Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 26
Traidor


Notas iniciais do capítulo

Boa noite amores! Desculpem a demora, sinceramente. Eu ando bem ocupada, cheia de provas, trabalhos, provas, provas, e acho que isso anda bloqueando minha inspiração. A demora tem um ponto positivo (pelo menos pra mim): dá tempo de vocês aparecerem e comentarem bastante! Gostei da forma com que muita gente apareceu e me incentivou, isso me deixou bastante feliz. Mas outra coisa que me deixou imensamente feliz foram as recomendações que a FlavinhaSR e a JuhVG me deram! E claro, todas as outras recomendações que recebi antes: Julia, Niyck, FrancisAlves, LauraStylinson e GreenEyes! Cês são umas lindas!
Enfim, esse capítulo não tá lá muito bom ao meu ver, mas foi o que eu consegui fazer que ficasse na linha de enredo que eu quero... Espero que gostem!



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Mahara Carter POV

Acordei e senti sede, resolvendo então levantar e ir atrás de água naquele prédio. Coloquei uma camisa decente e uma calça jeans, pois afinal, não ficaria bem se alguém me visse usando um pijama do Mickey. Abri a porta e olhei no corredor, que estava vazio. A porta do quarto-gaiola de Dan estava aberta, e ele nunca a deixaria aberta. Fui até lá e olhei para dentro. Havia um homem vestido com um terno preto e luvas pretas, cujas mãos estavam no pescoço de Dan, que estava com seus olhos arregalados e olhando para seu agressor.

Entrei rapidamente no quarto e chutei os joelhos do homem, fazendo-o desequilibrar. Aproveitando o ensejo de sua fraqueza repentina, peguei seu braço direito e o torci para trás, fazendo o homem envergar sua coluna para trás, e grunhir de dor. Impulsionei seu corpo para a parede, fazendo-o bater com a cabeça nela duas vezes seguidas, deixando-o zonzo. Soltei seu braço apenas para dar um “telefone” – um tapa forte nas orelhas – aumentando sua sensação de tontura. Em seguida, golpeei-o nas costelas, fazendo com que perdesse o ar, e joguei-o no chão, com a face virada para baixo. Virei seus braços para trás e fiquei segurando.

Olhei rapidamente para cima e vi Dan olhando-me assustado e amedrontado, com a mão no pescoço vermelho e respiração acelerada. Ele ia ficar bem.

– Quem é você? – Perguntei agressivamente, vociferando. – Dan, corra e chame Major Walker, ou o agente Jones, rápido! Quem é você?

Sacudi seu corpo, batendo-o mais contra o chão. Dan saiu atrapalhado e apressado na sala, correndo e tropeçando em seus próprios pés. Eu não poderia culpá-lo por estar tão nervoso.

– Eu não direi a você. Quero um advogado.

– Um advogado não salvará você, sabia? Você foi pego em flagrante em uma tentativa de homicídio. Aliás, como você entrou neste prédio, passando despercebido?

– Não direi nada a você.

Ouvi o som de passos correndo e logo surgiram pela porta Dan, Major Walker e agente Jones.

– O que aconteceu aqui? – Perguntou Major.

– Esse homem estava sufocando Dan, Major. Tentando matá-lo! Debaixo de nossos narizes!

– Isso implica que... – Começou Jones.

– Há um traidor entre nós. – Completou Major Walker, completamente séria. – Jones, algeme-o e leve-o para interrogatório.

– Ele só irá falar diante de um advogado. – Avisei.

– Como se isso fosse adiantar. Você sabe que eu irei fazê-lo falar. – Major Walker sorriu maquiavelicamente enquanto Jones o algemava e o obrigava ficar de pé. Os dois iam saindo da sala, quando Major disse: - Mahara, fique de olho em Dan. Custe o que custar, não o perca de vista. Passe a noite neste quarto, se for necessário. A vigilância tem de ser constante. Não estamos seguros nem dentro no nosso próprio prédio.

– Entendido, Major.

