P.O.V. Thalia Grace

Fui a primeira a acordar no outro dia.Estava muito ansiosa. Minha primeira viajem de cruzeiro! Estou com medo! E se o navio afundar? Esse nós morrermos afogados? Ok, eu vou descer e ver se me acalmo. Desci e vi Nico sentado em uma cadeira da cozinha, tomando café.
-O quê está fazendo acordada está hora?-ele perguntou
-Que horas são?-perguntei
-2:00-ele respondeu
-2:00? Está muito cedo!-eu exclamei
-Eu sei. Está nervosa, não?-ele perguntou
-Sim. Minha primeira viajem de navio!-eu disse, me sentando em uma cadeira.
-Venha. Tome café. é minha primeira viajem também-ele me contou
-E se o navio afundar? E se nós cairmos? E se nos afogarmos?E se um grupo de assasinos embarcar e nos matar?-perguntei
-Calma, isso não vai acontecer!-ele me disse
-Mas e se acontecer?-perguntei
-Nós vamos estar preparados!
-Mas e se não estivermos?-perguntei
-Estaremos!-ele assegurou
-Estou com medo!-eu disse
-Não fique-ele disse-Vamos dormir
Ele me pegou no colo e me carregou, me colocando na cama. Me virei e dormi.
Fui a primeira a acordar, desta vez na hora certa.
Sorri maliciosa com uma idéia. Fui até o meio do quarto, me posicionando.
-ACORDA! TEMOS UMA VIAGEM PARA FAZER E UM CRUZEIRO PARA EMBARCAR!-berrei
-Na verdade, nós não vamos embarcar o Cruzeiro, nós vamos embarcar NO Cruzeiro-disse Nico, dando ênfase no 'no'.
-Ok, ok, entendi-eu respondi
-Mas, por quê você nos acordou cedo?Não podia ter descido e nos esperado?-perguntou Jason
-Eu não podia esperar e acordei vocês porque sou muito chata!-eu respondi
Descemos e vimos que Maria já tinha arrumado o café.
-Olá!! Que dia lindo!!-eu cumprimentei-a.
-Vejo que alguém está animada para a viagem de Cruzeiro!-ela disse
-Estou, minha primeira viagem de navio!!-eu disse, girando.
-Você é Thalia Grace?-perguntou Jason
-E por quê não seria?-perguntei
-Porque a Thalia que nós conhecemos nunca giraria de felicidade-disse Nico, se sentando e pegando uma torrada. Me sentei e peguei uma torrada. Vi Nico estendendo a mão para a manteiga, e eu me joguei e a peguei primeiro. Saí correndo para o hall de entrada, quando ele tentou toma-la de mim.
-DÁ!-ele berrou
-NÃO!-berrei e ele veio para cima de mim, e eu recuei, mas acabei batendo as costas na parede. Como não tinha mais escapatória, fiz a coisa menos racional na hora. Abri a porta e corri para a rua.
-Devolve, Thalia!-berrou Nico
-NÃO!-berrei
-O quê está aqui?-perguntou uma voz séria e firme atrás de mim. Nico empalideceu. Me virei e me deparei com meu pai, olhando de mim para Nico.
-Ahh, bem...-eu comecei
-Por quê você está segurando uma manteiga e os dois estão berrando no meio da rua?-perguntou ele para mim.
-Eu roubei a manteiga dele, quando ele ia pegar-eu admiti
-Ótimo. Vamos entrar-ele disse, bravo. Sabia que iria receber uma bronca.
Entramos e ele fitou Jason.
-Zeus, este é Jason, amigo de Thalia e Nico. Ele está morando aqui-Maria explicou, e como estava atrás de Jason, pode fazer um sinal, indicando que explicaria o porque depois, sem parecer mal-educado e não magoar Jason, falando novamente do assunto de sua família-Ele irá ver a namorada hoje. Temos de leva-lo ao aeroporto.
-Levaremos-meu pai concordou, se sentando.
Terminamos o café, pegamos as malas, nos trocamos e levamos as malas para o carro. Nós apertamos no banco de trás e meu pai e Maria foram na frente. Fomos até o aeroporto.
-Quero ver Piper logo!-disse Jason
-Fique calmo, logo você a verá-eu tentei, em vão, o acalmar.
-O voo 374 para Vancuver irá sair em alguns minutos. Os passageiros se apresentem no portão 3-avisou a vozinha da locutora do aeroporto.
-Tchau!-eu me despedi de Jason, dando-lhe um abraço.
