Me Apaixonei sem Querer escrita por Daniele Avlis


Capítulo 6
Duelo de Provas - parte 2 / Desfazendo um antigo feitiço


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o 6° capitulo chegou! Gomen nasai pelo atraso!! ^^">

Esse capitulo está num rumo de suspense e vamos entrar numa atmosfera de suspense sobre o passado de Ann!



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- Você disse!
- Eu não disse!
- Você disse, Draco: “Me apaixonei sem querer” eu não sou surdo! – falou Tom olhando de esgoelar para Draco que ainda dava passadas pesada dentro da sala de Monitoria Chefe. – você tomou alguma coisa? Ou comeu?
- Não! – disse ele exasperado gesticulando com os braços. – Eu não tomei nada, não comi nada de estranho!
- Olha, cara, deve ser algum estresse pelo duelo, tem bastante equipe que nós iremos enfrentar e tem as duas escolas também lá fora esperando a gente. Tem tantas garotas legais e você vai se apaixonar logo por uma trouxa?
- Ah! Cale essa boca Tom! – retrucou ele se encaminhando para a porta e abrindo-a com violência.
- O QUE?? – fez Gina ao se levantar e derrubar os esmaltes no chão. Ann ficou fitando a janela revirando em mente se era bom pular e se morreria logo.
- O que foi? – perguntou Lilá ao lado de Parvati sem entender.
- Ela se apaixonou pelo Malfoy. – respondeu Gina num suspiro.
- O QUE? – foi a fez de Lilá e Parvati esbugalhar os olhos.
- Olha, já é cansativo demais as pessoas ficarem me olhar com esse olhos que parece querer saltar das órbitas, e eu não sei por que! Agora vocês me olharem assim, EU NÃO VOU ACEITAR! – falou Ann irritada.
- Quem não vai aceitar, somos nós! – retrucou Lilá. – Uma Grifinória não pode, é proibido, se apaixonar por um Sonserino, NUNCA!
- É contra o regulamento! – contrapôs Parvati.
- Desde quando existe regulamento? – quis saber Gina.
- MAS EU NÃO ESTOU APAIXONADA! – gritou Ann.
- MAS VOCÊ DISSE! – gritou de volta Lilá
- DESDE QUANDO EXISTE UM REGULAMENTE? – repetiu Gina aos gritos.


A rua era silenciosa, o gramado verde esmeralda e as folhas das árvores estavam amarelados. O vento balançava agourentamente as folhas das árvores que voavam em diversas direções, fazendo pequenos redemoinhos. Fazia um dia frio de uma tarde nebulosa. As grandes portas de madeira negra foram abertas com um ranger sonoro denunciando um silêncio modorrento que habitava a casa. Era uma casa velha, cheirava a panos úmidos e tinha um ar denso, era grande, muito grande. Exibia uma imponência sem igual. Ordélio pegou a varinha e com um gesto fez acender as velas que flutuavam em castiçais de prata em diversos pontos da casa, revelando móveis antigos, alguns cobertos de panos brancos tingidos pelo tempo de uma cor amarelada. Suas escadarias eram de madeira negra e rangiam ao menor toque dos pés ao pisar. Ordélio, uma garotinha e uma moça estavam estupefatos com a grandeza da casa a sua porta.
A garotinha muito pequena, de cabelos negros que lhe caiam os ombros de olhos castanhos, aparência de cinco anos de idade. Subia as escadas de madeira negra, tocando de leve o corrimão rachado pelo tempo. O vento uivava, ao entrar pelas frestas da grande casa.
- Ann, tome cuidado. Não sabemos como está essa casa. – disse a voz de Ordélio examinando uma peça de prata com um brasão de uma família antiga de bruxos. A cada degrau que a garotinha subia as escadas era um quadro de um bruxo que dormia e roncava sonoramente em sua pintura a óleo com sua moldura de madeira de tinta dourada desbotada com algumas teias de aranha, pendurado nas paredes da escada, alguns cobertos com panos brancos outros, desprovido desse privilégio, pois alguns panos estavam jogados nos degraus de escadas. Um corredor escuro de ar frio era o final da escada, haviam portas e mais portas, fechadas, algumas entreabertas, outras batiam com o leve torque do vento. Uma luz prateada saia pela fresta da porta ao final do corredor. A garotinha, hesitante, foi a passos devagar examinando todo o ambiente. Tocou na maçaneta de prata enferrujada e a girou devagar, a porta rangeu e um quarto iluminado apareceu intenso. Seus móveis, como no primeiro patamar da casa, eram cobertos por panos brancos tingidos da cor amarelada pelo tempo, uma cama de casal metálica estava postada perto da janela. O quarto era grande e sua mobília antiga, tinha um ar mais leve, devido à janela entreaberta que levava o ar denso para fora com a brisa leve que teimava entrar pela fresta.
- Deixe-me contar uma história para você – disse uma voz feminina atrás da garotinha que se assustou. – Desculpe. – sorriu.
- Que história? – quis saber Ann virando para olhar o quarto novamente.
- É um pouco longa, mas vou explicar de modo rápido para você. Há muito tempo, Anita Meadowes, irmã de sua mãe, gostava muito de ler. Ela adorava ficar vendo os livros das bibliotecas e passava horas e horas absorta em histórias que ela imaginava ser real. – disse a moça entrando no quarto também a garotinha ainda examinada o mesmo.
- Ela morava aqui? – disse passando a mão sobre um objeto de vidro empoeirado que estava postado numa pequena mesinha bamba de madeira velha.
- Sim, esse era o quarto dela.
- Onde ela está?
- Vou continuar a história e você vai saber. – disse se sentando numa cadeira empoeirada que ficava perto de uma escrivaninha com alguns livros cheios de pó e teias de aranhas. – Anita ganhou seu primeiro livro quando tinha dez anos de idade e ficava horas escrevendo histórias, anotações. Ela ia às ruas de Londres com esse livro na mão copiando os nomes mais esquisitos que encontrava para colocar em seus personagens. Ela sempre fora sozinha, não tinha amigos e seu pai não tinha dinheiro para pagar uma escola de bruxos, e a ensinava em casa. Quando ela completou onze anos, recebeu uma ajuda para ingressar em Hogwarts. Lá ela aprendeu sua matéria favorita, Poções.
“Poções para ela, era magnífico, fazia todas as poções possíveis que estava em seu alcance, até misturar algumas ela misturava e anotava tudo em seu livro encadernado de couro vermelho que ela adotou como um grande amigo dando-lhe o nome de Moulin Rouge. Ela carregava durante horas esse livro vermelho e quando chegava a casa nas férias, ela o guardava na terceira prateleira sendo o terceiro livro. Anita era uma das garotas mais espertas em Poções, sempre tirando ótimas notas. Ela se casou jovem com dezessete anos e trabalhou no que mais gostava, escrever. Virou professora de Poções na Academia de Magia de Beauxbatons, e morou na França durante sete anos. Voltou para Londres para uma reunião que tinha, e uma tragédia aconteceu. Seu marido fora mordido com um lobisomem.”
- Lobisomem? – assustou-se.
- Sim, Anita ficou muito triste com isso, e teve muitos problemas. Como lobisomem, sue marido perdia a consciência em diversos momentos durante a passagem da lua cheia, ela fazia poções para retardar o processo quando se chegava essa fase da lua. Mas não agüentava ver o sofrimento do marido. Passou anos e anos pesquisando por uma cura e só iria descansar quando descobrisse. Passou horas e horas debruçada sobre mesas de bibliotecas, sobre equipamentos, caldeirões, gastou toda a fortuna que tinha, perdeu o emprego para poder salvar seu marido.
- Ela salvou? – quis saber ansiosa.
-... mas chegou o dia que ela descobriu a cura para tal enfermidade, mas lhe custou mais caro do que tudo o que havia perdido, custou sua vida.
- Ela morreu? Como?
- No dia de lua cheia, Anita Meadowes deixou seu marido se transformar em Lobisomem e ao ataque ela cravou uma seringa com um liquido vermelho brilhante nele, e em poucos minutos ele deixou de ser o lobisomem. Por sorte ela ficou viva, apenas sofrerá arranhões simples. Para saber se o marido estava curado, eles esperam outras luas cheias, mas a enfermidade não vinha. Ele estava curado. Anita quis levar essa noticia ao mundo bruxo, revelando a cura para esse mal que atacava a comunidade bruxa e até mesmo trouxas. Mas o poder maior político a tachou como louca, Anita foi condenada pela comunidade bruxa com o pior dos castigos, queimada viva em plena praça publica na frente de bruxos e trouxas, revelando o segredo de que era bruxa para os trouxas que passavam.
- Oh meu Deus. – sussurrou Ann.
- O marido dela foi preso em Azkaban durante vinte anos, mas morreu antes de completar a pena.
- E essa cura ainda existe?
- Existe. – disse ao se levantar e ir em direção a uma grande estante do chão até o teto do quarto, e com um gesto tirou o pano branco que lhe cobria.
- Terceira prateleira. O terceiro livro. – disse Ann em voz baixa. E lá estava Moulin, o livro vermelho.

- Que estória mais besta. – fez Ann ao abrir os olhos que ofuscaram com a claridade do quarto do dormitório da Grifinória ao acordar de um sonho, passou a mãos sobre o rosto e olhou para os lado, ainda era cedo.

Diário...

