Flames Of Death escrita por Bela


Capítulo 8
Capítulo 8 Doce vingança


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada pela compreensão de todos e a paciência, consegui voltar a postar, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240986/chapter/8

Quando acordei, Stefan ainda estava adormecido. Fiquei observando-o. Ele era tão lindo, e agora estava tão tranquilo.

O peito subia e descia calmamente de acordo com sua respiração, o coração batia em um ritmo suspeitamente calmo, os olhos fechados estavam imóveis, com seus longos sílios que chegavam a ser desperdício em um homem. O rosto magro era perfeito.

Dei uma espiada por debaixo dos cobertores, Stefan dormia de calça, mas sem camisa. Seu abdômen e seus braços eram perfeitos demais, com os músculos enormes relaxados. Stefan era magro, mas era muito musculoso.

Me aninhei junto ao seu peito e respirei profundamente. Ele tinha um doce aroma, mas o que me atraiu foi o cheiro de sangue. Era diferente de qualquer cheiro que eu já havia sentido, era delicioso, doce e me provocava tamanho desejo que eu chegava a me assustar.

Sem perceber bem o que estava fazendo, minha boca roçou pelo pescoço do rapaz, senti meus dentes afinando e crescendo, mas ignorei a pontada de dor que senti, beijei o pescoço de Stefan. Quando me preparava para morde-lo com força, meus dentes até já enconstavam em sua pele, ele acordou.

Ele me afastou de leve e me olhou, achando graça.

-O que estava fazendo, Katherine?

-Nada não.

Baixei a cabeça envergonhada. Mas logo voltei a erguer a cabeça novamente, e me deparei com o par de enormes olhos esverdeados me observando. Percebi que em meio ao verde intenso, havia pequenos toques de um castanho claro em seus olhos, que davam um charme a mais ao rapaz, não que ele precisasse.

Sem medo de ser recusada, me aproximei e beijei aquela boca perfeita a centímetros de mim, fechei os olhos e aproveitei o momento. Para a minha surpresa, Stefan não recuou. 

Senti a língua dele na minha boca. Sinceramente, não saberia descrever a sensação. Imagine que todos os seus sonhos se realizassem de uma forma muito melhor que você espera, pois bem, beijar Stefan é mil vezes melhor do que isso.

As mãos de Stefan seguraram minha cintura com força, me apertando e me puxando para mais perto de seu corpo.

Posicionei a perna em seu corpo, e girei, de forma que rolassemos pela cama até eu estar em cima dele.

Sem pensar duas vezes, arranquei minha camisola de pijama, jogando-a longe. E, ainda nos beijando, Stefan soltou meu sutiã.

Escorreguei as mãos por seu abdômen até chegar na fechadura da calça, abrindo-a, e Stefan terminou de tirá-la.

O coração de Stefan agora batia acelerado enquanto ele bejava meu corpo nu.

A sede pelo sangue não se comparava a excitação do contato físico, aquilo com toda certeza estava saindo bem melhor do que eu imaginara.

Aquela sensação era ótima, maravilhosa, excitante, era... perfeita.

                                                                                          ***

Após terminarmos, continuei deitada na cama, completamente nua, apenas enrolada nos lençois finos de seda.

Stefan já vestira a calça novamente e agora tentava arrumar os cabelos rebeldes que se recusavam ajeitar.

Pelo o que consegui deduzir ao olhar janela a fora, ainda era madrugada, nós havíamos acordado lá pelas 4:00 da manhã e, no meu palpite, já eram 6:00.

Dali a um tempo, Lexi acordaria. Infelizmente ela não ficaria sabendo sobre o que acontecera nessa madrugada. Considerei em contar para ela, mas Stefan pedira para não comentar nada então acho que manteria minha boca calada até o momento certo, quem sabe antes de matar Lexi eu ainda contaria para ela.

Stefan terminou de se vestir, e já estava pronto para sair.

-Aonde vai, Stefan?

Ele me olhou, subiu na cama de quatro e me lascou um beijo na boca, e falou com os lábios roçando de leve em minha orelha:

-Não te interessa.

E saiu do quarto sem dizer mais nada.

Ainda fiquei lá mais um pouco, esperando que um milagre acontecesse, mas ninguém veio, nada aconteceu.

Desistindo de esperar mais, levantei-me e me vesti. Peguei um vestido cor de vinho com detalhes creme, não era meu preferido, mas mesmo assim era lindo.

Sai do quarto tentando não deixar que a porta rangesse, mas logo me deparei com Lexi na frente da porta.

-Olá, Katherine.

Apenas a olhei, sem emitir nenhum som. Ao perceber que eu não responderia, ela continuou:

-Como foi sua noite?

-Melhor impossível, agora sai da minha frente.

Falei bruscamente, me aproximando dela de forma ameaçadora. Minha sede voltara.

