Qual A Sua Fraqueza? escrita por Nameless


Capítulo 4
Fraqueza Número Quatro


Notas iniciais do capítulo

Yo, pessoas!! (n_n) Espero que estejam todos bem /o/ Bom, vocês lembram que eu disse que esse seria o penúltimo capítulo? Pois é, eu me enganei... Esse é o último (T_T) Não estranhem a forma corrida que a história acontece, era pra ser assim mesmo. Até as notas, boa leitura o/



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                Kai foi andando da forma que deu até a janela e fechou as cortinas negras, para escurecer o quarto ainda mais, já que o tempo estava fechado e tempestuoso, como se Kai e Reita realmente se importassem com isso naquele exato momento. Aquele beijo era algo indecifrável para ambos, nenhum deles queria cessar a seqüência de carícias, não se importavam do ar começar a acabar.

                Pela primeira vez em muito tempo, Kai não iria impor limites naquele beijo. Não se importava em arranhar as costas de Reita por baixo da camisa, não se importava de deixar com que ele passasse a língua por toda extensão do pescoço. Não se importava em ser empresado contra a parede e sentir seu corpo esfregar no de Reita.

                Ele ofegava desesperadamente.  Amava a sensação de sentir a cintura de Reita ser colada na sua, amava a sensação de estar dentro de um forno queimando, amava a sensação de Reita tocando por debaixo da camisa e apertando a cintura.

                O tempo pareceu parar enquanto ambos trocavam carícias quentes e obscenas, Kai não poderia dizer qual foi o momento exato em que Reita e ele já estavam deitados na cama apenas com as roupas íntimas. Reita beijava o pescoço de Kai e ia descendo, não quis perder tempo mordiscando os mamilos de Kai enquanto o ouvia gemer baixinho.

                Agora descia e se aproximava do membro rígido do outro, o volume era visível e aquilo deixava Reita cada vez mais excitado. Os gemidos baixos de Kai logo foram se tornando gritos desesperados de prazer, na medida em que Reita ia se abusando dele Kai ansiava por mais. Gemia o nome de Reita quando sentiu o toque quente daquela língua percorrer pelo seu membro, gemia quando sentiu Reita o invadir por completo e gemia quando sentia o prazer dele o preencher.

                Reita repousou-se sobre Kai e ambos precisaram respirar fundo para as respirações desacelerarem, Reita foi o primeiro a dormir. Kai agora só podia escutar a chuva que ainda insistia em bater contra a janela e a respiração que já estava se normalizando.

                Kai só podia sentir uma felicidade enorme por finalmente estar ao lado de Reita. Estava feliz a ponto de desejar que se morresse que seria naquele momento. Contava com a felicidade e amor que Reita o daria, sabia que não seria em vão. E foi com esses pensamentos que Kai adormeceu.

(...)

                Um barulho maldito ecoava pelo quarto ainda escuro, Reita havia passado o dia todo com Kai e havia dormido com ele novamente. A única luz que brilhava naquele local era o visor que piscava mostrando o nome de Aoi na tela. Reita tateou a cabeceira para tentar achar o maldito aparelho que não parava de tocar e vibrar.

-A... Alô? – Tentou falar baixo mesmo que Kai já estivesse se remexendo todo.

-Reita, onde está? –A voz do moreno soou grave e séria, fazendo com que Reita se sentasse na cama.

-Voltei pro apartamento do Kai, por quê? –Agora Reita esfregava os olhos.

-Tsc... – A voz de Uruha saiu como um grunhido ao fundo- Estou no hospital...

-O que aconteceu? - O tom de sono agora estava dando espaço para um tom preocupado, que fez com que Kai abrisse os olhos.

-Ruki... Reita, ele bateu o carro. – A voz de Aoi estava instável, havia algo naquele tom que o incomodava.

-O-o quê?! –Reita praticamente levantou da cama, acendendo o abajur. – Como ele está?

- O que aconteceu? – Kai sentou-se na cama assim que ouviu a voz de Reita soar mais alta, mas como resposta teve apenas um sinal pedindo que ele esperasse.