Foi mal de novo por não atualizar você, eu sei, eu sei... você já me disse isso, que vai me lançar um monte de maldições, e que me obrigara a me jogar da torre de astronomia caso eu não atualize você mais rápido. Pronto eu já estou aqui! Vamos ao que interessa. Estou participando do Duelo de Prata, considerado por muitos bruxos um dos duelos mais antigos, e bota antigo nisso, ô coisa veia! Desde de 203 a.C!!!!! Esse povo gosta de uma cosia antiga... Estou na equipe de Harry (Que continua nessa de ficar me observando, ou fingindo que não me viu quando está fazendo alguma coisa, isso já está me irritando) junto com Gina (que agora pegou uma mania de ficar me lançando olhares sem sentido), Rony (que agora fica se agarrando com Lilá pra cima e pra baixo, mas eu notei uma coisa estranha...) e Hermione (Que deixou de falar com Rony, o que será um pouco ruim para a equipe, e ela até agora não me disse o porquê de não falar com ele, depois eu vou fazer mais um interrogatório de duas horas com ela). Mas as noticias ainda não acabam por aqui (isso pareceu propaganda de telejornal). Draco Malfoy tem dado alguns sumiços, não estou gostando disso, ele deve está aprontando alguma, verme! E agora a NOVA moda, PESSOAS FICAM ME OLHANDO DE LADO E NINGUÉM ME DIZ POR QUE!!!!!!... eu fiz alguma coisa de errado? Keichi também anda estranho, anda sumido e muito preocupado, ele disse que era por causa do duelo, mas que não me preocupasse com isso, mas acho que não tem nada haver com isso. Depois vou descobrir o que é... Mesmo estando perto da semana de abertura do Duelo de Prata, temos que enfiar a cara nos livros, pois as aulas não foram suspensas, esse povo que matar a gente, tadinha da Gina, tem que ficar quase o dia inteirinho na biblioteca por causa dos N.O.N.s. Mesmo com essas aulas, que a nossa “querida” diretora McGonagall disse que era indispensável para nós e que nos ajudaria muitoooo relaxar durante a semana dos duelos, não adiantou nada. Madame Pomfrey, teve que chamar mais ajudantes para a Ala-hospitalar, a onda de substancias para relaxamentos e estimulantes para o Duelo de Prata, foi o cúmulo! Além desse bendito CÚMULO, descobri que Hermione precisa entrar numa terapia com URGÊNCIA, ela quis aumentar o período de aulas, MAS ESTAMOS A QUATRO SEMANAS DOS COMBATES, eu digo que isso é estresse demais, mas ela é UMA DOIDA VARRIDA, e está usando o Vira Tempo, não é maluca? Diga se não é? Ela me disse que o vira tempo que usou no seu terceiro ano estava guardado na sala da diretora e que o Ministério esqueceu de ir buscá-lo, o que ela disse que foi uma sorte já que o Ministério da Magia foi quase destruído no ano passado. Pelo menos foi isso que ela me disse.
Agora vamos à surpresa da SEMANA, temos que ensaiar uma apresentação para o dia do baile do Dia das Bruxas que será a abertura do duelo de prata. Prof. Sprout ficou encarregada de coordenar essa parada, junto com Flitwick e Sibila Trelawney. Os alunos de Hogwarts que participaram do Duelo de Prata, as equipes que passaram, claro, ficaram encarregados de fazer uma apresentação prestigiando o tempo MEDIEVAL da época. Agora vamos aos desastres dos ensaios.

