Different Kind Of Girl escrita por PaolaDuarteGR


Capítulo 15
Medo de escuro


Notas iniciais do capítulo

Heeey, eu demorei de novo. Desculpem. Enfim, espero que gostem desse cap. Ele está simples, mas eu gostei dele. Não é muito comprido, enfim. AH, eu quero mandar um agradecimento pra galera que Favorita minha fic *--* Obrigada.



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            - Paola’s POV-

            Eu não tinha problema algum em limpar as coisas e muito menos em pagar o castigo, afinal, eu invadi a porcaria da faculdade alheia. O grande problema disso tudo era ser exatamente com ele. Isso já estava parecendo uma brincadeira, como se alguém estivesse me usando como uma boneca Barbie desfigurada e ele um Ken moreno com problemas mentais. Sim, eu estava em uma casinha de Barbie sendo manipulada por uma criança idiota o bastante que faz com que dois bonecos que se odeiam tenham que conviver. Ok, acho que eu estou bêbada.

            Nós já tínhamos caminhado o corredor todo e já estávamos entrando na sala da piscina aquecida. “Sala”. O local era abafado, o que me deu um alivio, afinal, como sempre em Londres, o tempo mudou de uma hora para outra. De manhã, o sol fraco batia em minha pele, e agora, o frio e a caroá fina tomavam conta. Pelo menos eu ficaria quente.

            - Acho que nós devíamos tirar uma soneca antes e... – Zayn começou a falar enquanto se deitava em um banco onde provavelmente bundas molhadas com água e cloro já tinham se sentado.

            - Espero que alguma bunda bem suja tenha sentado ai. – Eu resmunguei alto.

            - Você se sentou aqui por acaso? – Sarcástico e irônico. Parabéns Zayn, anda aprendendo alguma coisa.

            - Não, mas pelo jeito você sim né? – Eu sorri de volta e virei a cara.

            Joguei minha mala em cima de uma cadeira e fui em direção aos matérias de natação. Eu lembro quando eu fazia natação. Adorava. Mas eu ainda acho que os maios tinham que ter um bojo, porque quando as meninas saiam da piscina... Bem, elas estavam mostrando mais do que deviam. Acesas, se é que você em entende.

- Acho que nós tínhamos que começar a limpar as pranchas... – Eu disse enquanto pegava um pano e um material de limpeza em um armário. -  Eu sempre tinha nojo das pranchas quando fazia natação, a galera não limpava direito e ficava embolorado! Eca.

            - Você sabe nadar? – Ele me perguntou curioso ainda deitado no banco.

            - Se eu fiz natação... – Revirei os olhos. Não era obvio?

            - Faz sentido. – Ele respondeu sem animo. – Agora estou mais tranquilo porque pelo menos um de nós sabe nadar. – PARA TUDO, O QUE?

            - Você não sabe nadar? – Eu perguntei.

            - Não. – Ele respondeu. Pronto, eu não aguentei. Comecei a gargalhar tão alto que até o pessoal dos dormitórios devem ter escutado. Ok, exagero. Mas foi alto. – Porque você tá rindo?! – Foi a primeira vez que ele olhou para mim e se sentou no banco.

            - Cara, olha sua idade. – Eu respondi ainda tentando me livrar nos risos.

            - Tá, eu devia saber nadar, mas não sei. É a vida. – Ele respondeu e virou a cara.

            - Mal, eu não aguentei.

            - Todo mundo tem essa reação, estou acostumado. – Ele sorriu e veio em minha direção. – O que você falou das pranchas mesmo?

            - Vamos limpá-las primeiro. – Eu respondi e o entreguei um pano. Ele o pegou e logo em seguida pegou uma prancha e voltou a se sentar.

            Eu fiz o mesmo. Peguei uma prancha e me sentei na cadeira mais perto. Limpei uma... Duas... Três...Quatro... Que tédio. Eu não aguentava mais ficar lá, e olha que só se passaram meia hora. Zayn já estava na sétima prancha quando caiu no sono em cima de sua pilha. E lá estava aquele belo e chato homem dormindo em cima de pranchas de natação, enquanto a babaca aqui as limpava.

