Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 11
Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meus amores! Pensem na minha alegria quando tive um espasmo criativo e escrevi três capítulos consideravelmente grandes e bons em apenas dois dias? E bom, estou vendo que andam gostando do rumo que a história anda tendo. Fico muito feliz com isso... E ficaria mais feliz ainda se mais de vocês, meus amores, meus leitores lindos, aparecessem. Sério, eu não mordo, não bato, não faço nada tá? Vocês vão continuar inteirinhos se tirarem alguns minutinhos a mais para deixar um review. Tá, vou parar de mendigar review e deixar vocês lerem em paz.



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Mahara Carter POV

Eu havia pintado os olhos dele exatamente iguais ao que são realmente, e sem conhecê-lo. Sem saber que ele seria parte do próximo caso em que eu trabalharia. Sem saber que ele era o famoso Dan Evans da The Hurricane que incrivelmente eu nunca ouvira falar.

Mas por quê? Como?

Eu lembro perfeitamente do dia em que o pintei. Era meu dia de folga, e algum tempo depois de pintá-lo, descobri que Dan seria meu protegido. E eu não podia estar enganada de que olhar era aquele. Não há nenhum olhar igual ao de Dan.

Suspirei, baguncei meus cabelos, confusa, e saí do ateliê, indo dormir.

Uma semana e meia depois.

– Você está apaixonada por ele! – Exclamou Andie. – Eu sabia que isso aconteceria!

– Eu não posso estar, você está enganada, Andie.

– Então arrume outra explicação para tudo o que você disse sentir quando chega perto dele. A tremedeira, os choques elétricos, os batimentos cardíacos acelerados, o suor nas mãos, a timidez, blábláblá. – Ela cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas interrogativa. Estávamos esperando os meninos virem nos buscar para irmos acampar, e estávamos tendo esse tipo de conversa. Andie White conseguia me deixar sem palavras, as vezes.

O pior era eu achar que ela tinha toda e completa razão. Suspirei.

– Viu! Eu estou certa!

– Ok, Andie! Mas prometa uma coisa: não irás contar nada a ele ou a ninguém sobre isso, nem tramar nada para nós dois, ok?

– Ok, ok. – Ela ergueu as mãos em sinal de rendição. – Eu não preciso fazer nada. Vocês vão se resolver sozinhos ainda mesmo nesse final de semana.

– Você é o que, vidente, agora?

– Algo desse tipo.

Andie me olhou misteriosa, e me vi obrigada a rir. A campainha tocou, e eu me levantei para abrir a porta, encontrando Dan parado sorrindo para mim – e as sensações voltaram a acontecer, junto com as malditas borboletas no estômago.

– Olá, pequena. – Disse ele, suave e carinhosamente.

– Olá grandão!

Abraçamo-nos e ele entrou, reparando nas mochilas que estavam no meio da sala.

– Prontas, então?

– Prontas.

– Só uma pergunta... Onde está Mathai e Florence? – Perguntou Dan, notando a ausência de uma jabuti preguiçosa andando pela sala e de uma cacatua barulhenta.

– Deixei na casa da mãe de Andie, que ama as duas. Elas vão ficar bem.

Ele sorriu.

– Vamos, então.

Pegamos as mochilas e descemos até a van que nos esperava, com os meninos e suas garotas conversando. Cumprimentamo-nos e então partimos para a reserva florestal onde acamparíamos. Depois de uma hora e meia, chegamos lá. Pegamos nossas mochilas e fomos pela trilha que o guia, amigo meu, indicou.

A trilha serpenteava nas margens de um riacho cheio de pedras, subindo colina acima. Devagar quase parando, fomos subindo a trilha, divididos entre os dois lados do riacho. Dan caminhava exatamente na mesma reta que eu, do outro lado do riacho. Íamos todos conversando e rindo animadamente.

Em certo momento, o caminho do meu lado da trilha ficou bloqueado e eu teria que passar para o outro lado.

