Pov. Elena.

  O banho realmente tinha me acalmado. Eu terminei de me vestir,  colocando a blusa preta, que cobria metade do meu short e sai do banheiro. Stefan estava sentado na cama, olhando pra foto de Bella. Mas quando ouviu o barulho da porta ele se levantou, deixando a foto na cama.

--esta calma?

--estou.—fui rude, estava um pouco nervosa com ele.

--quer ir pra casa do lago hoje? Podemos ficar lá por um tempo.... Apenas nosso.— Eu neguei com a cabeça.

--eu quero... Ir no Grill hoje. Ou... Eu vou dar um gelo nelas, quer sabe? Vamos pra casa do lago.—fui pegar minha mala de cima do guarda roupa, joguei na cama e comecei a pegar varias roupas, jogando tudo dentro da mala.—vamos voltar só no domingo a noite.

--eu... Vou arrumar minhas coisas.—falou ele, se aproximando de mim. Ele beijou minha testa e saiu pela janela. Eu continuei arrumando a mala, para poder ir a casa do lago com Stefan. Alguem bateu na porta.

--o que?-0-perguntei nervosa, Bonnie entrou. Eu quase quebrei o cabide em minhas mãos, com raiva.

--hey, como você esta? Se machucou? Stefan ficou louco só pode.—ela começou a dizer. Olhei pra frente, a ignorando. Continuei pegando minhas roupas. Peguei chinelo, colocando em uma sacolinha preta e pondo dentro da mala.—Elena, como você esta?

  Não lhe respondi. Se eu abrisse a boca pra falar, eu gritaria.

--Elena, amiga como esta?—agora era Caroline. Eu olhei para a porta, e eu bati a porta do guarda roupa com tudo. Atrás da minha loira estava aquela loira que eu tentei matar. Espera... Só a Bonnie e Caroline... Sem mais testemunhas...

Cadê um objeto pontiagudo que mata?

--Elena, vai continuar nos ignorando? Porque?—Bonnie perguntou. Eu respirei fundo.

Matar não adianta nada... Não vai resolver nada...

Ah vai sim. Retruquei com minha consciência.

Você tem razão. Olha, a janela! Vamos defenestrar ela!

 (N/A: Defenestrar: Atirar algo ou alguem da janela.)

  Eu estava pensando em com poder fazer isso, ninguem sentiria falta da ladra de amigas.

--Elena!—o grito de Bonnie me fez voltar a realidade. Olhei pra ela, tentando manter a calma.

--o que?—perguntei, com a voz mansa.

--o que aconteceu?

--nada.—lhe respondi, voltando a pegar minhas coisas.

--você esta bem?

--não!—gritei, mas respirei fundo.

Defenestrar com calma... Sem movimentos bruscos que a faça correr... Seja uma predadora razoável.

--quer dizer... Sim Bonnie.—lhe lancei um sorriso doce, mas mostrando toda a falsidade em minhas palavras.

--ok, o que aconteceu? Preciso ligar pro hospital?

--pro hospício é melhor.—Caroline murmurou. Eu olhei pra ela que se encolheu. Estaria meu olhar assassino demais?

--porque acha isso Caroline?—minha voz ainda era doce...

--nada não.—ela falou rápido. Suspirei.

--que bom.—virei novamente para arrumar minhas coisas, fechando a mala.

--você quase me atropelou.—Rosálie se pronunciou, me virei pra ela.

--é uma pena...

--é, eu poderia...

--eu não ter concluído meu trabalho com perfeição.—ela me interrompeu, mas continuei a interrompendo também. Ela arregalou os olhos.

--você queria me matar?

--porque esta dizendo isso como verbo pretérito imperfeito? Isso esta no futuro do presente... Eu vou te matar.—meu sorriso continuava doce, minha voz também. Meu olhar também.

Tão doce que da medo. Algo disse em minha mente, sorri ainda mais.

