Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 23
Capítulo 22




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Gary e Angelique ficaram nos enchendo com perguntas. Quando dizíamos que eles tinham que ir embora, eles diziam que só iriam depois que respondêssemos todas as suas perguntas. Depois de perder boa parte do nosso curto e precioso tempo discutindo, perdi a paciência e disse que eles ficassem à vontade para ficar na sala precisa, mas que não íamos responder nada. Os dois disseram que não tinha problema e se sentaram no sofá, decididos.

Como a minha irritação estava no limite, eu não discuti e começamos a decidir o que iríamos fazer, com eles ali mesmo. Primeiro decidimos que nem todos podiam ir, muita gente indo iria atrapalhar todo o plano.

— Escórpio tem que ir. Afinal, ele conhece a mansão dos Malfoy melhor do que qualquer um de nós. – Falou Alvo. Nós concordamos. – Logo, Tiago e Sirius vão ficar.

— O que?! Por quê?! – Protestou Sirius indignado.

— Porque vocês só causam e não ajudam. – Falou Rose.

— Eu discordo, minha cara. – Falou Tiago.

— E qual é o seu argumento? – Falou Alvo.

—Simples. Nós conseguimos a capa da invisibilidade, sabíamos como entrar no ministério, somos ótimos em manipular as pessoas e invadimos lugares como ninguém.

— São bons argumentos. – Falou Hugo.

— Eu não acho. – Falou Rose. – Afinal vocês não sabem nada da mansão dos Malfoy.

— Será mesmo? – Falou Sirius erguendo uma das sobrancelhas e dando aquele típico sorriso que eu gostava e odiava ao mesmo tempo.

Rose revirou os olhos.

— Certo! Podem ir! – Galou impaciente.

— Gary e Angelique ficam. – Falei. Os dois me olharam querendo protestar, mas então conclui. – Vocês disseram que não sairiam daqui até lhes contarmos tudo, o que não fizemos ainda. – Eles ficaram irritados, mas não discutiram. Sirius e Tiago começaram a rir, mas pararam quando Rose lançou a eles um olhar severo.

— Rox, Hugo e Lili, vocês também ficam. – Falou Alvo.

— Oi?! – Questionei irritada. – Fui eu que ferrei com tudo, eu tenho o direito de consertar!

— Exatamente. Você ferrou tudo! Vai que você ferra mais! – Falou Gary. Olhei para ele com um olhar fulminante

— Eu vou sim! – Gritei.

— Hey! – interferiu Tiago. Ele me deu uma leve piscadela como quem dizia “confia em mim”. – Se a Lili não for, quem vai impedir que eu e Sirius causemos?

Bati a mão na testa.

— Esse era o seu plano genial? – Falei para ele. Tiago deu de ombros.

— Tenho a solução para o problema! Os três ficam. – Falou Gary.

— Concordo. – Falou Hugo. – E desde que tenha comida eu fico também.

— Não! Eu não vou ficar! – Protestei.

— Certo! Você pode ir Lilian. – Falou Alvo, impaciente, revirando os olhos. – Porque não vamos todos e acabamos com o problema!

— Espera! Eu não ia ficar aqui comendo?! – Falou Hugo.

— Cala a boca Hugo. – Falou Roxanne. Era a primeira vez que ela abria a boca nessa discussão. Roxanne geralmente era assim, não falava muito e ficava na dela. Só era tagarela comigo, Rose, Hugo, Alvo... Enfim, com as pessoas que ela conhece.

— Posso fazer uma pergunta? – Falou Escórpio. Todos olharam para ele. – Por que Alvo e Rose têm que ir? – Os dois ficaram indignados olhando para ele.

— É verdade... Por que os dois têm que ir? – Perguntou Hugo, que parecia ter acordado hoje só para causar.

— Ele não se escuta mesmo. – Falou Roxanne mais para si mesma do que para nós.

— Certo! – Gritou Rose irritada. – Vão Lili, Sirius, Tiago e Escórpio! Se virem!

Ela se virou e foi para o fundo da sala se sentar junto à lareira.

— Boa sorte. – Falou Alvo indo se juntar a ela.

Aos poucos Rox, Hugo, Gary e Angelique foram para outros lugares da sala. Sobrando em volta da mesinha de centro somente eu, Sirius, Tiago e Escorpio.

— E então? – Disse Tiago.

— Então o que? – Questionei

— O que fazemos agora?

