Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 21
Hospital


Notas iniciais do capítulo

Bom dia amores, tudo bem? Então, como eu disse no aviso, vou continuar postando até finalizar esta fanfic. Eu já mudei a categoria como vocês podem ver, e alguém notou que eu mudei a capa? Gostaram? Então... Espero que gostem desse capítulo, está minúsculo devido a minha criatividade minúscula dessa semana, mas até que ficou legalzinho.



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Mahara Carter POV

Acordei ouvindo o ruído da porta sendo aberta. Não movi um músculo sequer. Ouvi passos se aproximarem da cama de Dan, e esbarrarem em alguma coisa que produziu um som alto. Abri meus olhos e encontrei uma figura alta, magra e esguia. Os cabelos cacheados longos fizeram-me reconhecer Danielle.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei, fazendo-a se sobressaltar. Ela se virou assustada, e vi que tinha um pequeno vaso com lírios em mãos.

– Quem é você? – Perguntou aos sussurros.

– Mahara Carter, a compositora, melhor amiga e namorada de Dan. – Respondi também aos sussurros, cruzando os braços. – E o que você faz aqui?

– N-Namorada? – Gaguejou ela, parecendo um tanto quanto atordoada. – Eu não sabia.

– Ninguém sabe. E é bom que você também não fale nada. Agora responde: o que você faz aqui?

– Vim visitá-lo, e deixar essas flores.

– A uma da manhã?! Depois de meses ignorando-o, humilhando-o e deixando-o para trás?! Bem digno. Claro. – Eu disse irônica. – Acho melhor você ir embora, Danielle. Deixe as flores ali em cima e vá, antes que você o acorde.

– Ahn... Ok.

Danielle deixou as flores acima de uma mesa, foi até a porta, olhou para Dan, para mim, e depois saiu. Olhei para Dan, que estava dormindo tranquilamente, alheio ao que acontecia aqui. Aproximei-me dele, beijei sua testa de leve e voltei a me aconchegar no sofá-cama que havia no quarto. Era desconfortável, mas era o que eu tinha.

Acordei novamente ouvindo o ruído da porta sendo aberta. Mais uma vez, não movi um músculo até que ouvisse o ruído de passos, e abri os olhos, mantendo-os semicerrados. Com isso, consegui ver um vulto vestido de jaleco branco e com uma seringa na mão. Um médico, aquela hora? Duvido. Abri os olhos e levantei, fazendo com que a pessoa se virasse. Era o homem loiro. Ele definitivamente não era um médico. E me amaldiçoei por não estar com nada que pudesse me servir de arma contra ele. Já ele, possuía uma seringa cheia de algo que muito provavelmente era veneno.

– Afaste-se dele.

– Me obrigue. – Respondeu ele, desafiador, baixando a mão com a seringa para o braço de Dan. Avancei nele, segurando seu braço e o virando, procurando acertar alguma parte daquele corpo desprezível. Empurrei o homem para trás, e ele cambaleou, batendo em uma poltrona e caindo de costas, comigo acima dele, ainda forçando seu braço e a ponta da seringa para ele. Ele se virou para cima de mim, revertendo o jogo, tentando me acertar com a maldita seringa. Dei uma joelhada no ponto universal de fraqueza masculina e ele grunhiu, rolando para o lado deixando a seringa cair. Peguei-a e acertei o primeiro ponto que consegui alcançar; no caso, seu braço esquerdo que estava estendido ao meu lado.

Levantei-me e encontrei Dan ressonando pesadamente. Aquele sedativo realmente funcionava! Abaixei-me e olhei para o homem, que me olhava desesperado.

– Quem é você? – Perguntei.

– Ryan Cosgrove. – Respondeu ele, trêmulo.

– Para quem você trabalha? – Eu perguntei. – Eu entendo que você está morrendo, e você não precisa ser fiel a esse canalha até o fim. Ajude a salvar vidas inocentes, Ryan.

– Ian... Ian...

