Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 4
Capítulo 3




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— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?! – falei, quase gritando, ainda um pouco confusa.

— Bom... - Começou Tiago vendo que Sirius não ia dizer nada. Ele pegou um envelope do bolso e me mostrou – Almofadinhas me deixou uma carta me contando tudo o que aconteceu, - ele parou um pouco, guardando de volta o envelope nas vestes dele. - até a parte que você veio do futuro e é minha neta... E, ah! A propósito, Luna, desculpa por ter te beijado naquele dia... Sabe, não sei o que me deu. Agora eu entendo por que você ficou tão desesperada.

— Tudo bem. – falei. Eu tinha quase me esquecido que isso tinha acontecido, mas tudo bem.

— Então... – ele continuou. - No fim da carta ele disse que veio para o futuro pra ficar com você. Então corri até o Dumbledore e pedi que ele me deixasse vir pra cá, atrás desse idiota. – Ele apontou para Sirius, que estava encostado na parede de braços cruzados e olhando para baixo. - Ele me arrumou um vira-tempo e aqui estou eu! – Concluiu abrindo os braços.

— Ok. Então você só veio buscar o Sirius? – perguntei um pouco mais calma.

— Sim – respondeu Tiago. – Mas...

— Sendo assim, - interrompi. - Você tem um vira-tempo e nós não vamos mais ter que esperar a McGonagall arrumar um?

— Então... – ele começou passando as mãos nos cabelos. - Acontece que quando eu estava procurando o Almofadinhas, o Filch me parou e perguntou o que eu estava fazendo com um vira-tempo. Só que eu não respondi, porque eu me distraí pensando que mesmo depois de muitos anos ele continuava odiável como sempre. Então ele confiscou o vira-tempo.

— Ótimo. – falei batendo as mãos na perna e me sentando na cama de Sirius. Muito bom, era isso mesmo que a gente precisava que acontecesse...

— Bom, podemos falar com a McGonagall e ela pede para o Filch dar o vira-tempo para ela. – falou Sirius depois de bom um tempo em silêncio.

— Certo. – Falei me levantando, colocando a comida que trouxe para o Sirius em cima de uma mesinha e indo para a porta. - Então eu vou lá falar com a McGonagall enquanto vocês dois vão ficar aqui! Quietinhos!

— Certo, Lilindinha. – Falou Sirius se jogando na cama e vendo o que tinha de comida.

— Lilindinha? – Questionou Tiago.

— É, o irmão dela chama ela assim. – Falou Sirius indiferente, pegando um pedaço do frango que eu consegui roubar da cozinha. Tiago deu risada e se sentou ao lado de Sirius.

— Não me irritem, vocês dois! – falei sem olhar pra eles, sabendo que eles iam rir mais ainda e sai.

Já não bastava um me irritando agora veio outro também! Ok. Pelo menos agora já temos o vira-tempo pra mandá-los para casa. Ou quase temos, ainda falta eu falar com a McGonagall. Não sei por que, mas fico triste sempre que penso no Sirius indo embora de novo. Tenho que parar com isso!

Bom, decidi dar uma passada para ver o Escórpio antes de ir para a sala da McGonagall. Cheguei na ala hospitalar e o encontrei deitado lendo um livro. E, de novo, nada que eu sentia antes por ele pareceu voltar depois que conheci Sirius...

— Oi. – Falei me sentando nos pés da cama dele tentando parecer como antes, mesmo sendo um pouco difícil.

— Lili! – falou me olhando e sorrindo.

— Como você tá? – perguntei alisando o lençol da cama e depois olhando pra ele.

— Melhor agora. – Olhei para baixo envergonhada, mas logo em seguida ergui os olhos. Ele continuou. – Você parece preocupada. Aconteceu alguma coisa? – Ele se sentou no meu lado colocando o livro na mesinha ao lado da cama dele.

— Não, não é nada... é só que... aconteceu muita coisa hoje. – falei tentando olhar pra ele. Escórpio me abraçou encostando a minha cabeça em seu peito. Ele tem o mesmo perfume do Sirius...

— O que aconteceu, minha pequena? – ele falou acariciando meus cabelos.

— Eu não posso lhe dizer. – falei fechando os olhos e por um momento pensando estar com a cabeça encostada no peito de Sirius. - É complicado...

— Lili... – ele fala quase em um sussurro. – Você sabe que pode confiar em mim... pra qualquer coisa. Pode me contar, eu vou entender o que quer que for que você estiver passando...

— É mais complicado do que parece, Escórpio. – falei. – É difícil não poder falar com alguém sobre isso, mas isso não é uma coisa só minha, sabe... Eu não posso contar... Pra ninguém.

— Pode sim, Lili. – Ele falou segurando de fraco meu queixo e fazendo com que eu olhasse pra ele. – É só você confiar em mim... – ele continuou se inclinando pra frente. E me beijou.

Demorei a associar o que realmente estava acontecendo. Ele estava me beijando. E eu não estava sentindo nada.

