Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 2
Capítulo 1




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— Surpresa! – Falou Sirius abrindo os braços.

Meus olhos estavam arregalados. Eu ainda estava em choque. “O que ele estava fazendo aqui, no futuro?”. Olhei para trás e vi todas aquelas pessoas que podiam reconhecê-lo. Então me voltei para ele me levantando e jogando a capa da invisibilidade em cima dele.

— Vai para o armário de vassouras no 7º andar, te encontro lá em um minuto. – Falei para o “nada”.

— Ok, lindinha. – Sussurrou a voz sexy de Sirius no meu ouvido.

Revirei os olhos. Me levantei e corri para a margem do lago, empurrando todos que estavam na minha frente. Mas Escórpio já estava em uma maca, todo molhado e inconsciente, sendo levado pela Madame Ponfrey para a ala hospitalar.

— Como ele foi parar lá dentro do lago? – perguntou Roxanne, que surgira do meu lado.

— Aquele imbecil do... – não, não posso falar. Me virei pra ela e sorri - Não sei.

Roxanne me olhou desconfiada e levantou uma sobrancelha.

— Ok né... – ela falou voltando ao normal e encarando o lago.

Continuei olhando para a maca de Escórpio se afastando.

— Você quer conversar sobre alguma coisa? – ela perguntou ainda olhando para o lago.

— Não. – falei olhando para ela. - Nada Rox. – Ela me olhou com aquele olhar do tipo, eu sei que você está mentindo. – Eu... É... Tenho que resolver um negócio. Nos falamos depois. - Falei me virando e correndo para a porta do Saguão de entrada.

Subi até o sétimo andar, e surpreendentemente, nada passava pela minha cabeça. Abri a porta do armário de vassouras.

— Sirius...- Mas antes que eu terminasse de falar senti seus lábios tocando nos meus. Comecei a bater nele. Até me deixar levar pelo beijo. Mas não podia perder meu foco. Assim que nos soltamos, consegui falar. - O que você tá fazendo aqui?

— Eu vim ver você. Ficar com você Parker! Não ia aguentar não te ver nunca mais.

— Sirius, você não pode ficar aqui! Tem que ir embora! – Quando percebi já estava gritando furiosa.

— Mas eu quero ficar aqui. Com você. – Ele falou com a voz triste.

— Mas o seu lugar não é aqui! – gritei.

— Meu lugar é onde você estiver.

— Você não entende. – Falei colocando as mãos na testa.

— É por causa daquele menino loiro que estava com você no lago?

— Não, não tem nada a ver com... A propósito, foi você que jogou o Escórpio no lago? – Olhei para ele.

— Então esse é o nome dele... Sim fui eu. – Revirei os olhos. - Admita que foi engraçado.

— Não. Não foi engraçado. Principalmente porque você não tinha motivo para fazer aquilo com ele.

— Tinha sim. – Agora ele também estava irritado.

— Sério? Qual?

— Ele estava abraçando você!

— Lógico que estava! Ele é meu namorado! Eu tenho uma vida aqui, desde antes de te conhecer Sirius! – Certo, não tinha necessidade de dizer isso, mas eu estava tão irritada que nem pensei antes de abrir a boca.

— Bom, não sabia que estava atrapalhando. Desculpa viu.

— Não foi isso que eu quis dizer, Sirius...

— Mas foi o que você disse. – Não conseguia dizer nada. Só fiquei olhando para aqueles olhos penetrantes e brilhantes. - Com licença, vou ir falar com o diretor. – Ele colocou a capa, e passando por mim, saiu pela porta. Foi aí que eu fiquei arrependida de brigar com ele.

— Sirius... - chamei saindo pela porta também. Mas ele já não estava mais lá. - Sirius! Volta aqui, por favor!

Por que eu falei com ele daquele jeito? Acho que estava irritada por ele ter jogado Escórpio no lago e por ele ter vindo pro futuro. Realmente isso não foi legal. Mas não devia ter brigado com ele. Ele só veio aqui para me ver... Não vou negar que eu também queria ver ele. Sou uma idiota! Podia ter pegado mais leve com ele...

Estava há um bom tempo procurando por Sirius quando vi uma cena inesperada, Tiago Sirius (para quem não lembra é meu irmão) estava com o Sirius (sim, o Black) abraçados e rindo. Por mais que a diferença de idade entre Tiago e Sirius seja grande, eles estavam se dando bem, muito bem.

— Na moral. Você é foda cara! Como não te conheci antes?! - Falou Tiago sem parar de rir.

— Você tem muito a aprender ainda, mas relaxa eu te ensino.

O que eles estão fazendo juntos? E por que estão agindo, como, sei lá, se fossem amigos de infância? Oh Merlin! Como sempre, eu tenho que fazer alguma coisa relacionada a isso.

— Eu procurei você por toda parte! - Falei para Sirius.

— Lili? Vocês se conhecem? - Perguntou Tiago confuso alternando o olhar entre mim e Sirius.

— Ele é novo na escola, e a professora McGonagall pediu para eu mostrar a escola para ele. Não é mesmo?