E deu seu último suspiro, fechando os olhos e calando-se para sempre. Sentei-me no chão, apoiando os cotovelos nos joelhos e pousei a cabeça nos braços. Respirei fundo. Quando isso finalmente teria fim? Quantas vezes EU passaria a beira da morte para poder salvar Dan? Quantas vezes eu passaria pelo o que passei quando o vi cair da ponte, e a corda do bungee jump se soltar? Eu não estava reclamando do meu trabalho, não mesmo. Ele me possibilitou conhecer o homem que eu amo. Possibilitou-me muitas coisas. Estou falando do caso em si. Por que eu não podia simplesmente pegar o depoimento de Liam, nem que eu tenha que forçá-lo a contar o que sabe, e nós podermos ir atrás do culpado de tudo isso?

E mais um nome surgiu na lista, e sequer era um nome completo. Apenas “Ian”. Muito útil. Mas eu não podia me preocupar com isso no momento. Eu tinha um cadáver no meio do quarto de hospital de Dan, e tinha que me livrar dele logo, antes que o grandão acordasse e/ou alguém chegasse. Resolvi ligar para Collins e Andie, e dane-se o horário.

Andie me xingou até a alma por acordá-la aquele horário, mas como era uma emergência que eu não poderia resolver sozinha, disse que estaria junto de mim em dez minutos. Collins não xingou-me com palavras, mas seu pensamento deveria estar a mil usando todo o arsenal que ele possuía, e concordou em vir. Dez minutos angustiantes depois, os dois chegaram, ambos usando um jaleco branco de hospital e trazendo uma maca.

– O corredor está vazio. E ajustei as câmeras deste corredor para não filmar por dez minutos. É tempo suficiente para colocarmos esse ogro na maca, cobri-lo e sairmos do corredor sem suspeitas. – Disse Andie. – Depois levamos em direção ao necrotério, onde demos uns soníferos para os trabalhadores de lá, então vamos passar livres, pegar um carro de funerária e vamos sumir. A propósito, a ideia foi toda minha.

– Ela é um gênio. – Disse Collins.

– Andie White, eu adoro você. – Eu disse, beijando-a na bochecha.

– Tá, tá, eu sei que você me ama, mas agora sai pra lá que nós temos trabalho a fazer.

– Estúpida.

Andie deu de ombros, sorrindo, enquanto ela e Collins erguiam o homem e o colocavam na maca, tampavam-no com o lençol branco.

– Até mais, Flor do Campo. – Disse Andie. Collins fez um aceno de cabeça, e logo os dois sumiram porta afora. Virei-me para Dan e ele ainda ressonava profundamente, feito um anjo. Sorri, aliviada, cansada. Tranquei a porta do quarto, coloquei a poltrona na sua frente e voltei a me abrigar no sofá cama, disposta a aproveitar o resto de noite que eu tinha para dormir.

Dan Evans POV

Duas Semanas Depois

A turnê foi adiada em um mês e meio para que eu pudesse me recuperar do acidente de Bungee Jump. Ora eu estava sendo paparicado em casa pela minha mãe, ou na casa de Mahara sendo paparicado por ela. No momento, eu estava na casa dela, estirado no sofá, enquanto ela estava na cozinha fazendo alguma coisa para que comêssemos enquanto assistíamos o seriado Hawaii Five-0 na televisão. Sentindo minhas costas doerem, peguei as muletas e comecei a andar pela sala, até que uma coisa na estante me chamou a atenção. Parecia uma pequena bolsa de couro negra, meio suja. Realmente se destacava no ambiente claro, colorido e extremamente limpo de Mahara. Aproximei-me e apoiei-me no pé bom, e um dos cotovelos na estante. Com a mão livre de gesso, peguei a bolsa e notei que era pesada, e parecia ter algo de metal dentro dela. Olhei de relance para a cozinha, e Mahara cantarolava enquanto cozinhava. Sabia que ela demoraria mais tempo para voltar a sala. Mesmo assim, fiquei receoso – não é meu feitio bisbilhotar as coisas dos outros.

Abri a bolsinha, e tirei seu conteúdo. Era uma pistola. De verdade. Preta, pesada, de metal, e com uma pequena cartela de munição cheia dentro da bolsa.

– Mahara...

– Oi!

– Por que você tem uma arma?



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Notas finais do capítulo

E então, o que vocês acham que irá acontecer agora? E por favor, não deixem de comentar, me dizer o que vocês estão achando, pois eu já ando desanimada, e se eu não tiver um retorno, vou desanimar mais. Ok?