- Vamos, vamos... Merlin, está errado senhorita Vanes! – dizia uma professora Sprout atarefada gesticulando com seus braços roliços. – Vamos tentar mais uma vez, um, dois três... – a turma estava totalmente perdida nesse compasso, muitos não sabia como era a tal coreografia e a professora Sprout, nunca vi mais perdida.
- Deixe que eu ajude. – disse a voz esganiçada do professor Flitwick, com a varinha ele fez uma imagem de casais vestido seus melhores trajes de época, dançando num salão iluminado de luz dourada no teto do grande salão principal onde as noventa e seis equipes participantes observavam boquiabertos a imagem. – viram? – disse sorrindo.
- Agora vamos devagar, no começo dos passos... – dizia Sprout hesitante. Alguns alunos pisavam nos pés de seus pares, outros simplesmente caiam com os quadris no chão, outros derrubavam os pares ao lado. Era uma bagunça.
- PÁRA, PÁRA, PÁRA! – gritou Sibila histérica. – Vamos por partes, se forem todos juntos não vão aprender nunca isso!
- Vamos contar, por vinte? – sugeriu Flitwick.
- Isso, vamos por vinte pares – disse uma ofegante Sprout. Sibila dividiu a turma toda em uns vinte pares, os vinte primeiros aprendiam os passos o restante ficava a observar. E eu estava nos primeiros vinte pares junto com a coisa loira aguada que agora pegou uma mania de ficar sorrindo ou tentar me beijar a força, cretino.
- Cada par vai uma vez. – disse Sibila. Eu fiquei um pouco nervosa e sem querer apertei a mão de Malfoy que me lançou um olhar maroto, o que quer que seja que tenha passado na cabeça dele naquele momento, eu não gostei.
- Olhem bem para está imagem. – disse a voz fininha de Flitwick. E mais uma vez ele fez a imagem aparecer. Dois ou três conseguiram, mas dizer que eu consegui acertar era MENTIRA. Errei e errei feio, Malfoy já estava se irritando e ele pegou o passo logo de PRIMEIRA!!!
- Não, não, não! – dizia uma Sibila atarefada do mesmo jeito que Sprout, que levou a mão a testa. – Prof. Sprout, mostre como é os passos, a senhora sabe melhor do que eu.
- Observe, senhorita Theron. – disse ela indo em direção ao Draco, achei a cena divertida, porem Draco não fez nenhuma careta, até pareceu bem cavalheiro, ao dançar na frente de noventa e seis equipes com a Prof. Sprout, achei bonitinho... – Minha nossa! Senhorita Theron, a senhorita tem um par perfeito.
PERFEITO? ELA DISSE PERFEITO???? BRUXA CEGA!!!
- Senhorita Theron terá que praticar mais esses passos com o senhor Malfoy. – disse Sprout sorrindo, eu queria fazer ela engolir aquele sorriso. Eu não fui uma das poucas a errar esses passos, mas também fui uma das mais graves. Enquanto eu queria apenas um motivo para ficar longe do Malfoy, ele tinha o motivo para ficar mais perto de mim: os ensaios e agora começou a usar seu poder de Monitor Chefe para fazer chantagem, mas eu disse a ele que levaria o caso à professora McGonagall, mas o pilantra foi primeiro e minha resposta foi:
- Vai fazer os ensaios comigo as noites na sala de monitoria chefe. – com um olhar maroto. Eu sinceramente adoraria quebrar a primeira estatua que viesse pela frente e arremessar na cabeça dele e ver o sangue descer.
Os ensaios foram se passando e transcorram muito bem, com os outros, comigo era uma desgraça sem fim.
- Merlin! – esganiçou Sprout. Draco bateu a mão na testa em sinal de derrota. Esse era o décimo ensaio que tínhamos essa semana e só faltavam quatro semanas para o baile. O que me deu? Eu não sei, mas ficar perto do Draco depois de falar um absurdo daquele no quarto com Gina, Lilá e Parvati não era nada agradável. Mas eu contornei a história alegando que estava com estresse pelo duelo que viria, mas acho que não as convenci muito bem, pois as três agora não saem do meu pé, exigindo mínimos detalhes da vida intima de Draco, COMO SE ISSO FOSSE POSSÍVEL, EU QUERO DISTANCIA DELE... E QUANDO FOI QUE EU DISSE AQUELA BESTEIRA MESMO?
- Senhorita Theron, a senhorita tem que se concentrar mais! – apelou Sibila.
- Estou tentando, estou tentando. – EU TAVA TENTANDO, TENTANDO!
- Calma, Theron, eu sei que você quer um estimulo. – disse aquela coisa loira aguada com um olhar maroto pra cima de mim, no meu ouvido, COMO SE FOSSE AGRADÁVEL A PRESENÇA DELE!
- Estimulo, Malfoy, será quando você morrer!
- Ui! – ele sorriu sarcástico. – Pois pode ter certeza de que você adoraria ficar comigo até mesmo no inferno.
- Nem que você virasse ouro!
- Ahh... mas viria não viria?
- Grr!!
- Senhorita Theron? – chamou Sprout antes eu levasse a minha mãe na cara dele, que ainda me olhava maroto. Ô GAROTO IRRITANTE!
- Sim. – esbocei o sorriso mais falso que já fiz na vida. Draco riu.
- A senhorita poderia ficar um pouco em silêncio, por favor? – alguém, por favor, MANDA ESSA MULHER IR PLANTAR MANDRÁGORAS!
- Sim. – meu sorriso falso murchou, e para não ficar falando besteira com ele, resolvi prestar atenção naquele ensaio idiota.
- Me diga... – e quem disse que ficar do lado de Draco Malfoy era motivo pra você prestar atenção em algo? – Se acontecesse algo comigo, você ficaria triste?
- Vai acontecer? – perguntei numa ansiedade de felicidade.
- Você é tão divertida. – ele resolveu me dar um sorriso irônico de lado.
- E você está sendo tão sentimental. – me virei para o ensaio.
- Diga a verdade?
- Malfoy, se você não prestou atenção, estou tentando ver o ensaio. – o cortei.
- Você ainda gosta do Sato?
- Isso não lhe interessa.
- Você é chata. Nem pra conversar você presta.
- Obrigada. Espero que assim você fique calado. – mas por dois minutos, DOIS MINUTOS ELE FICOU.
- Theron – ele disse manso.
- hum
- Você acreditou naquilo que eu te disse? – ele resolveu ficar sério.
- Não acredito em nada do que você diz Malfoy.
- Você é tão direta.
- E você é tão cínico?
- Cínico, eu? – ele brigou.
- É cínico sim! – briguei de volta, por quê? Eu não sei.
- Você é irritante!
- Você já disse isso uma vez!
- Ta legal! – disse ele chateado. – hoje você vai se ver comigo! – alguém acredita se eu disser que fiquei com medo disso?
Seja lá o que for que ele está aprontando eu não estava tãããoo preocupada assim, mas em vista que Malfoy me deu um castigo daqueles pra me provar que não presta, e não presta mesmo! As palavras de que ele queria ganhar do Duelo de Prata seria eu, ficou martelando na minha mente durante esses dias. EU tentei espantar esses pensamentos idiotas, e tentar me conversar de que aquilo não fora real. Era mais uma encenação dele como sempre fez, como sempre fora o idiota. Minha vida estava se tornando uma bagunça e queira acreditar, diário, eu preferia a minha antiga escola. A melhor coisa que aconteceu aqui foram mesmo a amizade de Gina e Hermione, elas são legais, ótimas pessoas. Mas esses momentos com Malfoy eu nunca passei com nenhum garoto na vida, mas será que dá pra mudar o rumo dessa história? Pois acho que está indo pelo mau caminho, e todas as vezes que ele me abraça com aquela vontade toda, sinto necessidade de retribuir, o que não é do meio feitio. As aulas estavam ficando cada vez mais pesadas, e resolvi entrar numa briga com Pansy Parkinson. Eu não queria! Ela que veio para cima de mim cheia de ironia que eu nunca vi, mas sinceramente ela está com um ciúme do qual não tem pra quê ficar, eu NÃO TEM NADA HAVER COM O DRACO MALFOY!!! EU ESTAVA NUM ESTADO DE NERVOS IRRECONHECÍVEL.
- A Grifinórias são sempre as mais fáceis. Se fazem de difíceis e estão sempre dando um jeito de ficar com dois ao mesmo tempo. – isso foi durando o intervalo de aulas, quando a turma do sexto ano da Grifinória rumava para a próxima aula de feitiços, depois da aula de Herbologia. Pansy Parkinson resolve me atacar com esse tipo de piada.
Eu não estava nem escutando direito, estava com um livro de feitiços enfiado na minha cara.
- Mas convenhamos que tem Grifinorias são sempre nojentas e atiradas, e para completar esse time, temos a novata de Beauxbatons! Palmas para ela. Porque ela manteve seu namoro com um garoto maravilhoso da Corvinal e agora está de caso com um Sonserino. – nem precisa dizer que percebi que era comigo, né? – A senhorita “Ai! Olhem pra mim!”, - disse ela com um sorrisinho irônico pra cima de mim, fazendo com que eu derrubasse o livro de feitiços no chão.
- Ann... – murmurou Hermione ao meu lado.
- Parkinson, você poderia ser mais inteligente, contudo, você mesma merecia as palmas de Pessoa Mais Idiota da Face da Terra! Reveja seus conceitos de ciúmes que é o melhor que você faz. – eu estava numa calma que até me assustaria, Hermione ficou olhando de mim para Pansy. Rony tinha as orelhas vermelhas.
- Ora, ora, ora... dizem que a senhorita modelo de Beauxbatons era uma garota explosiva e que numa briguinha boba acabou batendo numa aluna. – ela relinchou.
- Eu poderia muito bem fazer isso, Parkinson, mas infelizmente, e muito infelizmente eu não quero chegar perto de você – deu meu sorriso mais falso desse mundo e sarcástico.
- Oh! Assim você me deixa muito triste senhorita “Ai! Eu não tenho mãe” – eu mudei de fisionomia! Meu queixo caiu.
- Eu posso não ter um mãe, mas pelo menos tenho dignidade que é uma coisa que lhe falta no momento. – meu cérebro estava querendo ir para fora da minha cabeça.
- Dignidade, Theron. – ela disse em tom desafiador. – Dignidade é algo que passa longe de você. – eu respirei fundo pra não socar. – Oh! O que foi? Ai chorar! – ela riu mostrando os dentes cavalos dela.
- Pensy me diga em que sala você vai ficar no St. Mungus que eu passo lá pra te dar um autografo. – ela me olhou sem entender.
- O que disse? – eu a soquei bem no meio do nariz, ela guinchou e caiu pra trás. Eu fiquei em cima dele batendo socando cada pedaço do rosto maldito dela. As pessoas que passavam no corredor fizeram uma roda em volta de nós, Pany guinchava e urrava de dor, enquanto eu só queria socar ela. DIGNIDADE EU TENHO!!! E EU ODEIO QUE ME DESAFIA DESSA FORMA. Hermione gritava para eu parar e tentava me puxar, Rony ria e segurava nos joelhos para não cair de tanto rir. Acho que a cena estava muito engraçada.
- So..cor..ro.. – esganiçava a vaca. Foi quando alguém me puxou pra trás com força eu estava histérica.
- SUA BARATA NOJETA!
- Louca, LOUCA! – Pensy guinchava feito louca e se arrastava pelo chão como se eu fosse me atirar em cima dela novamente pra soca-la de novo, de fato era isso que eu queria de fato socar ainda mais aquela cara nojenta dela.
- VOCÊ DIZ QUE EU NÃO TENHO DIGNIDADE?
- Ela é louca... – sua voz saiu tremula e sua face estava papada de sangue do nariz que EU quebre dela PALMAS PRA MIM!!!
- VOCÊ NÃO TEM MORAL PRA FALAR DE MIM! – alguém me segurava com força, eu tentava a todo custo me soltar, mas a pessoa tentava me arrastar a força.
- Sua louca...
- EU POSSO NÃO TER UMA MÃE: O QUE ME FEZ MUITA FALTA, MAS NUNCA DEIXEI NINGUÉM FALAR MAL DA MINHA DIGNIDADE E NÃO SERÁ VOCÊ QUE O FARÁ!
- CHEGA!! – urrou a pessoa que eu segurava e me dei conta de que era Malfoy. – Pansy, vá para a enfermaria! – Pansy me lançou mais um olhar de ódio o que também não deixei barato o retribuir da mesma forma, levantou-se e saiu com suas colegas em seus calcanhares. – O que estão olhando? Já para as aulas!
O corredor apinhando de alunos que presenciaram a cena foi se desfazendo a caras amarradas e assassinas para cima de Draco, que este, me arrastou dali para uma sala vazia e a fechou com um baque surdo.
- O que pensa que está fazendo? – ele me perguntou direto e com raiva me fuzilando com os olhos.
- O que eu estou fazendo? O que estou fazendo?
- É sim, Theron!
- Ela que veio pra cima de mim, tome conta da sua namorada, Malfoy ou não respondo por mim!
- Estou vendo que não responde mesmo. Controle suas emoções e impulsos, Theron, ou não vão controlar a sua expulsão! – disse isso e me deixou sozinha na sala vazia. Eu não sei por que estava num estado de nervos desconhecidos, me sentia morta, derrotada e quase sem emoção o que estou sentindo nesse exato momento. E sabe diário, acho que perdi até a vontade de escrever em você por um momento. Mas eu retornarei, deixe-me recuperar o que perdi. Me sinto confusa. Keichi se tornou um grande amigo pra mim, sempre esta presente e com um belo sorriso no rosto, acho que os três traidores do meu corpo estão se acostumando com ele. Me sento cada vez mais atraída por ele, acho que apaixonada deve ser muito forte e talvez essa palavra tenha me gerando alguns problemas na frente de Gina, Lilá e Parvati, ainda bem que Hermione não estava presente perante aquela conversa horrorosa. E DE ONDE FOI QUE EU TIREI AQUILO, PELO AMOR DE DEUS?
Durante esses dias, fiquei mais perto de Keichi, ele me faz sentir muito bem. Mas tem um idiota insano que fica teimando que ele não é pra mim, que vou me enganar, imbecil!

Ann para de escrever, arremessa o livro dentro da mochila com grosseria e fica olhando para a noite, sentada no parapeito da janela. Seus pensamentos estavam confusos, seus sentimentos nublados de perguntas sem respostas.

As aulas transcorreram bem, talvez seja uma metáfora bem colocada para o “bem” o dia que se aproximavam dos duelos. Madame Pomfrey teve mais trabalhos com alunos que se davam o desleixo para testar poções e feitiços que alguns alunos vendiam criando um tumulto durante esses dias. Uns alunos se transformarem em gatos gigantes e saírem correndo corredores assustando outros alunos, outros pareciam macacos tendo ataques de histeria e pulando de porta em porta, Pirraça aproveitou o embalo para lançar algumas Gemialidades Weasley como: o Pântano Portátil, que bloqueou um corredor do quinto andar por três dias, uma nova onda de Nugá Sangra-Nariz e entre outras coisas além de brincar com os estudantes de Beauxbatons, de tiro ao alvo com bolas de cuspis. Alguns alunos de Hogwarts, que iriam participar dos duelos, ficaram extremamente irritados com esses acontecimentos, além de professores e os diretores das casas, alegando que isso era uma vergonha perante os alunos de outras escolas. O que gerou até mesmo brigas entre três equipes de Hogwarts contra duas equipes de Beauxbatons. Apostas sobre as equipes vencedoras estavam ocorrendo por debaixo dos panos, alguns alunos estavam apostando galeões em equipes que achavam fortes. A equipe de Harry Potter e Draco Malfoy era as mais votadas dentre as equipes, sendo seguida por quatro equipes de Beauxbatons e Durmstrang. Os alunos chegavam a postar dez a trinta galeões em cada equipe e até mesmo num único duelista, os mais caros duelistas estavam entre Draco Malfoy, Harry Potter e Owen Cauldwell nas apostas, custando de setenta à cem e vinte galeões cada um. Keichi Sato, Corvinal - Aloizio Rosenrot, Sonserina e Rogério Durvan Grifinória; custando trinta a quarenta e cinqüenta galeões. Os alunos que eram pegos fazendo apostas ilegais eram levados à diretoria de suas casas e perderiam a cima de setenta pontos cada estudante, e sofreriam detenções. Os alunos de Beauxbatons e Durmstrang também tinham equipes favoritas a vitórias e eram bastantes apostadas nos duelos. A onda de alunos carregando figurinhas e trocando com os apostadores com as equipes e até mesmo de duelistas era a sensação de toda a Hogwarts.

