Amor Doce: Nova Vida (Em Revisão) escrita por Lyes


Capítulo 7
Capítulo 7 - Cupido?


Notas iniciais do capítulo

Cara, como era divertido fazer isso xD

Yoo espero gostem e obrigada pelos reviews...
Fiz um capitulo maiorzinhoo.



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Depois que conversamos, em vez de dar o sinal avisando que acabou o recreio, recebemos o melhor aviso que poderia existir:

Sem aulas o resto do dia (por um motivo que não pude ouvir porque todos estavam gritando de alegria).

Todos ficaram felizes e eu estava normal já que não seríamos liberados (mas estava pulando de alegria por dentro), assim como Lysandre, Castiel, Jade, Nathaniel e Zemi.

Nós conversamos mais um pouco e depois fomos andar por ai. Eu resolvi explorar a escola, andei por aqui, por ali, por todo lado. Nada de interessante, então resolvi ir encher o saco do Nathaniel, já que ele tinha uma sala maravilhosa só pra ele.

Foi ai que eu vi uma coisa que não queria ter presenciado, Nathaniel estava sozinho na sala, jogado num canto bem no fundo da sala, no meio da papelada. Será que esse garoto tem tendências suicidas? Melhor eu ir checar.

Eu entrei na sala sem que ele percebesse e me sentei ao seu lado.

— Nathaniel, o que houve?

— Nada.

— Ninguém fica jogado num monte de papéis por nada, principalmente parecendo em estado terminal de depressão. Pode confiar, o que acontece aqui fica aqui.

— Promete que não vai deixar ninguém saber disso? - ele se levantou, parecendo meio deplorável, ou melhor, quase humano. O cabelo estava bagunçado, a blusa estava com alguns botões abertos e a gravata tinha sumido.

— Prometo, agora me conta.

— É que a Ambre ouviu uma conversa minha com um amigo, ouviu que eu estou apaixonado por uma garota daqui. E pra ajudar, ela ficou sabendo quem era e foi até a garota perguntar se eu teria alguma chance. Ambre me contou que ela disse que nem que os porcos voem ela iria ficar comigo. Só que eu tô confuso demais, porque... Ela tava me olhando como se nada tivesse acontecido. E isso tá muito estranho - disparou a falar.

Céus, ele tinha sentimentos, não era um robô.

— Se pudesse me dizer quem é eu poderia ajudar.

— Você acabou de chegar, mal sei seu nome. Só tivemos uma conversa. Conversa terrível, por sinal. Me desculpe por aquilo - ele sorriu - A garota que eu estou falando é a Amanda, conhece?

— Claro, já nós falamos muito (muito pouco, só de for...). E tá tudo bem, você parecia bem irritado aquela hora.

— Eu preciso me desculpar, você parece ser legal - aposto que ele disse isso porque vou ajudá-lo... Mas... "Whatever"?

— Obrigada, mas temos um objetivo agora né?

— Verdade, temos que saber como vamos começar - ele estava estranhamente determinado, pelo menos eu o tirei da fossa.

— Sabia que a Ambre mentiu para você não é? - suspirei.

— Não, ela nunca faria isso. Como pode ter certeza?- Perguntou Nathaniel, sério.

Eu não poderia simplesmente dizer "Nathaniel, sua irmã é uma vadia", precisava de algo mais sutil, mas que fosse tão sincero quanto isso.

— Descobri através das meninas que a Amanda é caidinha por você. Mas não fale que eu te contei - sussurrei. Afinal, paredes tem ouvidos.

— Então vamos agir - levantou-se. - Mas... O que eu faço? - parecia totalmente perdido.

— Eu vou na frente, você pode ficar pensando no que fazer, porque eu também não faço ideia - saí da sala, deixando Nathaniel falando com as paredes.

Então, quase fui atropelada por um Leigh descabelado e desesperado.

— O que houve Leigh? - me afastei, um pouco surpresa.

— Estou procurando a Rosalya, preciso conversar com ela - quase deixou suas coisas caírem, enquanto procurava por um papel qualquer.

— Precisa de ajuda?

— Não - sorriu meio sem graça.

— Mesmo?

— Ok, preciso mesmo de ajuda. Estou gostando de uma outra garota.

— E o nome dela é no caso Karina Kiryu? - desconfiei do óbvio. As bochechas de Leigh pareciam um arco-íris.

— Como você sabe? - arregalou os olhos.

— Você é transparente... E bem, eu vi o jeito que vocês dois se olhavam. Senti a tensão e os feromônios.

