Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 14
Capítulo 13




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Ele pareceu não me ver. Me levantei e olhei pelo corredor por onde ele tinha passado, para ter certeza de que não estava ficando louca, então pude vê-lo virando para outro corredor. Fiquei ali, em pé, estatelada. As coisas não estavam voltando ao normal. Pontas e Sirius terem ido com a Tia Mione não está ajudando. Encostei minha cabeça na parede, estava quase chorando de novo.

— Lili? – Olhei para o lado e vi Tiago. – Por que você está toda suja de fuligem?

— Explodi uma poção – Falei, tinha me esquecido de que estava suja. Me sentei no chão de novo e ele se sentou ao meu lado.

— Não precisa ficar triste. Não estragou o cabelo do Ranhoso, ele continua oleoso como sempre. – Eu ri.

— Ranhoso? Aprendeu isso com o Sirius e o outro Tiago? – Perguntei, olhando para ele ainda rindo um pouco.

— Sim... – Falou um pouco em dúvida.

— Mas eu não estou triste por isso, é por várias coisas. – Ele me abraçou. Me abraçou como o Sirius me abraçava, e ele também usava o mesmo perfume... O que é extremamente estranho, mas eu estava me sentindo melhor.

— Calma, Lilindinha. Vai ficar tudo bem, tudo vai dar certo.

— Já não tenho mais certeza, Thi, tenho medo de morrermos, quero dizer, não morrermos, deixarmos de existir... Vamos fazer puf. Assim como a minha poção desastrosa.

— Hey. – Ele me segurou de frente para ele. – Fica calma. Tudo vai dar certo, confia em mim. – Eu dei um leve sorriso para ele.

— Acho melhor irmos para a aula. – Nós nos levantamos.

— Ok, mas acho melhor você ir lavar o rosto, e eu vou ir trocar a minha camisa. – Foi então que reparei que eu tinha deixado a camisa dele toda suja. Eu dei risada.

— Desculpa, eu te sujei todo.

— Relaxa – falou dando de ombros – Nos vemos depois.

Ele se virou e se foi. A memória dele não parecia tão ruim, acho que ele só deve estar tendo uns lapsos de vez em quando. Cada vez que penso que estamos todos a um fio de desaparecer, eu tenho calafrios. Isso é horrível, nem gosto de ficar pensando muito nisso.

Decidi me limpar no banheiro que tinha ali mesmo naquele andar, porque ir até a sala comunal da Sonserina ia dar um certo trabalho. Comecei a lavar o rosto, quando uma voz extremamente fina e irritante me chamou.

— Olá, Lilian. – Olhei para trás e a Murta-que-geme estava lá, sentada em um vaso sanitário.

— Como vai, Murta? – Perguntei gentilmente, ela se levantou e começou a flutuar na minha direção.

— Esses dias eu estava aqui no banheiro na minha e ouvi o Pirraça cantar alguma coisa sobre um tal de Almofadinhas e um tal de Pontas... Conhece esses nomes?

— Não – Falei indiferente, dando de ombros.

— Ele falou de você também, na música. – Ela se sentou em uma pia que tinha do meu lado.

— Aonde você quer chegar? – perguntei.

— Não sei, você andou aprontando alguma coisa, Lilian? Como, por exemplo, uma viagem no tempo e trazer algumas certas pessoas para o “futuro”...

— Tudo bem, você venceu. – Falei impaciente. – Eu viajei no tempo e acabei mudando algumas coisas...

— Então é verdade?! – Ela me interrompeu, se levantando e ficando a uns dez centímetros de distância de mim. – Sirius Black e Tiago Potter estão aqui?!

— É... na verdade... – Comecei, mas ela me interrompeu de novo.