            Fui até minha bolsa a procura de alguma coisa para me distrair. Celular. Ótimo. Sem rede. NOSSA, melhor ainda, que felicidade. Agora a porcaria de menina que me manipula tirou meu celular de mim. A única coisa que eu ia conseguir fazer era... Música. Isso. Eu iria escutar música. Peguei meu fone e coloquei em meu celular, eu é que não ia acordar o Zayn agora, na boa. Minha lista começou com Nirvana, depois sertanejo brasileiro, depois Avril e quando eu menos percebi, tinha acabado todas as pranchas.

            Mordi o lábio pensativamente. O que eu vou fazer agora? Olhei para alguns materiais de natação e depois vi o armário de matérias de limpeza. Hm, vou limpar o chão, porque eu levo vida de Empreguete. Ok, piada sem graça. Fui até o armário, peguei a vassoura e comecei a varrer... e varrer... e varrer....

            - PAOLAAAAAAAAAAAAAA! – Um berro surgiu perto de mim. Eu tomei um susto tão grande que de tanto varrer o mesmo lugar, aquele chão deve ter ficado liso. Ai ele berrou para minha bunda: “ VENHA PARA MIM!” E minha bunda, apaixonada pelos encantos daquele chão tão charmoso, gritou de volta: “ ESTOU INDO MEU AMOR”. Foi assim que eu cai. – Você escuta essa porcaria muito alto.

            - QUAL É O SEU PROBLEMA?! – Eu estava estatelada no chão e ele só passava as mãos nos olhos ainda mostrando sono. - Quase vomitei meu coração, fígado, rim, pâncreas... Só não vomitei a próstata porque eu não tenho, porque se eu tivesse EU TINHA QUASE VOMITADO TAMBÉM! – Ai ele começou a rir de mim. Tudo bem que hoje eu não estava falando nada com nada, mas, oi? Será que você pode me ajudar?

            - Ai, fica quieta e deixa eu te ajudar! – Ele ofereceu sua mão e eu aceitei. Me levantei com a sua ajuda e é obvio, abaixei o som do meu celular. – O que eu faço agora?

            - Tenho cara de sua mãe por acaso? – Eu perguntei.

            - Oh... Cavala, eu quero saber o que eu limpo. Quer que eu varra o chão também? – Ele perguntou.

            - Não... – Meus olhos percorreram os matérias. – Limpe os pés de patos.

            - Ok. – Ele aceitou e foi buscar seu pano. Parece que o cachorro foi adestrado.

            Continuei varrendo o chão devagar e sempre. Minha cabeça estava nas nuvens até que eu recebi uma mensagem. Agora a rede quer pegar né? Peguei o celular e a abri. Era de Tayná.

            “Gata, você não sabe! Sexta agora vai ter um encontro de brasileiros aqui em Londres e só vai tocar música sertaneja. É meia hora de carro aqui da faculdade. Sabe quem vai estar lá? MORRENDO AOS POUCOS... O Luan cara. (a Tayná é meio fã do Luan Santana... Meio eu quero dizer... Ela escalou um hotel para conseguir invadir o quarto dele. Mas isso é só detalhe.) NÓS TEMOS QUE IR! O único problema é que é no dia do Baile...”

            Baile... Dani-se o baile, nós ficaremos um tempo no baile e depois vamos na festa. Eu estava com saudades das coisas do Brasil, inclusiva das pessoas e...

            - PUTA QUE PARIU! – Eu escutei o Zayn gritando e depois o barrulho de várias coisas se estatelando no chão. Me virei correndo e dei de cara com a cena das pernas do Zayn para cima, ele caído no chão e várias coisas em cima dele. Detalhe: Ele estava USANDO os pés de pato.

            - Eu não acredito que você fez isso. – Eu olhei para ele dando risada.

            - Eu queria saber como era usar um desse e... – Ele tentou se levantar devagar. – Eu não tenho equilíbrio.

            - Deixe-me te ajudar. – Eu fui até ele e o levantei.

            - Obrigado. – Ele respondeu. – Acho melhor a gente ficar conversando enquanto fazemos as coisas né...

            - Está bem, me perguntei alguma coisa então. – Eu voltei para o lugar onde estava e continuei varrendo.

            - O que foi que você tinha com o Drake? – Ele perguntou e eu o encarei feio. O que ele tinha a ver com isso? Porra.

            - Não te interessa. – Eu respondi grossa.

            - Sério. Eu vi a foto que tem lá na faculdade, aquela que mostra os “Grandes jogadores de hoje na época da escola” e tem uma foto dele abraçado com você. – Eu me olhou seriamente e eu o encarei. Nunca tinha percebido como os olhos dele são bonitos e... O que é que eu to falando? – Sério, me responde.