— É! Claro! - Falou Sirius. - Acho melhor a gente ir andando, então, Parker. Luna! Lilian! Potter! Potter.

— Então até mais cara. - Falou Tiago apertando a mão de Sirius. - E até mais Lilindinha.- Ele bagunçou meus cabelos. O que fez com que eu sentisse o rosto queimar. Sirius soltou um risinho.

— Você vem comigo, Black. - Falei, assim que Tiago se foi, puxando ele pelo braço.

— Opa! Eu ainda estou bravo com você. - Falou Sirius se soltando. - Por que você não vai cuidar da vida que você tinha aqui antes de mim? - Talvez eu até que mereci essa. Ele se virou e já começava a andar. Mas eu tinha que falar com ele.

— Sirius...- Ele parou - Desculpa, eu estava nervosa por você ter jogado o Escórpio no lago negro. E fiquei preocupada de acontecer alguma coisa por você estar aqui. – Parei por um momento - Você não sabe o perigo que é você estar aqui agora. E se descobrir alguma coisa que não devia... - Ele continuou parado, de costas, sem olhar para mim. Respirei fundo, então falei. - Eu também estava sentindo saudade, e... Não parava de pensar em você um minuto, só que... Sei lá! Me desculpa, por favor? – Ele se virou para mim sério.

— Você ficou pensando em mim? – perguntou.

— Sim. – falei olhando para baixo sem graça. Mas pude perceber que ele abriu aquele sorriso típico.

— Eu causo esse efeito nas mulheres. - Ele falou soltando uma gargalhada.

— Idiota!

— Eu sei que você me ama, “Lilindinha”. – Ele começou a gargalhar mais e eu revirei os olhos.

— Nunca mais me chame de Lilindinha, ok? Odeio quando o Tiago me chama assim.

— Nesse caso, só vou te chamar de Lilindinha.

— Imbecil. Agora vamos até a sala da diretora para dar um jeito de você ir embora.

— Por que você quer tanto que eu vá embora? – Perguntou enquanto começávamos a andar para a sala da diretora.

— Porque, se você ficar aqui, muita coisa pode mudar. A propósito acho melhor colocar a capa da invisibilidade. – Ele jogou a capa sobre o corpo, mas logo em seguida sua cabeça apareceu flutuando, o que me deixou com agonia.

— Não seria estranho se alguém te visse conversando com o “nada”?

— Sim, um pouco, por quê? – Ele abriu a capa da invisibilidade, como se fosse me abraçar com ela, e abriu um sorriso malicioso.

— Vamos?

— Eu fico de boas sem conversar. - Falei me virando e voltando a andar. Então ele me abraçou por trás. - Black!

— Relaxa, Lilindinha. – Ele jogou a capa da invisibilidade sobre nós dois, e fomos andando para a sala da diretora. - Então, o que pode mudar no futuro se eu estou no futuro?

— Sirius, você não é tão burro assim. Se você ficar no futuro, tudo o que aconteceu com você a partir do momento em que você veio para cá, vai deixar de existir. Ou seja...

— É claro! Como pude não ter pensado nisso.

— Sendo assim você tem que voltar para casa antes de ferrar tudo e antes que descubra alguma coisa que você não deveria saber.

— Eu estava tão cego pela vontade de te ver e de ficar com você que nem pensei nisso. - “Oh Merlin, assim eu morro!” Senti meu rosto esquentar. - Sabe, me arrependi de ter sumido no dia que você ia embora. Não sei direito porque eu fiz aquilo... – Fiquei em silêncio, não sabia exatamente o que dizer para ele. Então só ouvi. – Acho que eu estava com medo, medo de chorar quando você fosse embora. Mas talvez se eu tivesse ficado com você, eu não tivesse pensado em vir para cá, e não teria visto você com aquele garoto. Sabe, eu sinto ciúmes de ver as pessoas te abraçando. Porque mesmo que seja por apenas dois segundos, aquela pessoa está segurando meu mundo inteiro nas mãos. – OH MÉRLIN!

Chegamos na sala da McGonagall. Sai de baixo da capa, falei a senha e a gárgula pulou para o lado. Subimos para a sala da diretora, ao abrir a porta ela estava sentada, como sempre, em sua mesa, com os oculozinhos quadrados na ponta do nariz.

— Srta. Potter? O que faz aqui? – Perguntou tirando os olhos do livro que lia.

— Preciso falar com a senhora, diretora.

— Sim? Aconteceu alguma coisa?

— Sim... bem, acho melhor eu lhe mostrar. - Ela me olhava com um olhar preocupado. Não sei como nem porque, mas eu sabia que Sirius estava do meu lado, então estendi a mão e puxei a capa da invisibilidade.

Não consigo descrever a expressão no rosto da McGonagall. Ela se levantou da cadeira com um pulo, provavelmente para ver melhor e ter certeza de que aquilo não era uma alucinação. Com uma cara de quem ia desmaiar e gaguejando, ela finalmente soltou.

— Si-si-rius? Sirius Black?!


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