– Mahara, coloca o pé naquela pedra e salta para cá. – Disse Dan. Fiz o que ele disse, entretanto, quando meus pés tocaram a pedra grande onde ele estava, desequilibrei, e teria caído se não fosse Dan a me segurar pela cintura. Ficamos com os rostos bem próximos – eu conseguia sentir sua respiração batendo em minha face. Olhamos nos olhos, e por um momento esqueci-me de que não estávamos sozinhos. Eu só conseguia olhar dentro de suas íris acastanhadas e perder-me no seu infinito.

John limpou a garganta de propósito, fazendo aquele barulho que eu pessoalmente achava irritante. Serviu para despertar-me do transe em que eu me encontrava. Distanciei-me de Dan, corando furiosamente, ignorando os olhares maliciosos que todos lançavam a nós.

– Obrigada. – Eu disse baixinho. – Eu estaria na água se não fosse você.

– Não há de quê. – Respondeu ele, sorrindo tímido.

– O casal vinte, que tal continuarmos andando? Daqui a pouco escurece e não estou a fim de ficar andando em trilhas a noite! – Exclamou Sean. Assentimos, e continuamos andando. Dan e eu lado a lado, constrangidos.

Meia hora depois, chegamos na clareira. Era espaçosa, cheia de grama recém amparada. Era rodeada por árvores altas, algumas frutíferas, outras não. Ocupando bom espaço na clareira, estava a cachoeira, imponente e alta, de uns sete metros e meio de altura. Havia uma pequena piscina natural onde a água que caía chegava, e a água era intensamente cristalina – dava para ver as pedras no fundo. A clareira terminava em um paredão de pedras, onde haviam vários arbustos pendurados lá e acolá. Passarinhos cantavam e havia um pequeno arco-íris se formando nas águas da cachoeira. Era lindo.

– Uau... Aqui é lindo. – Eleanor disse. Assentimos em concordância.

– Ótima escolha virmos aqui. – Disse Luke.

– Já está começando a escurecer... Que tal montarmos a barraca e acendermos uma fogueira? – Perguntei animada. Eles assentiram em concordância, em igual animação. Começamos a trabalhar, e em uma hora todas as barracas estavam prontas, e Jack se atrapalhava para acender a fogueira, até que Luke tirou os fósforos e o álcool da mão dele, e acendeu sozinho e rapidamente.

– Fez mechas loiras e perdeu parte da inteligência. – Disse Luke, resmungando.

– Você não tem muita moral para falar de mim, Sr. Todo Loiro.

– Eu pintei meu cabelo todo, mas não perdi minha inteligência por aí.

– Claro, você não tinha nenhuma!

Luke deu um pedala na cabeça de Jack, e ambos começaram a rir. Logo estávamos sentados em volta da fogueira, assando marshmellows e conversando. Depois, Luke pegou seu violão e começou a tocar, e ficamos cantando até tarde, quando todos resolveram ir dormir. Jack e Perrie dividiriam a barraca, Sean e Eleanor também. Luke, John e Dan dormiriam em barracas sozinhos, e Andie e eu dividiríamos uma.

Dan Evans POV

Acordei pela manhã e saí da barraca, encontrando Mahara sentada diante das brasas da fogueira, colocando um pouco de lenha pra acendê-la novamente.

– Acordada, já? – Perguntei baixinho, assustando-a.

– Ah, Liam! – Ela sorriu. – Bom dia! Já sim, faz tempo.

– Que horas são?

– Seis e meia da manhã. – Disse ela, olhando no celular. – Acho eu que já está na hora de acordar os outros, sabe, se quisermos aproveitar bem o dia...

Mahara sorriu maquiavelicamente e olhou para as panelas. Com um olhar, entendi o que ela queria dizer. Cada um de nós pegou uma panela e um talher grande, sorrimos um para o outro e começamos a gritar e a bater nas panelas.

– ACORDA! DONZELAS ACORDEM! TÁ NA HORA!

– ACORDA MARIA BONITA, LEVANTA VEM FAZER O CAFÉ... – Cantei em plenos pulmões. Andei até a lateral da barraca de John e comecei a batucar onde eu sabia que se encontrava sua cabeça, sem parar de gritar. Mahara passeava por entre as barracas, gritando. Fui de barraca em barraca, até que Eleanor colocou a cabeça para fora da barraca.

