Fernanda POV’s

- Lucas! Não... Eu ainda amo muito o Zayn, e é ele que eu sempre vou amar... – Falei e ele recuou, com certa tristeza no olhar.

Ficamos um tempo em silencio, ele olha o teto, e eu o olhava, esperando a sua próxima atitude, se ele iria falar alguma coisa ou somente ir embora.

- Me empresta seu celular... – Ele disse e eu estranhei, tanto que, fiz uma cara de “AHN”. – É que eu estou sem créditos.

Entreguei meu celular para ele, que digitou uma mensagem talvez, e depois a apagou deu pra perceber pelo barulho que o celular fez.

- Tenho que ir. Compromisso urgente.

E então ele se foi, parecia realmente apressado, mas ao mesmo tempo culpado, ele estava tramando, ou tinha feito algo que o deixou com uma cara de suspeito, mas estava tarde, então eu nem esquentei muito.

Zayn POV’s

Estava em meu quarto, pensando em nada, só olhando as paredes, e percebendo que elas precisavam de uma pintura urgente. Porque eu estava pensando aquilo? Isso é coisa que mulheres pensam...

Meu celular vibrara na mesinha de cabeceira, olhei meio que sem vontade de falar com ninguém ou de responder mensagens, com certeza deveria ser um dos meninos, com fome ou só me enchendo o saco. Resolvi  ler a tal mensagem.

“Me encontre na praia agora... Precisamos conversar”

O número estava bloqueado, no começo eu pensei que era trote, mas logo depois alguma coisa me dizia que eu deveria ir...

Vesti apenas uma blusa, desci as escadas correndo, sem dar satisfação para ninguém, peguei as chaves do carro e então me dirigi à praia.

Assim que cheguei lá, ela estava deserta exceto por um alguém que vestia blusa branca e bermuda azul marinho. Fui me aproximando lentamente e com cuidado, vai que era algum psicopata. Nunca se sabe. À medida que ia me aproximando pude definir certas características, mas precisava ver o rosto pra ver se realmente conhecia, até que ele se vira, com uma cara séria... Não podia ser ele.

- O que? Foi você? Porque você? – As perguntas saiam só pela metade, eu estava confuso, era Lucas ao mandar a mensagem?

- Precisamos conversar. – Ele falou sério, e veio caminhando em minha direção.

- NÃO! Eu não tenho NADA para falar com você. – Eu falei dando um misero passo para trás.

- Olha aqui, você vai me escutar, nem que isso seja a última coisa que você faça na sua vida. – Ele falou segurando minha blusa com as duas mãos. – Você é um moleque por ter feito aquilo com a Fernanda e o pior, não correr atrás dela, aquela garota lá, te ama de um jeito incompreensível, se você visse o quanto os olhos dela brilham ao falar ou seu nome, ou até mesmo se esse brilho aparecer, pode saber que é em você que ela pensa. Ela não olha pra nenhum outra cara que não seja você, e acho que você deveria fazer o mesmo. – Ele ia dizendo e aos poucos seus punhos fechados com minha blusa neles iam se soltando. Pude perceber que seus olhos estavam um tanto “molhados”. – Olha, eu amo muito ela, e se eu estivesse no seu lugar, eu faria de tudo para reconquista-la e continuaria conquistando a cada dia que passasse mesmo que estejamos juntos, porque uma garota como aquela você não encontra em qualquer esquina, e quando ela escolhe você para amar, não deixe que acabe por qualquer coisinha, e mesmo que acabe, conquiste-a de qualquer jeito, tesouro igual aquele... Só uma vez na vida.

Ele disse, me olhou fixamente, e depois foi embora. Fiquei parado do jeito que eu estava ali, por muito tempo. As palavras, cada uma delas, pairavam em minha mente, e ele disse tudo com tanta certeza, aquilo me fez pensar muito, e durante muito tempo.

Voltei para casa, ainda pensando em tudo o que ele havia dito. Fui dormir para ver se amanhã eu conseguia pensar em alguma coisa.

Fernanda POV’s

Hoje um novo dia, finalmente... Desci as escadas, hoje eu estava mil vezes melhor que ontem, acho que os remédios estavam fazendo efeito.

- Bom dia! – Falei sorridente.

- Bom dia.. – Paulo e minha mãe responderam ao mesmo tempo, ambos com um sorriso.

Tomei o café da manhã, que hoje estava mais gostoso do que ontem, e então minha mãe disse que era hoje a consulta com o Doutor Carlos, então subi as escadas, calmamente, para não voltar a dor, tomei um banho e me arrumei. Assim que desci minha mãe só estava a minha espera. Então saímos.

Assim que chegamos o doutor rapidamente nos chamou. Carlos era um cara, com seus 40 já completos, mas não era tão acabado quando aparentava, mas com aquele jaleco, ele ficava muito sei lá.

- Então senhorita, eu dei uma olhadinha em seus exames, e a sua recuperação esta acontecendo mais rápido que o esperado... – Ele disse com um sorriso. – Você já pode sair com seus amigos, andar por ai, MAS você não pode fazer esforço algum durante uns 2 dias no máximo, seu osso da costela já vai estar totalmente curado. – Ele disse.

Minha mãe pegou mais algumas informações com ele, e então fomos embora. No carro fomos ouvindo música e passava uma de quando minha mãe era da minha idade. Ou seja a música era velha... Brincadeira. Haha.

- Então, já que você esta quase boa, posso falar que hoje a noite nós iremos viajar, nós 3... – Minha mãe disse sorrindo.

- E posso saber para onde vamos? – Falei curtindo a música que agora tocava, era Dominó da Jessie J.

- Vamos para a casa da Tia Sally, são só 3 dias... – Ela disse.

Tia Sally, era uma mulher que deveria ter sérios problemas mentais, mas nenhum psicólogo descobria o que ela tinha, ela sempre meio doidinha da cabeça, é uma mulher antenada nas novidades. Moda? Era com ela. Garotos? Era com ela, enfim TUDO era com ela.

Voltamos para a casa e eu fui arrumar minha mala... Nem coloquei muitas roupas, para onde eu iria, não precisaria me enfeitar muito. Eu estava até animada pra rever os primos, eles podem ser idiotas o que for, mas eu gostava deles.