Ela sorriu fracamente e se retirou, fechando a porta atrás de si. Esperei três segundos e então pulei nos braços de Dan.

– Meu Deus! Você está bem? Como você está?

– Eu estou bem. Quer dizer, eu vou ficar bem. Você, como sempre, chegando na hora certa. – Ele sorriu fracamente. – Mas não me aperte muito, vou ficar sem ar.

Eu ri sem graça e me distanciei um pouco.

– Eu estou realmente preocupada com você.

– E eu estou realmente com medo, Mahara. Quero por um fim nisso logo, não aguento mais viver me escondendo com medo de qualquer coisa que possa me acontecer, como se a cada minuto alguém surgiria para tentar me matar.

– Eu te prometo, Dan, eu vou encontrar Hawking o mais rápido que eu puder. Essa situação acabará logo, meu grandão, eu prometo.

– Não prometa o que você não sabe se pode cumprir. – Ele suspirou.

– Isso eu sei que posso cumprir, Dan, e eu vou cumprir. Guarde minhas palavras. – Olhei fixamente nos seus olhos, tentando passar-lhe um pouco de segurança e determinação. Odiava vê-lo assim. Sorri. – Agora vá dormir, eu trarei meu colchão para cá.

– Não demore. – Pediu com uma carinha dengosa.

– Não demorarei. – Respondi sorrindo, saindo do quarto. Peguei meu colchão e retornei para o quarto, o vendo deitado com os olhos bem abertos para ter certeza que eu voltaria. Assim que me alojei, ficamos conversando por um tempo até que Dan adormecesse. Esperei alguns minutos para ter certeza que ele estava dormindo, e me levantei. Saí do quarto, trancando-o e levando a chave comigo. Eu sabia que Dan demoraria a acordar.

Fui até a sala de interrogatório e vi o homem sendo interrogado. Entrei na sala ao lado, cuja possuía uma janela falsa para que pudéssemos enxergar o que estava acontecendo na sala de interrogatórios e um aparelho sonoro para que pudéssemos também ouvir. Pelo o que eu via, o homem não estava cooperando.

– Ele não está cooperando, não é? – Perguntei ao Agente Collins, que estava na sala.

– Nenhum pouco. A única palavra que parece haver no vocabulário dele é “advogado”. Como se fosse ajudá-lo.

– Me pergunto como ele entrou sem ser percebido. – Comentei.

– Simples: há um traidor entre nós.

– Por quê?

– Dinheiro, poder... Vingança, talvez. – Ele deu de ombros. – O perigo está ficando maior a cada dia que passa. Não se sabe nem em quem confiar.

Assenti tristemente.

– Collins? – A voz de Major Walker se fez ouvir. A loira olhava diretamente para a parede vazia daquela sala, onde estava localizada a nossa janela oculta.

– Sim, Major. – Collins respondeu, apertando um botão e falando no pequeno microfone preso na parede.

– Chame Mahara. Ela vai querer conversar com esse homem ao seu modo.

– Estou aqui, Major. – Me fiz ouvir. – O que você quer que eu faça?

– O que você quiser. Você tem total imunidade por uma hora, Mahara. Collins pode ajudá-la no que você pretender fazer.

Sorri maquiavelicamente ao mesmo tempo que Major sorriu da mesma forma, do outro lado da parede.

– Entendido, Major.

Desliguei o microfone, e sorrindo, virei-me para Frank.

– Hora da diversão!

Saímos da sala e entramos na de interrogatório. Major sorriu para nós – evento raro – e disse que cuidaria de Dan ela própria, enquanto eu aproveitava minha uma hora. Então saiu, deixando a mim, Frank e o homem sozinhos.

– Advogado. – Ele disse imediatamente.

– Sim, sim. Você vai falar comigo antes que ele chegue, querido. – Usei um tom irônico.

– Você não me põe medo, garotinha.

– Vamos ver se você vai continuar pensando da mesma forma daqui a uma hora. Collins, leve-o algemado para o terraço. Eu tenho uma ideia para fazê-lo falar.

