Senzafine escrita por Lílly


Capítulo 13
Hora de começar uma nova vida


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, perdoem-me pelo atraso..
Bom, não sei o que está acontecendo eu tenho tudo na minha cabeça mas não consigo escrever as cenas, nada, o capítulo ta uma bosta, mas eu precisava postar, enfim espero que gostem ;*



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A semana havia passado rapidamente. Era sexta-feira, acordei mais cedo que o normal e, fiquei vendo aquela exuberante criatura dormir ao meu lado. Depois de algum tempo tomei um banho e me arrumei para ir trabalhar.

– Evee, acorda Evee. Acorda meu amor. Disse acariciando seus longos cabelos negros.

– Humm. Ela se remexeu na cama.

– Ta na hora de levantar. Falei.

– Ah, vou dormir só mais um pouquinho. Ela resmungou.

– Tudo bem, dorminhoca. Dei-lhe um beijo em seu rosto e desci para tomar café. Logo em seguida fui para a loja.

Enquanto Bill atendia alguns clientes, fiquei no escritório fazendo o orçamento da loja. Já passava das onze horas e Evee não tinha chegado, o que me deixou preocupado. Ela nunca fazia isso, apesar de apenas ajudar Bill e eu na loja ela sempre avisava quando não vinha.

– Desculpe pelo atraso. Sua doce voz soou na sala.

– Já estava preocupado. Ia te ligar agora mesmo. Falei.

– Dormi demais. – Ela riu. – Por que não me acordou. Debruçou-se sobre a mesa para me dar um beijo.

– Eu acordei. Não se lembra? Você que quis ficar dormindo. Ri.

– Ah é? – ela colocou a mão na cabeça como se estivesse tentando lembrar. – Não me lembro disso. Rimos.

– Mas então, almoça comigo hoje? Ou vai ajudar a Mel com as coisas da festa dela?

– Combinamos de sair mais tarde, tenho a hora do almoço livre e depois você pode me ajudar a escolher um presente pra ela.

– Combinado então.

– Vou descer pra loja, aquilo está cheio de gente Bill está se virando em cinquenta pra atender todo mundo. Ela riu.

– Depois que terminar isso aqui vou lá ajudar vocês. Falei e ela saiu.


(...)


– Tom quero te falar uma coisa. Ela disse logo depois que eu pedi a conta.

– O quê? Perguntei curioso.

– Martha me ligou hoje.

– Quem é Martha?

– A chefe do grupo em que eu trabalhava na Antártica, eu te contei isso, não lembra?

– Ah sei, mas o que ela queria?

– Ela quer que eu lidere um grupo de pesquisa no...

– Não me diga. Eu não quero saber. Já conversamos sobre isso, não vai sair da Alemanha enquanto não estiver totalmente recuperada.

– Foi só uma proposta, eu não aceitei... Ainda.

– E não vai aceitar. Meu tom de voz mudou.

– Eu disse pra ela que ia pensar...

– Não há o que pensar. – Interrompi-a. – Não quero discutir com você Evee, não vai e ponto.

– Conversamos melhor sobre isso depois. – Ela se levantou. – Vamos embora agora, esse lugar ta me dando enjôo.

Paguei a conta e saí apressado atrás de Evee.

– Ei. – Agarrei seu braço. – Me desculpe por me meter desse jeito na sua vida, mas não suporto a ideia de te ver longe.

– Tudo bem, você nunca vai entender mesmo. Ela suspirou.

– Ta chateada? Peguei sua mão.

– Não. É que, eu... Ah deixa pra lá. Vem essa loja parece legal, vou ver se encontro um presente pra Mel. Ela me puxou pela mão em direção a loja.

Entramos e Evelyn começou a olhar uns vestidos e eu acabei indo parar na sessão de roupas para homens, derrepente podia comprar algo para mim.

– Pelo jeito o casal não está se entendendo muito bem. A voz sarcástica de Alesha soou atrás de mim.

– Deu pra seguir a gente agora foi? Disse enquanto olhava algumas calças jeans.

– Por incrível que pareça foi mera coincidência. Estava do outro lado da rua quando vi sua queridinha saindo sozinha do restaurante e, logo depois, você com uma cara nada boa.

– Agora só por que não saímos juntos acha que brigamos? Está enganada Alesha. Estamos muito bem.

– Vou fingir que acredito. Ela disse rindo ironicamente.