— Aí Sirius... – Suspirou. Oh Mérlin! Até os fantasmas? – Será que ele está tomando um banho no banheiro dos monitores?! – Perguntou esperançosa. Eu comecei a rir. – Não sei qual é a graça. – Falou meio brava. – Vou ir verificar se eles não estão lá. Tchau, Lilian. – Ela se virou e foi voando até mergulhar na privada e desaparecer.

Era uma situação engraçada, essa. Revirei os olhos e voltei a me limpar. Assim que terminei fui para a minha aula de História da Magia.

 

Nunca fiquei tão entediada assim em uma aula do Professor Bins, quer dizer, eu fico entediada, mas não tanto quanto nessa. Cheguei a cochilar algumas vezes, mas então Millena Smith, uma garota da Lufa-lufa que estava do meu lado, me acordou.

Depois tive aula de Trato das Criaturas Mágicas. Foi até que legal, aprendemos sobre unicórnios. Eles são fofos, mas um deles deu uma chifrada em um garoto da Corvinal, foi engraçado.

Assim que chegou a hora do almoço, fui para o Salão Principal, por mais que não estivesse com muita fome, precisava conversar com o pessoal sobre Alvo Dumbledore ter ressurgido do além também. Fui até eles na mesa da Grifinória e me sentei.

— Preciso conversar com vocês. – Falei como um sussurro. – Urgentemente.

Nisso um aviãozinho atingiu minha cabeça, peguei e abri o papel.

“Já está sentindo saudade de mim?

P.S: Por que não respondeu meus outros bilhetes?

— Almofadinhas”

Eu dei um leve sorriso revirando os olhos, típico de Sirius.

— Que foi, Lili? – Perguntou Rose olhando de mim para o papel.

— Nada. – Falei erguendo a cabeça e colocando o bilhete no meu bolso rapidamente. Ela me olhou desconfiada.

— De quem é esse bilhete, Lilian Luna Potter? – Perguntou Roxanne. Reparei que Alvo parecia tentar segurar o riso.

— Ninguém – Falei, mas então Hugo pegou o bilhete do meu bolso. – Devolve isso, Hugo! – Gritei tentando pegar o bilhete da mão dele, mas ele era muito mais alto do que eu.

— “Já está sentindo saudade de mim? Almofadinhas.” – Leu em voz alta, rindo, mas então olhou para mim, confuso. – Almofadinhas? Espera, não é o...?

— Me dê esse bilhete. – Falou Rose pegando o papel da mão de Hugo, ela o leu e ficou analisando um pouco.

— Por que Sirius Black está mandando bilhetinhos para você?! – Questionou Hugo. Estranhei Alvo não ter falado nada.

— A questão não é “por quê?”, é “como?”. – Falou Rose, então Alvo olhou para ela intrigado.

— Por quê? – Perguntou.

— Você sabe muito bem “por que”, Alvo. – Falou meio irritada. – Olha, Lili, até onde eu sei, esses aviõezinhos só podem ser mandados a curta distancias. – Alvo arregalou os olhos meio espantado, mas depois tentou disfarçar.

— É, claro. – Falou como se já soubesse de tudo.

— Como assim? – Perguntei me sentando de novo.

— Tipo, eles usam isso para se comunicar dentro do Ministério da Magia, - Começou, eu concordei com a cabeça. – Mas só lá dentro, para fora eles usam corujas normalmente. Não sei se é possível o Sirius te mandar esses aviõezinhos lá da minha casa, porque é muito longe daqui de Hogwarts... – Alvo pareceu congelar, mas tentava parecer natural, sem sucesso, o que me deixou intrigada.

— Então quem está mandando isso? – Perguntei – Só você e a Roxanne sabiam disso, mas agora Alvo e Hugo também... Ah, e o Escórpio sabia também, mas não acho que ele faria isso...

— Foi isso que vocês foram conversas naquele dia, que a gente não podia saber então?! – Perguntou Hugo irritado, pegando uma coxa de frango e começando a comer. Eu e Rose fingimos não ouvir.