Lexi andou um passo para trás, permitindo-me algum espaço para passar. Enquanto andava de forma controlada pelo corredor mal iluminado, senti os olhos de Lexi em minhas costas, ela me observava com ódio.

Desci as escada rapidamente, me esquecendo completamente de ser elegante. Stefan já havia ido embora da casa, e eu teria de ficar sozinha com Lexi e a empregada.

-Espere, Katherine.

Parei, e, ainda de costas para Lexi, respondi com cautela:

-Fale.

Lexi desceu as escadas correndo, por muito pouco não tropeçou no último degrau, e se postou a minha frente, me encarando de forma agressiva.

-Só para avisar, Stefan é meu. Às vezes ele pode até ter umas recaídas, mas ele sempre volta para mim, então pare de bancar a idiota, e entenda que eu ganhei.

Disse ela, dando uma risada no final para dar algum efeito a frase. Sem ter muito o que responder, apenas falei, me aproximando o suficiente para que ela sentisse meu hálito fresco.

-Quem ri por último, ri melhor.

Empurrei ela de minha frente e me diriji até onde a empregada estava, ordenando-lhe para que trazesse desjejum, esperava que a comida humana ao menos diminuisse minha sede por sangue humano.

Mas como eu já imaginava, não serviu para nada, aquela comida era uma grande porcaria, e minha sede só aumentava.

Lexi não foi se juntar a mim no desjejum, ao invés disso, ela se aprontou e sai da casa dizendo que iria caminhar pela floresta um pouco. Tive um enorme desejo de ir atrás dela e matá-la, mas ainda não era o momento certo, ainda não chegara a hora.

Aproveitei que ela havia saído e fui para a cozinha, me juntar com a empregada, que limpava o chão da cozinha.O sol começara a raiar por trás das montanhas que nos cercava, porém ele nada esquetava. O céu azul de inverno estava se formando.

Alguma comida borbulhava dentro de uma panela grande e asquerosa.

Repentinamente, tendo uma ideia brilhante, me diriji até a empregada, e educadamente comentei:

-A senhora gostaria de alguma ajuda em preparar a comida?

Ela olhou para mim com os olhos arregalados, e depois formou um sorriso simpático nos cantos da boca.

-Claro, por favor. A senhorita poderia cortar as cenouras, por favor.

Falou ela apontando para uma tábua com três cenouras mal lavadas por cima.

Sem falar nada, me aproximei da tábua, e peguei a faca. Comecei a cortar as cenouras calmamente enquanto a empregada me observava satisfeita.

Quando ela finalmente parou de me observar, eu agarrei a faca, e cheguei perto da mulher.

Enfinquei meus dentes pontiagudos em seu pescoço e roubei-lhe todo o sangue. Depois esquartejei a pobre mulher e joguei alguns pedaços dentro da panela fervendo.

Por algum motivo muito estranho, senti dó daquela moça, e, pela primeira vez, tive total consciencia do monstro que eu era. Pude sentir as lágrimas alcançarem meus olhos, mas estas foram lágrimas que jamais foram derrubadas, umas vez que estas foram substituídas por um sorriso hipócrita.

Eu não tinha nada que sentir remorso, ela era humana, merecia morrer. E agora, o cadáver da mulher faria parte da minha vingança.

Acabei de preparar o ensopado de verduras e carne humana, e servi no prato mais chique que consegui encontrar.

Preparei a mesa do almoço, com apenas um lugar. Com o sangue que sobrara, enchi um copo, e também o ajeitei na mesa.

Sentei em uma cadeira e esperei. 

***

Estava quase na hora do almoço e Lexi ainda não chegara, aproveitei seu atraso para me ajeitar em frente ao espelho.

O barulho da porta batendo me chamou atenção, parei o que estava fazendo em me postei diante da mesa.

Lexi entrou na sala e olhou de mim para a mesa com olhar confuso.

-Eu preparei uma comida para a senhora, como pedido de desculpas, dona Lexi.

A menina sorriu e se sentou no lugar que eu preparava, apontando para o copo, perguntou:

-Isso é o que?

-Suco de beterraba, senhorita.

Sorri educadamente.

Lexi pegou a colher e levou a boca um tanto do ensopado.

Senti nojo só de olhar, mal sabia ela a porcaria que estava comendo.

-Até que não está tão ruim, Katherine.

Falou ela como se elogiasse. Ela bebeu um pouco do líquido avermelhado do copo, pensando que realmente era suco de beterraba. Mas a parte mais engraçada aconteceu em seguir.

De repente, um olho veio boiando para o canto do prato, Lexi observou paralisada por um momento com horror. Depois gritou e saiu correndo para vomitar.

Não consegui me aguentar, minhas gargalhadas foram ecoadas por toda a casa, sim, isso que é vingança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou começar a postar um capítulo por semana (eu acho), muito obrigada, e tomara que estejam gostando.