Pov's Thalia

Eu não queria isto, simplesmente foi obrigada a aceitar a missão. Por que? Simples, Annabeth e Percy não queriam ir sozinhos...

- Então por que não levam o Grover? - Disse me referindo ao satiro que estava na entrada da floresta conversando com sua namorada, a ninfa da arvore: Juníper.

- Ele não pode, tem que ser você... Por favor, Thalia!- Dizia Annabeth chacoalhando o meu ombro. Percy estava parado, sem fazer nada, na porta do meu chalé.

- Ta! Mas, pare de chacoalhar o meu ombro...- Como eu pude me deixar levar tão rápido?

Enxotei os dois para fora do meu chalé e fui trocar de roupa, detalhe: estava apenas de pijama. Coloquei uma calça jeans justa preta, uma regata lisa branca, uma jaqueta, aquela estilo jogador de futebol americano dos filmes de colegial, só que justa, subi a manga dela até meus cotovelos, nos pés usei um Converse preto de cano alto. Saí do meu chalé, alcancei Annabeth e Percy e fomos falar com Quíron sobre nossa missão.

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Pov's autora.

Uma garota, de aparentemente quatorze anos, estava sentada na calçada em frente a um edifício.

A menina trajava um short jeans surrado, uma camisa xadrez preta e branca com as mangas dobradas até um pouco acima do cotovelo, usava também um Converse azul escuro. No pescoço usava um colar uma espécie de dois B's virados para fora um pouco inclinados para os lados e tinha asas. O que mais chamava atenção na menina era seus cabelos: eram rosas com apenas algumas mechas negras, seus olhos eram um azul acinzentado.

A rua estava tranqüila, poucos carros passando, quando um barulho, uma espécie de explosão, veio do outro lado do edifício. A garota, como era curiosa, foi ver o que estava acontecendo. Ela viu um ser horripilante uma pessoa enrugada, com asas de morcegos e suas unhas que mais pareciam garras. O ser, denominado Fúria, virou a cabeça fazendo com que seus olhos encontrassem a rosada (a menina), seus olhos brilharam, mas, não era um brilho comum era um brilho de maldade. Então, com a voz rouca, a Fúria disse:

- Ele quebrou a promessa mais uma vez, sua criança deve morrer. - Dito isto o monstro retirou seu chicote de suas asas e atacou a menina, que, como tinha *Transtorno de déficit de atenção, se jogou para o lado caindo no chão do asfalto. A Fúria levantou vôo e passou pela garota rasgando a pele da mesma, a menina urrou de dor. Como a rosada não era de deixar barato pegou uma pedra pontiaguda e jogou no ser, como tinha uma boa pontaria acertou na asa esquerda fazendo a Fúria se desequilibrar e cair no chão fazendo um buraco na calçada.

A rosada, em choque, não sabia o que fazer ou o que a fez fazer aquilo, apenas veio...

- Sua fedelha, eu sou... - Não conseguiu terminar a frase uma espada de bronze atravessou sua barriga a desintegrando.

Um grupo de três pessoas, uma loira, um moreno, é uma morena, correram para ajudar a rosada que estava perdendo muito sangue.

- Qual é o seu nome? - A loira, Annabeth, perguntou.

- Rafaelly Audi...- a rosada, que agora descobrimos se chamar Rafaelly, desmaiou devido a perda de sangue.

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Cinco dias depois...

Rafaelly estava deitada em uma maca de pano, dentro de uma sala ampla, pessoas estavam indo e vindo com remédios. A garota se sentou e olhou para o lado... Não pode ser? Estava ficando maluca ou viu um homem metade cavalo.

- Que bom que acordou, já estava ficando preocupado. Meu nome é Quíron, você está no Acampamento Meio-sangue. - Falou o centauro, Quíron.

- Acampamento o que?- Rafaelly perguntou, não havia escutado direito? Ou escutou mesmo “Meio-sangue”?

- Acampamento Meio-Sangue, aqui é o lugar mais seguro para um semideus. Meio sangue: Metade sangue humano e metade sangue de deus.

- Semideus? Vocês são loucos só podem...

- Não somos não. Você que é nova. - Uma voz vinda de uma pessoa com o estilo punk foi ouvida.

- Thalia, não seja tão mal-educada com a Srtª Auditore. - Disse Quíron repreendendo a Grace que revirou os olhos.