Empurrei seu peito fazendo com que ele ficasse a uma boa distancia de mim. Olhei pra ele brava e ele pareceu confuso.

— Por que raios você fez isso, Escórpio? – perguntei irritada, gritando no meio da ala hospitalar. Eu não estou me importando muito com as consequências dos meus berros no momento.

— Como assim? Dês de quando eu te beijar é uma coisa absurda? – Ele falou ainda confuso me olhando. Olhei para baixo pensando no que eu podia dizer para ele. - Eu pensei que você precisasse. – Continuou tentando se levantar da cama.

— Você acha que um beijo seu vai resolver todos os meus infelizes problemas, Sirius? – perguntei, ainda gritando.

— Sirius? Quem é Sirius? – Ele perguntou desistindo de se levantar da cama, quando ouviu o nome de Sirius e quando a Madame Pomfrey apareceu na porta se perguntando o que estava acontecendo e por que eu estava gritando.

— Sirius... q-que Sirius, Escórpio? – Perguntei tentando disfarçar. Mas quando ele começou a abrir a boca mais uma vez eu o interrompi. – Eu tenho que ir... Resolver umas coisas...

Saí da ala hospitalar e arranjei um canto em que ninguém pudesse me ver. Me encostei na parede e escorreguei até que ficasse sentada no chão. Abracei meus joelhos e escondi meu rosto. Senti vontade de chorar. Não tinha um motivo específico para isso. Mas era tanta coisa dando errado de novo. Então eu chorei. Como quando eu era criança e acordava de madrugada com medo de dementadores e bichos-papões.

— Lili? – Ergui os olhos e vi Tiago, meu irmão. – O que ouve? – Ele se sentou do meu lado e me abraçou.

— Nada. - Falei abraçando ele também.

— Aquele imbecil do Escórpio te fez alguma coisa? Porque se fez eu mato ele! – ele falou apontando em direção à ala hospitalar. Eu soltei um risinho.

— Ele não fez nada. – falei limpando as lágrimas.

— Certo.

Ficamos lá por um tempo, em silêncio. Tiago adorava me irritar, mas sempre que eu estava mal era ele quem me ajudava a ficar melhor. E isso, só me dando um abraço. Sempre funciona.

— Está melhor? – Perguntou me soltando do abraço.

— Um pouco. – Fiz uma pequena pausa. – Queria que fosse como quando éramos crianças, você me abraçava e meus problemas sumiam...

— Hey, - Ele segurou meus ombros fazendo com que eu ficasse de frente pra ele. - Eles podem não sumir. Mas se quiser, eu posso te ajudar a resolvê-los.

— Obrigada. - Falei abrindo um leve sorriso.

— Que é isso. Sou seu irmão, sirvo pra isso. E para implicar com os seus namorados. – Eu ri.

— Bom, agora tenho que ir falar com a McGonagall. – Falei me levantando e arrumando minhas vestes.

— E eu tenho que ir treinar. Pra acabar com vocês na quinta-feira. – Falou Tiago se levantando também.

— Boa sorte, então. – Falei um pouco irônica. – A gente vai derrotar vocês.

— Há. Até parece.

Eu revirei os olhos e me virei para ir para a sala da McGonagall enquanto o Tiago foi para o outro lado. Eu ser a única na família que é da Sonserina causa maior caos quando o assunto é quadribol e taça das casas. Chega a ser engraçado. Cheguei na sala da Mcgonagall e subi. Mas quando ia bater na porta para entrar a ouvi falando com alguém.

— O que aconteceu, Sr. Filch? - Ouvi a voz da McGonagall dizer.

— Bom, diretora. – Dessa vez era a voz do Filch. - Encontrei o senhor Alvo Potter com uma espécie de colar na mão. Então o confisquei.

É, ele tinha acabado de confundir meu avô Tiago com o Alvo Severo, meu irmão. Tudo bem, eu concordo, eles são até que um pouco... Tá, são muito parecidos.

— E então? – Questionou McGonagall.

— Eu decidi trazê-lo, para a senhora. Acabei derrubando ele no chão no caminho, mas...

— Pelas barbas de Merlin! – Ouve um pequeno silêncio. – Seu grande trapalhão, você sabe o que está me dando?

— Não, diretora.

— Isto é um vira-tempo. Muito difícil de encontrá-los hoje. E o senhor me faz o favor de quebrá-lo?

— Sinto muito diretora. Mas... não tem como concertá-lo?

— Não. É como tentar concertar uma varinha quebrada.

Desci a escada irritada. Nem valia mais a pena falar com a McGonagall. O idiota do Filch tinha quebrado o vira-tempo! Confesso que... bem, bem, bem, bem, mas bem lá no fundo eu senti um pouco de felicidade. Subi correndo para a sala precisa, já estava cansada de correr por Hogwarts. Cheguei na frente da tapeçaria dos trasgos dançarinos e andei de uma lado pra o outro pensando: “quarto do Sirius, quarto do Sirius, quarto do Sirius”. A porta da sala apareceu, eu abri e encontrei o quarto vazio.

— AONDE AQUELES DOIS FORAM?!


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