— O primeiro passo é terminar com a Rosalya. Já não a amo mais como antes... É meio estranho, ela costumava ser meu sol - apesar da confusão, ele realmente parecia estar triste - O segundo passo é ir falar com a Kah, mas antes, vou comprar um café pra mim, não dormi nada essa noite.

— E o motivo é Karina Kiryu? - Perguntei desconfiada.

— Por que você acha? Tudo para você é culpa da Kah! - sorriu, parecendo mais tranquilo (finalmente).

— Por que eu não acharia? Você é transparente como cristal, Leigh. E o motivo disso é a Kah, óbvio. - sorri. Sempre que eu dizia o nome dela, ele sorria sem perceber. É, era até bonitinho.

— Legal, vou indo antes que você descubra qual é a cor da minha cueca.

— Azul?

— Acho que você poliu a bola de cristal essa manhã, Cat. 

Piscou e foi correndo para a lanchonete da escola.

Tecnicamente deveria ajudar o Nathaniel, mas eu não iria me meter nisso, não agora. Então fui morgar na escadaria, seria divertido ver no que daria essa confusão, depois.

Karina P.O.V

Eu estava encostada no meu armário olhando o movimento. Desde que Leigh me beijou mais cedo, ele não veio mais falar comigo. Será que está me evitando? Me beija e depois me evita? Essa raça de homens é tão confusa.

Então eu o vi, apressado pelo corredor, segurando um copo cheio de café e procurando por algo.

E parecia que esse algo era eu. Mas quando ele foi parar ao meu lado, se distraiu e tropeçou. O que aconteceu com o café?

Foi parar na droga da minha blusa.

— Kah, vamos para enfermaria, eu... eu sinto muito. - Mal acabou de falar e me arrastou para dentro da enfermaria, que estava vazia. Arrancou minha blusa e tentou limpar o café que queimava a minha barriga – Leigh...

— Kah, meu anjo, eu sinto muito, eu queria conversar com você sobre uma coisa e... Isso aconteceu, eu sou mesmo um idiota. - Eu não disse nada, só fui até ele e dei um abraço apertado. Depois, Leigh teve uma ideia, ele estava usando uma blusa branca simples por baixo da que estava usando, então ele iria me dar uma delas. Quando ele tirou as duas blusas, eu olhei e meu nariz quase começou a sangrar. Ele começou a rir, me entregou uma das blusas e depois vestiu a dele. Quando já estava saindo da enfermaria. me puxou e disse:

— Acho que está se esquecendo de algo. – Leigh disse, sorrindo maliciosamente.

— É mesmo... Obrigadinha Leighzinho. – Eu disse isso para provocá-lo, sempre que eu falo assim ele cora e fica com raiva. Mas dessa vez foi diferente, ele só me abraçou com força e disse:

— Não me agradeça assim, eu não aceito, senhorita. – Leigh tem uma estranha mania de me chamar de senhorita. Ele me soltou e me puxou de novo, mas dessa vez para me beijar. E nós nos beijamos brevemente, sem tempo pra continuar, mas sem pressa de acabar.

— Tenho que resolver umas coisas, nós vemos mais tarde?

— Sim, claro. – Eu disse e ele se foi.

Confesso que ainda não estou entendendo nada.

Zemi P.O.V

Eu estava procurando a Cat, onde será que ela está? Sabe aquela expressão de achar uma agulha no palheiro? Um pouquinho pior que isso.

Quando eu vejo uma pessoa sentada olhando para o nada na escadaria, meus problemas se resolvem.

— Cat, o que está fazendo? 

— Deuspaifilhomariajosézeusapoloafroditekamigoku, onde está minha metralhadora quando eu preciso dela? – Cat deu um pulo quando ouviu minha voz.

— Sonhando acordada de novo?

— Eu estava morgando, mas acabei voando para a Eulândia. E você o que está fazendo? – levantou-se e parou ao meu lado.

— Estava te procurando, e agora estou tentando entender o que se passa na sua cabeça. – sorri. Cat é realmente um tanto... Escalafobética?

— Sinceramente... Nem eu sei o que se passa na minha mente.

Fomos para o corredor e lá paramos para conversar, mas como o mundo não é perfeito...

— Saiam da minha frente, fracassadas. E falando nisso eu tenho que te explicar o esquema dessa escola. Aqui eu comando, sempre obedeça o que digo, eu rainha, vocês duas plebe. Entenderam?

Que espécie de vocabulário é esse? Essa garota é doida.

— Entendi, mas me recuso a fazer o que você manda. Melhor agora? – Cat imitou a vaca irritante.