-Tchau,cara-se despediu Nico, tando um tapa nas costas de Jason. Ele caminhou até o portão 3 e sumiu. Eu e Nico voltamos ao carro. Fomos para o porto e lá retiramos as malas do porta-malas. Meu coração bombeava rapidamente, por medo. Era nesta hora que todas as inseguranças vinham a tona. E agora? E se o navio afundasse? Nós não teriamos para onde correr, ou melhor, não daria para correr. Eu estava com muito medo. Nico pareceu notar.
-Tchau. Fiquem bem. Nico, cuide de Thalia-se despedia Maria
-E não deixe que ela se apaixone por ninguém neste navio-acrescentou meu pai. Nós rimos e nos viramos, puxando as malas e acenando. Quando iamos embarcar, eu hesitei.
-Venha, minha pequena-disse Nico, passando os braços pelos meus ombros.
-Minha pequena?-perguntei, enquanto embarcavamos.
-Sim-ele respondeu e se voltou para uma moça.
-Moça, eu sou Nico di Ângelo e ela é Thalia Grace. Queria saber qual o número do nosso quarto-ele informou.
-Aqui, senhor-ela disse, entregando-lhe uma chave-O número de seu quarto é 7. Esta aí é a chave.Aproveite!-ela disse
Nós andamos por um corredor com um carpete escuro e paredes brancas, com várias portas brancas. Paramos na frente de uma porta branca de madeira, com um sete preto de ferro grudado na porta. Nico inseriu a chave na fechadura e girou.
Entramos noo quarto maravilhados. Continha uma cama branca de casal, que não seria problema, já que estavamos acustumados a dormir juntos.Em cima, estava uma colcha branca com detalhes em cetim cor café. Um grande guarpa-roupa branco imbutido ocupava a parede em frente a cama. Havia também uma janela com moldura branca, que era na parede em frente a porta. Do lado do guarda-roupa, havia uma porta de madeira, que, quando abrimos, descobrimos ser um banheiro todo decorado de branco com detalhes em café.Colocamos nossas malas na frente do guarda-roupa e nos jogamos na cama.
-Estou cansada!-exclamei
-Cansada do que? Você não fez nada hoje!-exclamou Nico
-Sei lá. Só estou cansada!-eu respondi
Ele riu.
-Você até que não é chata. Ou melhor, não tão chata quanto eu pensei que  era no dia do parque-ele disse
-Posso fazer uma pergunta?-perguntei
-Você já....-ele começou
-Já fez!Posso fazer mais uma?-perguntei
-Sim
-Por que atirou uma pedra em mim naquele dia?-perguntei
-Eu disse que iria jogar uma pedra na próxima pessoa que pasasse, e foi você-ele explicou
-Ah-eu respondi, mesmo não acreditando nesta história.
-O quê vamos fazer agora?-ele perguntou
-Esperar o navio partir e explora-lo?-sugeri
-Explora-lo? Somos o que?Criancinhas que exploram lugares fingindo que são habitados por bandidos?-ele perguntou
-Sim. Vamos fazer isso?-perguntei
-É claro! Não podemos deixar os bandidos tomarem este navio!-ele disse e eu ri. Olhei para a janela e vi a paisagem começar a se mover. Me levantei e saí correndo para a janela, exclamando:
-Estamos navegando! Navegando!
Nico riu e correu até a janela, e ficamos vendo o navio flutuar sobre as águas.
Era lindo. Nossa janela ficava na costa do navio, e se quisessemos nos matar, poderiamos pular a janela e nos afogar, se saissemos de dentro do bote salva-vidas, que estranhamente ficava no lugar onde só era acessível pela janela do nosso quarto. O engenheiro que projetou este barco devia se esquizofrênico. Ou burro mesmo.
-Vamos explorar?-perguntou Nico
-Vamos-eu disse e corri para a porta, a abrindo. Saimos silenciosos pelos corredores, que estavam cheios.
-Aja naturalmente-murmurei para Nico
-Ok. Comando recebido e em execução-ele respondeu e eu não pude evitar rir, até cair no chão, chamando a atenção de todos. Olhei para Nico e vi que seu olhar dizia exatamente o que ele queria dizer:' Não era para agir naturalmente?Nenhum ser humano cai no chão de rir todo dia'.Me levantei e todos seguiram seu rumo, voltando sua atenção para qualquer coisa que iam fazer.
-Não era para agir naturalmente?-perguntou Nico, assim que me levantei.
-Deesculpe!-eu exclamei-Você ficou parecendo os Pinguins de Madagascar!
-Não fiquei!Você ficou!-ele acusou
-Eu sei, só queria dizer que foi você!-eu disse
-Hahaha-ele riu forçado.
-Vamos, o navio é muito grande!-eu chamei e nós continuamos a andar.