mas eles estavam muito para trás felizmente. O carro estava com os faróis ligados e começou andar quando me coloquei na sua frente, não fui atropelada ou coisa do tipo. Bem longe disso, eu só fiquei na frente com os faróis praticamente me cegando e em estado depressível, chorando por inúmeros motivos.
– Eu... Preciso de... Você... - disse pausadamente, enquanto debulhava de chorar.
Ele continuou com as mãos na direção, me observando imóvel. Depois de uns segundos que mais pareceram horas, porque eu já estava me sentindo ridícula, ele desceu do carro.
– Porque você fez isso?
– Porque eu preciso de... Você! - ainda era difícil admitir, mas já estava tudo feito.
– Eu nunca vou te entender... - olhou para os lados, rindo levemente com ironia e então me observou ainda com um leve sorriso irônico nos lábios.
Eu já estava com medo da rejeição, e eu dei todos os motivos para ele não me querer mais, afinal o tratei mal por muito tempo. Ainda não sei porque ele simplesmente não acelerou enquanto eu estava na frente do carro, talvez fosse mais fácil para todos.
Meu pensamento me fez chorar mais, acabei arqueando as costas um pouco e me abracei para tentar parar com o choro excessivo. Sem sucesso. De repente, sinto dois braços me acolhendo e um choque percorre meu corpo inteiro, fazendo o meu coração se sentir quente e confortável de novo. Ele recostou minha cabeça em seu peito e começou a acariciar meu braço. Era daquele abraço que eu sintia falta, era daquela pele, daquele corpo, daquela pessoa... Dele.
Eu já nem fazia ideia do porque os guardas nem terem chegado perto, mas isso não me interessava nem um pouco no momento.
– Me desculpa Justin, eu não... - me interrompeu.
– Lisa! Para! Você não tem motivo nenhum para me pedir desculpa, pelo contrário, eu quero te pedir e muitas. Nem sei por onde co... - desta vez, eu o interrompi.
– Não, agora não! - me desvincilhei de seus braços e o olhei nos olhos. Me lembrei do que Josh disse, mas continuei o encarando.
Ele continuava aquele garoto maravilhoso que me encantou, todas as sensações e emoções de antes tinha retomado meu corpo. Eu já estava o olhando de forma diferente, da mesma forma de quando estávamos naquela fase de amizade pegajosa, dos apelidos "pandinha" e "ursinha".
Vagarosamente, ele foi chegando perto do meu rosto. Ainda estávamos colados devido ao abraço quando delicadamente ele levou uma mão a minha bochecha e a acariciou suavamente com o polegar. Exatamente como no primeiro beijo. O olhei, com os olhos marejados e nem poderia acreditar que isto estava acontecendo. Ele apenas sorriu, daquele jeitinho puro e inocente que só ele sabia fazer. E em um impulso, entrelacei os dedos por trás de sua nuca e puxei seu rosto para o meu. Aquela boca que pertencia somente a mim, que eu não queria ter que largar nunca mais, estava enconstando na minha novamente. Era como se fossem feitas uma para a outra, nunca consegui sentir algo nem parecido beijando outros caras, nem o ar me importava... Eu só poderia ficar ali para sempre e eu sentia isso da parte dele também. Ele desceu as mãos para a minha cintura e o beijo se intensificou, então ouvi uns gritos e uns aplausos. Pelo amor, o que é isso?
Paramos o beijo e olhamos para o lado, eram elas. As enfermeiras que até pouco estavam atirando pedras em mim por deixar Justin ir e a Rosemary, minha verdadeira fada-madrinha porque me ajudou em relação ao Justin o tempo todo. Começamos a rir, mas voltamos a nos beijar, com certa dificuldade. Nos entenda, tinha muita risada entre os beijos. Paramos novamente o beijo e ignoramos a plateia, apenas nos olhamos, de uma forma pura como se só ele me entendesse e só eu o entendesse. Então, ele me abraçou e disse:
– Senti muito a sua falta, princesa!
Abri um sorriso indescritível e então, ele me levantou do chão. Porque? Não me pergunte.
Assim que me colocou no chão e paramos de rir, só consegui dizer:
– Acho que não tanta quanto eu senti!
– Não parecia... - fez cara de cachorrinho. - Sempre brava comigo, me dando patada...
– Ah, dá pra me entender, depois de tudo o que você fez e... - me interrompeu.
– Tá, não vamos lembrar disso, é passado!
– Tudo bem, mas mesmo depois de você sendo um idiota, eu admiti para mim mesma que não vivo sem o meu idiota!
Ele sorriu e me deu um último selinho.
– Não querendo ser chata... - Betanny se aproximou. - Foi lindo e tudo mais, mas Lisa você ainda é paciente. Então entre já!
Bufei e Justin riu. Passou o braço pelo meu ombro e fomos para dentro, acompanhados do batalhão de enfermeiras mais os seguranças que ficaram parados, nos assistindo em pleno estacionamento. Agradeci aos céus por eles não tomarem a iniciativa de me forçar a entrar antes de eu conseguir falar com o Justin.
Quando entramos no meu quarto, Josh não estava mais lá e deu um aperto no coração. Na hora eu não pensei nem duas vezes quando vi Justin sair e só saí correndo. Mas dói de imaginar como ele ficou, com cara de palhaço depois de eu o abandonar do nada, após beijá-lo.
– Que foi? - perguntou fechando a porta, enquanto eu me deitava preocupada.
– O Josh...
– Então esse é o nome do desgraçado! Se bem que... Sou agradecido a ele, já que graças a aquele beijo de vocês... - fez careta e eu ri de leve. - Graças a aquele beijo... Você veio até mim!
– É, mas eu estou me sentindo culpada, fui estúpida com ele!
– Você tá de brincadeira com a minha cara, né?



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Notas finais do capítulo

......................... CHEGANDO



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