- OLHA SÓ A MINHA CARA! – explodiu Hermione durante o café da manhã quase amassando uma que tinha ela sorrindo e dando um tchauzinho freneticamente.
- Ficaram legais. – disse Rony rindo com algumas figurinhas nas mãos ao lado de Harry que olhava a de outros duelistas. Elas eram feitas de material flexível e durável, resistente à água. Tinha a moldura prateada e reluzente e a pintura era feita de tinta a óleo como nos quadros com as fotos de cada duelista participante individualmente. Cada um com nome e número de equipe. Alguns continham na face expressões de imponentes, outros com cara de esnobe, outros pareciam tímidos e se escondiam por trás das molduras prateadas.
- Elas não são lindas?! – entusiasmou Gina olhando a sua, ela também estava como a de Hermione, mas parecia ser mais segura e mais madura.
- Ah! Que isso Mione. Estão lindas sim! – disse Ann ao lado de Gina também com uma figurinha que a exibia com um grande sorriso.

Além de alguns alunos serem pegos fazendo apostas, outros causando tumultos em corredores e outros arranjando brigas com alunos de outras escolas, os participantes dos duelos pareciam ter antecipado a data dos combates, já era comum ver duelistas fazendo seu próprio duelo em corredores vazios e que sabiam que não iria ser pegos em horários. Por vista disso, dez equipes foram desclassificas. Draco teve que conter Thomas Rivert Etsedor ou simplesmente Tom, varias vezes para não fazer esse tipo de coisa e prejudicar e equipe, pois ele quase entra nessa de antecipar duelos. Neville foi azarado cinco vezes quando passou pelo segundo corredor, com pernas presas o mesmo do primeiro ano. Harry quase foi pego por uma ilusão de corredor, o que quase o fez parar no quarto de McGonagall. Rony passou três dias cuspindo lesmas mais uma vez. Hermione teve aranhas brotando de seus cabelos espessos, o que Rony passou cinco dias sem nem querer chegar perto dela. Gina teve o cabelo transformado em chamas de fogo que chicoteava quem chegasse perto dela e até nela mesma lhe causando ardência. Ann teve o nariz modificado quatro vezes de diversos tamanhos até com verrugas, que solvam um liquido esverdeado desconhecido. Simas ficou preso no terceiro andar com uma das ilusões do cachorro de Hagrid. Começaram a brotar cabelos em diversas partes do corpo de Lilá e cresciam rapidamente cerca de um metro em cada meia hora. Parvati teve a testa elevada, o que lhe deu muito trabalho de chegar enfermaria, pois trombava em diversas paredes. Pansy, que não estava participando do duelo, sua língua ganhou alguns centímetros por falar demais, cerca de quinze. Draco acabou tendo que dormir numa sala de aula vazia por dois dias, seu quarto de Monitoria Chefe foi transformado num pântano para Trasgos e suas roupas tinham o cheiro deles.
- Vocês são idiotas. – disse um garoto de Beauxbatons encarando dois garotos da Lufa-lufa para um duelo. Ele tinha cabelos negros presos num rabo de cavalo curto, olhos grandes e negros, sua pele era pálida e macilenta de rosto fino e pontudo, suas vestes do uniforme de Beauxbatons eram desleixadas, ele usava a gravata frouxa que pendia displicentemente no colarinho da camisa branca de maga comprida que ele levantava até os cotovelos.
- Tipo de provocação idiota. – bradou uma garota da Lufa-lufa. – Incompetentes, mostrem o que sabe fazer!
- Não Nina. – ofegou uma garota ao lado dela segurando-a pelo braço. O Garoto de Beauxbatons mantinha os braços cruzados com a cabeça inclinada para o lado olhando de cima dois garotos da equipe da Lufa-lufa. – É isso que eles querem.
- Ora, Hana! Você é muito molenga. – rosnou Nina. – Se era pra agir assim, não deveria ter passado no teste. Daqui pra frente será muito pior!
- O que estão esperando? – desafiou o garoto de Beauxbatons com uma voz grave. – Me ataquem se tem coragem. – Os dois da Lufa-lufa o encaram por um momento. – Com medo?
Os dois garotos o olharam com raiva, cerrando os pulsos e segurando a varinha firmemente em mãos, mantendo o contato visual com o oponente.
- Bryan! – sussurrou Hana com a mão na boca. Bryan, o garoto da Lufa-lufa era um garoto alto de cabelos loiros e olhos castanhos, levantou a varinha em modo de ataque.
- O que estão fazendo? – perguntou uma voz altiva de uma morena de cabelos negros e olhos castanhos acompanhada por uma garota de cabelos ruivos e olhos azuis, atrás dos alunos que o cercavam. O garoto de Beauxbatons se permitiu dar um sorriso sarcástico.
- Theron e Gina. – murmurou Nina com desprezo.
- Nada que não lhe interesse, meu bem. – disse o garoto soltando um sorriso irônico a olhando de cima a baixo com um olhar malicioso.
- É um duelo sem permissão! – interpôs Hana com uma voz tremula e logo recuou ao olhar de raivoso de Nina. Ann e Gina a olharam por um momento.
- Não pode fazer duelos. É contra as regras. – bradou Ann encarando o garoto com desprezo.
- E quem diz que é contra as regras? – perguntou o garoto. Ann ficou na frente dos dois garotos da Lufa-lufa.
- Hogwarts, diz. – falou em tom desafiador. O garoto descruzou os braços e deu dois passos em direção a Ann de modo que os dois ficarem muito próximos. Alguns que observavam, tinha olhares de esgoelar outro de ansiedade.
- Me mostre. – falou ele a desafiando. Ela deu o sorriso sarcástico dele.
- Você nem notou. – ele a olhou interrogativo quando notou algo pontiagudo em seu peito. Ann estava com a varinha apontada para ele.
- O quê...? – alguns também fizeram a mesma pergunta.
- Aira! – chamou uma voz grave atrás do garoto de Beauxbatons, o garoto mudou suas expressão de sarcasmos e ironia para uma de medo e horror. O garoto que o chamava tinha cabelos ruivos escuros quase da cor de vinho, bagunçados como o de Harry que lhe caiam nos olhos cinza as mechas vermelhas. Era alto e pálido como o outro, mas muito bonito, mantinha suas mãos nos bolsos. Sua voz era grave, ressonante e fria. Suas vestes eram bem colocadas e arrumadas e usava um sobre tudo negro por cima.
- Roland – murmurou Aira com uma voz tremula, depois mudou sua expressão para desprezo ao olhar para Ann e se afastou.
- Não faça mais isso. Você pode brincar com eles depois. – disse Roland.
- Roland... – sussurrou Ann ao lado de Gina agora.
- O que foi Ann? – perguntou apreensiva.
- Ele... – ela começou. – não é de brincadeira. – sua voz saiu preocupada e ameaçadora.
- Não diria brincar. – soou outra voz grave e desafiadora.
- Malfoy. – disse Gina em voz baixa. – O clima ficou denso aqui. – murmurou em seguida para Ann.
Draco Malfoy se aproximou a passos devagar e perigosos em direção a Roland que manteve o mesmo olhar de desafio que Draco tinha, os dois sacaram as varinhas instantaneamente. Como um estalo, de grande rapidez e um flash de luz prateada os dois foram arrastados para trás por lados contrários, estavam ofegantes e com as varinhas em punhos. Poder-se-ia ver uma poeira que pairava no ar caindo lentamente sobre as cabeças dos alunos que se permaneceram estupefatos.
- Que? – fez Gina interrogativa. – O que foi isso?
- Eu não vi nada! – disse Ann estupefata.
- Você é bom. – disse Roland com a voz grave. Draco deu um sorriso desafiador e percebeu que na mão direita de Roland estava enfaixada com bandagens brancas deixava apenas dos dedos descobertos. – me diga seu nome, o procurarei na arena.
- Malfoy, Draco Malfoy. – os dois se encararam por algum momento, se puseram em suas posições autoritárias.
- Welling, Roland Welling. – o rapaz guardou sua varinha nas vestes – Eu o procurarei no duelo e espero que não perca até lá e a senhorita também. – disse olhando diretamente para Ann, ele se virou elegantemente e seguiu seu caminho. Ann engoliu seco e produziu um ruído com a garganta: “Me ferrei” para Gina – ele saiu andando sob os olhares assombrados dos alunos que presenciaram a cena.
- É... – começou Gina. – Acho que nossos adversários não são tão fracos como pensávamos. – Ann murmurou um “Uhum” como resposta.
Os boatos do breve duelo rápido de Roland Welling e Draco Malfoy voaram em cinco minutos por todo o castelo. A ansiedade ficava maior quando esse pequeno duelo era passando de boca em boca por todos os alunos de Hogwarts, alguns até aumentavam, dizendo que uma pilastra quase caiu em cima de um dos alunos da Lufa-lufa. O que mudou um pouco as apostas, agora tem quatro no ranking: Harry Potter, Draco Malfoy, Owen Cauldwell e Roland Welling.
- Aff... – fez Gina ao se sentar ao lado de Harry na mesa da biblioteca numa tarde, ela estava com um livro pesado de Transfiguração, estava estudando para os N.O.N.s. Hermione, Rony e Ann a acompanharam. Alguns alunos que participariam dos duelos estavam na biblioteca, revisando alguns livros de feitiços para usarem nos combates. – Nem foi dessa maneira.
- Você conhece esse povo, Gina. Sabe que eles sempre aumentam. – falou Rony com tédio.
- Mas isso foi assim mesmo? Tão... tão dramático? – perguntou Hermione curiosa mexendo numa prateleira de livros. – Ai! – guinchou.
- O que foi Mione? – perguntou Rony.
- Um livro caiu no meio pé. – disse ela com cara de dor ao se agachar para pegar o livro. Livro grosso de capa negra sem titulo, caiu aberto revelando suas folhas amareladas e velhas, tinha pó e surrado. Havia um desenho de uma mulher que segurava uma criança no colo e um homem que estava de braços abertos em envolta de um caldeirão. – Nossa! – exclamou ela.
- O quê? – fez Gina.
- É um feitiço que nunca vi. – disse ela assombrada.
- Feitiço? Existe um que você não saiba? – debochou Rony. Ela devolveu com um olhar assassino.
- É um feitiço das trevas! – disse ao colocar o livro em cima da mesa para que os quatro o vissem.
- Feitiço das Trevas? – perguntou Harry.
- Satesf Soa. – leu ela.
- Heim? – fizeram todos em uníssono.
- É um feitiço de convocação. – respondeu.
- Como? Accio não serve? – perguntou Rony.
- Feitiço de convocação da alma. – os quatro a olharam em assombro. – Aqui diz: Feitiço Satesf Soa: feitiço proibido. Só pode ser feito por um bruxo muito poderoso e com extrema energia para convocar a alma da pessoa morta desejada. É feito durante a lua negra que acontece a cada trezentos anos, esse feitiço também invoca um poderoso demônio das trevas, conhecido como... – ela parou. – Droga não dá pra ler o resto! Está rabiscado ou sei lá. – Por um momento os quatro ficaram parados, observando a expressão de Hermione ao ler o livro.