-Desculpe, Srtª Auditore...- Disse Thalia com voz de criancinha. - é o seguinte, quando os deuses descem para a "Terra" eles se envolviam com mortais, e acabavam tendo filhos. Que nasciam metade deuses metade humanos. Eu sou filha de Zeus, Percy, aquele moreno que te salvou daquela Fú... Benevolente é filho de Poseidon, e a loira, Annabeth, é filha de Atena. Você também é sim uma semideusa.

- Se eu sou, mesmo, uma semideusa como você está dizendo. De quem eu sou filha?- A Auditore perguntou confusa.

- Ainda não sabemos, estamos esperando que seu pai ou mãe olimpiano te proclame como filha. - Disse Quíron se aproximando da Rafaelly. - Até sabermos, você irá ficar no chalé 11.

- Chalé?

- Chalé, é tipo sua casa. Temos um chalé para cada deus do Olimpo.- Explicou Thalia. - Quíron eu vim aqui para te informar que Dionísio está lhe esperando na Casa Grande.

- Ah sim. Você poderia ficar olhando a Rafaelly, por mim?

- Claro.

Thalia sentou-se na cadeira que ficava ao lado da cama da Auditore. Ficou observando a menina por um tempo, até que resolveu se pronunciar:

- Bonito colar. É da sua mãe?

- Não, minha mãe falou que foi do meu pai. - Respondeu a rosada.- Você está aqui, no Acampamento,   muito tempo?

-         Digamos que a um bom tempo. Como era sua vida antes de vim parar aqui? – Perguntou Thalia tentando mudar de assunto.

-         Era como a de todos os outros adolescentes: Escola, amigos, dinheiro... Eu tinha tudo o que sempre quis, menos meu pai e a presença de minha mãe.

-         Entendo. Mães e sua ausência – Thalia e Rafaelly deram risada depois desta frase.

A morena olhou no relógio e viu a hora.

-         Temos que ir para os nossos chalés. Eu te levo até o seu.

Thalia ajudou a rosada a se levantar e foram em direção ao chalé 11. Quando estavam passando Rafaelly viu um garoto sentado perto da água do mar jogando pedras na mesma. O olhar dele parecia tão distante.

-Ele é Nico Di’Angelo filho de Hades. – Informou Thalia apontando para o moreno sentado na areia.

A Auditore ficou fitando ele por um bom tempo, apenas saiu de seus devaneios por um forte empurrão que levou nas costas. Seguiu até  o chalé de Hermes, ele era branco meio amarelado, era o menos glorioso de lá, em cima da entrada da entrada da porta de entrada havia um  caduceu, parecia àqueles símbolos de medicina.

-         Olá Thalia. Você deve ser a nova “moradora” do chalé. Então seja bem vinda senhorita... – Disse um dos gemios Stoll, Connor.

-         Rafaelly, Rafaelly Auditore Di’Castel – respondeu Rafaelly, estendendo a mão para cumprimentar Connor.

-         Hora, temos uma italiana aqui no chalé. – Disse um jovem loiro que tinha uma cicatriz  que  ia do seu olho direito até seu queixo.   

      - Luke, esta é a Rafaelly – Apresentou Thalia ficando um pouco tensa com a presença de Luke.

-         Normal ou indeterminada? – Perguntou Connor

Antes que a menina perguntasse o que aquilo significava,  Thalia respondeu:

-         Indeterminada.

Ouve-se um “ahhh” dos campistas que estavam amontoados no fundo.

Entre, está começando a ficar frio. Thalia preciso falar com você. – Disse Luke empurrando a Auditore para o Connor.

-         Fique ali num canto perto da minha cama, já volto. – Dito isto Connor sai do chalé em direção a lojinha que havia no Acampamento.

Rafaelly deu apenas um sorriso e se sentou no chão perto da cama de Connor. Era impressão dela ou ele estava gostando dela? Bem, devia ser impressão dela. Ela havia acabado de chegar. Connor logo voltou com uma mochila preta e vermelha.

-         Aqui está: Comprei algumas coisas para você. Um casaco, uma calça, já que assim é capaz de você pegar uma gripe, e mais uma blusa do Acampamento. – Ele disse estendendo a mochila na direção da rosada. – Tem um banheiro ali se quiser se trocar, não se preocupe ninguém vai abrir a porta.

-         Obrigada. – Agradeceu a Auditore

Rafaelly seguiu para o banheiro e se trocou, tirou as roupas que estava vestindo e colocou a roupas que Connor trouxera: A calça moletom preta, a blusa laranja do Acampamento e o casaco preto que ficava grande para ela. Amarrou os cabelos em um rabo de cavalo e tirou os tênis que estava calçando.

Deitou-se  em cima do colchonete que Connor havia furtado e dormiu.

Amanhã seria um longo dia...