            - Na boa, é PASSADO. Eu era três anos mais nova. – Eu respondi meio sem responder. Entendeu?

            - Vocês namoravam. Entendi. – Ele disse por fim e sorrio achando que era o vitorioso.

            - Não era meio obvio? – Eu revirei os olhos.

            - Porque terminaram? Deve ter tido um motivo bem pesado, porque do jeito que você odeia ele... – Eu já estava ficando irritada com toda aquela conversa.

            - DÁ PRA MUDAR DE ASSUNTO? – Eu perguntei irritada.

            - Dá, claro. – Ele respondeu.

            - Obrigada.

            - Quem é aquele cara da foto com você na sua cômoda? Eu vi quando invadi seu quarto e eu achei que vocês estavam...

            - DÁ PRA VOCÊ CALAR A PORRA DA SUA BOC-

            Eu não consegui terminar. Um estrondo invadiu a sala. Eram 4h, estava chovendo, o céu estava escuro... Deve ser um trovão e... OUTRO ESTRONDO.

            - O que foi isso? – Eu perguntei desesperada.

            - Não sei... – Zayn se levantou devagar e foi se aproximando de mim. – Parece alguma coisa estourando, pode ser...

            Foi nessa hora que a luz apagou totalmente e a sala ficou escura. Minha respiração começou a acelerar. Minhas mãos estavam tremendo. Eu tenho pavor de escuro. E quando eu digo pavor... é sério. EU durmo com o abajur do criado mudo ligado! O céu estava escuro. A sala era escuta. Alguma coisa tinha estourado. E eu NÃO CONSEGUIA VER NADA. Santo cristo, eu vou morrer.

            - ZAAAAAAYN! – Eu comecei a gritar desesperadamente enquanto minhas mãos tateavam o ar a procura de Zayn. – Pelo amor de Deus!

            - PAOLA! PAOLAAA! – Zayn começou a berrar também. E então eu senti. Ele também estava tateando o nada. Quando nós dois nos encontramos foi como se fosse um imã. Eu pulei nele e ele em mim.

            - PELO AMOR DE DEUS, VAI VER O QUE ACONTECEU! – Eu estava agarrada nele e desesperada.

            - EU NÃO! Se tá é louca que eu vou sair daqui! – Ele estava tremendo e me segurava muito forte.

            - ZAYN! EU TENHO MEDO DE ESCURO! – Eu protestei.

            - EU TAMBÉM! – Ele berrou. Um trovão alto tomou conta do ambiente e foi só ele terminar que eu já estava quase escalada no Zayn. Meu braços estavam presos em seus ombros e minha perna direita entrelaçada na perna esquerda dele.

            - Eu não acredito. – Os braços dele, que estavam em minha cintura, me seguraram mais forte quando o estrondo acabou. – Eu acho que eu vi alguma coisa ali...

            - AI MEU DEUS! – Ele se soltou de mim e me empurrou. – VAI LÁ VER!

            - NÃO! – Eu voltei e empurrei ele. – VOCÊ É O HOMEM AQUI!

            - Mas eu... – Nós começamos a nos empurrar e bater...

Isso até algum trovão aparecer e fizesse com que nós dois nos agarrássemos novamente. Ele voltou a me empurrar e eu fiz o mesmo com ele. Isso só acabou quando o barulho de alguma coisa caindo na água tomou conta de meus ouvidos.

            - Zayn... – Eu perguntei preocupada. Nenhuma resposta. – ZAYN! PELO AMOR DE DEUS ME RESPONDE! – Nada.  E então eu escutei. Água se mexendo. Zayn estava na piscina. Ela era olímpica. Ele não sabia nadar. Ela tinha 2 metros e meio de profundidade.

            E então... Eu mergulhei. 


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Notas finais do capítulo

YAY, o que acharam? Espero que tenham gostado. Eu estou inspirada ultimamente e provavelmente hoje já escreverei outro cap, e quem sabe poste ele. Amanhã não vou conseguir postar porque eu TENHO A FESTA DA RAPHAELA LINDA E GOSOTOSONA e eu não posso perder.
Espero que tenham gostado.
Qualquer coisa : @PaolineDuarte.
Bjs.
ZAOLA SHIPPERS NA VEIA.



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