Flames Of Death escrita por Bela


Capítulo 10
Capítulo 10 Segredos e revelações




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Rose tinha cabelos curtos e castanhos. Seus olhos eram igualmente castanhos. Ela vestia apenas a camisa preta de Damon, que lhe servia como um vestido bem curto.

Mas o que mais me chamou a atenção foi a falta de movimento de seu coração.

Por um momento tive vontade de perguntar o que ela era, ali mesmo, na frente de todos. Mas consegui me conter. Além de que não seria necessário perguntar, visivelmente ela era uma vampira.

Stefan pareceu não se importar com a falta de roupas de Rose, sequer se manteve indiferente. Na verdade, ele parecia bem feliz.

Recebi uma facada de ciúmes no peito, e por pouco não arranquei a cabeça de Rose naquele mesmo instante.

Stefan me puxou pela mão e subimos para o andar superior.

Esquecendo me por um momento da tal de Rose, olhei em volta, impressionada. No piso superior, a decoração escura e velha permanecia, porém havia toques de riqueza por todas as partes. Na decoração, no piso de madeira bem lustrado, e por todo o andar.

Stefan me levou até seu quarto. Havia uma cama grande ocupando boa parte do quarto, as janelas eram escondidas por trás de cortinas escuras, que impediam o sol de adentrar no aposento igualmente escuro. Também havia um armário e uma pequena mesa de cabeceira com uma caixinha. Me aproximei da mesinha, com toda a minha atenção na caixa fechada.

-O que tem dentro da caixa?

-Nada de importante. Por favor, não abra.

Olhei para ele curiosa. A pouca luz que adentrava pelo quarto lhe dava uma imagem sombria e um tanto arrepiante.

-E então, o que achou, senhorita Pierce?

Falou ele de brincadeira, porém visivelmente tentando fugir do assunto da caixinha. Por hora deixei passar, mais tarde perguntaria de novo, e se ele não me respondesse, eu abriria a caixa. 

Sorri e respondi no mesmo tom brincalhão:

-É extremamente satisfatório, senhor Salvatore.

-Satisfatório?

Perguntou ele finjindo estar ofendido.

Apenas ri e concordei.

Ele se aproximou devagar, passando a mão por minha cintura, até que meu rosto estivesse a centímetros do dele. Encostando seus lábios nos meus, ele murmurou:

-Apenas satisfatório, senhorita Pierce?

-Isso depende.

-Do que?

-De você.

Disse rindo levemente. Stefan me beijou com intensidade.

Caímos para trás, mas o colchão da cama amenizou a queda.

Fui tomada pelo barulhos dos lábios se beijando, os gemidos que mais tarde perceberia que foram meus, os lençois se mexendo na cama. O barulho do sangue correndo pelas veias, do coração batendo acelerado, de todas as células em ação. Fui enchida por uma sensação de puro prazer. A palpitação sexual dançava no ar.

Quando me dei conta as roupas já haviam sido arrancadas e os lençois agora se enroscavam em nossos corpos nus e quentes.

Rolávamos pela cama de casal com uma paixão intensa e selvagem.

***

Deitei me em cima de Stefan e olhei para a cara dele com um sorriso que não consegui controlar.

Tanto Stefan quanto eu apenas vestíamos o lençol branco e fino.

Agora um filete de luz do sol escapava pelas cortinas, adentrava no quarto como um intruso, e lançava um pouco de claridade ao quarto, o que me permitia ver a beleza do rosto másculo de Stefan. Ainda sorrindo, perguntei:

-E então?

-Eu que lhe pergunto.

Olhei para ele com um olhar desafiador.

-Satisfatório.

Ambos rimos. Stefan rolou, me encurralando deitada na cama e passando por cima de mim.

-Satisfatório?

Rolamos novamente, desta vez eu me manti por cima. E antes de beijá-lo, respondi rindo:

-Melhor impossível.

Desta vez Stefan não tentou rolar ou passar para cima, apenas sorriu prazeroso.

-Assim é melhor.

Olhamos um para o outro e ambos rimos novamente.

Nesse momento, o pai de Stefan adentrou no quarto sem bater na porta, e paralisou ao nos ver nus na cama bagunçada.

-Pai?!

Stefan perguntou confuso e surpreso.

O pai de Stefan não respondeu, não se moveu, e sequer respirou. Apenas vagava o olhar de mim para seu filho.

Ficamos os três parados, olhando de um para o outro, sem falar uma única palavra.

Por fim o pai de Stefan resolveu cortar o silêncio constrangedor e ordenou com autoridade e seriedade.

-Stefan, vista alguma roupa e venha falar comigo no corredor, por favor.

Sem esperar resposta ele saiu do aposento, fechando a porta com força.

Stefan olhou para mim e, para a minha grande surpresa, riu.

Depois me colocou de lado com cuidado e se levantou. Rapidamente vestiu a cueca e a calça e saiu para o corredor, sem se importar em vestir a camisa. Mas antes se dirijiu a mim:

-Me espere aqui.

Assim que ele se retirou, corri para a porta fechada e fiquei ali perto, com a orelha quase encostando na madeira fria, mesmo que isso não fosse necessário; prestando atenção na conversa do corredor:

-Stefan?