-Reita, a batida foi feia... Ele pegou o carro com toda essa tempestade e saiu feito um louco pelas ruas, furando os sinais. Eu ainda... Eu tentei tirar a chave do carro, mas ele saiu... – agora a voz de Aoi estava mais rouca – Ele morreu.

                Reita simplesmente ficou sem reação. Não estava escutando Aoi chamá-lo do outro lado da linha, não notava sequer a presença de Kai o sacudindo quando viu uma lágrima escapar através daquele olhar distante. Ruki teria na verdade posto um fim aquela vida patética e fria que ele próprio havia criado.

                Após a notícia sobre a morte do ex-noivo, Reita apenas se recompôs e foi trocar de roupa para que pudesse ir até o hospital. Aoi e Uruha já haviam reconhecido o corpo do menor e a família já estava providenciando o velório.

                O dia amanheceu mais frio do que a noite anterior, no velório de Ruki havia menos pessoa que o previsto. Pelo jeito não fora apenas a Reita que ele havia decepcionado. Kai olhava de canto para o rosto totalmente sem expressão de Reita, ele quase não havia falado nada desde a hora que Aoi ligara comunicando o acontecido.

                Reita também não chorava. O caixão de Ruki não pode ser aberto nenhuma vez, o acidente havia deformado todo aquele rosto que antes era angelical.  Agora o caixão estava sendo depositado na urna em que ele seria cremado. Já não dava para ver o caixão de Ruki entre as chamas.

                Reita encarava a plaquinha em que o nome “Matsumoto Takanori”. Era estranho aquilo tudo. Alguns dias atrás ele e Ruki estavam transando no chão da sala completamente bêbados, no instante seguinte estavam brigando debaixo da chuva, depois Reita estava de volta na casa de Kai o beijando e agora... Ruki estava morto. Era tudo repentino demais.

                Reita sabia que Kai o observava um pouco mais atrás. Reita se virou para Kai e andou em sua direção. Era verdade que Kai temia que ele terminasse por causa da perda, temia que Reita o culpasse por aquilo. Mas nada aconteceu. Reita o abraçou fortemente. O abraçou como nunca o abraçou na vida.

-Não vou desistir de você. –A voz de Reita soou baixo. Aquilo tranqüilizou Kai, que retribuiu o abraço.

                Então era isso. Reita não o culparia pela morte de Ruki e o apoiaria caso Uruha ou Aoi o culpasse. Uruha provavelmente o culparia quando a saudade de Ruki aumentasse, mas Aoi e Reita estariam ali para fazer com que aceitasse a realidade.

                Reita encostou os lábios no topo da testa de Kai e entrelaçou os dedos nos dele, sorrindo calmamente.

-Eu te amo. –Disse calmamente enquanto encarava Kai.

-Eu te amo mais. –Kai deixou com que as covinhas aparecessem.

                A noite começava a cair novamente, mas dessa vez mais calma e sem sinais de uma tempestade forte. Reita sabia que havia começado tudo errado, entretanto não passaria o resto da vida se remoendo ou culpando quem quer que seja. Tudo que poderia fazer agora seria não errar com Kai.

“Se você ama, enfrentará até mesmo a maior dor para ficar com tal pessoa”


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Notas finais do capítulo

Essa última frase ai em aspas é minha :3 Desculpem pela demora, mas minha vida simplesmente quis virar de cabeça para baixo e aconteceu muitos problemas que eu estou tentando resolver (n_n) Espero que tenham gostado da fic, juro que quando eu escrever uma próxima (se escrever) eu vou me dedicar ainda mais, ok? Quero reviews de todos, sei quantos leitores fantasmas há por aqui e não custa nada deixar um xingamento ou elogio XD
Só pra constar: Minhas aulas estão começando nessa segunda (dia 30) e meu tempo voltará a ficar curto, caso haja alguma história pra eu acompanhar, já sabem que vou demorar (só nos finais de semana). Isso me irritou demais, que diabos de escola começa as aulas dia TRINTA DE JULHO? Como pode, Produção?! (@_@) #táparei
Espero mesmo que tenham gostados e até uma próxima :3