Collins assentiu, pegando o homem e o arrastando para o elevador.

– Vou passar no arsenal rapidinho e já volto.

– O que você vai fazer? – Perguntou.

– Me divertir! – Exclamei animada. Corri até o arsenal e escolhi cuidadosamente um punhal prateado e afiado, e voltei para junto de Collins e o homem. Juntos, fomos até o terraço. Ao abrir, o vento frio da madrugada bateu de frente contra nossos corpos, mas não me fez parar.

– Então... Se você não quer falar por bem, falará por mal. – Eu disse. Eu adorava interrogatórios com total imunidade. Agarrei o colarinho do homem e o arrastei até a borda do terraço, empurrando-o de encontro a mureta. Collins entendeu o que eu queria fazer e me ajudou a empurrá-lo, segurando suas pernas. Tirei o punhal do bolso e encostei na garganta dele, pressionando levemente, fazendo com que um finíssimo filete de sangue começasse a escorrer.

– Quem você é? – Perguntei, ou melhor, vociferei.

– Não vou lhe dizer, vadia. – Respondeu ele em igual tom. Deixei com que ele escorregasse mais um pouco pela borda do terraço, e ele arregalou os olhos.

– Me responda corretamente, ou você vai cair.

– Você não vai me deixar cair e morrer, precisa das minhas informações.

– Talvez não deixá-lo morrer, mas ficar bem ferido, eu posso. – Vociferei cerrando os dentes, furiosa. – Agora me diga, quem é você.

– Ed Finnigan. – Respondeu ele. – E sim, fui chamado por um tal de Ian Hawking, e fui orientado por alguém de dentro da MI6 para entrar sem ser percebido. Você está ouvindo o que quer ouvir.

– Não me diga o que eu quero ouvir, e sim o que eu preciso e devo ouvir, Finnigan. A verdade e somente a verdade.

– Esta é a verdade, sua maluca!

Forcei mais a faca em seu pescoço, aumentando o filete de sangue.

– Cuidado para não acertar a jugular. – Disse Collins.

– Eu sei onde estou perfurando, Frank. – Retruquei. Não iria fazer muita diferença para o mundo se eu acertasse a jugular daquele ser humano desprezível acidentalmente de propósito. Obviamente, depois de ter minhas informações. – Me diga, Finnigan, quem orientou você?

– Eu não sei o nome dele. Nem vi o rosto direito, só o encontrei hoje no escuro e ele evitou que eu visse seu rosto. Mas sei que é alto, de ombros largos e moreno. E que ao falar de você, percebi muito carinho na voz. O cara está apaixonado por você e acha que você está com o Evans, e sente raiva do cantorzinho barato por isso.

– Eu, com Dan? – Eu ri, disfarçando nervosismo. Eu era uma boa atriz, admito, e conseguia camuflar esse tipo de emoção. Enquanto ria, minhas engrenagens funcionavam a todo vapor para tentar encontrar alguém que se encontre no ralo perfil que o Finnigan me deu. – Ok. Acho que você já me disse tudo o que eu queria saber. Daqui em diante, você responderá todas as perguntas de Major Walker sem resmungões ou usar a palavra dicionário, ok? Caso contrário, eu tomarei providências.

Subi o homem pela beirada do terraço e Collins o arrastou para dentro, levando-o diretamente para a sala de interrogatórios onde iria aprisioná-lo novamente. Levei mais um cinco minutos no terraço, respirando o ar gélido e tentando raciocinar.

Havia um traidor entre nós, e eu iria descobrir quem é. Custe o que custar, doa a quem doer.



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Notas finais do capítulo

Ah, então, outro dia comentei que estava ocupada com teatro da Igreja, né? Foi gravado! Para quem quiser ver, é esse: http://www.youtube.com/watch?v=Jd0xc1N8zVw&feature=plcp
É um teatro bem amador, com seus erros e falhas, mas o importante é a mensagem que tentamos passar. Espero que entendam!
Para não perder meu hábito: e aí, o que acharam?