Breathe escrita por kbuscaratti


Capítulo 4
Capítulo 4 - Extraordinary Girl


Notas iniciais do capítulo

slá, acho que esse capitulo ficou meio enjoativo, grande, confuso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240880/chapter/4

He lacks the courage in his mind

Like a child left behind

Like a pet left in the rain

She's all alone again

Wiping the tears from her eyes

Some days he feels like dying

She gets so sick of crying

Acordei quando ainda estava escuro, e podia ver o céu mudando sua cor negra pro escuro. charlie estava sentado na porta da casa, e olhava o amanhecer. Sorri, peguei os cobertores que estava deitada em cima e sentei ao seu lado, apoiando a cabeça no seu ombro.

- nem te vi acordar - disse ele. sorri, e me ajeitei, coloquei um cobertor nas suas pernas e ficamos ali por um tempo olhando o sol nascer.

- que horas são? - ele finalmente disse depois de uns vinte minutos.

- sei lá - falei - a gente não tem aula hoje mesmo, por que tá se preocupando?

- nada nada. - ele sorriu.

Ficamos ali até tudo se tornar claro, e ele perguntou se eu estava com fome. respondi que não, e começamos a conversar.

- conte-me sobre você - falei.

- bom... meu pai se mandou com a amante faz uns quatro anos. eu tenho 18 anos, entrei atrasado e repeti o nono ano. meu pai é rico e minha mãe gasta toda minha pensão com anti-depressivos e alcool. eu consegui uma bolsa nessa escola faz dois anos e... - ele começou a enrolar o dedo nos meus cabelos - comecei a estudar aqui. a escola decidiu me ajudar me dando uma vaga na secretária. não falo com o meu pai faz uns tres anos. eu nunca namorei. - ele parou e me olhou - e você?

- o que tem eu?

- me conte sobre você.

- bom, meus pais são ricos e eu sou a ovelha negra da família. eles me odeiam e não aguentam estar comigo, por isso estudo em uma escola interna. sou viciada em rock. kurt cobain é um Deus pra mim. Jimmy Page, Eddie Vedder, Slash. todos eles são como... como histórias de vida, que eu procuro seguir, sabe? nenhum teve a vida fácil.

- eu te entendo - ele disse, sorrindo e passando a mão pelo meu cabelo. - você já namorou? - ele disse, completamente ingenuamente.

- olha... - parei e olhei pra ele. sentia que devia confir nele, mas ao mesmo tempo tinha medo. não havia contado aquilo pra ninguém, ninguém mesmo. mas ele havia me contado uma boa parte da sua vida, confiando em mim. eu devia isso à ele.

- tudo bem - ele disse - confie em mim.

- eu conheci ele com 13 anos. sua mãe era rica, e costumava não gostar muito de mim. seu pai era piloto de avião e por isso nunca estava em casa. eu vi ele quantas vezes... - parei para contar - duas, tres vezes, no máximo. ele tinha uma irmã, medelaine. ela tinha seis anos. tinha síndrome de down. ele me ensinou a gostar de rock, apreciar todas as bandas que ele gostava. ele era um ano mais velho que eu, e me contou a história do eddie, com seu pai, sua mãe. me cantava músicas no ouvido todo dia. ele... eu ainda não havia sido expulsa de nenhum colégio quando o conheci, mas no ano seguinte eu fui. fui piorando, ele sabia disso. sabia que eu precisava de medicação, mas precisava mais ele. bom, eu estava numa escola há algum tempo, interna, e ele estudava lá comigo, por que ele convencia sua mãe a estudar comigo. meus pais eram contra mas se interessavam quando eu falava que os pais dele tinham grana, como sempre, e a família tinha boa reputação na cidade. bom, ele tomava muitos remédios, ele tinha problema no coração. dia 12/10/2011, ano passado, minha avó faleceu de câncer no pulmão, e meus pais me arrastaram pro enterro. eu sofri um acidente de carro, e meus pais saíram sem um arranhão, mas eu fiquei em coma. passou uma semana, e os médicos já diziam que não havia mais esperança pra mim e meus pais já pensavam em desligar as máquinas e me enterrar junto com minha avó. até compraram o caixão, é inacreditável. então... - minha voz começou a se tornar manhosa, e comecei a despejar as palavras como se estivesse despejando toda a minha vida - ele, o nome dele era chad, ele escreveu uma carta dizendo que ia pra perto de mim, e outra pra irmã, alegando que a amava e que ia ser seu anjo da guarda, e então virou todos os comprimidos dos seis meses seguintes na garganta. ele morreu, e foi atrás de mim, e então alguns dias depois eu acordei e recebi alta rapidamente, e fui procurar ele. chegando na casa dele, a mãe dele apenas me deu uma blusa, aquela do meu primeiro dia de aula, e disse que ele estava a usando quando se matou. eu havia dado aquela blusa pra ele de presente de namoro. - comecei a sentir as lágrimas caindo - ele queria ir ao meu encontro, ele foi e eu fiquei, e a minha vontade de ir com ele era imensa, só não o fiz por que pensei em todas as vidas sabe, pensei no eddie e no kurt, e pensei em começar uma vida nova numa escola nova e talvez tentar recomeçar e ... - ele já estava me abraçando novamente, mas não parecia ser o suficiente - e então te conheci, e vocês dois tem o mesmo sorriso do kurt e o mesmo jeito de me atormentar... e eu sinto que devo confiar em você e não sei por que, eu só sinto. e me sinto uma idiota também, por estar te contando isso. nem meus pais sabem disso. me desculpa - virei a cabeça enquanto limpava as lágrimas.

- ei - ele disse. e então, como se gostasse de me surpreender, ele me deu um beijo. demorado, mas que me fez parar de chorar. e passei de me sentir idiota e comecei a sentir muitas coisas mais. [...].


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

reviewww ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Breathe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.