— Não me importa, se você não seguir... Vai sofrer. E muito. Agora saiam. – Ela me empurrou e felizmente eu quase não consegui me controlar.

— Perdeu o amor pela sua vidinha insignificante de patricinha? – cerrei os punhos com força.

— Prefiro ser patricinha do que um esquisita, olha para você, sua forma... Forma... Idiota de se vestir!

— Ambre... Ela tem tudo o que falta em você, principalmente personalidade - Cat resmungou.

— E mal gosto... – A Ambre disse com um sorriso de vitória e superioridade.

— Além de personalidade, tenho isso... – agora eu não respondo por mim, odeio esse sorriso falso dela.

Cat P.O.V

— Além de personalidade eu tenho isso... – O que eu vi foi incrível, a mão da Zemi foi com tudo na cara da Ambre, depois, só a vi no chão, com a marca da mão da Zemi no rosto – é bom bater, mas apanhar é terrível não é Ambre?! Sinta o gosto da MINHA vitória, que na sua boca tem o gosto amargo do seu fracasso.

— Não vai ficar assim, não vai mesmo. – e Ambre saiu correndo, forçando o choro. E ela era uma péssima atriz.

Como era de se esperar, uns dois minutos depois...

— "Zeminah", para a minha sala agora. – a diretora berrou.

— Sou sua advogada de defesa - estendi a mão, oferecendo apoio

 

No fim, deu tudo certo. Ambre tomou uma bronca que deu dó... Mentira, ela mereceu coisa pior. Muito pior. Tipo a forca. Mas o mundo infelizmente ainda é injusto.

Estávamos quase indo embora, mas vimos Leigh e Lysandre discutindo no fim do corredor, e pareciam bem aborrecidos.

— Lysandre. Você prometeu, sabe que vai ser um dia cheio - Leigh parecia estar quase desesperado.

— Eu sei, mas eu não posso, hoje não vai dar. – Lysandre suspirou. - Surgiu algo de última hora e....

— O que houve meninos? - me aproximei.

— O Lysandre me prometeu que ia me ajudar na loja hoje, pois eu vou lançar uma nova coleção e quando é assim a loja fica lotada. E quem sempre me ajudava não vai poder, nem a Rosalya, pois terminamos.

— O quê?! Eu ouvi bem? Você terminou com a Rosalya? – Zemi franziu as sobrancelhas, um tanto intrigada.

— Sim... – Leigh bagunçou mais ainda seus cabelos, sem saber onde esconder as mãos.

— E o motivo é... – Não pude terminar a frase, Leigh bateu na minha cabeça com um caderno. – Ai!

— Se esse é o problema, nós podemos ir te ajudar. - Kah apareceu do nada, sorrindo de leve.

— Obrigado meninas, depois deixo as três escolherem qualquer roupa da loja como uma forma de agradecimento - Leigh e Lysandre pareciam aliviados.

 

Nós fomos para casa e pegamos nossos patins, pois íamos juntas para a loja e aproveitamos e andamos um pouco de patins juntas. Nós chegamos na loja, e entramos pelos fundos, porque a porta de frente estava cheia de gente.

Quando ele abriu foi difícil atender aquele monte de gente, ainda mais que a loja é bem grande.

— Leigh, tive uma ideia, e se nós atendêssemos as clientes andando de patins dentro da loja? Vai ser mais rápido. - Ideia idiota? Muito.

— Ótima ideia - resolvi não discutir.

 

E nós estávamos atendendo muito bem, até que a Kah viu que muitas garotas na loja passaram a tarde toda dando em cima do Leigh.

— Tive uma ideia, saca só. – Eu sussurrei para Zemi.

— Suas ideias nunca dão em coisa boa... - sussurrou de volta.

Kah estava patinando em direção a Leigh, então eu joguei um cabide e ela  caiu em cima dele. Ponto pra Cat!

— Você... Tá bem? - ele perguntou, sem nem mover um músculo.

— Não, acho que machuquei a perna - sorriu sem graça.

O machucado era tão grave que eles continuaram por um tempo ali, entre araras de roupas, um em cima do outro. O amor é lindo, você não acha?

 

Quando finalmente se tocaram que ali no chão não era o melhor lugar pra ficar em transe, finalmente se levantaram. Leigh pediu para tomarmos conta da loja enquanto estivesse cuidando da Kah, no porão. 

E falando a verdade... Só Deus sabe o que eles realmente fizeram lá dentro.

 

 


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Notas finais do capítulo

Ooooooooi gente. Até o próximo?