- Tem algum registro que esse feitiço tenha sido feito por algum bruxo. – perguntou Harry. Hermione olhou mais uma vez para o livro.
- Aqui não diz mais nada. Acho que não tem registro.
- Se não há registro, talvez nem dê certo. – contrapôs Rony olhando os quatro a sua frente.
- Ninguém iria colocar uma discrição dessas se um feitiço não existisse, Rony. – respondeu ela ríspida. – Além do mais... vamos deixar isso de lado. – disse ao colocar o livro no lugar e se sentar novamente. – E... onde estamos mesmo? No encontro de vocês duas com uma equipe da Lufa-lufa, contra os garotos de Beauxbatons e aquela serpente asquerosa. – disse apontando para Gina e Ann.
- Ahh... sim. – fez Ann.
- E então? Foi tão... dramático como estão dizendo? – perguntou Hermione se emoção.
- Não... – fez Gina com desdém.
- Mas também não foi nada de iniciante. – disse Ann sombria. Os quatro a encararam. – Foi um pouco assustador.
- É... – concordou Gina encarando seu pergaminho que fazia anotações. – Acho que nossos adversários não são tão fracos assim, especialmente aquele tal de Welling de Beauxbatons.
- Aquele Aira é um convencido. – falou Ann aborrecida.
- Em falar em Aira, o que foi aquilo que você fez? – perguntou Gina curiosa.
- Ahá! – fez Ann envergonhada sorrindo. – é um truque que minha irmã me ensinou.
- Aquela garota idiota! – rosnou Aira dando um soco em cima da mesa assustando alguns corvinais que estavam na mesa ao lado. – Ela abaixou a minha guarda!
- Tenha a calma Aira. – falou Roland calmamente. – Você é tão desligado que nem notou que ela já estava com a varinha antes mesmo de ficar de frente para você. – Aira o olhou com uma careta como se tivesse tomado um remédio ruim.
- Você não estava lá, mas Annabela Theron já estudou conosco em Beauxbatons. – falou Victor um garoto de cabelos castanhos e olhos castanhos esverdeados, usava uma bandagem vermelha enrolada na mão esquerda, tinha um ar autoritário e sério, mas mantinha um sorriso canalha no rosto e como Roland, também era muito bonito.
- Welling é aquele de cabelos vermelhos? – perguntou Harry. Gina e Rony o olharam de cara assassina.
- É. – respondeu Simas ao lado dos cinco. – Dino me contou, ele já desafiou muitos duelistas e já passou por diversos torneios e nunca perdeu um, sempre saiu sem um único arranhão. – Lilá levou a mão a boca sufocando o grito agudo, Gina, Ann e Hermione ficaram fitando a mesa onde os alunos de Beauxbatons estavam na biblioteca.
- Nunca perdeu um? – perguntou Rony atônito.
- Minha nossa! – exclamou Neville surpreso.
- Ele é frio e calculista, está sempre sério, também anda com capangas como Malfoy, mas comparado aos capangas dele, eles são de alto nível. – concluiu Simas.
- Você sabe dizer o potencial da equipe deles? – perguntou Harry curioso.
- Não sei Harry, mas dizem que eles são os melhores de Beauxbatons e já duelaram em torneios mundiais.
- A equipes deles é composta por: Roland Welling, Victor Hartley, Michael Aira, Kristin Lana e Ryan Galleger – leu Hermione num pergaminho de equipes de Beauxbatons.
- Você disse Kristin? – exasperou Ann se levantando de um salto encarando Hermione.
- Sim. – respondeu a garota se assustando.
- Ótimo. – disse Ann com uma voz de tédio se sentando. – Acho que passei com pé esquerdo na virada do ano passado.
- Por que isso? – perguntou Gina.
- Kristin é namorada de Roland e é quem eu quebrei o nariz. – falou encarando a mesa de Beauxbatons com cara de tédio.
- Minha nossa, como ela tem coragem de namorar um cara desse tão frio? – perguntou Gina fazendo uma careta.
- Ele pode ser sério e frio, mas que ele é lindo, ele é. – disse uma Parvati sonhadora, os garotos perto dela fizeram caretas de nojo.
- Kristin é a única garota que conseguiu se aproximar dele. – disse Ann relembrando fatos de sua escola. – Roland é aluno modelo, favorito dos professores, tira as melhores notas, rico, bruxo de linhagem antiga de sangue-puro... – enquanto Ann falava às garotas que estavam perto dela soltavam alguns suspiros e olhares brilhantes. –..., mas a namorada que ele tem é ciumenta, chata, arrogante, irritante, chefe de torcida, favorita da diretora e mais outros bla, bla, bla que não me interessa em saber sobre ela. – ao ouvir sobre a namorada de Roland as garotas lançaram olhares assassinas para a mesa onde estavam os alunos de Beauxbatons em direção a Kristin que esta estava acariciando os cabelos muito vermelhos do garoto.
- Ela não aprece ser tão forte. – disse Aira encontrando a cabeça de Ann na mesa da biblioteca.
- Você não entende. – disse Roland com um sorriso tedioso.
- Então ela será minha adversária no duelo. – concluiu Aira.
- Nem pense em tocar nela. – vociferou Roland o olhando com um olhar frio que assustou o garoto.
- O que tem Ann? Você parece que criou algo sobre ela. – guinchou Kristin, era uma garota de cabelos loiros cacheados e olhos muito azuis. Roland sorriu de lado de modo incógnito.
- Ela será minha presa junto com o Dragão de Má fé e o Garoto que Sobreviveu. – ele olhou para a mesa dos alunos da Grifinória, encontro os castanhos de Ann e os olhos verdes vivos de Harry, como se avaliasse suas vítimas ou quisesse confirmar tal questão olhou para a mesa dos alunos da Sonserina e encontrou os olhos azuis acinzentados de Draco. – ótimo. – disse quase num sussurro.
- Ótimo! – riu Aira surpreso. – Não choramingue ainda Kristin, teremos um duelo do Dragão de Má fé contra o Dragão vermelho! E se sobrar resto dele. – Aira juntou as duas mãos em modo de ataque olhando para a mesa da Sonserina. – Eu acabo com ele.
- Não seja ridículo Aira. – rosnou Ryan sentado ao lado de Roland, ele segurava um exemplar do Profeta Diário, era alto e como quase todos os garotos de Beauxbatons era bonito também, tinha cabelos loiros escoro e olhos verde claros. – O Dragão de Má fé não é tão fraco como pensa, ele não é você.
- Agora você me ofendeu! – rosnou Aira. Ryan sorriu irônico.
- Aira, fiquei quieto. – falou Roland sem olhar para o colega. O garoto encarou Rolando de cara amarrada.
- Aira, Aira. – disse Victor com desdém. – O Dragão de Má fé é um Comensal da Morte, você sabe o que é isso não sabe?
- Eu sei! – disse Aira de cara amarrada.
- Então ele já se tornou um? – perguntou Roland que parecia se deliciar com tal noticia.
- Ele acha que pode esconder, mas dá pra ver em seus olhos. Ele tem a marca negra. – concluiu Ryan com o mesmo olhar de Roland. Os dois encararam a mesa da Sonserina.
- Veremos o quanto eles podem suportar. Dragão de Má fé, o Garoto que Sobreviveu e a Menina do Moinho Vermelho. – ele disse as últimas palavras em tom sóbrio em seguida olhou para Ann que estava de cabeça baixa ajudando Gina numa pergunta. “Estou nesse duelo por sua causa, Ann. Espero que não me decepcione”. Pensou. Ann levantou a cabeça e em seguida olhou mais uma vez para a mesa de Beauxbatons e encontrou os olhos cinza do garoto.
“Mas que idiota! Por que ele está e olhando dessa maneira?” se perguntou em pensamento, o garoto sorriu para ela. “É mesmo um idiota, e com a namoradinha de lado, aquela chata” olhou em seguida para Kristin e fez cara feia em seguida olhou novamente para Roland que deu um sorriso canalha. “Arg! Sorriso miserável, parece uma certa pessoa”. Olhou para mesa da Sonserina, Draco estava de cabeça baixa avaliando um pergaminho pardo. “Um imbecil que só sabe machucas as pessoas” levou a mão ao peito olhando de modo triste para ele, que ainda mantinha a cabeça baixa.
- O que foi Ann? – perguntou Gina.
- Nada. – respondeu sorrindo forçado.
- É... – fez Lilá. – bem interessante. – Rony lhe lançou um olhar cortante. Lilá sorriu envergonhada. Hermione olhou com um profundo olhar de odeio e se retirou da mesa e saiu a passos pesados, Ann a seguiu.
- Hermione! – chamou Ann em voz alta. Hermione não se virou seguiu seu caminhou pelos corredores a passos apressados. – Espere!
- Me deixe em paz! – vociferou. Ann a puxou pelo braço.
- Hermione, pare com isso! Está ficando ridículo!
- Me solte Ann, você não tem nada haver com a minha vida!
- Você é minha amiga e está mais do que na cara e óbvio que o retardado do Rony não percebeu! – exasperou Ann. Hermione fechou a cara.
- Você não sabe o que está dizendo. – disse Hermione com uma voz séria.
- Eu sei muito bem o que estou dizendo, Hermione! – retribuiu o mesmo olhar. – Hermione, olha pra minha cara. Eu não nasci ontem!
- É mesmo? Será Ann? Eu soube que você está apaixonada pelo Malfoy. – Ann fez cara de espanto.
- Isso não é verdade! – rosnou.
- Como da minha maneira também não o é!
- É sim! Dá pra ver em seus olhos!
- Avalie os seus sentimentos primeiro Ann, antes de querer tomar conta dos outros!
- Você é minha amiga, minha grande amiga e acha que eu não percebi?
- Ela está certa! – disse uma voz atrás das duas.
- Gina... – murmurou Hermione.
- Vocês duas estão com problemas e precisam resolver, e rápido ou vão perder os dois!
- E quem disse que... – disseram Ann e Hermione em uníssono. Gina gesticulou com os braços para fazê-las pararem.
- Eu estou dizendo e também não nasci ontem! Eu percebi como vocês ficam perto deles, Hermione morre de ciúmes de Lilá, fica toda triste quando eles ficam lá se agarrando de uma forma que até me da nojo as vezes. – disse essas ultimas palavras fazendo uma careta. – Ann parece que viu o inferno e o céu quando Malfoy dá um jeito de irritá-la ou fica perto dela e não minta pra mim que você disse que se apaixonou sem querer por ele, eu tenho duas testemunhas que podem confirmar isso! – disse apontando o dedo no rosto de Ann que recuou alguns centímetros.
As três se olharam por um momento.
- Façam valer a pena, esse ano está acabando e... – ela parou como se quisesse esquecer de algo. – temos uma guerra lá fora, não sabemos o dia de amanhã.
- Você fala de um jeito como se isso fosse verdade. – disse Ann em tom de tédio.
- Ann... – ela começou sombria. – Malfoy pode ser um cretino egocêntrico que odeia sangue-ruim e a minha família, mas se você sente algo por ele Ann, diga isso a ele. E você Hermione, a mesma coisa, Rony pode ser um idiota e não perceber o que está bem na frente dele, o mesmo que disse para Ann, diga isso a ele. – Ela levantou a mão para interromper as objeções de ambas. – E tenho dito! Façam algo antes que seja tarde demais. – finalizou girando nos calcanhares e saindo apressadamente. Hermione olhou mais uma vez para Ann e saiu em direção ao corredor da Grifinoria.