— Eu não sei, Lili, – Falou Rose dando de ombros. – Mas das duas uma. Ou alguém está te zoando, ou o Sirius e o Tiago não foram mesmo com a minha mãe...

— Mas vocês não disseram que viram eles indo embora? – Perguntou Roxanne.

— É, mas o Sirius fugiu de Azkaban! Não duvido nada que tenha conseguido fugir lá de casa, considerando que meu pai e minha mãe passam praticamente o dia inteiro trabalhando. – Falou Rose.

— Azkaban? – Questionou Alvo baixinho.

— É... – Falei me virando para ele e rindo um pouco. – Tá perdendo a memória igual ao Tiago?

— Não... É que... eu demorei para me tocar do que vocês estavam falando... – Disse pensativo.

— Agora já entendeu? – Perguntou Roxanne.

— Já, já... Acho que já... – falou confuso. – Acho que já vou indo. – Concluiu se levantando.

— Ué, não íamos à biblioteca pegar uns livros, Alvo? – Perguntou Rose.

— Claro, é... Vamos sim. – Ele se sentou novamente. Alvo estava realmente muito estranho hoje. – Vocês podem me lembrar o que aconteceu? É que eu... Eu meio que esqueci. – Olhei para a Rose, ela me olhou também. Será que ele estava perdendo a memória antes do Tiago terminar de sumir? Ou o Tiago já sumiu? Olhei imediatamente para a direção onde Tiago, Tyler e Otávio se sentavam, e eles estavam lá. Tiago ainda está vivo... Então por que Alvo está perdendo a memória já?

— Bom... – Começou Rose. – Sirius foi preso e acusado de matar o Rabicho, e mais alguns trouxas, quando na verdade foi o Rabicho quem matou os trouxas e fingiu a própria morte, cortando seu dedo para acreditarem que ele tinha sido mutilado. Onze ou doze anos depois, Sirius conseguiu fugir de Azkaban... Agora se lembrou? – Alvo parecia em choque.

— Sim... Me lembro um pouco... – Ele mexeu a cabeça como se tivesse tentando se esquecer de alguma coisa, então se levantou. – Vamos a biblioteca, é... Rose? – Perguntou animado pegando na mão dela e a puxando.

— Vamos... – Falou Rose se levantando. – Nos vemos depois gente. – Os dois acenaram e se foram.

— O que está acontecendo com o Alvo. – Perguntou Roxanne.

— Não sei. – Falou Hugo. – Mas ele e o Tiago estão muito estranhos hoje. Desdê ontem à noite, na verdade.

— É... – Falei distraída. – Eu reparei nisso também.

Mas no momento um outro detalhezinho me intrigava. Como esses bilhetinhos do Sirius estavam chegando? Ou, quem estava os mandando? Não tem como Sirius ter fugido, estou recebendo dês de ontem, Tia Mione teria percebido... Isso é muito estranho. Tenho que descobrir o que está acontecendo. Ah, não! Esqueci de falar para a Rose sobre o Dumbledore.

— Lili? – Chamou Roxanne me tirando dos meus pensamentos.

— Hã? – Falei olhando para ela.

— Tá acontecendo alguma coisa?

— Sim – Me aproximei dos dela e de Hugo e falei meio sussurrando. – Dumbledore ressurgiu das cinzas também, e eu não faço ideia de quem está me mandando esses bilhetes. E Tiago está cada vez mais perto de desaparecer...

— Dumbledore está aqui? – Perguntou Roxanne olhando em volta.

— Sim – Falei, ela voltou a me olhar.

— Mas Sirius e Tiago irem com a minha mãe não deveria ter ajudado em vez de atrapalhar? – Perguntou Hugo me olhando também.

— Deveria, mas não está. – Falei cruzando os braços.

— E se eles não estiverem lá. – Falou Rox.

— Acho difícil... Tia Mione teria percebido, não acham? – Perguntei.

— Ou não, Rose pensou a mesma coisa.