– O que você quer garota? Será que podia me deixar em paz?

– Calma Tommy, não precisa ficar irritado. Só vim dizer que quando se cansar do seu brinquedinho eu vou estar aqui te esperando.

– Eu já disse pra não se referir à Evelyn desse jeito, garota. – Disse agarrando seus braços. – E é melhor deixar nós dois em paz, ou eu não respondo por mim. Soltei-a.

– Não precisa ser bruto também. Já disse o que queria. Você vai cansar dela, eu sei. E logo, logo vai voltar pra mim. Ela saiu da loja.

Alesha tinha o poder de conseguir me irritar facilmente. Saí daquela sessão e fui procurar Evee. Logo pude vê-la saindo do caixa com um embrulho em mãos indo em direção a saída da loja.

– Eii, por que não me esperou? Falei assim que a alcancei.

– Achei que pudesse estar ocupado. Disse friamente.

– O que aconteceu, Evee?

– Olha, Tom, eu estou indo encontrar Mel, nos falamos depois. O sinal havia fechado e ela foi atravessar a rua, mas eu a impedi.

– Você viu não foi? Olha a gente só...

– Você pode fazer o que quiser da sua vida, Tom. Só não me faça de trouxa, por favor. Ela puxou seu braço, que até então eu segurava e, atravessou a rua correndo. A deixei ir sabia que se insistisse acabaríamos brigando, e não queria de maneira alguma isso. Depois quando ela estivesse de cabeça fria poderíamos conversar civilizadamente.

Durante a tarde as coisas foram corridas, havia muitos clientes. Bill e eu chegamos à conclusão que precisaríamos de um novo funcionário urgentemente.

Já era noite, por volta dumas oito horas quando Bill me pediu para eu ir buscar Mel, já que o carro dele estava na oficina e como presumi que Evelyn estaria junto, eu fui.

Chegamos até a casa de festas que Mel disse estar, logo ela saiu junto de uma garota, que não era Evee.

– Oii meninos. – Ela disse alegremente. – Essa é a Marina, a decoradora da festa.

– É um prazer conhecer você. - Bill disse. – Mel fala muito de você.

– O prazer é todo meu, bom eu preciso ir. Amanhã combinamos tudo daí, Mel.

– Ok. Até amanhã. Mel parecia empolgada.

– Evee não estava com você? Perguntei.

– Não. Nem a vi hoje...

– Mas ela tinha ido encontrar com você. A interrompi.

– Sim, mas ela me ligou dizendo que não estava se sentindo bem e que ia pra casa.

– Vocês brigaram? Bill me olhou sério.

– Não. – Falei. – Vamos pra casa, quero falar com ela, saber o que aconteceu. Disse, embora já soubesse o motivo.

Entramos todos no carro, Bill e Mel só tagarelavam sobre a festa de aniversario que Mel daria, enquanto eu permanecia calado.

Ao passar por um barzinho, uma coisa me chamou a atenção. Havia uma garota, de costas pra rua sentada ao lado de um cara. Parecia muito com Evee. Era ela. Diminuí a velocidade para ver se tinha certeza se era ela ou não, mas exatamente na hora que passei em frente ao bar a garota beijou o tal cara, o que me deixou com raiva. Não podia ser Evelyn, ela não faria isso comigo. Por mais que estivesse zangada por ter me visto com Alesha. Seria infantilidade demais.

Não demorou muito e chegamos em casa. Bill e Mel saíram do carro e eu fui até a casa de Evee, eu precisava saber se era ela, ou não que estava lá. Não havia sinais que houvesse alguém em casa, nenhuma luz acesa. Toquei a campainha por diversas vezes, mas ninguém me atendeu.


[Evelyn]


Acordei com o barulho irritante da campainha. Olhei o relógio e marcava quase dez horas da manhã.

– Nossa quanto tempo eu dormi? Perguntei para mim mesma.

Lembro que depois que vi Tom segurando Alesha pelos braços, senti uma repulsa, paguei o presente de Mel e saí da loja. Depois da nossa pequena discussão vim para casa. Eu me sentia enjoada, havia vomitado tudo o que tinha comido e depois acabei dormindo. Mais uma vez a campainha tocou o que me dispersou de meus pensamentos, num pulo levantei e desci atender a porta.

– Finalmente Evelyn. Onde se meteu? Mel quase me atropelou entrando na sala.