Diário...

Venha através deste, voltar a sua companhia, pois o clima entre mim, Gina e Hermione ficou frio desde a conversa no corredor. Eu sinto saudades delas, mesmo só apenas ter passado algumas horas e estou cada vez mais perdida com o que sinto, e as palavras de Gina me doeram bastante sobre o que nos espera lá fora, mesmo sabendo que Malfoy não está do lado certo da história, mas veja bem: Quem sou eu para julgar alguém se ela está ou não do lado certo? AHHH meu Merlin me ajude! Me sinto pedida e confusa. Há certos momentos que quero matar ele e outros que eu... que eu... NÃO É REAL E NUNCA SERÁ! ELE MOSTROU SER UMA PESSOA QUE NÃO MERECE CONFIANÇA! Mas... eu quero descobrir se tem algo dentro dele que pode ser diferente, mesmo que ele esconda a todo custo... eu realmente nem sei o que estou dizendo... não sei mais o que estou escrevendo... Mas uma onda de terror me invadiu o peito com tal preceito que Harry me dissera. Vou explicar o ocorrido:
Eu estava descendo as escadas do dormitório das garotas quando avistei o trio maravilha as sussurros e pararam a me ver. Eu encarei os três, Hermione fingiu folhear um livro e se escondendo atrás dele. Harry pigarreou e começou a tossi se encaminhando para a janela e Rony, este entregou o caso, derrubou umas cinco vezes a pena e aprecia muito nervoso. Eu olhei de um para o outro, respirei pesadamente, sei que talvez não pudesse ser assunto meu, mas isso já estava ficando ridículo!
- Harry! – chamei com uma voz firme e fria que o garoto se virou instantaneamente. Me olhou com um olhar sério. – Por que Rony está tão nervoso? – Rony soltou um gemido agudo e olhou para Hermione que esta ainda estava escondida atrás do livro.
- Bom... – começou pigarreando alto. – Rony esta nervoso pelo duelo...
- Que eu saiba Harry, esse duelo não mudou de nome no momento.
- O que quer dizer? – ele se fez de interessado.
- Que o duelo não mudou de Duelo de Prata para Annabela Theron. – ele pareceu analisar o que eu dissera em seguida se permitiu sorrir. – Ta isso pode ser ridículo, mas cansei de pegar vocês conversando e me olharem com olhares de esgoelar pra cima de mim! – já estava exasperada.
- Não estávamos falando de você Ann!
- Harry, eu não sou burra. Nem Longbottom está tão nervoso assim com um duelo como este, e Rony só falta querer uma sela em Azkaban por tamanho medo.
Hermione baixou lentamente o livro e me encarou séria, depois se virando para encarar Harry e Rony.
- Ela tem o mesmo direito de saber. – disse numa voz séria. – Ann... – ela começou pesadamente.
- Eu tenho algumas dúvidas com relação à Malfoy sobre ele ser um comensal da morte. – disse Harry me encarando. Eu o olhei por um momento incrédula e interrogativa e me permitir da um sorriso irônico meio nervosa.
- Harry, por favor! – disse descrente. – É impossível!
- Ann, preste atenção. – disse ele vindo em minha direção e segurando meus ombros para encará-lo de frente. – Se ele for você pode está correndo perigo. – ele me assustou com isso.
- Não, Harry. Malfoy nunca demonstrou nada...
- Ann, sei que a pergunta pode ser um pouco indiscreta. – começou Hermione. – mas você viu alguma coisa tatuada no braço esquerdo de Malfoy?
- Por que a pergunta? – me virei pra ela. Isso é um absurdo!
- Ann, no começo do ano antes de embarcamos para o Expresso de Hogwarts, encontramos Malfoy na loja de Madame Malkin, mas por alguma razão ele se alterou ao perceber que Madame Malkin estava agulhando a manga do braço de suas vestes...
- É... ele até xingou a pobre mulher lhe dando um tapa na mão. – se interpôs Rony agora entrando na conversa ao cortar Harry.
- Você já notou alguma coisa estranha no braço esquerdo dele? – perguntou mais uma vez Hermione. Eu corei.
- Hermione! – rosnei. Ela notou que a minha cara vermelha e se permitiu sorri de leve. – Me desculpem, mas eu não tenho momentos íntimos com Malfoy para notar uma coisa desse tipo! – o que é isso??? Eles estão pensando que eu sou o quê??? E foi quando eu lembrei do dia do jogo, meu estomago caiu para o inferno mais uma vez, no final do jogo eu lembrei que tinha algo tatuado no braço esquerdo dele. Foi quando me senti tonta e fui amparada por Harry ao meu lado.
- Ann... você está bem? – ouvi de longe a voz de Harry.
- Estou! Só estou um pouco cansada, só isso. – sai de perto deles. Não era possível que ele fosse um Comensal da Morte, não ele não.