– Vão dormir, vocês dois! – Gritou ela, e voltou para dentro da barraca. Começamos a rir. John foi o próximo a dar sinal de vida, saindo de sua barraca mau humorado.

– Seus insensíveis sem coração, acordando pessoas inocentes dessa forma! – Exclamou ele. Nós rimos sarcasticamente. John sorriu. – Me dá uma panela, vamos acordar o resto.

Logo John estava gritando em plenos pulmões junto conosco, fazendo Luke e Andie darem sinais de vida, também. Sean e Eleanor foram os próximos a sair das barracas, e só restaram Perrie e Jack dentro da deles. Olhamo-nos maquiavélicos. Caminhamos em silêncio até lá, e abrimos a barraca de supetão.

Jack dormia completamente alheio à barulheira. Perrie nos olhava mal humorada.

– Deem um jeito de acordá-lo, pelo amor de Deus. Acho que morreu. – Disse ela, rindo levemente. John se jogou para dentro da barraca, mais precisamente em cima de Jack, e o mesmo grunhiu. John tomou ar e...

– ACORDA MARIA BONITA! LEVANTA E VEM FAZER O CAFÉ! QUE O DIA JÁ RAIOU, E A POLÍCIA JÁ ESTÁ DE PÉ! – Gritou John.

– Cale-se, John! – Resmungou Jack, e nós começamos a gritar ao mesmo tempo.

– Está vivo! Aleluia! – Gritou Sean.

– Jackzinho está vivo! Perrie deve ter o cansado muito ontem a noite, porque né... – Disse John. Perrie corou furiosamente.

– Nós ouvimos os gemidos, sabe... Por isso acordamos tão cedo. Aliás, nem acordamos, porque não conseguimos dormir! – Disse eu, entrando no jogo, sorrindo malicioso. Mahara deu um tapa em sua própria testa, rindo com o que nós estavam dizendo.

– Gemidos? Mais pareciam gritos! – Exclamou Luke. – Eu não sei como consegui dormir! Acho que só consegui depois das quatro da manhã, onde parecia que já haviam se cansado...

– Coisa que eles deram a entender duas vezes antes. E como estávamos enganados! Logo a gemedeira começou de novo. Vocês tem fogo, hein? – Disse Sean.

Perrie não sabia onde colocava a cara. Nós não havíamos escutado absolutamente nada, mas pela reação dela... Alguma coisa tinha acontecido. Não que fosse de nossa conta, claro. Jack levantou a cabeça, nos olhou sério, mostrou o dedo do meio e voltou a pousar a cabeça no travesseiro. Nós caímos na gargalhada, e puxamos a coberta de cima dele.

– Anda logo, Jack! – Exclamou John.

– Tá, tá, já vou, já vou... – Disse ele, sonolento, se sentando.

– Aleluia! – Exclamamos praticamente em uníssono.

Dispersamo-nos, e Mahara voltou a fogueira. Sentei-me ao lado dela e ficamos conversando enquanto ela preparava café para nós. Depois de pronto, todos tomamos café, e trocamos nossas roupas por roupas de banho, e logo estávamos dentro da piscina natural, brincando, conversando, rindo.

Menos Mahara, que ainda estava perto de sua barraca, usando um vestido leve branco, e seu biquíni verde aparecia levemente por trás do tecido.

– Mahara, você não vem? – Perguntei. Ela assentiu, e puxou o vestido para cima. Eu era apenas eu melhor amigo, mas eu ainda sou um homem e posso dizer: Mahara é linda pra caramba. Suas curvas são bem delineadas, de dar inveja a qualquer garota. E as duas tatuagens que tinha nas laterais de seu corpo apenas a deixavam mais bonita – se isso é possível.

– Ei, Dan, não encara a garota desse jeito. Vai assustá-la. – Disse Luke, cruzando os braços.

– E limpa aqui que a baba está escorrendo. – Debochou John.

– Vão à merda, vocês. – Eu disse, e eles riram divertidos.