– Acho que dormi demais. Disse bocejando.

– Eu estava te ligando desde ontem, mas não conseguia.

– A bateria acabou, mas aconteceu alguma coisa?

– Eu que pergunto o que aconteceu entre você e o Tom, pra ele chegar completamente desnorteado em casa ontem à noite?

– Mas eu não falei com ele ontem à noite. Depois que te liguei vim pra casa estava passando mal só me lembro de ter vomitado e depois adormeci, acabei de acordar.

– Ele estava estranho e só te xingava disse que ia te dar o troco.

– Troco? Do quê?

– Não sei. Bill não me contou nada a única coisa que deixou escapar foi que ele tinha ido encontrar aquela garota do nome esquisito...

– Alesha? A interrompi.

– É, essa mesmo. Eu fiquei sem entender nada, achei que tinham terminado sei lá.

– Bom, se a gente terminou eu não estava sabendo de nada. A gente discutiu ontem, mas não era motivo para ele me dar o “troco” ainda mais com aquela garota, não acredito que ele foi encontrar ela. Falei indignada.

– Ele ficou loco, só pode. O que vai fazer?

– Sabe onde Alesha ta morando?

– Bill me falou que ela estava em um hotel, mas o que vai fazer?

– Eu preciso ver isso. Se for verdade eu nunca o perdoarei.


(...)


Fazia quase uma meia hora que eu estava parada em frente ao hotel que Mel me disse que Alesha estava hospedada. Derrepente, ela saiu e logo atrás, Tom. Eles pareciam felizes, riam de alguma coisa, atravessaram a rua e entraram em um táxi.

A ideia do que podia ter acontecido entre eles me corroia por dentro, disquei o primeiro número que me veio em mente, limpei uma lágrima quando a pessoa do outro lado da linha atendeu.

– Alô... Martha?

– Sim...

– Sou eu Evelyn. Interrompi.

– Evelyn! – Sua voz parecia alegre. – O que devo a honra de sua ligação.

– Eu aceito.

– O quê?

– Sua proposta. Eu aceito.


(...)


Estava terminando de arrumar minhas coisas quando Mel chegou.

– O que foi Evee? A empregada disse que queria falar comigo urgente. QUE MALAS SÃO ESSAS?

– Eu to indo embora. Falei.

– O QUÊ?

– Eu recebi uma proposta pra voltar a trabalhar e aceitei. Embarco daqui a pouco.

– Que proposta? Pra onde você vai?

– Eu prefiro não dizer. Sabe é melhor. Comecei a chorar.

– Ta fazendo isso por causa de Tom?

– Não. Talvez, eu nem sei o que aconteceu e ele correu para aquela garota, eu sabia que não podia competir com ela, acho que ele nunca gostou de mim como dizia, era apenas uma máscara pra tentar esquecer ela. E eu não vou ficar aqui pra prestigiar o lindo casal, eu vou tocar minha vida.

– Mas não vai nem tentar falar com ele pra saber o que aconteceu?

– Não. Seja lá o que for eu não quero saber.

– Não acredito que vou te perder de novo. Já estava tão acostumada com você tão perto de mim.

– Vai ser só por um tempo, até as coisas se acalmarem, prometo que venho que te ver logo.

– Vou sentir sua falta. Mel me abraçou.

– Eu também.

Eu sabia que Mel era contra eu ir embora, mas desde que Alesha voltou eu sabia que esse dia chegaria, eu jamais suportaria ver os dois juntos e a solução seria partir. Mas antes eu precisava fazer uma coisa.

Antes de seguir para o aeroporto, pedi para o taxista parar em frente à casa de Tom. Desci e entrei.

– O que você ta fazendo aqui Evelyn? Seu olhar era de ódio.

– Não se preocupem, não vim atrapalhar o lindo casal. – Olhei para Alesha que estava sentada no sofá. – Só vim te dar uma coisa. Olhei para Tom.

– O quê?

– Isso. - Dei-lhe um tapa na cara. Virei-me e fui em direção a porta de saída, enquanto os dois me olhavam confusos. – Sejam felizes! Sorri forçado e saí correndo, entrei no táxi e fui para o aeroporto.

Eu estava deixando a Alemanha, não para sempre, por que eu voltaria, mas agora era hora de começar uma nova vida.



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Notas finais do capítulo

É gente, agora falta apenas dois capítulos aí acabou...
E então? Gostaram? Reviews?