Ann guarda seu diário dentro da mochila e sai porta a fora sob o olhar de preocupação de Hermione e Gina. Ela as encarou por um momento em seguida atravessou o buraco do retrato. Apertou a mão no peito passando pelos corredores escuros e sombrios a caminho da monitoria chefe. Vozes baixas estavam sendo trazias pelo vendo que entrava pelas grandes janelas.
- E Kristin? – a voz que Ann escutou lhe deu um calafrio e um solavanco no estomago.
- Já esta dormindo. – respondeu outra voz.
- E Hartley?
- Na biblioteca.
- Vamos.
- O que eles estão pretendendo fazer? – perguntou Ann em voz baixa avistando Roland, Ryan e Aira no final do corredor. Eles olharam em volta e seguiram em frente. Ann apressou o passo em direção a seu caminho.
- Até quem fim você chegou! – disse Draco irritado, quando ela chegou mais uma vez a sala de Monitoria Chefe de Hogwarts para mais uma noite de ensaio.
- É que eu estava pensando em algumas maldições para fazer você morrer lentamente e com muita dor a caminho dessa sala maldita. – retrucou largando a mochila em cima do sofá da sala. E não ousou contar o que viu, talvez não fosse nada demais o que eles iriam fazer, ou... pensou que isso não fosse da sua conta. E ficou pensando no que Harry, Rony e Hermione lhe dissera, ser era verdade ou não, não quis ficar olhando o braço esquerdo dele.
- Você é tão divertida. – disse ele com sarcasmo, ela se permitiu sorrir no mesmo. Ele estava anotando algumas coisas num pergaminho amarelado e vi um desenho de um armário, ele embrulhou e o colocou dentro da gaveta. E seja o que fosse que passou pela cabeça dela ao reparar numa pequena parte de seu peitoral a amostra por causa da blusa branca do uniforme da sonserina esta aberta, ela não queria nem pensar em certos absurdos, além de as mangas estarem erguidas até os cotovelos. Varreu instantaneamente as palavras dos três. – Vamos começar então? – disse ele com um sorriso perigoso. Ela tinha a varinha guardada nas veste caso ele tente alguma coisa será a última coisa que fará na vida. – que olhar é esse?
- Nada. – seu olhar assassino foi tão forte que ele percebeu, “tenho que praticar mais isso, assim talvez ele fique longe” pensou ela.
- Agora vamos. – Ele disse em tom perigos se aproximando dela. A segurou pela cintura, ela o olhei de modo assassino. – tem que ficar mais perto. – Ann sentiu um arrepio subir pela espinha de modo assustador. Sua respiração ficou ofegante do nada e ela desfio o olhar nervosa para o lado para que não tivesse que encara-lo, sentiu seu rosto esquentar.
- Está nervosa? – disse ele em tom perigoso a conduzindo pela sala de Monitoria Chefe silenciosa.
- Não. – disse numa segurança nada convincente.
- Sei como se sente. Este e o ultimo dia de ensaio e já está sentindo saudades de ficar aqui comigo sozinha.
- De ficar aqui com você sozinha, Malfoy. Estou é dando graças a Merlin por isso chegar ao fim. – dizendo isso ela bateu sem querer na mesa.
- É... realmente está pronta mesma pra dançar. – perguntou ele com ironia. Ela deu um sorriso sarcástico.
- Você é tão idiota. – disse mais pra si mesmo do que pra ele. Ele se encaminhou para a mesa da sala de monitoria chefe. Ela o acompanhou com os olhos. – como é que eu pude dizer aquela besteira pra Gina? Burra! – disse num sussurro quase inaudível.
- O que disse? – perguntou.
- Nada.
- Minha querida Ann, está falando sozinha? – ele perguntou sorrido irônico. – Quer um beijo para acalmar?
- Nem ousa chegar perto de mim! – rosnou ela. Ele sorriu de modo perigoso.
- Estou com saudades Ann, olha que eu me comportei direitinho esse dias, e nem te agarrei.
- Eu fico feliz por isso, e sendo o ultimo dia não o fará. – disse apertando sobre as vestes a varinha. Ele se aproximou dela de modo perigo, ficaram frente a frente, ela poderia sentir a respiração dele bem perto do rosto dela. Seus olhos ficaram olhando aquela visão dos botões.
- Eu fiquei tanto tempo fora assim pra te deixar tão nervosa?
- Eu não...
- Seus olhos não mente! – ele disse sério segurando de leve o queixo da garota fazendo com que ela olhasse em seus olhos. Ele rosou os lábios de leve aos delas, a abraçou devagar sentindo cada reação que ela teria, e nenhuma delas foi de objeções que ele parasse. Começou beijando de forma terna, delicada saudosa, as mãos percorriam os corpos de formas perdidas e sem pudor, ele aprofundou o beijo de modo tenso, o que não fazia há alguns dias. Era cheio de saudades e com vontade. O beijo foi criando pudor, criando fervor e começou a ser avassalador. Ann sentia seu coração bater acelerado e teve certeza do que o Gina disse: ele a levaria ao céu e ao inferno ao mesmo tempo, seus pensamentos se recusavam a criar contradições para aquela situação, foi quando percebeu que estava em cima da mesa da sala da mesma forma que ele a colocará no dia do jogo, sem perceber suas mãos já estava desabotoando a blusa branca do garoto e tirando a gravata, ele a beijava de forma furiosa possuindo-lhe os lábios como se fosse comê-los. Ele segurou a nuca da garota de modo que controlasse o beijo acariciando seus cabelos fazendo com que se soltasse do coque levemente. Draco começou a descer sobre o pescoço da garota lhe mordiscando fazendo com que Ann soltasse algumas e exclamações. Draco pareceu perder os sentidos do que estava fazendo, já estava brincando com a alça da blusa fina branda por baixo da blusa do informe da Grifinoria. Os dois estavam praticamente respirando um dentro da boca do outro, não tinha nem coragem de desgrudar os lábios. Ann tentava rever suas razões, e um choque lhe ocorreu quando uma das mãos de Draco já estava subindo por sua coxa esquerda, foi quando ela reuniu forças para atirá-lo para o lado. Ofegantes, Ann passava as mãos sobre os cabelos negros como se tal gestos pudesse lhe dar respostas. Draco encarava Ann de modo sério.
- Esta vendo? – começou ele com uma voz grave.
- Eu odeio quando você faz isso! – disse ela com odeio.
- Se odiasse já teria parado ha. muito tempo.
- Você me deixa...
- Nervosa?
- Não. Com raiva! – vociferou ela arrumando os cabelos depois de arrumar a blusa, começou a dar graças a Deus por sentir um choque no sue corpo e parar naquele momento, pois não sabia o que teria acontecido se não passe ali. Draco deu um sorriso sarcástico, ajeito a blusa desabotoada.
- Você não percebe nada. Não consegue ver que é real.
- Não será real, Malfoy. – ela o encarou séria. Vozes entraram pela fresta da porta. – O que é isso? – Draco não respondeu, chegou perto da porta, ficou ouvindo atentamente. – O que... – ele fez um gesto para que ela não falasse.
- Tem gente falando. – disse ele ao consultar o relógio. – Já passam das dez. – disse ao abrir a porta com violência, Ann o seguiu.
Ann se recordou do grupo de estudantes de Beauxbatons que encontrou no caminho para a sala de monitoria chefe. Mas não se lembrou de ter visto Hermione, Harry e Rony.
- O que estão fazendo aqui? – perguntou Ann para os três, mas esses tinham na face uma expressão de raiva ao olhar os quatro de Beauxbatons.
- Olá, Theron. – cumprimentou Roland sorrindo.
- O que esta acontecendo aqui? – perguntou Draco autoritário.
- Só estamos dando uma volta. – respondeu sorrindo. – Mas já estamos indo.
- Se não está havendo nada, é melhor seguirem para seus dormitórios. – disse Draco encarando Roland. Roland deu um olhar incógnito a Draco e seguiu caminho pelo corredor escuro com as mãos nos bolsos das vestes negras com Ryan e Aira em seus calcanhares.
- Se metendo em encrencas Potter? Achei que depois da morte de seu tio você ficaria mais receoso.
- Isso não é com você Malfoy! – vociferou Harry. Draco o olhou de cima com um ar debochado.
- Cale a boca Malfoy! – urrou Hermione.
- Tome conta da sua vida, Sangue-ruim. – ele a olhou com desprezo. Rony fechou os punhos e tinha as orelhas vermelhas. – Não me olhe assim. – disse se dirigindo a Rony. Vou lhe dar um aviso: cuide mais de seu pai.
- O que? O que pensa que vai fazer? Vai chamar seus amigos Comensais para ajudar? – perguntou Harry encarando Draco.
- Se eu chamasse, você ficaria com medo de enfrentá-los? – Draco o desafiou. Harry contraiu o maxilar de leve. Hermione arregalou os olhos, Rony olhou de esgoelar para Draco, Ann parecia não acreditar no que estava ouvindo, era uma confirmação do que Harry lhe contará, sentiu seu coração afundar.
- Chame-os, assim colocaremos todos juntos na cela perto do seu pai. – disse Harry em tom desafiador.
- Vai se acostumando, Potter. Sua vida está por um fio. – os dois se encaravam em fúria. Harry deu um passo à frente com a varinha levantada.
- Pare vocês dois! – berrou Ann se interpondo entre eles. – Vão nos arranjar problemas!
- Pode apostar, Malfoy sua vida terá tempo curto.
-Vamos ver quem chega primeiro no final dessa guerra vivo, Potter.
- E antes que ela chegue a Hogwarts, vocês estão muito encrencados. – disse uma voz arrastada no perto deles. Filch os encaravam com olhos espreito, um miado agourento ocorreu do lado contrário do corredor: Nor-r-ra os fitava com seus olhos horrendos.
Ann poderia jurar que Filch havia passado a língua de modo censurado pela boca ao olhar atentamente os cinco estudantes que o encaravam.
Os olhos de Minerva McGonagall eram frios e severos, encarando cinco estudantes à frente.
- Estou desapontada. – disse encarando os cinco. – Cinco alunos fora da cama, zanzando pelos corredores de Hogwarts. – Filch deu um guincho agudo. – Você! – disse apontando para Hermione que tremeu. – Hermione Granger, me desapontou como monitora da Grifinória; senhor Harry Potter, achei que tivesse mais juízo, vista que tem um duelo pela frente; senhor Rony Weasley, o que acha da sua mãe saber disso? – Rony gemeu assombrado. – Senhorita Ann Theron, não esta dando o devido valor de aluna bem educada e ciente de suas obrigações que Olímpia Máxime me contará! E senhor Malfoy. – disse ao se virar para Draco com um olhar mais severo de nariz empinado. – me decepcionou como Monitor Chefe, todos os cinco sofreram detenções.
Ela respirou fundo e os encarou com o olhar costumeiro severo arrumando o chalé entre os ombros.
- Cinqüenta pontos, serão tirados das casas.
- Cinqüenta?! – ofegou Harry.
- De cada um. – acrescentou McGonagall.
- Isso é um absurdo! – protestou Hermione.
- Absurdo, senhorita Granger, é você andando pelos corredores a está hora da noite.
- A senhora não pode...
- Não me diga o que fazer Potter. – ela o cortou. – Agora! – bradou. – para seus dormitórios!