O pai dele perguntou com calma e seriedade, exigindo uma explicação.

Mas Stefan, brincando com fogo, não lhe respondeu da forma esperada.

-Sim, pai?

-"Sim, pai"? Stefan, você sabe como é difícil manter nossa reputação? Tenho a maior dificuldade e então o senhor sai por ai fazendo sexo com uma qualquer e estraga tudo! O que estava pensando?!

Respondeu o pai com ironia, perdendo toda a compustura elegânte. 

Admito que fiquei um pouco magoada por ser nomeada como "uma qualquer", mas isso não vem ao caso.

Como Stefan se manteve calado, seu pai praticamente gritou, implorando por palavras:

-Fale, Stefan!

Stefan explodiu, apelando para a frieza:

-Primeiro, ela não é "uma qualquer"! Segundo, o senhor não pode dizer nada, uma vez que leva para a cama qualquer uma que achar pela estrada. Terceiro, não me interesso por sua reputação idiota, seu arrogânte. Quarto, eu já tenho 16 anos e o senhor não tem nada que se meter na minha vida. Quinto, eu não lhe devo explicação alguma.

Senti uma pontada de orgulho pelo homem que amava e desejava.

Imaginei a cena, os dois parados no corredor, se encarando em um silêncio tão profundo que criava um tipo de grito ensurdecedor.

Algum tempo se passou e nada. Ninguém mais falou, Stefan não voltou, seu pai não respondeu. Nenhum passo foi ouvido. A única coisa que se podia ouvir era os dois corações batendo por trás da porta.

Stefan finalmente falou:

-Algo mais ou já posso me retirar?

-Permaneça aqui... Ao mínimo me diga quem é ela.

-Uma mulher. Agora permita que eu me retire.

-Não.

As vozes agora estavam indiferente, ou pelo menos qualquer um que as ouvisse pensaria isso, mas não, eu podia sentir o ódio que aquelas vozes carregavam, enquanto eram jorradas como adagas em direção ao outro, com total intenção de ferir.

Por fim o pai de Stefan desistiu.

-Vá então. Apenas não me incomode mais com seus barulhos irritantes.

Por um momento percebi que tinha um tanto de culpa quanto aos barulho, será que ele nos ouvira?

Stefan não se ofendeu com o comentário do pai.

-Certamente, agora o senhor também não nos incomode mais.

Ao perceber que era o fim da conversa, corri e pulei novamente na cama, antes que percebessem que eu estava escutando.

Stefan adentrou no quarto e sorriu para mim, meio sem jeito, porém não veio se juntar a mim na cama.

Ele apanhou meu vestido no chão e falou:

-Vista-se, Katherine. Quer conhecer a propriedade?

Como eu não estava em posição de negar, concordei. Vesti me. Mas no momento que descíamos as escadas em direção a porta, tudo voltou à tona em minha mente.

Lembrei me das cartas e bilhetes de "intimidação" que andara recebendo, lembrei me da namorada de Damon, a tal de Rose, lembrei dos corpos na caixa, lembrei me do incêndio que causei em minha propriedade. E por causa de uma certa paranóia minha, comecei a encaixar uma coisa com a outra, mesmo que a maior probabilidade é que não fossem peças que se encaixassem. E mesmo sem ter razão para isso, tudo começou a fazer sentido.

Porém não nos deparamos nem com Rose nem com Damon na sala novamente.

Olhei para Stefan de esguelha, ele não dizia nada, na verdade, ele parecia inexpressível até demais.

Seja por tédio, preocupação ou curiosidade, adentrei na mente de Stefan, lendo todos seus pensamentos. E o que eu vi, certamente não gostei. Ele pensava em Lexi. Stefan pensava na cachorra da Lexi.

Não consegui me aguentar. Perguntei.

-Stefan, você gosta da Lexi?

-O que? Por que?

-Responda.

-Não.

-Não?

-Só ande, Katherine, nada de perguntas.

Ele parecia estranho, andava elegantemente, sem abandonar a compostura da monarquia. Seu rosto se fechava em uma máscara séria e indiferente, teus olhos estavam fixos no caminho a frente. 

Isso me assustou. Queria poder dizer que não. Mas isso realmente me assustou.

-Stefan, o que está acontecendo?

-Me perdoa, Katherine. Por favor, me perdoa.

-O que? Por que?

Olhei para Stefan, agora extremamente assustada. Ele mantinha os olhos fechados e estava completamente parado, poderia muito bem se passar por uma estátua.

Ele não respondeu, na verdade, nem foi muito preciso. Um dor incontrolável de garras enfincando em minhas costas e do sangue ainda quente escorrendo para o chão me tomou.

Consegui ouvir um grito de Stefan:

-O que está fazendo? Você prometeu não machucá-la!

Mas ninguém respondeu, ou pelo menos eu não fui forte o suficiente para escutar a resposta. Não consegui me virar, não consegui revidar. E aos poucos a inconsciencia foi me tomando.


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Notas finais do capítulo

gente, espero que estejam gostando até agora, pois eu estou adorando escrever! vou continuar a escrever, e agradeço mt por seus comentários sobre a história!
o próximo capítulo acho q vou postar só semana que vem, mas se der eu posto antes.
Bem, espero que estejam gostando, bjus



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