— Eu sei, mas não acredito nessa teoria. – Eu fiz uma pequena pausa. – Estou começando a desistir de tentar arrumar isso. - Houve um momento de silêncio e então Hugo disse:

— Calma, Lili. Vai dar tudo certo no final. – falou. “...e se não der, pelo menos vai ser engraçado...” Eu dei um leve sorriso.

— É, acho que vai. – Falei me levantando. – Eu vou lá falar para o Alvo e a Rose. Eles precisam saber disso, e eu acabei esquecendo de falar pra eles.

— Ok, até mais. – Falaram Hugo e Roxanne.

Fui andando para a biblioteca, mas no caminho, uma pessoa passou esbarrando no meu braço, quase levando um pedaço dele embora.

— Hey! – Exclamei irritada, segurando o braço que a pessoa tinha batido. Ela se virou e eu pude ver quem era. – Tyler?

— Desculpa, Lili. – Dalou vindo até mim. – É que eu estou só... Um pouco irritado.

—Tudo bem. – Fiz uma pausa. – O que aconteceu?

— Seu irmão. Ele está muito estranho hoje e acabamos discutindo. – respondeu. – Você sabe o que está acontecendo com ele?

— Não... – Menti, dando de ombros.

— Todos parecem estar estranhos ultimamente. – Ele encostou na parede.

— Talvez porque tenha muita coisa acontecendo ultimamente... – Falei também me encostando na parede ao seu lado.

— Tipo o que? – Ele me olhou.

— Muita coisa. – Falei encostando a cabeça no ombro dele.

Então uma pessoa passou correndo e gritando loucamente. Eu levantei a cabeça do ombro dele e fiquei olhando para onde ela ia. É, muitas coisas estranhas acontecem em Hogwarts.

— Aquele era o Alvo, não era? – perguntei.

— Era. – Confirmou Tyler.

Ele olhou para mim e então começamos a rir. Nós estávamos muito perto um do outro, ele parou de rir, seus olhos azuis brilhantes olhando nos meus, ele deu um sorriso. Estávamos mais perto.

— Lilian?!

— Tiago? – Falei olhando para trás para ver quem me chamava. Ele estava parado atrás de mim nos encarando.

— Acho que eu vou indo... – Falou Tyler se virando para ir embora.

— Você fique aqui! – Gritou Tiago. Tyler voltou.

— Não, pode ir! – Falei, então ele se virou e foi embora. Olhei para Tiago irritada. – Ele não tem nada a ver com o que vamos conversar!

— O que foi isso? – Perguntou Tiago vindo até mim.

— Por que te interessa? Por que você insiste tanto em querer cuidar da minha vida, Tiago? – Perguntei ficando vermelha, já tinha cansado disso tudo.

— Eu me preocupo com você!

— Mas não precisa controlar todos os meus passos! Deixa eu viver a minha vida em paz! Que saco! E nós já falamos sobre isso! – Gritei.

— Então você sabe que eu sinto ciúmes de você! Não gosto de te ver com esses outros caras! – Ele gritou.

— Outros caras? Do que você tá falando? – perguntei.

Foi aí que aconteceu a coisa mais estranha e nojenta de toda a minha vida. Tiago me beijou. Meu irmão, sabe? Ele estava me beijando! Eu o empurrei com força e olhei para ele com nojo, confusa. Ele arregalou um pouco os olhos.

— Eu tenho que ir. – E saiu correndo para onde Alvo tinha ido. Até sumir.

O que raios tinha acontecido?

 

Pov’s Sirius Black.

Cheguei na sala precisa em pânico, entrei e encontrei o Pontas na mesma situação. Olhei para ele, ele olhou para mim.

— Cara, fodeu. – Falei, respirando ofegante.

— Fodeu mesmo. – Falou se levantando.

— Eu a beijei!

— Ela me beijou! – Ele falou ao mesmo tempo que eu.


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