— Vamos até a mansão dos Malfoy. – Falei irritada.

— E depois? – Falou Sirius.

— Eu tenho um plano. – Falou Escórpio. – Só precisamos chegar lá.

Sirius pareceu se lembrar de alguma coisa, então tirou alguns galeões do bolso.

— Onde você conseguiu isso? – Perguntei.

— Isso não vem ao caso. – Respondeu piscando pra mim. – Agora...

— Ao Nôitibus! – Concluiu Tiago.

***

Descemos do Nôitibus na frente da gigantesca e sombria mansão dos Malfoy. Patrick Staine não queria nos deixar embarcar, pois não podíamos “fugir” de Hogwarts. Porém de alguma maneira Sirius e Tiago convenceram ele de que Dumbledore nos mandara ir e mais um monte de histórias loucas lá.

Enfim, no final todos embarcamos e, de bônus, Sirius pagou chocolate quente para nós. O que, depois, descobrimos que não deveríamos ter feito, pois agora não tínhamos como voltar. Mas, segundo Tiago, nada que uma passadinha no cofre dos Malfoy não iria resolver.

— Certo. Agora nós vamos entrar. – Falou Scórpius. – Provavelmente meu pai e a Sra. Weasley estão trabalhando. Então vamos entrar facilmente pela sala e podemos procurar.

— Você faz alguma ideia de onde pode estar? – Perguntei.

— Pode estar no cofre.

— O duro é se estiver com ela. – Falou Tiago.

— Vamos pensar positivo. – Falei dando de ombros. – Agora... Como entramos? - Conclui olhando para o enorme portão de ferro.

— Abrindo o portão? – Falou Sirius ironicamente.

— Como? – Perguntei meio brava.

— Empurrando. – Ele tocou no portão que se abriu.

— Vocês não trancam o portão? – Questionei a Escórpio.

— Quase nunca. – Respondeu. – Tem uma certa proteção em torno da casa apenas.

Bom, entramos no jardim imenso e o atravessamos até a porta, Escórpio abriu-a com facilidade, então, estávamos na sala. Escórpio disse que o cofre ficava no quarto dos pais dele. Mas que tinham outros na sala de estar, na sala de jantar, na cozinha e afins. Decidimos então nos dividir e procurar pela casa.

A mansão era enorme, havia muitas escadas, portas, salas e janelas. Por mais que eu já tivesse ido lá algumas vezes, sempre me impressionava com sua grandiosidade. Era visível que tia Mione morava ali. A mansão estava um brinco, tudo perfeitamente organizado, apenas alguns livros aqui ou ali. Acho que ela deve ser a mesma de sempre, só que com outro marido. Não que a Sra. Malfoy não arrumasse a casa. Mas dava para perceber a diferença entre as duas.

Fico imaginando com quem a Sra. Malfoy estaria casada? E meu pai? Ele pode ter se casado com uma garota que uma vez ele comentou ter ido ao baile de inverno, e tio Rony foi com a irmã dela. Padma? Parvati? Não sei, sempre confundo as duas. E tio Rony? Fico imaginando ele casado com a tia Fleur. Fred disse uma vez que o pai dele, tio George, disse que tio Rony tinha uma quedinha pela tia Fleur. E meus primos mais velhos, será que eles sumiram antes do Tiago? Porque já faz um bom tempo que Sirius e Tiago estão aqui... Pode ser que eles já estão sumindo dês de que Sirius jogou Escórpio no lago negro. Fred, Louis, Lucy, Dominique, Victoire... Até mesmo Ted. Não tinha parado para pensar nisso...

Então o primeiro pensamento feliz me veio à cabeça: Tio Fred poderia estar vivo. E tio George ia voltar a rir como meus pais e meus tios dizem que ele ria antes, porém não faz mais. Talvez isso tudo ter acontecido seja uma coisa boa. Poderia deixar assim... Estou destruindo muitas vidas e salvando muitas também. Tiago, Lilian, Sirius, Remo, Tonks, Dumbledore, Severo, Fred... Até Gary e Angelique. Então algo interrompeu meus pensamentos me assustando. Sirius surgiu de um corredor agarrou meu braço e me puxou para dentro de uma sala aleatória.

— O que foi isso? – Perguntei confusa.

— Shiii! – Ele colocou o dedo na boca em um sinal para eu fazer silêncio.

— O que aconteceu? – Sussurrei.