– Depois vai negar que está apaixonado por ela. – Comentou Sean.

– Quem está apaixonado por quem? – Perguntou Mahara, entrando na água ao meu lado.

– Ninguém. – Aprecei-me em responder. Eles deram sorrisinhos.

– Ah. – Disse ela, levantando as sobrancelhas, não convencida. Entretanto não disse mais nada, e logo mudamos de assunto.

E tudo o que eu conseguia pensar era se Sean tinha razão: eu estou apaixonado por Mahara?

Mahara Carter POV

Já era noite e estávamos reunidos em volta da fogueira, comendo besteiras e conversando. Pouco a pouco, cada um foi indo dormir, voltando para suas barracas, até que sobrou somente eu e Dan, sentados um de frente para o outro. Ele se levantou e foi se sentar na beirada da piscina natural, pondo seus pés dentro da água, que aquele horário deveria estar muito fria. Fui até lá e sentei-me ao seu lado, também colocando meus pés dentro da água.

– O que você está pensando? – Perguntei.

– Nada. – Respondeu, com o tom de voz triste.

– Eu sei que há algo detrás disso. Danielle?

Surpreendi-me ao constatar que ao dizer o nome dela, da ex-namorada de Dan, meu peito doeu em protesto – ciúmes.

– Não. Eu juro, Mahara, não é nada.

Olhei para o céu e admirei as estrelas, que esta noite brilhavam intensamente.

– Olhe para as estrelas. Veja como elas brilham para você. – Eu disse, olhando-o. Dan ergueu a cabeça.

– E por que brilhariam para mim? Sou apenas um em sete bilhões de humanos.

– As estrelas brilham para quem souber apreciar sua beleza, Dan. Para aqueles apaixonados distantes possam olhá-las e dizer “que saudade”. Para que sejam um refúgio para quando estamos tristes... Poderia listar uma lista de “porquês”. – Dan sorriu ao ouvir.

– Está vendo aquela estrela grande, ali, no centro? Cercada de outras estrelas, mas com um pouco menos de brilho?

– Sim.

– Eu daria seu nome a ela.

– Por quê?

– Pois ela é a mais bonita, em minha opinião. Destaca-se das outras, com um brilho maior... E cercada de pessoas também lindas, que gostam dela.

Sorri tímida. Dan me deixou sem palavras. Baixei meu olhar para meu colo, e de canto vi ele aproximar sua mão da minha, inseguro, até sobrepô-la sobre a minha. Entrelacei meus dedos aos dele, e ousei olhá-lo. Ele levantou a cabeça e me olhou, sorrindo de canto, tímido.

Olhávamos um nos olhos do outro, sem nada dizer, sem conseguir desviar. Inconscientemente, fomos nos aproximando devagar. Meu coração começou a bater mais forte, e eu jurava que Dan conseguiria ouvir. Minha testa estava quase junto a dele.

– Ei, onde está a garrafa de água? – Perguntou Luke, e nós nos distanciamos rapidamente, nos virando para trás. – É... Ahn....

– Junto das panelas, dentro da caixa de isopor, Luke. – Respondi calmamente. Ele se abaixou, pegou a garrafa de seiscentas ml e saiu.

– Boa noite! – Disse ele, entrando na barraca.

– Boa noite! – Dissemos eu e Dan, em uníssono. Olhamo-nos.

– Então... Acho melhor irmos deitar. – Eu disse. – Amanhã vamos acordar cedo novamente...

– É...

Nos levantamos, e nos olhamos novamente.

– Boa noite, Mahara. – Dan beijou minha bochecha.

– Boa noite, Dan.

Sorri para ele e fui até a minha barraca, espremendo Andie em um canto.



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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Digam-me tudo, hein?
Ah, nesse capítulo não teve muita emoção, e no próximo não vai haver muita também, mas vai acontecer algo legal. E no próximo depois deste, irá acontecer uma cena legal demais. E querida Hangover linda, obrigada, cê me fez ter ideias legais. Percebo que usei muitas vezes a palavra legal nessas notas finais. So... Tchau!