Ninguém falou mais nada. Saíram da sala de McGonagall sem mais objeções. Seguindo pelo corredor escuro e sombrio de Hogwarts a caminho da torre da Grifinória e o outro a caminho da sala de monitoria chefe.
- Déjavú? – disse Hermione para Harry que arqueou uma sobrancelha para a garota. – de onde? – Harry demorou a entender, olhou para o corredor e olhou novamente para a amiga e respondeu num sorriso:
- Primeiro ano.
O chão tremeu.
- O que foi isso? – perguntou Rony assustado. Os cinco se seguraram nas paredes, respirando ofegantes pelo susto, como um estalo. Um som agourento como um apito forte invadiu as têmporas dos garotos que o fizeram cair no chão tampando rapidamente os ouvidos. O som era alto e assustador. Como um grito agudo sem pausas. Rachaduras começaram a aparecer nas paredes, poeira do teto alto começou a cair como se o teto do corredor fossem cair sobre suas cabeças, e como um estalo parou. Silêncio novamente.
- O que foi isso? – perguntou Hermione assustada. Uma voz doce começou um canto, vinha do lago de Hogwarts, o garotos levantaram rapidamente e olharam para as grandes janelas observando de onde viria o canto.
- Sereias estão cantando? – perguntou Rony.
- Eu já tinha ouvido que ouvir um canto dessa forma é mau presságio. – disse Ann.
- Sereia cantando é mau presságio? – perguntou Draco.
- Foi o que eu ouvir! – tentou na defesa pela careta que ele fez.
- Não acho que seja mau presságio! – disse Hermione.
- Mas que grito foi aquele? – perguntou Harry.
- Mau presságio? – tentou Ann. Como uma explosão de poeira tudo na frente deles ficou branco, eles bateram violentamente a cabeça contra a parede e desmaiaram em seguida. Como um véu algo macio tocava seu corpo, sentiu flutuar por um momento, seu corpo se movimentava de forma lenta; ao abrir os olhos, Ann tinha a vista turva, tudo era estranho, meio esverdeado, havia plantas e ao olhar para cima viu uma superfície que se movia como ondas, foi quando notou que estava debaixo d’água.
Tentou gritar, tentou se mexer, mas estava presa num tronco de madeira, seus cabelos flutuavam com a água, ela tinha uma espécie de bolha na boca que lhe dava ar, mas por mais que gritasse não tinha som, não conseguia escutar sua voz. Ela começou a entrar em desespero, as algas que prendia suas mãos para trás no tronco de madeira apertavam ainda mais. Uma sereia de cabelos muito longos e loiros e olhos muito verdes apareceu flutuando a sua frente, ela olhava para Ann com um olhar doce e acolhedor. Ela levantou a mão direita em direção a cabeça de Ann que se afastou automaticamente, a sereia fez o mesmo. Ann ficou olhando para a sereia de esgoelar, e olhava para a superfície como se quisesse lhe dizer que precisava voltar.
A sereia a olhou com um olhar incógnito e sorrateiro, aproximou-se do rosto de Ann que tinha um olhar assustado. Ela pegou no rosto da garota, sua mão direita afastou os cabelos negros de perto do rosto de Ann, fitando a testa da garota, colando nariz com nariz, ela deu um sorriso e tocou de leve a testa da garota com o dedo indicador. Por alguns segundos ela ficou assim, e um arrepio de medo e horror passou pelo corpo de Ann. Ann se debatia em dor e fúria, a testa ardia e queimava como se tivesse sido marcada a ferro. Os olhos verdes da serei se transformavam em vermelho fogo, seus cabelos ficaram negros e uma espécie de lua negra em sua testa, Ann se viu na sua frente, a sereia havia se transformado nela. Uma nova onda de horror passou pelo corpo da garota num arrepio frio, tentava a todo custo se livrar dali, os olhos da sereia eram assustadores, uma visão da quão nunca poderia esquecer. E como a vista turva foi ficando escura à testa foi aliviando a dor. Silêncio novamente.
-... Ann acorda! – chamava uma voz conhecia ao longe. – ANN
- O quê...? – fez ela. Ann abriu os olhos, estava deitada numa superfície dura e áspera, fitou por um momento o nada a sua frente, Hermione entrou em foco. – O que aconteceu? – perguntou atordoada.
- Não sei... – disse Hermione ajudando Ann a se levantar, que esta cambaleou para trás e bateu de costa na árvore, estava numa floresta escura. Harry, Rony e Draco tinham as varinhas em punhos e olhavam para diversas direções.
- Onde estamos? O que aconteceu depois do grito? Da explosão?
- Bom, depois daquela explosão, viemos para aqui na floresta, e não sabemos ainda se estamos nos terrenos de Hogwarts. – falou a voz de Hermione amedrontada.
- Estamos nos terrenos de Hogwarts – disse Harry sombrio. – Na floresta Proibida. Rony engoliu seco.
- Theron, da próxima vez que achar que é mau presságio, fique calada. – falou a voz de Draco em deboche. Ann lhe lançou um olhar assassino.
- Au! – gemeu Harry que levou rapidamente a mão a testa.
- O que foi? – perguntou Hermione preocupada. Ele a olhou com um olhar sombrio e depois olhou em direção a Draco.
- AHHHH – gritou Harry caindo no chão. Mas o grito não foi só dele. Ann começou a se debater no chão igualmente como Harry, com a mão na testa.
- O que está acontece? Rony! – chamou Hermione com a voz tremula. Rony e Draco ficaram olhando atônitos sem saber o que fazer.
Ann e Harry se debatiam no chão de terra de forma alucinada, seus olhos estavam sem pupilas, eles gritavam, urrava de dor: “Queimando, queimando”, eram as palavras que eles diziam. Hermione entrou em desespero, ficava a todo custo tentar parar Harry, Draco tentou segurar Ann, mas era impossível conte-los.
- HARRY! – gritava Hermione chorando. – ANN!
- ISSO É CULPA SUA MALFOY! – berrou Rony transtornado pra cima de Draco.
- MINHA?! – urrou o garoto em resposta. Ann e Harry pararam de gritar. Ofegantes como se tivesse corrido léguas de distancias, eles desmaiaram.
- O que...? – fez Hermione.
- O que aconteceu? Hermione! – perguntou Rony, em sua face estava rubro de cólera e apontava a varinha freneticamente para Draco que estava abaixando ao lado de Ann, que afastava docemente os cabelos negros do rosto da garota, e ao fazer isso ele deu um pulo para trás.
- O que foi? – perguntou Rony ainda apontando para o garoto que olhava transtornado para a garota imóvel.
- Tem... tem um desenho na testa dela!
- O que...? – fez Hermione ao se levantar e ir até Ann. – Mas o que... o que é isso?
- Uma lua? – fez Rony ao se aproximar.
- humm... – um gemido de Harry.
- Harry! – exclamou Rony ao ver o amigo se sentando no chão de terra. – que houve?
- Eu... eu não sei... – disse o garoto em voz baixa. – minha... minha cicatriz começou a doer...
- Como das outras vezes?
- Sim... – ele falava baixo e olhava para Draco certificando de que o garoto não estivesse ouvindo. Hermione olhava atentamente para Ann que permanecia imóvel, sua respiração era pesada e quase imperceptível.
Uma raiz de árvore se moveu rapidamente e prendeu no pé de Hermione a levantando de cabeça para baixo. Hermione guinchou sua varinha caiu no chão, Draco sacou a varinha, mas uma outra raiz bateu nele o jogando contra parede. Harry e Rony foram atingidos da mesma forma, Hermione foi jogada em cima dos quatros. O corpo de Ann permanecia imóvel.
- Nossa... – gemeu Rony. – O que...
Mas antes que Rony falasse algo e os outros gemesse de dor por pancadas muito fortes, Ann levantou-se de olhos fechados com o corpo bambo e os braços balançando a frente. Uma brisa de vento como um redemoinho de luzes vermelhas começou a rodear a garota de forma rápida.
- Ann... – falou Hermione. – Por quê...?
Os cabelos negros de Ann ficavam se debatendo freneticamente com o vento que circulava o corpo dela com uma onda de luzes vermelhas, e a lua negra desenhada na testa da garota era visível. Hermione e Rony foram puxados pelas raízes das árvores e jogados mais uma vez para o ar em grande distancia.
Draco pegou a varinha mais uma vez, no mesmo momento em que Harry, mas também foram chicoteados. O vento ficava cada vez mais forte, a terra começou a se partir como raios cortando o chão.
Draco e Harry estavam olhando atônitos para o que estava acontecendo, com os corpos doloridos não sabiam onde Rony e Hermione estavam e não se ouviam as vozes deles. Draco fez menção de se levantar, mas uma mão o puxou para baixo. Um vulto alto e branco passou por eles com estrema elegância andando vagarosamente em direção a Ann. O corpo da garota estava flutuando a centímetros do chão, os chicotes de raízes das árvores se mexiam com violência.
- Prof. Dumbledore... – ofegou Harry. Dumbledore tirou a varinha e apontou para a testa de Ann. Um raio de luz prateada saiu como fio de luz cálida da varinha fazendo o mesmo circulo da luz vermelha com o vento que rodeava a garota, e parou como flecha na testa dela. Ann urrou de dor e abriu os olhos, no lugar do castanho estavam os vermelhos brilhantes. Harry e Draco olhavam assustados a cena. Depois de alguns segundos o vento que uivava e a luz vermelha param. O corpo de Ann caiu pesadamente no chão e mais uma vez o silêncio, que estava sendo quebrado pelas respirações ofegantes de Harry e Draco que mantinha os olhos arregalados. Dumbledore abaixou em direção a Ann. Um outro vulto parou ao lado de Draco e Harry que olharam rapidamente para cima. A face de McGonagall estava lívida, ela tremia o lábio inferior nervosamente, suas mãos estavam tremulas.
- Alvo... – disse ela numa voz fina e aguda, era visível seu nervosismo.
- Esta tudo bem agora. – disse a voz de Dumbledore firme. – Prof. McGonagall, chame Hagrid para levar a senhorita Theron para a enfermaria, por favor.
- Já estou aqui. – disse a voz grade e nervosa de Hagrid bem ao lado de Draco e Harry que permaneceram na mesma posição. Hagrid passou com seus passos pesados em direção ao corpo da garota, o levantou com grande facilidade e se encaminhou para o castelo. McGonagall o seguiu.
Dumbledore passou pelos dois garotos que ainda estavam pregados no chão de susto.
- Prof. Dumbledore. – chamou Harry vacilante. – O que... o que houve com Ann? – Dumbledore parou por um instante.
- É uma história muito longa, Harry. Creio que no momento não seja apropriado para lhe falar. Sobre a senhorita Granger e o senhor Weasley, eles estão bem. – e os deixou olhando para o nada a sua frente.
Draco entrou transtornado na sala de Monitoria Chefe de Hogwarts batendo a porta com um baque surdo. Passando as mãos sobre os cabelos loiros ele ficou olhando o quarto escuro, e fitou o objeto de vidro com um liquido prateado que rodopiava flamejante com a luz do luar que entrava pela janela.
- História longa? – disse ele olhando o objeto de vidro.

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