— Uma cópia ampliada do Escórpio estava sentada em uma poltrona e me viu passar. – Falou Sirius olhando para a porta.

— Espera... O senhor Malfoy está aqui?! – Falei surpresa, porém ainda sussurrando.

— Aparentemente sim.

— Temos que avisar Tiago e Escórpio.

— Podemos fazer isso depois que o excelentíssimo senhor terminar de me procurar por aqui?!

Foi então que um aviãozinho de papel entrou pela janela e me acertou na cabeça. Só ai que reparei onde estávamos. Era uma pequena biblioteca, quer dizer, não chegava a ser do tamanho da de Hogwarts, mas era maior do que a sala comunal da Sonserina. Os livros estavam espalhados nas estantes e se misturavam com pergaminhos e penas sobre as mesas. Era o local mais zoneado da casa até agora. Mas ainda parecia que as coisas estavam em seus lugares, por mais que estes fossem espalhados. Era uma bagunça organizada. Era o pedacinho da Tia Mione naquela casa.

— Ah não... – Falou Sirius ao ler o bilhete.

— O que houve?

— Acharam a Sra. Weasley aqui também.

— Ótimo! – Falei me sentando encostada na parede. – Como sairemos daqui agora?

— Sair é fácil. – Falou Sirius se sentando do meu lado. – Difícil é achar o vira-tempo antes de sair.

— Nem sei se vale mais a pena fazer isso.

— Lilian...

— Sabe Sirius, eu acho que era pra isso acontecer. Eu nasci pra fazer isso. – Ele me olhava sem dizer nada. – Pra achar aquela porcaria de vira-tempo, salvar a vida de pessoas, destruir de outras e conhecer você. Depois – Eu suspirei. – Eu desapareço. E as coisas ficam bem.

— Só tem um problema nesse seu plano.

— O que? – Falei encostando a cabeça na parede.

— Se não achar o vira-tempo, eu e Tiago não voltamos para casa. E isso não vai dar muito certo. – Eu revirei os olhos. Foi quando vi algo dentro de um armarinho entreaberto, cintilando com a leve luz que entrava pela janela – Sabe...

— Espera! – Falei me levantando e indo até o armarinho.

Abri a porta e lá estava ele. Uma ampulhetinha em uma corrente dourada. Uma alegria repentina começou a crescer dentro de mim. Eu agarrei o vira-tempo nas mãos.

— Achamos. – Falei. Sirius se levantou e veio até mim. Meus olhos brilhavam olhando para aquele objeto que tanto procurávamos. – Achamos, Sirius, achamos!

Então nossos olhares se encontraram, o meu e o de Sirius. O sorrindo dele começou a se desmanchar, assim como o meu. Achamos o vira-tempo, ele ia embora.

— Agora tudo vai ficar bem. – Falou meio triste, mas tentando sorrir.

— Mais ou menos... – Mas então alguém me interrompeu. Uma voz conhecida e enfurecida.

— Quem são vocês fedelhos?! – Tia Mione estava parada na porta segurando alguns papeis em uma mão e a varinha na outra. – O que querem aqui?!

A minha primeira reação foi colocar o vira-tempo no bolso das vestes. E com sorte ela não me viu fazendo isso. Sirius estava na minha frente segurando a varinha dentro do bolso.

— Você se parece com alguém...

Tia Mione olhava para Sirius e baixou um pouco a varinha, o que deu oportunidade para Sirius lançar nela um “Estupefaça”. Ela não teve tempo de se defender e voou pelos ares fazendo um estrondo no corredor. Saímos correndo da biblioteca.

— O que está acontecendo? – Ouvi a voz do senhor Malfoy ao longe.

— Você está com o vira-tempo? – Perguntou Sirius. Eu assenti.

Continuamos correndo até chegarmos à sala de estar.

— Precisamos sair daqui. – Falou Sirius indo até a porta.

— Mas quanto a Tiago e Escórpio? – Perguntei.

Sirius pegou um pedaço de pergaminho do bolso e uma pena que havia sobre a mesinha de centro da enorme sala. Escreveu algo, fez um aviãozinho e lançou ele no ar. Alguns segundos depois, ouvi passos apreçados vindo em direção a sala, com medo de que fosse o senhor Malfoy ou a Tia Mione, eu e Sirius nos escondemos atrás de uma cristaleira.