--Elena!—Bonnie ralhou. Eu respirei fundo, voltando minha expressão de mal humor.—Rosálie, pode nos dar licença?

--eu...

--NÃO.—gritei.—venha aqui, eu vou defenestrar você!

--Elena!—Bonnie ralhou de novo.

--o que? É um bem a humanidade!

--me espere no carro Rosálie.—Caroline lhe entregou a chave, Rosálie suspirou.

--CAI DA ESCADA POR FAVOR!—gritei enquanto ela saia. Bonnie e Caroline entraram, fechando a porta de meu quarto e as duas cruzaram os braços.—o que?

--ciumenta, acha que...—Caroline começou.

--não, não acho. Eu vi eu tenho total certeza de que sim, você esta me trocando.

--você esta fazendo drama.—Bonnie murmurou.

--ah estou? Então vão com a loira não dramática lá e deixem eu e meu drama sozinhos aqui!—eu fiquei de costas pra ela, colocando a minha mala no chão.

--Elena... Ela é nova e nos só quer...

--ela é nova e vocês já se encantaram por ela esquecendo completamente que eu existo! Não venham dizer que meu namoro com Stefan atrapalhou nossa amizade porque sempre eu dava um jeito de ficar com vocês, assim que vocês precisavam.—interrompi  Bonnie.

--Elena... Nós só queremos ser legal.—Caroline tentou.

--Carol, desce também. Preciso falar a SOS com Elena.—Bonnie disse.

--estao vendo? Vocês também me excluem!—ela ralhou.

--não é isso...

--deixa ela ficar.—novamente interrompi Bonnie.

--Elena, ela é minha amiga...

--ótimo, fica com ela. Loira perfeita! Logo Stefan me troca também.—resmunguei, pegando o diário e guardando na bolsa. Depois peguei o meu diário, guardando também.

--Elena, se você quer dar seus ataques de ciúmes ótimo! Você é muito idiota com isso.—Caroline gritou e saiu do quarto. Bonnie trancou a porta e se aproximou de mim.

--Elena, é bom que Caroline tenha uma amiga...

--Humana.—conclui.—eu sei disso, mas eu sempre fui amiga de vocês, e porque você quer me trocar? Porque eu namoro um vampiro? É contra sua natureza? Quer me trocar por uma garota que você mal conhece mas é humana e namora humanos? Ótimo Bonnie, então vá, mas quando você sentir minha falta não venha atrás de mim, porque eu estarei ocupada, virando uma péssima vampira e matando todo mundo que vê pela frente.—falei nervosa.—vai com uma garoa que você mal conhece, não liga pro meu ciúmes idiota e inútil, pode ir com uma humana ter uma vida normal, eu vou ficar aqui, com os vampiros! Pode ir se for o que você quer e for melhor pra você. Vai e não volta por favor, vai curtir sua vida, e esqueça de vez, que eu existo.

  Eu já estava chorando, Bonnie já estava com cara de choro.

--anda, o que faz aqui? Esquece todos os nossos momentos, façam novos com Rosálie Hale, finge que eu... Me tornei o que você mais odeia nesse mundo ok? Já que eu ando com eles, então eu sou uma deles. Vai com suas novas amigas humanas ser feliz, mas longe de mim. Não quero mais a presença de uma bruxinha perto de mim.—eu continuei. Depois disso eu me virei, olhando para fora da janela.

--é isso que você quer?—perguntou baixo.

--não,é o que você quer. Eu quero agora que você saia da minha casa.—segurei o soluço.

--tudo bem... Se é isso que você quer...—ela falou, demorou uns segundos e ouvi ela caminhar até a porta, a bateu e saiu.

  Depois que ela saiu eu me joguei na cama. Não era drama, claro que não. Ciúmes de amiga... Só a pessoa que sente sabe como é terrível. Pode parecer besteira aos olhos dos outros mas não é!  Ninguem sabe como dois, coisas que acontecem assim.

Perder a melhor amiga é algo difícil de lidar.