— Almofadinhas? – Chamou a voz de Tiago. Nós saímos de trás da cristaleira aliviados. Escórpio não estava com ele. – O que vocês estavam fazendo aí atrás? - Perguntou Tiago num tom malicioso.

— Sem brincadeiras, por favor, Tiago! – Falei irritada. – Onde está Escórpio?

— Não sei. Nós tínhamos nos separado para procurar pela casa. Todos nós. Mas parece que vocês dois decidiram fazer uma “equipe”. – Ele deu uma piscada marota para Sirius, eu revirei os olhos.

— Enfim! Acho que deveríamos parar de discutir no meio da sala de estar, achar Escórpio e ir embora daqui! – Falei.

— Desculpa, Lili, mas não acho uma boa ideia ficarmos indo atrás dele por aí com a sua tia e com o big Escórpio nos procurando. – Falou Tiago

— Big Escórpio? – Questionei.

— O loiro grandão e velho que me perseguiu pelo corredor. - Coloquei a mão na testa respirando fundo.

— Mas não podemos deixá-lo aqui.

Ouvi então um estrondo vindo do corredor. Fui até lá ver se era Escórpio. Sirius tentou me impedir, pois se fosse o Sr. Malfoy ou a Tia Mione, eu estaria ferrada. Mas então o garoto loiro e assustado veio andando apressadamente, enquanto ao fundo do corredor via-se o Sr. Malfoy caído no chão.

— Eu estuporei meu pai Lili. Ele vai me matar. - Falou desesperado.

— Calma, Escórpio, logo menos vai ser como se isso nem tivesse acontecido. - Falei. - Nós achamos o vira-tempo.

— Acharam?

— Sim. E acho melhor irmos embora antes que o Sr. e a Sra. Malfoy acordem. - Falou Tiago.

— Mas como vamos embora? Não temos galeões. - Falei.

— Claro que temos, Lilindinha. - Falou Sirius dando uma piscadela.

— Ah... Tinha me esquecido disso. - Falei revirando os olhos.

Então nós quatro saímos da mansão a caminho de Hogwarts.

Pov’s Roxanne.

Depois que Lilian, Escórpio, Tiago e Sirius saíram, Hugo se sentou no sofá e começou a comer, o que já era de se esperar, não só por que ele tinha dito que ia fazer isso, mas por que ele era o Hugo, e comer é o que ele faz. Gary e Angelique começaram a conversar sobre alguma coisa num tom muito baixo e sério. Eu estava sentada em uma poltrona em silêncio, observando Alvo e Rose esbravejarem por não terem ido ajudar na Mansão dos Malfoy. Na verdade, Rose esbravejava e Alvo concordava com a cabeça.

Sinceramente, eu concordo com Escórpio, não tinha por que os dois irem, eles são inteligentes, mas quem tinha nos salvado na nossa tentativa anterior de achar o vira-tempo foram Tiago e Sirius. Enfim, não ia ser eu a dizer isso a eles. Se Hugo não tem amor à vida eu tenho. Se bem que eu sinto medo. Com esse lance de Tiago e Tyler terem sumido. Nunca fui muito chegada em Tiago, quanto sou chegada em Hugo e em Lili, mas ainda assim ele é meu primo, e confesso que fiquei muito mal quando descobri que ele tinha desaparecido. Lembro-me de quando éramos crianças, Tiago e Fred ensinando a mim e a Lili a voar com vassouras. Eu e Lili tínhamos 10 anos, Tiago 12 e Fred 13, ambos tinham acabado de entrar no time de quadribol da Grifinória. Eu caí no lago da casa dos meus avós no primeiro segundo na vassoura, enquanto Lili tinha um pouco de medo de sair do chão. Mas assim que subiu no ar dominou o voo. Sei que é algo estranho para se lembrar nesse momento, mas essa é uma lembrança que me deixa feliz, nisso que penso quando vou conjurar um Patrono...

Já fazia um bom tempo que eles tinham ido até a Mansão dos Malfoy e ainda não haviam retornado. Estava começando a ficar preocupada. Rose nem se fala. Então, depois de muita angústia Lilian, Tiago, Sirius e Escórpio entraram pela porta da sala precisa, porém meio sérios.

— Graças a Merlin vocês chegaram! – Gritou Rose indo até eles. – O que foi? Não conseguiram o vira-tempo?

Então Lili tirou a correntinha dourada do bolso e abriu um sorriso.

— Claro que conseguimos, Rosinha.


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